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A Coordenação do Trabalho Escolar no Sistema e na Escola RIBEIRO, M. L. S. . A Coordenação do Trabalho Escolar no Sistema e na Escola. 2010. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Material Didático). Universidade Estácio de Sá Pedagogia – 6º Período Supervisão e Orientação Pedagógica Professor Daniel Damasceno O sistema educacional Sistema: “conjunto de elementos, materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo organizado” (LALANDE, 1993, p. 1034). O sistema garante unidade à diversidade. Sistema Educacional O sistema educacional define as diretrizes do trabalho a ser desenvolvido na escola estruturas complexas e abrangentes, variáveis no tempo e no espaço e que dependem diretamente das condições sociais, culturais, econômicas e políticas de cada sociedade. Sistema Educacional “um conjunto de instituições de ensino _ públicas ou privadas, de diferentes níveis e modalidades de educação e de ensino, e de órgãos educacionais _ administrativos, normativos e de apoio técnico, elementos distintos mas interdependentes, que interagem entre si com unidade e coerência (o que não exclui contradições e ambiguidades), a partir de um conjunto de normas comuns elaboradas pelo órgão competente, visando ao desenvolvimento do processo educativo. (ABREU, 1998: 36 apud TEIXEIRA & OLIVEIRA, s.d.e.) As regras do jogo A escola é um subsistema que está submetido às regras, exigências e demandas da sociedade e depende de fatores externos que não controla. A coordenação do trabalho escolar requer a compreensão desse sistema. Sistema Educacional Brasileiro Educação amparada por três esferas: Municipal, Estadual e Federal Principais Leis Norteadoras: C.F. 1988 e LDB 9394/96 Art. 21 da LDB: A educação escolar compõe-se de: I. Educação básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio; II Educação Superior Municípios: Educação Infantil, Ensino Fundamental Estados e Distrito Federal: Ensino Fundamental, Ensino Médio Governo Federal: função redistributiva e supletiva, cabendo-lhe prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Organiza Ensino Superior Coordenação Pedagógica: Momentos de Construção Coletiva Villas Boas (2010): Estudar e discutir temas necessários ao Desenvolvimento do seu trabalho; Planejar o trabalho a ser desenvolvido; Avaliar o trabalho em desenvolvimento; Discutir situações de sala de aula que necessitam de um olhar mais amplo; Socializar as iniciativas de sucesso e as que necessitam de apoio. Momento privilegiado de formação continuada; Apresentação dos avanços obtidos e das necessidades de ajuda e de estreitamento de laços profissionais e afetivos. O trabalho do coordenador pedagógico não pode ser isolado. Deve congregar toda a equipe escolar para: propor, selecionar, executar, acompanhar e avaliar os projetos desenvolvidos, o desempenho dos alunos, as dificuldades encontradas por professores e alunos, assim como as atividades bem sucedidas e o compartilhamento delas com a comunidade escolar. A ação da coordenação pedagógica deve buscar a articulação dos diversos saberes e experiências existentes na escola, na direção de sua transformação para um projeto pedagógico emancipatório. A principal função do coordenador pedagógico é ser parceiro do professor. Quando o coordenador lidera a equipe da escola, ele indica rumos e possibilidades de inovação, alargando horizontes do conhecimento facilitando mudanças. Porque a Coordenação Pedagógica é necessária? Decidir junto com a equipe docente os objetivos a serem alcançados; Negociar de que maneira isso será conseguido; Determinar os critérios para avaliar o grau de realização; Coordenar o trabalho coletivo; Repensar o currículo, compartilhar experiências, desenhar um plano de trabalho, construir um projeto, executá-lo, acompanha-lo e avaliá-lo; Perfil do Coordenador Pedagógico Ser pessoa criativa, estudiosa, organizada, leitora e ouvinte, aberta aos conhecimentos, às inovações são os requisitos importantes para a performance do Coordenador, que também deverá estar atento aos aspectos das relações interpessoais inerentes à convivência humana no cotidiano do universo escolar. Funções “Executar, no âmbito do sistema de ensino ou na escola as funções de planejamento, organização, acompanhamento e avaliação das atividades pedagógicas, com como participar da elaboração da proposta pedagógica da escola”. (BRASIL, 2005). Transitar plenamente no seu espaço de trabalho e extramuros, atuando como articulador, formador e transformador das práticas escolares. Elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico (PPP); Das ações do PDE, do regimento escolar e dos projetos pedagógicos; Comparecer à formações mensais oferecidas pela Secretaria da Educação, incentivar os professores a participarem das formações da secretaria e oferecer alternativas de material pedagógico, de estudos e dinamização das aulas. Coordenador Pedagógico como articulador Coordenador Pedagógico: um dos elementos de ligação fundamental, através de formas interativas de trabalho, em momentos de estudos, proposições, reflexões e ações. Coordenador Pedagógico como formador Formação continuada dos profissionais da Escola, devendo ainda estar aberta ao saber adquirido no dia-a-dia, que deve ser refletido e incorporado ao desenvolvimento pedagógico dos educadores. A formação dos docentes e de outros profissionais da Escola pode ser realizada nos momentos das Atividades Complementares (AC). Essas se constituem num espaço instituído na escola e garantido no regime de trabalho dos servidores municipais que exercem atividades de docência, que objetiva o planejamento e o replanejamento das atividades pedagógicas, assim como a reflexão sobre ação desenvolvida. O Coordenador Pedagógico e a avaliação Estudar com os professores a teoria e a prática da avaliação; Indicar leituras adequadas às necessidades dos professores; Ajudar os professores a selecionarem os procedimentos avaliativos mais indicados aos seus estudantes; Analisar com os professores o andamento das aprendizagens dos estudantes; Acompanhar os registros avaliativos feitos pelos professores; Encorajar os professores a construírem um processo avaliativo comprometido com as aprendizagens de todos os estudantes; Registrar todo o trabalho pedagógico que realiza com os professores. (VILLAS BOAS, 2010) Dificuldades para o desempenho da função “Bom-bril”: mil e uma utilidades “Bombeiro”: o responsável por apagar o fogo dos conflitos docentes e discentes “Salvador da escola”: o profissional que tem de responder pelo desempenho de professores na prática cotidiana e do aproveitamento dos alunos. Diferenças entre Coordenador e Supervisor Coordenador: atua no âmbito da escola; Supervisor tem seu campo de atuação mais amplo, que depende da organização do sistema escolar em que está inserido. Isto significa dizer, que o supervisor tem sob sua responsabilidade várias escolas e interage com um número muito maior de profissionais da educação. Correa (2009): Em virtude da falta de uma análise mais ampla do significado das funções do supervisor educacional, inspetor escolar, orientador pedagógico e coordenador pedagógico e da omissão das reais competências e campo de atuação desses profissionais na Lei nº 9.394/96, é possível notar nomenclaturas diferenciadas utilizadas pelos sistemas de ensino no Brasil
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