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ÉTICA, MORALIDADE & ESTÉTICA CESUCA | 2018 ROTEIRO 1 | Caracterizando a filosofia 2 | O escopo da filosofia 3 | Há um método filosófico? 4 | Os sentidos de ética e de moral 4.1. | Breve história temática 4.2. | Escolas éticas 5 | Relações entre ética e estética 1 | Caracterizando a filosofia O que é a filosofia? - Conjunto organizado de respostas...? - Uma teoria...? - Doutrinas com foco na mudança de vida...? - Amor pelo conhecimento...? - É a história da filosofia...? O que é a filosofia? A filosofia é um fazer, é uma atividade. A filosofia é o “caminho entre as ideias”. A filosofia é a disposição em se colocar questões, em se fazer perguntas. Mas quais perguntas? De que tipo? “Que horas são?” “Quanto é dois mais dois?” “Que horas fecha o supermercado?” “Há mais arte em Porto Alegre que em São Paulo?” São perguntas pela natureza das coisas. São perguntas de 2ª ordem. “O que é o tempo?” “O que é o número?” “O que são hábitos e consensos?” “O que é arte?" 2 | O escopo da filosofia PERGUNTAS FILOSÓFICAS SOBRE A VERDADE - Lógica - Metafísica (Ontologia) PERGUNTAS FILOSÓFICAS SOBRE A JUSTIFICAÇÃO - Epistemologia (Teoria do Conhecimento) - Ética (Filosofia da Moral) - Estética (Filosofia da Arte e da Sensibilidade) 3 | Há um método filosófico? Há vários métodos... - Dialético ou socrático (método standard) - Analítico (análise lógica) - Descritivo & Explicativo - Fenomenológico - Conceitogênese 4 | Os sentidos de ética e de moral (1) Se a filosofia é a atividade de se fazer perguntas; (2) E se a ética é um campo da filosofia; ________________ (3) Então, a ética é também uma atividade de se fazer perguntas. A ética pode ser entendida como: Uma investigação da moralidade que fomenta uma reflexão constante sobre aquilo que as sociedades, em momentos passados ou presentes, em culturas próximas ou distantes, determinaram e ainda determinam como fundamentos morais. 4.1. | Breve história temática Período Clássico Aristóteles (século V a.C.) - A ética estuda a conduta do homem individualmente, enquanto que a política estuda a conduta do homem em sociedade. - O fundamento da moralidade está fundado naturalmente no homem. Período Clássico Aristóteles (século V a.C.) - Racionalidade do homem - Sabedoria prática (phronesis) - A virtude intelectual da justa-medida - As virtudes morais - O bem supremo, ou felicidade (eudaimonia) Período Medieval - O fundamento da moralidade não é mais imanente, mas transcendente. Está em Deus. - Mudança de vocabulário. - ‘Escolha’ e ‘deliberação’ saem. Entram ‘vontade’ e ‘obediência’ e ‘dever’. - Racionalidade teológica, fideísmo (fé). Período Moderno Descartes (século VII d.C.) - Nascimento do conceito de ‘sujeito’. - Virada epistemológica na filosofia. - Mistura entre ética e política. - Como fundar subjetivamente a objetividade requerida no campo de uma ética-social? - Tensão entre ‘subjetivo’ e ‘objetivo’. Período Moderno Kant (século VIII d.C.) - Questão da autonomia dos sujeitos. - Minoridade e maioridade. - “Ousa saber!” (Sapere Aude). - Imperativo categórico. Não determina os deveres específicos, mas estrutura as condições mínimas de um ‘dever’. Período Contemporâneo - Mudança nos conceitos de individualidade e subjetividade. - Surgimento da nova antropologia. Profundas diferenças culturais e contextuais. Relativismo cultural. - Relativismo epistemológico. - Esfacelamento do que é ‘universal’ e ‘essencial’. 4.2. | Escolas éticas Principais perguntas da ética O que faz com que uma ação específica tenha moralidade? O que faz com que uma ação específica seja uma ação moral? Certa ou errada, boa ou má? Principais perguntas da ética Existe um fundamento moral para uma ação? O que possibilita que façamos juízos (enunciados) valorativos, do tipo “z é bom” e do tipo “y é errado”? A filosofia da linguagem e a lógica como apoios... Juízos (enunciados) diferentes que fazem parte da nossa linguagem, da forma como utilizamos a linguagem. Os juízos de re e os juízos de dicto e as condições de satisfação - De re = Relativo às coisas (ao mundo) - De dicto = Relativo ao dizer (a linguagem, a forma como usamos ela). Falam das intenções e das crenças de quem formula os juizos. “Chove agora em Porto Alegre.” “A soma de dois mais dois é quatro.” “O gato está no capacho.” “Guilherme crê que está sendo perseguido.” “Katiane crê que matar uma pessoa é moralmente errado.” E isso nos permite recolocar as perguntas iniciais de outro modo... - Juízos morais são de re ou são de dicto? - “A ação x é boa” ou “A ação y é errada” são juízos relativos às coisas ou relativos as crenças? Escolas éticas REALISMO MORAL - Utilitarismo - Dogmatismo moral - Ética do cuidado / Ética da virtude IRREALISMO MORAL - Relativismo moral - Emocionalismo / Egoísmo / Contratualismo 5 | Relações entre ética e estética “Um homem sem [a] ética é como uma fera selvagem solta neste mundo” Albert Camus (Filósofo Contemporâneo) “Estética sem ética é cosmética” Marina Abramovich (Artista visual contemporânea)
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