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Processo de Construção de Edificações (Prof. José Neto) – P1 1. Construção Civil Brasileira: Importância na economia nacional e sua cadeia produtiva Indústria de Construção Civil Indústria o Caráter nômade, com produtos finais únicos na vida do cliente o Muito tradicional, com resistência para mudanças -> poucas empresas fazem uso de inovações tecnológicas o Produção centralizada (trabalhadores constroem um produto fixo) Mão de obra o Intensiva e pouco qualificada o Emprego sem possibilidade de promoção -> falta motivação o Trabalho a céu aberto o Baixa produtividade Responsabilidades dispersas e pouco definidas Alto desperdício de recursos Ausência de economia de escala -> impossibilita redução de custos Dependência da economia nacional -> pela alta flutuação nas vendas Subsetor de Edificações o Baixos investimentos em equipamentos e infraestrutura o Empresas com número reduzido de obras, tratadas isoladamente o Importância da economia de escala Maior redução de custos Menor preço com os fornecedores Projetos Típicos de Construção Construção de Edifícios o Com propostas: residenciais, escritórios, centros comerciais, pequenas indústrias e de recreação o Normalmente elaborados por arquitetos e engenheiros Construções de Engenharia o Função pública (como obras de infraestrutura) o Necessidades dos projetos especificadas por órgãos públicos o Exemplos: Construção de estradas ou construção pesada (represa, aquedutos, canalização de leitos de rios) Construções Industriais o Normalmente envolvem projetos de alta tecnologia o Clientes privados que encontram empresas de engenharia para projetas as instalações industriais Conceitos de Construção Sistema produção particular para alcançar um objetivo, através da execução de atividades específicas e inter-relacionadas, requerendo a contribuição de grupos multidisciplinares Ciclo da Construção: Viabilidade do Projeto > Anteprojeto > Projeto Executivo > Execução > Entrada em Serviço Cadeia Produtiva – conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos até o produto final, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos de uma corrente Conclusão O setor de construção civil é estratégico se o país quer conseguir um crescimento sustentável ao longo prazo. Os investimentos na cadeia produtiva têm impacto na geração de emprego e renda, e na solução de problemas socioeconômicos 2. Intervenientes no Processo Construtivo Ciclo do Empreendimento a. Viabilidade – identificação das necessidades do usuário b. Anteprojeto - planejamento c. Projeto Executivo - projeto d. Execução – fabricação de materiais e componentes e execução da obra e. Entrada em Operação - uso, operação e manutenção Intervenientes Proprietário, Contratante, Firma Projetista, Autor do Projeto, Financiador, Executante, Fiscal, Empreiteiro Técnico, Subempreiteiro, Consultor Técnico, Tecnologista, Fabricante, Fornecedor, Concessionária, Corretor, Adquirente e Usuário Cada um desses assume diversas funções, com responsabilidades e prerrogativas Proprietário o Arca com todos os recursos necessários o Define objetivos o Garante e disponibiliza o local do empreendimento para o executante e demais intervenientes o Vistoria o empreendimento com auxílio do fiscal técnico o Tem poder de modificar o projeto com o consentimento do autor o Pode recusar o empreendimento o No final, recebe o manual de uso e manutenção feito pelo executante Contratante/Gerenciador o Nomeado pelo proprietário, representa suas vontades o Promove execução do projeto o Elabora contratos, define critérios de aceitação, media relacionamento com contratantes e contratados Firma Projetista o Pessoa jurídica legalmente habilitada para elaborar o projeto o Elabora plantas, técnicas e memoriais descritivos o Possuem profissionais técnicos habilitados para desenvolver o projeto e seu acompanhamento técnico o Assumem custos com erros no projeto o Reúne experiências adquiridas ao longo da profissão e registradas no CREA de todos os autores de projeto Autor do Projeto o Contratado e responsável técnico do projeto do empreendimento, legalmente habilitado o Criar um projeto que respeite a vontade, normas e regulamentos do contratante o Acompanha a execução do empreendimento, independente da remuneração o Poder de rejeitar modificações no projeto Financiador o Contrata com o proprietário a concessão de recursos o Cumprir prazos, valores e cronograma acordado o Tem o poder de examinar projeto da construção e cronograma Executante o Pessoa jurídica escolhida para realizar o projeto o Organiza processos, materiais, componentes, equipamentos e ferramentas o Administra a mão de obra o Mantém o livro de registro de ocorrências e outros documentos técnicos o Fornece o “Manual de Uso e Manutenção” Fiscal o Rejeitar qualquer recurso ou serviço feito fora do projeto ou em desacordo com o contrato e profissionais não qualificados Empreiteiro Técnico o Execução de partes do empreendimento, respeitando o projeto e administrando a mão de obra o Deve ser consultado no caso de modificação do projeto Subempreiteiro o Deve acatar as determinações do empreiteiro e fornecer ao executante a comprovação do cumprimento das obrigações (trabalhistas e tributárias) Consultor Técnico o Analisa e sugere soluções de problemas de sua especialidade (assumindo a responsabilidades de erros devido à solução apresentada) Tecnologista o Elaborar pesquisa, análise e controle tecnológico dos recursos físicos Fabricante o Fabrica componentes, equipamentos para o empreendimento Fornecedor o Fornece componentes, equipamentos para o empreendimento Concessionária o Pessoa jurídica que recebe a concessão de explorar determinado serviço de utilidade pública Corretor o Intermediadora de comercialização de bem imóvel (CRECI) Adquirente o Adquire o bem Usuário o Pessoa a quem é entregue o bem para uso 3. Princípios Gerais de Gerência de Obras: Sistema Administrativo da Obra Gerenciamento de Obras Conceito – dirigir e coordenar recursos humanos, materiais e financeiros durante a obra, usando técnicas de administração visando objetivos de tempo, custo, qualidade e segurança para garantir a satisfação do cliente Gerenciamento Estratégico Gerenciamento de Escopo – definir responsabilidades e metas de cada setor. Recursos são alocados e é feita uma análise se viabilidade Gerenciamento de Tempo – definido ritmo de trabalho e avaliada a produtividade Gerenciamento de Custo – previsão de fluxo de caixa, comparação do planejado com o real Gerenciamento de Qualidade – melhoria das atividades do canteiro e do produto final Gerenciamento das Comunicações – disponibilizar documentos para que todos possam controlar as atividades Gerenciamento de Recursos – para manter os índices de produtividade prescritos Gerenciamento de Contratos e Fornecimento – licitação, aquisição de materiais e logística de suprimentos Gestão de Risco – tanto de execução quanto de custos e prazos Avaliação do Gerenciador Permanência dos funcionários na empresa Qualidade do pessoal e das informações do sistema de gerenciamento Capacidade financeira e técnica Experiência no campo Gestão da Construção - Gestão Administrativa Gestão de MDO e Pessoal – RH; procurar, selecionar, treinar, desenvolver e manter os recursos Gestão de Materiais – dimensionamento e solicitação dos materiais necessários, controle de qualidade dos recebimentos, controle da estocagem e do almoxarifado e qualificação dos fornecedores o Tipos de Licitação Administrativa Convite – distribuído entre empresários do ramo convidados Tomada de preços – entre os cadastrados ou entre aqueles que possuam as condições exigidas Concorrência Pública – entre quaisquer empreiteiros que comprovem atender os requisitos de qualificação o Divisão ABC dos Recursos Grupo A – pequena porcentagem de materiais essenciais que são de grande valor total de estoque Grupo B – porcentagem média de materiais importantes que são de valor médio do total de estoque Grupo C – grande porcentagem de materiais acessórios que são de pequeno valor total de estoque Gestão de Equipamentos – mobilização e operacionalidade dos equipamentos; manutenção, avaliação econômica, controle do trabalho e análise da produtividade dos equipamentos 4. Organização das Gerências de Obras Setor de Planejamento Técnico – responsável pelo estudo de viabilidade técnico- econômico. Bem como seu planejamento, controle, coleta de dados e posterior análise. Subsetores: Setor de Arquitetura – participa da definição do memorial descritivo, materiais da construção e fornecedores e coordena as atividades entre o projeto arquitetônico e os de engenharia Setor Financeiro – fornece informações de viabilidade econômica e custos; elabora cronograma físico-financeiro e prevê despesas Setor Contábil – recebe as despesas e as codifica por item para elaborar os relatórios contábeis Setor de Processamento de Dados – usa ferramentas computacionais para tratar informações e elaborar relatórios posteriormente Setor de Tesouraria – definir os principais pagamentos e cumpri-los Setor Jurídico – elaboração e envio dos documentos para o dossiê legal a ser entregue para os órgãos públicos responsáveis Setor de Engenharia-Obra – acompanhar o cronograma físico-técnico e elebora planilhas de produção e históricos técnicos de materiais e serviços; identificar problemas da obra e elaborar soluções 1ª Fase – Viabilidade da Construção Setor de Vendas – localização do terreno, valor de venda dos imóveis e despesas com promoções Setor Financeiro – decisões sobre os financiamentos (recursos próprios ou de terceiros) Setor Arquitetônico – estudos preliminares, definição dos prazos e da equipe de trabalho 2ª Fase – Planejamento Técnico-Econômico da Construção Setor de Arquitetura e Projetos – completar os projetos e memorial descritivo Setor de Engenharia de Produção – elaborar especificações técnicas do empreendimento Setor Jurídico – subsídios e documentos técnicos necessários ao processamento jurídico Setor de Compras – histórico das propostas fechadas e advertência para algum tipo de material que foi aplicado sem sucesso anteriormente Setor Contábil – preparação para a fase de controle 3ª Fase – Controle Físico-Financeiro da Construção Setor de Arquitetura e Projetos – responsável pela execução fiel de todos os projetos e possíveis mudanças que ocorram durante o andamento da obra Setor Financeiro – precisa ser alimentado de informações periodicamente para, se necessário, tomar decisões de aumentar ou diminuir o ritmo da obra Setor Contábil – elaborar contabilidade mensal do empreendimento e alocar todos os gastos Setor de Compras – efetua pedidos de compras e manter documentação e cadastro atualizado de fornecedores Setor de Engenharia de Produção – análise do desempenho dos contratos fechados, elaborar relatórios quantitativos dos insumos e tomar decisões em caso de desacordo do projeto executivo 4ª Fase – Resultados Durante ou após o término da obra Analisar se o desempenho da obra foi atingido de acordo com os relatórios gerenciais Plano de Contas nos Serviços de Construção Deve constar os principais objetivos da obra, a organização das contas, o controle da obra e acompanhamento do cronograma físico-financeiro Cada obra deve adotar uma identificação e cada serviço deve conter conta e subconta de identificação, de forma que ocorra a documentação dos gastos, sua apropriação, contabilização e acompanhamento do orçamento 5. Gerenciamento do Empreendimento na Construção Civil: Estudo de Viabilidade Empreendimento – conjunto de estudos e/ou realizações físicas que vão desde a concepção inicial de uma ideia até sua concretização Etapas da Construção e seu Gerenciamento Viabilidade o Estudo técnico-econômico do projeto o Planos de implantação, estimativa de custo e cronogramas preliminares Planejamento o Dificuldade: controle e acompanhamento desse planejamento durante a realização da obra Estudo de Viabilidade de um Empreendimento Conceito – comparação entre a estimativa de custo do mesmo e os rendimentos que se espera obter por meio da sua comercialização Do ponto de vista social e ambiental o Geração de emprego o Aprimoramento Técnico Aspectos a serem pesquisados o Localização o Capital a ser investido o Concepção do produto Fases de um Empreendimento Imobiliário Estudo de Viabilidade o Concepção o Análise do potencial técnico e financeiro da empresa o Análise do mercado e das possibilidades de rendimento o Aquisição do terreno o Contratação dos arquitetos Gestão do Empreendimento o Coordenação dos projetos o Planejamento e orçamentação o Legalização do empreendimento o Comercialização o Atendimento ao cliente Administração Posterior à Construção o Atendimento ao cliente o Manutenção Gerenciamento Integrado de Empreendimento – integração de todos os fatores citados com o objetivo de se obter a otimização do planejamento e execução de uma obra Fatores de Sucesso e Risco para um Empreendimento Divisão clara das atribuições do responsável pelo estudo de viabilidade e as do responsável pela execução da obra Fatores de Sucesso para o Estudo de Viabilidade o Conhecimento do mercado regional o Bom aproveitamento do terreno o Aperfeiçoamento da concepção do projeto o Know-how e rede de contatos Fatores de Risco para o Estudo de Viabilidade o Falhas no EVE – concepção do projeto não correspondente ao mercado, etc. o Falhas no planejamento – imposições de órgãos públicos não consideradas anteriormente levando a não concessão de aprovações o Escassez de venda devido a recessão econômica o Riscos quanto ao custo, prazo e qualidade do empreendimento o Aumento de custos por mudanças no projeto durante a execução Estudo de Viabilidade Análise de Mercado Análise do terreno o Macro análise Situação geográfica Aspectos de infraestrutura urbana Aspectos mercadológicos Aspectos financeiros o Microanálise Aspectos públicos, jurídicos e sociais – Plano Diretor, análise do potencial construtivo, etc. Análise de imposições relativas ao ambiente Análise do local da obra – levantamento do local, dados do registro de imóveis Adequação do terreno ao planejamento da obra Estudo do solo Ligação com a rede de serviços públicos de água, esgoto e energia elétrica Análise do Investimento/Financiamento Marketing Organização do Empreendimento Avaliação do potencial da empresa 1ª Fase – Levantamento de Dados – o Coletar objetivos do empreendimento, prazos e recursos disponíveis, quantidade de usuários, materiais e veículos, etc. 2ª Fase – Estudo Preliminar o Definição dos pacotes de trabalho, formasarquitetônicas e questões ambientais 3ª Fase – Anteprojeto – o Contratação de algumas empresas o Melhor definição dos profissionais necessários o Definição detalhada dos pacotes de serviços e cronogramas o Relatório explicativo relativo aos impactos do replanejamento o Compatibilização dos projetos o Avaliação do levantamento prévio de custos 4ª Fase – Projeto Legal o Objetivo – conseguir todas as licenças necessárias para a realização da obra o Nada mais precisa ser feito em relação ao EVE
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