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ESTUDO DIRIGIDO personalidade 2

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Universidade Estácio de Sá
Campus João Uchôa
Curso – Psicologia Disciplina – Psicologia da Personalidade 
Professora – Claudia Behar 
Aluna – Glaucia Viana
2017/2 - Matrícula 201703429559
ESTUDO DIRIGIDO 2 – TEORIA DA PERSONALIDADE
Explique a 1ªa e a 2ª tópica freudiana
1 ª tópica – Freud
Em seu livro A interpretação dos sonhos, em seu capítulo VII, Freud refere-se ao funcionamento do aparelho psíquico, fala da personalidade utilizando-se de um modelo puramente psicológico sem associação nenhuma com o fisiológico. 
Freud propaga a ideia de que a personalidade deve ser compreendida como um aparelho psíquico e não mais neurológico. Essa primeira concepção da personalidade como aparelho psíquico recebeu o nome de “Primeira Tópica”.
O aparelho psíquico é constituído por consciente, pré-consciente e inconsciente
Consciente - Sistema do aparelho psíquico que recebe as informações do mundo externo e do mundo interno. É o agora, onde estou pensando o agora, vendo, sentindo o agora.
As ideias e pensamentos que penso raciocinando estão no Consciente e vêm do Pré-Consciente impulsionados pelo Inconsciente.
Pré-consciente - Sistema onde permanecem conteúdos que estão acessíveis à consciência, mas que no momento não tem a atenção voltada para eles. Se constitui como uma instância provisória que abriga pensamentos, ideias.
Por exemplo, pergunto a você: Com o que você tomou café esta manhã? Você irá recuperar dados e responder. Estes dados estavam no Pré-Consciente.
Inconsciente - Conteúdos não conscientes e reprimidos por uma censura interna.
O Inconsciente é um lugar onde se localizam pulsões e desejos, a energia libidinal.
Algumas características do inconsciente:
Desconhece a dúvida e a negação;
Não existe proibição;
É atemporal, vive no presente;
Não leva em conta a realidade;
Tende à satisfação do desejo.
2ª tópica
Após conceber a primeira tópica e, particularmente, após seus estudos sobre o Narcisismo e sobre o complexo de Castração e Édipo, Freud aperfeiçoou o conceito de inconsciente, formulando a chamada segunda tópica (intitulado modelo estrutural), dividindo a mente em Id, Ego e Superego.
A segunda tópica de Freud propõe que a meta fundamental da psique é manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer.
A segunda tópica de Freud concebe três estruturas na psique:
Id: Parte primária da personalidade e todas as estruturas se desenvolvem a partir dele. A energia que é usada para acionar o sistema nasce no Id, que é de natureza primitiva, instintiva.
Ego: Se desenvolve a partir do Id e é formado através do contato com a realidade externa. O Ego tem o papel de ser o mediador entre os desejos do Id e a censura do Superego. 0 ego, emergindo do id, existe para lidar realisticamente com as pulsões básicas do id e também age como mediador entre as forças que operam no Id e no Superego e as exigências da realidade externa.
Superego: Se desenvolve a partir do Ego e atua como um juiz de nossas atividades. Contêm padrões morais e éticos, modelos de conduta e juízos de valores. O superego, emergindo do ego, atua como um freio moral ou força contrária aos interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que definem e limitam a flexibilidade deste último.
ID: Polo psicobiológico da personalidade; Regido pelo princípio do prazer; Pulsões/ Instintos. Representações psíquicas dos impulsos. Funciona através do processo primário (princípio do prazer) 
Possui uma parte herdada, inata = núcleo, possui uma parte recalcada, adquirida (resultado do recalcamento), ponto de vista econômico = reservatório inicial de energia psíquica (impulso, vontade, traz prazer), ponto de vista dinâmico = entra em conflito com o ego e o superego. “Aquilo(id) foi mais forte que eu” 
 
EGO: Função mediadora integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e as ameaças do superego e as demandas da realidade exterior. Funções ligadas às relações do indivíduo com o seu ambiente (mecanismos de defesa). Tem partes inconscientes. 
Explique os principais conceitos de Jung
Ego é a visão limitada do “EU”, começa a ser construído quando a criança se percebe como ela - é o centro da consciência inferior, diferente do Eu, que é centro superior da consciência. É a soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a concepção que a pessoa faz de si mesma. 
Para você ter uma ideia do que é o Ego, pergunte a si mesmo como você é. Todas as respostas que vierem à sua mente (sou trabalhador, emotivo, sou isso ou aquilo) estarão falando do Ego. 
No ego estão os mecanismos de defesa, para lidar com as situações da vida, os estresses, as perdas, os problemas, os obstáculos. Esses mecanismos podem ser primitivos ou evoluídos. 
Self – Todo o meu potencial de vir a ser começa a ser construído já na vida adulta com a função de integrar, equilibrar consciente e inconsciente. O Si mesmo é o centro de toda a personalidade. É dele que emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra 
De acordo com Jung “O Si mesmo representa o objetivo do homem inteiro, a saber, a realização de sua totalidade e de sua individualidade”.
O Self verdadeiro vem de dentro para fora e se baseia em escolhas conscientes. Quanto maior o autoconhecimento, mais livre se torna o indivíduo no resgate da sua essência verdadeira. 
Persona – Jung disse que a Persona é um elemento da personalidade que surge “por razões de adaptação ou conveniência pessoal.” Se você tem certas “máscaras” que você coloca em várias situações (como o lado de si mesmo que você apresenta no trabalho, ou para família), isso é uma persona. A Persona pode ser vista como a parte de “relações públicas” do ego, a parte que nos permite interagir socialmente em uma variedade de situações com relativa facilidade.
Aqueles que se identificam muito fortemente com suas personas, no entanto, podem ter problemas – como exemplo podemos pensar na celebridade que se torna muito envolvida com sua “estrela”, a pessoa que não pode deixar o trabalho no trabalho, ou o acadêmico que parece condescendente com todos. Fazer o acima mencionado pode prejudicar o crescimento pessoal de alguém, como outros aspectos do self, então, a pessoa pode não se desenvolver adequadamente, incapacitando o crescimento geral.
A persona normalmente cresce a partir das partes de pessoas que desejavam uma vez agradar a professores, pais e outras figuras de autoridade, e, como tal, se inclina fortemente em direção a incorporar apenas as melhores qualidades, deixando os traços negativos que contradizem a Persona formarem a “Sombra”.
Sombra - existe como parte da mente inconsciente e é composta de ideias reprimidades, fraquezas, desejos e deficiências. Esses traços que não gostamos, ou preferimos ignorar, se juntam para formar o que Jung chamou de Sombra. Esta parte da psique, que também é fortemente influenciada pelo inconsciente coletivo, é uma forma de complexo, e geralmente é o complexo mais acessível pela mente consciente. São incompatíveis com a percepção que cada um tem de sí mesmo é por esse motivo, são enviados para o inconsciente, para a sombra.
Jung não acreditava que a sombra seja sem propósito ou mérito; ele sentiu que “onde há luz, também deve haver sombra” – o que quer dizer que a sombra tem um papel importante a desempenhar no equilíbrio total da psique. Sem um lado sombrio bem desenvolvido, uma pessoa pode facilmente tornar-se superficial e extremamente preocupada com a opinião dos outros. Assim como o conflito é necessário para fazer avançar o enredo de qualquer bom romance, luz e escuridão são necessárias para o nosso crescimento pessoal.
Jung acreditava que, não querendo olhar para suas sombras diretamente, muitas pessoas iriam projetá-las para os outros, o que significa que as qualidades que muitas vezesnão podem estar em outros, temos em nós mesmos e gostaríamos de não ver. Para crescer verdadeiramente como uma pessoa, é preciso cessar tal cegueira voluntária à própria sombra e tentar equilibrá-la com o Persona.
Ânima – imagem feminino no masculino
Ânimus – imagem masculina na psique feminina
De acordo com Jung, a anima e animus são os arquétipos contra-sexuais da psique, com a anima estando em um homem e animus numa mulher. Estes são construídos a partir de arquétipos femininos e masculinos das experiências individuais, bem como a experiência com os membros do sexo oposto (começando com um dos pais), e procuram equilibrar a experiência unilateral do gênero. Como o Sombra, esses arquétipos tendem a acabar sendo projetados, somente em uma forma mais idealizada; um olha para o reflexo da própria anima ou animus em um parceiro em potencial, representando o fenômeno do amor à primeira vista.
Jung não viu masculinidade ou feminilidade como o lado “superior” da moeda de gênero (ao contrário de muitos de seus pares, que favoreceram a masculinidade), mas apenas como duas metades de um todo, tais como luz e sombra, metades que devem servir para equilibrar uma a outra.
Arquétipo
São estruturas vazias, herdadas dos nossos ancestrais que determina formas de sentir, pensar e agir.
Dentro do inconsciente coletivo há "estruturas" psíquicas ou arquétipos. Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Eles se parecem um pouco com leitos de rio secos, cuja forma determina as características do rio desde que a água começa a fluir por eles. Jung também chama os arquétipos de imagens primordiais, porque eles correspondem frequentemente a temas mitológicos que reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes.
3)o que se entende por 3ª força na psicologia?
A psicologia humanista é um ramo da psicologia em geral, e da psicoterapia em particular, considerada como a terceira via, ao lado da psicanálise e da terapia comportamental. A psicologia humanista surgiu como uma reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas, ensinando que o ser humano possui em si uma força de autor realização, que conduz o indivíduo ao desenvolvimento de uma personalidade criativa e saudável. Essa força inerente a todo ser humano é muitas vezes, no entanto, impedida por fatores externos de se desenvolver plenamente. A psicologia humanista busca, assim, uma humanização da psique, considerando o homem como um processo em construção, detentor de liberdade e poder de escolha.
 4)Explique a pirâmide de Maslow
Sua teoria explica como os indivíduos são movidos a ter ações que façam suprir as suas necessidades, através de uma ordem pré-estabelecida, indo desde as mais básicas até as mais complexas (das biológicas até as psicológicas).
A teoria da Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow foi criada em meados da década de 50. Nela as necessidades do ser humano são divididas em cinco partes, sendo elas:
Necessidades fisiológicas básicas
Necessidades de segurança
Necessidades sociais
Necessidades de autoestima
Necessidades de auto realização
Essas necessidades também foram organizadas em formato de pirâmide e assim organizadas para funcionar como etapas dependentes, onde é necessário, impreterivelmente, suprir as necessidades do nível anterior e mais básicas para só então suprir as necessidades que estão nos níveis acima e ir “subindo” até chegar ao topo da pirâmide. Pirâmide-de-Maslow
De acordo com a Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow, as Necessidades Fisiológicas básicas são as primeiras a serem supridas e estão na base da pirâmide. Este é o grupo de necessidades que Maslow considera serem orgânicas e bastante ligados a instintos animais, com cunho fisiológico e de sobrevivência. Este nível é estimulado por comportamentos que estão ligados ao verbo “ter”, sendo alguns exemplos de necessidades pertencentes a esta categoria são a alimentação (água e comida), a respiração, a reprodução, o descanso, o abrigo, a vestimenta.
Em seguida temos as Necessidades de Segurança. Essas necessidades surgirão junto com a consciência humana, pois o homem ao entender que fazia parte de um todo e ao tomar consciência de suas necessidades para sobrevivência em um determinado ambiente, pôde identificar situações e objetos que trariam algum tipo de risco a sua vida e assim criar a noção de “algo seguro”. Este é o grupo de necessidades que Maslow considera como a segunda mais elementar. Referem-se à estabilidade ou manutenção do que se tem, seja segurança da vida, de objetos ou de conhecimento. Dentre as necessidades de segurança, servem como exemplo: a segurança física pessoal, a segurança financeira, a saúde e bem-estar e estar protegido contra imprevistos. Morar em Condomínios Fechados, para alguns níveis socioeconômicos, é uma necessidade básica de segurança, por exemplo.
Aparecendo no terceiro “degrau” ao “subir” na pirâmide, após as necessidades fisiológicas e de segurança serem atendidas, aparecem as Necessidades Socias ou Necessidades de Associação. Esse tipo de necessidade é aquela associada aos fatores que um indivíduo precisa ter para viver em sociedade, ou seja, ligado a termos sociais e aspectos relacionados à emoção do indivíduo. Faz parte da existência humana se sentir aceito e fazer parte de uma ou mais comunidades. Servem como exemplo dessas necessidades: a amizade, a relação de confiança no outro (como com os amigos íntimos e mentores), a convivência social, a noção de família e laços sanguíneos, pertencimento a alguma organização social (como os clubes, igrejas, entidades de classe, torcidas de futebol, grupos de estudo, estilos musicais, estilos de vida, proprietários de motos de determinada marca), entre outros aspectos sociais.
Essas necessidades de Associação são uma das mais efetivas em campanhas publicitárias, uma vez que essas campanhas se baseiam em passar a ideia de felicidade e alegria quando se está em comunidade, a exemplo das campanhas de cerveja e festas. A ausência destes elementos, segundo a interpretação da Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow, torna as pessoas suscetíveis à solidão, a ansiedade e ao desenvolvimento da depressão. Marcas como Harley Davidson, Apple e Ferrari são exemplos gritantes de grandes comunidades criadas em torno de uma marca.
Em quarto lugar na Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow estão as Necessidades de Estima. Para suprir essas necessidades o ser humano passa a perseguir o seu respeito na sociedade em que vive, buscando melhorar a sua autoestima e o seu respeito próprio. As necessidades de estima simbolizam o desejo humano de ser aceito e valorizado por si e pelos outros dentro de sua comunidade. Note que neste caso, ao contrário do que acontece nas necessidades de Associação, o indivíduo não está em busca apenas de uma aceitação do grupo em que está ou quer se inserir, e sim à procura do reconhecimento pessoal e do grupo, demonstrando da sua importância dentro dele. Além de ser aceito, quer ser reconhecido.
Aparecendo no topo da Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow e como a última necessidade a ser suprida, está a Necessidade de Auto Realização. Este tipo de necessidade pode ser considerado como a motivação maior e a única que de fato é satisfatória para a natureza humana, a mais afastada das necessidades instintivas dos animais. Na necessidade de Auto Realização a motivação é vista como impulso para o indivíduo realizar o seu potencial máximo, visando se tornar aquilo que ele pode ser e explorando todas as suas possibilidades. É nesta fase que o julgamento da comunidade passa a ser menos imperativo e surge a expressão individual, o caráter de liderança e a satisfação plena com a vida.
Como a Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow propõe etapas dependentes e correlacionadas, para atingir este último patamar se faz necessário que os outros “degraus” da pirâmide (as necessidades fisiológicas básicas, as necessidadesde segurança, as necessidades sociais e as necessidades de autoestima) tenham sido satisfeitos. Caso alguma das necessidades anteriores à necessidade de auto realização regridam, o indivíduo tende a regredir em seu nível de satisfação e motivação em relação à vida.
A famosa hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, baseia-se na ideia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma “escalada” hierárquica de necessidades para atingir a sua plena auto realização.
A hierarquia de necessidades de Maslow
Para tanto, Maslow definiu uma série de cinco necessidades do ser, dispostas na pirâmide abaixo e explicadas uma a uma a seguir:
Onde existem as necessidades primárias (básicas) que são as fisiológicas e as de segurança e as necessidades secundárias, que são as sociais, estima e auto-realização. Abaixo a explicação de cada uma delas:
1 – Necessidades fisiológicas: São aquelas que relacionam-se com o ser humano como ser biológico. São as mais importantes: necessidades de manter-se vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, etc.
No trabalho: Necessidade de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho etc.
2 – Necessidades de segurança: São aquelas que estão vinculadas com as necessidades de sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, de conservar o emprego etc. No trabalho: emprego estável, plano de saúde, seguro de vida etc.
No trabalho: Necessidade de estabilidade no emprego, boa remuneração, condições seguras de trabalho etc.
3 – Necessidades sociais: São necessidades de manter relações humanas com harmonia: sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho e afeto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto.
No trabalho: Necessidade de conquistar amizades, manter boas relações, ter superiores gentis etc.
4 – Necessidades de estima: Existem dois tipos: o reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa capacidade de adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digno, respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho etc. Incluem-se também as necessidades de auto-estima.
No trabalho: Responsabilidade pelos resultados, reconhecimento por todos, promoções ao longo da carreira, feedback etc.
5 – Necessidades de auto realização: Também conhecidas como necessidades de crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a autonomia, a independência e o auto controle.
No trabalho: Desafios no trabalho, necessidade de influenciar nas decisões, autonomia etc.
Aspectos a se considerar sobre a hierarquia de necessidades de Maslow
– Para alcançar uma nova etapa, a anterior deve estar satisfeita, ao menos parcialmente. Isto se dá uma vez que, quando uma etapa está satisfeita ela deixa de ser o elemento motivador do comportamento do ser, fazendo com que outra necessidade tenha destaque como motivação.
– Os 4 primeiros níveis destas necessidades podem ser satisfeitos por aspectos extrínsecos (externos) ao ser humano, e não apenas por sua vontade.
– Importante! A necessidade de auto-realização nunca é saciada, ou seja, quanto mais se sacia, mais a necessidade aumenta.
– Acredita-se que as necessidades fisiológicas já nascem com o indivíduo. As outras mostradas no esquema acima se adquirem com o tempo.
– As necessidades primárias, ou básicas, se satisfazem mais rapidamente que as necessidades secundárias, ou superiores.
– O indivíduo será sempre motivado pelas necessidades que se apresentarem mais importantes para ele.
5) Explique as principais características do terapeuta de atua na abordagem centrada na pessoa (Carl Rogers)
O pressuposto fundamental da Abordagem Centrada na Pessoa é que em todo indivíduo existe uma tendência atualizadora, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva:
Para tal, a atuação do terapeuta deve consubstanciar três atitudes que constituem as condições necessárias à criação de uma relação potenciadora de mudança construtiva: a compreensão empática, o olhar positivo incondicional, a congruência. 
A compreensão empática designa "um processo dinâmico que consiste na capacidade de penetrar no universo do outro, sendo sensível à mobilidade e significação das suas vivências. Permite tomar consciência de sentimentos que ainda não lhe são claros, mas respeitando o ritmo das suas descobertas próprias (não desvelando precocemente) e mantendo uma abertura a tudo o que de novo possa surgir 
A procura ativa de uma compreensão cada vez mais precisa e completa do cliente por parte do terapeuta propicia, por sua vez, que cada vez mais experiências possam aceder à consciência do cliente, possibilitando a revisão e o alargamento do autoconceito. No entanto, esta tomada de consciência não conduz, só por si, a um funcionamento mais integrado e saudável. Para assimilar na estrutura do Self uma atitude, desejo ou tendência comportamental anteriormente ameaçadores, o seu significado subjetivo e o seu impacto no olhar do indivíduo para si próprio têm de mudar. Para que experiências ameaçadoras possam ser adequadamente simbolizadas na consciência e integradas na estrutura do self, tem de haver uma diminuição das condições de valor que o indivíduo se impõe a si mesmo e um aumento na incondicionalidade do seu olhar próprio. 
O olhar positivo incondicional é uma genuína aceitação do outro que se mantém constante independentemente daquilo que o cliente revela sobre si, um respeito pela forma como este conduz o processo terapêutico (temas abordados, ritmo do processo, decisões, etc.), o reconhecimento do seu direito à diferença e à autonomia. O olhar positivo incondicional do terapeuta face ao cliente é a condição básica para a mudança na terapia centrada na pessoa. A percepção desta atitude resulta no enfraquecimento ou dissolução das condições de valor e aumenta o olhar próprio incondicional: as experiências antes ameaçadoras podem então ser abertamente percepcionadas, exploradas e integradas no conceito de si. 
A congruência refere-se à consistência interna, ao estado de integração psicológica do terapeuta no espaço da relação. Pode ser entendida como a p reparação do terapeuta para poder experimentar as atitudes de compreensão empática e olhar positivo incondicional. Se o terapeuta, ele próprio, estiver incongruente, preso à rigidez das suas próprias defesas, como conseguirá promover a fluidez do cliente ou estar aberto à sua diversidade e complexidade? Se tiver medo da dor, como será ele capaz de ouvir e de ajudar o cliente a enfrentar a sua própria dor? Se, na relação terapêutica, o terapeuta for confrontado com experiências que lhe ameaçadoras, como manter o seu poder de escuta e de compreensão, ou mesmo a sua capacidade em discernir os seus sentimentos dos do cliente?
6) Como a teoria humanista entende os conceitos de crescimento e auto realização?
(...) o indivíduo traz dentro de si a capacidade e a tendência, latente se não evidente, para caminhar rumo à maturidade. Em um clima psicológico adequado, essa tendência é liberada, tornando-se real ao invés de potencial... Seja chamando a isto uma tendência ao crescimento, uma propensão rumo à auto realização ou uma tendência direcionada para frente, esta constitui a mola principal da vida, e é, em última análise, a tendência de que toda a psicoterapia depende (p. 40)
pesar desta tendência ao crescimento ser inata a todos os organismos, ela precisa ser estimulada para que ocorra uma mudança terapêutica significativa nocliente. Rogers (1957/1995)
7) Diferencie o conceito de cliente e paciente para a terapia humanista
“A hipótese central da abordagem centrada na pessoa é a de que o indivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a auto compreensão e para alterar o seu autoconceito, suas atitudes básicas e seu comportamento autodirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido”.
Desta forma, o terapeuta é apenas um mediador, um estimulador desse encontro. A palavra paciente remete a um sujeito subordinado a um conhecimento que está no outro, no caso o médico, que definirá como será sua forma de tratamento. Assim, o humanismo entendendo esse sujeito como ativo na busca da solução dos seus problemas propõe o termo Cliente.
A Psicologia Humanista
A Psicologia Humanista representa a terceira força em psicologia. Surgiu entre as décadas de 1950 e 1960, como reação e crítica às duas forças anteriores, que na época dominavam o cenário. Não há um fundador ou teórico que iniciou essa abordagem, mas normalmente considera-se Abraham Maslow o pai da Psicologia Humanista, principalmente pelo seu papel como articulador e organizador do movimento. Maslow, junto com Anthony Sutich, foram os principais responsáveis pelo lançamento, nos Estados Unidos, da Revista de Psicologia Humanista em 1961, e pela fundação da Association for Humanistic Psychology, em 1962. Maslow dizia que o Behaviorismo e Psicanálise não se preocupavam com o tema da saúde psicológica e propôs-se a trabalhar nesse sentido. Suas teorias foram construídas pela observação não de pessoas doentes, mas de pessoas com saúde mental acima da média, ou pessoas auto realizadoras, como ele as denominou. Deve-se destacar ainda o nome de Carl Rogers, com sua Terapia Centrada na Pessoa, um dos grandes colaboradores do movimento humanista, principalmente na fundamentação teórica dessa nova forma de psicologia.
O movimento humanista teve apoio e influência de psicólogos e teóricos de diversas áreas, incluindo as teorias de discípulos dissidentes de Freud, Teve forte influência da Psicologia da Gestalt alemã, com sua visão holística e organísmica, a ainda das Psicologias Existenciais e da Fenomenologia. 
A Psicologia Humanista vê o processo psicoterapêutico como uma técnica de crescimento pessoal ou de desenvolvimento do potencial humano, e não como técnica de tratamento de doenças mentais. Portanto, se você ainda achava que psicólogo é coisa pra louco, saiba que foi o movimento humanista que mudou essa história. Eles passaram a defender a ideia de que a psicoterapia era um processo de autoconhecimento, útil a qualquer pessoa. Deixaram de chamar o paciente de “paciente”, passando a chamá-lo “cliente”. Os humanistas afirmam que as pessoas só podem ser compreendidas como indivíduos. Não se pode conhecer uma pessoa a partir de dados estatísticos da população ou a partir de estudos com animais, uma crítica aos métodos do behaviorismo e da ciência tradicional. E ainda, as pessoas precisam ser compreendidas de forma completa e dentro de seu ambiente natural, e não através de análise de partes do comportamento ou através de experiências em laboratório.
Tom Greening é psicoterapeuta humanista e foi editor da Revista de Psicologia Humanista de 1971 a 2005. Ele descreve os cinco postulados básicos da Psicologia Humanista desta forma:
1) Seres humanos são mais do que a soma de suas partes. Não podem ser reduzidos a partes ou funções que os compõem.
2) Seres humanos só podem ser compreendidos no contexto humano.
3) Seres humanos são conscientes e conscientes de si mesmos.
4) Seres humanos têm livre-arbítrio e responsabilidade por suas escolhas.
5) Seres humanos são intencionais, perseguem objetivos, sabem que podem alterar eventos futuros e estão em busca de sentido, valor e criatividade.
O movimento humanista, em seu início, atraiu todo tipo de contestadores do sistema e logo sofreu críticas de quem o acusava de ser um movimento pouco sério. Também recebe críticas por não se adequar totalmente ao modelo tradicional de ciência, e por seu amplo escopo, que por reunir interesses de diversas correntes de pensamento, pode parecer um pouco mal definido para quem não segue essa abordagem.

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