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Apostila Gimnospermas

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1 
 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA SOBRE ANGIOSPERMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATHEUS CEOLA 
LAGES 
ABRIL/2018 
2 
 
Apostila organizada por Matheus Ceola 
ao departamento de Engenharia 
Florestal, na disciplina de Botânica 
Sistemática. 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA SOBRE AS ANGIONSPERMAS 
ORIENTADORES: ROSELI LOPES DA COSTA BORTOLUZZI E JULIANO PEREIRA 
GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES 
ABRIL/2018 
3 
 
SUMÁRIO 
 
Nomenclatura.......................................................................................................4 
Herbário...............................................................................................................8 
Gimnospermas...................................................................................................10 
Cycadales..........................................................................................................15 
Gyngkoales........................................................................................................17 
Coniferales.........................................................................................................18 
Gnetales.............................................................................................................20 
Gimnospermas nativas no Brasil.......................................................................21 
Parte masculina gimnosperma..........................................................................26 
Parte feminina gimnosperma.............................................................................27 
Reprodução das gimnospermas........................................................................28 
Zamiaceae.........................................................................................................30 
Cycadaceae.......................................................................................................31 
Araucariaceae....................................................................................................32 
Cupressaceae....................................................................................................33 
Pinaceae............................................................................................................34 
Podocarpaceae..................................................................................................35 
Taxaceae...........................................................................................................36 
Ephedraceae.....................................................................................................37 
Gnetaceae.........................................................................................................38 
Angiospermas....................................................................................................39 
Referências 
Bibliográficas.....................................................................................................50 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Nomenclatura Botânica 
 
 
 IDENTIFICAÇÃO: É a determinação de um táxon como idêntico ou semelhante 
a outro já conhecido. Através de pesquisas na literatura, comparação com outro 
exemplar, ou com auxilio de especialistas. 
 É a denominação do nome correto de uma planta já conhecida conforme as 
regras, princípios e recomendações do código internacional de nomenclatura. 
 
 CLASSIFICAÇÃO: É a ordenação das plantas em um táxon: Divisão, Grupo ou 
Clado, Classe, Ordem, Família, Gênero e espécie. 
 
5 
 
 
 Sistema de classificação hierárquico Lineano 
6 
 
 
 
 
 
- Caráter e Estado de caráter 
 Exemplo1: caráter binário = filotaxia da folha 
1- Altera = estado de caráter 
2- Oposta = estado de caráter 
 
Exemplo2: caracteres multiestados = forma da folha 
1- Ovada = Estados de caráter 
2- Obovada = Estados de caráter 
3- Elíptica = Estados de caráter 
4- Arredondada = Estados de caráter 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTANICA 
7 
 
 
 
 
 A nomenclatura botânica é independente da nomenclatura zoológica e da 
bacteriológica. 
 
 A aplicação dos nomes dos grupos taxonômicos é determinada por tipos 
nomenclaturais (tipos de nomes de táxons), de família, de gênero e de 
espécie. 
 
 A nomenclatura de um grupo taxonômico está baseada na prioridade da 
publicação. 
 
 
 Cada grupo taxonômico pode ter apenas um nome, o mais antigo, de acordo 
com as regras, exceto nos casos especiais (holótipo, isótipo). 
 
 Nomes científicos de grupos taxonômicos são tratados em latim, 
independentemente de sua derivação. 
 
 Uma publicação é válida ou efetiva se distribuída às bibliotecas ou, pelo 
menos, às instituições botânicas, deve ser impressa (por exemplo em uma 
revista botânica). 
 
 
 
 
8 
 
 O nome científico deve ser escrito em: negrito, itálico ou sublinhado. O nome 
do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o epíteto coma inicial 
minúscula. 
 
 A escolha do nome científico pode ser para homenagear alguém, um lugar, 
suas cores, se a planta é anual, etc. 
 
 Quando a categoria do táxon for alterada, se coloca o “nome novo” (antigo 
autor) “novo autor”. 
 
 
 
 
 
 Espécime-tipo: é um espécime que serve de referencial para comparar com 
outro espécimes da mesma espécie 
 
 É uma subespécie (ssp.) ou variedade (var.) quanto os representantes 
assemelham-se entre si e compartilham uma ou mais características que não 
se encontram em outras subespécies ou variedades daquela espécie. 
 
9 
 
HERBÁRIO 
 
 Um herbário é uma coleção de espécimes desidratados, preservados, 
organizados e acordo com um sistema de classificação. 
 
 QUAIS SÃO AS FUNÇOES DE UM HERBÁRIO? 
 
 Identificação de espécimes desconhecidos, pela comparação com outros 
espécimes da coleção. 
 
 Servir como acervo para documentação cientifica de pesquisas sobre flora, 
vegetação e comunidades de fungos e, ao mesmo tempo, fornecer material de 
análise para pesquisas. 
 
 Funcionar como um centro de identificação de plantas e fungos, servindo 
concomitantemente como centro de capacitação para taxonomistas. 
 
 Fornecer dados e informações para subsidiar políticas públicas de 
preservação. 
 
 Reconstituir caminhos percorridos por naturalistas, botânicos ou coletores, e de 
parte de suas histórias de vida. 
 
 
O QUE PODEMOS TER EM UM HERBÁRIO? 
 
 Um herbário pode ter coleções de: briófitas, samambaias, gimnospermas, 
angiospermas, fungos, frutos (carpoteca), sementes (espermoteca), madeira (xiloteca). 
 
- Um herbário pode ser uma coleção: 
PARTICULAR: é minha, ou seja, faço como eu quero. 
DIDÁTICA: pode ser manuseada. Visando auxiliar o ensino de Ciências 
complementando dessa forma o processo de ensino- aprendizagem 
CIENTÍFICA: não pode ser manuseada, e tem numero de registro. 
 
- Cada herbário é representado por uma sigla oficial. 
 Exemplos: NY ( New York Botanical Garden, New York), B (Berlin, Alemanha), 
LUSC (UDESC, Lages). 
 
 
10 
 
PASSOS PARA FAZER UM HERBÁRIO 
 
1 –Coleta do material; 
2 – Determinação ou identificação das plantas; 
3 – Herborização (prensagem, secagem); 
4 – Montagem das exsicatas. 
 ITENS INDISPENSÁVEIS PARA COLETA DE PLANTAS NO CAMPO 
- Licença para coletas (individual ou institucional) 
- Facão, canivete 
- Tesoura de poda ou podão 
- Prancheta e caderno de coletas para anotações, lápis 
- Sacos plásticos para armazenar as coletas 
- GPS (coordenadas geográficas) 
- Câmera fotográfica 
- Proteção: roupas adequadas, bota ou perneira, boné ou chapéu, capa de chuva, 
protetor solar, ... 
- Prensa, jornais, papelões, ... 
- Alimentos 
MODELO DA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO 
 
 
11 
 
GIMNOSPERMAS 
 
Gimnosperma significa “semente nua” e esse nome se deve ao fato de 
que as sementes não estão envolvidas por carpelos, ou seja, o ovário esta 
ausente. Já na sua maturidade podem estar envolvidas por escamas ou 
brácteas fusionadas, como o pinhão:
 
 
 As gimnospermas em geral não apresentam dupla fecundação, e nem 
elementos de vaso, apenas os traqueídes no xilema. Com exceção das 
Gnetales as quais apresentam tanto os elementos de vaso, quanto a dupla 
fecundação. O que nos indica que são exemplares que estão em uma parte 
transitória das gimnospermas para as angiospermas. 
 As gimnospermas atuais consistem em Cycadales, Ginkgoaceae, 
coníferas e Gnetales. Em conjunto elas representam cerca de 15 famílias, 80 
gêneros e 820 espécies. 
 Apresentam reprodução lenta, até um ano pode se passar entre a 
polinização e a fertilização, e a maturação da semente pode levar até três 
anos. 
12 
 
 Com exceção das Cycadales e de algumas Gnetales, as gimnospermas 
são polinizadas pelo vento. 
 Todas as gimnospermas são lenhosas, árvores arbustos e lianas, 
incluem poucas espécies epífitas, e nenhuma verdadeiramente aquática. 
 Crescem desde os 72º Norte até os 55º sul e dominam mais na região 
ártica, esse grupo inclui as plantas mais altas, volumosas e duradouras. 
 
No quadrado vermelho está de forma grosseira a representação de onde 
ocorrem as gimnospermas. 
 
 
 
 
Exemplar de Pinus longaeva. Exemplar de Sequoiadendron 
Uma gimnosperma que vive giganteum. Gimnospermas 
por milhares de anos. que crescem absurdamente. 
 
13 
 
GIMNOSPERMAS x BRIÓFITAS e SAMAMBAIAS 
 
 
 Em comparação com as briófitas as gimnospermas são muito mais evoluídas, 
as briófitas não possuem folha, caule e raiz verdadeiros. Não possuem sistema 
vascular, o que as impede de chegarem a alturas muito maiores que 20 cm. 
Totalmente o contrário das gimnospermas que possuem folha caule e raiz, e podem 
chegar a alturas descomunais. 
 As briófitas dependem da água para sua reprodução, pois os anterozoides 
precisam dela para se movimentar e chegar até a oosfera. 
 
 Nas samambaias também não existem flores, assim como nas gimnospermas 
e briófitas. Ela já é mais desenvolvida que as briófitas por apresentar raiz, caule e 
folhas verdadeiros, assim como nas gimnospermas, porém elas não apresentam 
sementes ainda. Sua reprodução ainda depende da água. São produzidas estruturas 
na parte abaxial da folha que darão origem aos gametas masculino e feminino, o 
gameta masculino “nada” até o gameta feminino para fecundar e dar origem ao zigoto 
(2n) formado pela união dos gametas. 
14 
 
 
 
Já nas gimnospermas apresentam semente, e sua reprodução não depende da 
água como nas briófitas e samambaias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CYCADALES 
 
 As Cycadales constituem um agrupamento antigo que claramente reteve 
caracteres primitivos, como a presença de gametas masculinos móveis. Hoje elas são 
encontradas em lugares isolados do hemisfério sul, tendo muitas espécies ameaçadas 
de extinção. 
 O grupo é monofilético, têm como sinapomorfias morfológicas os traços foliares 
em forma de anel, feixes vasculares do pecíolo em forma de ômega, presença de 
compostos tóxicos denominados cicasinas, que foram de extrema importância na 
evolução das Cycadales como defesa contra fungos e bactérias, sua toxina pode 
paralisar até o gado que a comer. 
 Outra sinapomorfia é a presença de raízes denominadas raízes coraloides 
(parte superficial parecida com corais). As quais contém cianobactérias que fixam 
nitrogênio na raiz.
 
 
Elas geralmente apresentam aspecto de palmeira. Com um caule não 
ramificado de até 20 m de altura, com folhas grandes e compostas agrupadas no ápice 
do caule, ou apresentam aparência de samambaias com caule subterrâneo e folhas 
compostas. 
A maioria apresenta catafilos, folhas em forma de escama que ficam entre as 
folhas normais com a função de proteção. 
16 
 
 
 Elas apresentam crescimento lento, e algumas espécies, o caule pode 
demorara até 500 anos para chegar a 1 metro de altura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
GINKGOALES 
 
São árvores de até 30 m de altura, com a copa mais ou menos assimétrica, 
casca cinzenta e sulcada. Não possuem canais resiníferos. Folhas simples, 
espiraladas e amplamente espaçadas ao longo de macroblastos (células de grandes 
dimensões) em formato de leque. São caducifólias (perdem as folhas em certa 
estação) e dioicas (possuem a planta masculina e a planta feminina). No outono suas 
folhas ficam amarelas. 
 Possui apenas uma espécie como representante vivo: Ginkgo biloba. Sabe-se 
muito pouco sobre a origem desta espécie, possivelmente ela esta extinta na natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
CONIFERALES 
 
 As coníferas constituem o maior e o mais importante agrupamento de 
gimnospermas, do ponto de vista econômico e ecológico. Os integrantes desses 
grupos são denominados coníferas, por carregarem as sementes em estruturas 
especiais que são denominadas cones. Os cones protegem os óvulos e sementes, 
além de facilitarem a polinização e a dispersão. 
 
 No Hemisfério Norte as coníferas dominam as florestas boreais, assim como 
também estão presentes em florestas mais frias do Hemisfério Sul. 
 Sua polinização é feita pelo vento, e sua dispersão zoocórica. 
 
 
 As coníferas compreendem 7 famílias, porém apenas 5 que fazem parte das 
gimnospermas. 
 
19 
 
 
 
 
 
20 
 
GNETALES 
 
 Tem uma importância no contexto evolutivo das plantas, já que apresenta 
caracteres tanto de gimnospermas (sementes não envolvidas em um ovário), quanto 
de angiospermas (elementos de vaso no lenho, estruturas reprodutivas 
superficialmente semelhantes a flores e dupla fecundação). 
 Às vezes são referidas como antófitas por terem estruturas semelhantes a 
flores: 
 
 
 As Gnetales possuem apenas três gêneros – Gnetum, Welwitschia e 
Ephedra – todos muito diferentes do ponto de vista morfológico. 
 
 Welwitschia possui apenas uma espécie, uma curiosa planta da Namíbia: 
 Welwitschia mirabilis 
 
O caule é duro e maciço, produz duas enormes folhas em forma de fita que se rasgam 
nos extremos, mas continuam crescendo na região basal durante toda a vida do 
individuo (até 2000 anos). 
21 
 
GIMNOSPERMAS NATIVAS NO BRASIL 
 
CYCADALES: 
 - Zamiaceae: Plantas com aspecto de samambaia, caule subterrâneo ou com 
aspecto de palmeiras com caules aéreos e não ramificados, podendo chegar até 18 m 
de altura. 
 
Ocorre mais na região norte do país as espécies: Zamia amazonum, Zamia 
cupatensis, Zamia lecointei, Zamia poeppigiana e Zamia ulei. No cerrado ocorre a 
Zamia boliviana.Norte: Acre, Amazonas, Pará. 
Centro-Oeste: Mato Grosso. 
 Muitas espécies são cultivadas como ornamentais de jardim ou como plantas 
de interiores. O caule e as sementes de muitas Zamiaceaes são fonte do amido do 
sagu. 
 Zamia sp. 
22 
 
CONIFERALES: 
 - Podocarpaceae: Arbustos ou árvores de até 60 m de altura, 
ligeiramente resinosos, são plantas dioicas, raramente monoicas. 
 
 Ocorre quase em todo o brasil. As espécies são: Podocarpus acuminatus, 
Podocarpus aracensis, Podocarpus barretoi, Podocarpus brasiliensis, 
Podocarpus celatus, Podocarpus lambertii, Podocarpus roraimae, Podocarpus 
sellowii e Retrophyllum piresii 
Norte: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. 
 
Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Sergipe. 
 
Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 
 
Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 
 
 A maior importância econômica desta família é pelo fornecimento de madeira 
de qualidade. Podendo também ser usada para ornamentação. 
Podocarpus lambertii 
23 
 
 -Araucariaceae: Árvores longevas de até 65 m de altura e 6 m de diâmetro 
basal, muito resinosas, em geral bem simétricas e com formato geral cônico. Podem 
ser dioicas ou monoicas. 
 
 Ocorre na região Sul e Sudeste do Brasil. A espécie mais famosa é a 
Araucaria angustifolia. 
Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 
Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 
 A importância econômica das Araucariaceaes vem da madeira de muito boa 
qualidade, e por serem indivíduos com um grande volume, a quantidade de madeira 
que ela fornece. Algumas vezes vemos sendo usadas para ornamentação. E também 
as semente que possuem um endosperma muito apreciado pelas pessoas, fazendo 
com que suas sementes sejam comercializadas para serem consumidas. 
Araucaria angustifolia. 
 
 
 
24 
 
GNETALES: 
 Ephedraceae: Possuem o lenho com elementos de vasos, não 
possuem canais resiníferos, são principalmente dioicas. 
 
 Ocorre apenas no Rio Grande do Sul, e apenas a espécie Ephedra tweediana. 
 Ephedra tem sido utilizada largamente com propósitos medicinais, para 
combater a tosse e problemas circulatórios. Hoje sua utilização principal é para a 
extração do alcaloide efedrina, que serve para o tratamento da asma e sinusite, tem 
ação similar a da adrenalina. 
 
Ephedra tweediana 
 
25 
 
 Gnetaceae: Possui apenas um gênero, Gnetum.com cerca de 40 
espécies, das quais 6 ocorrem no Brasil. 
 
 Ocorre na região Norte e Centro-Oeste, com as espécies Gnetum nodiflorum, 
Gnetum leyboldii, Gnetum paniculatum, Gnetum urens, Gnetum venosum e 
Gnetum schwackeanum. 
Norte: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. 
 
Centro-Oeste: Mato Grosso. 
 
 Segundo algumas fontes a maioria de suas espécies são comestíveis, suas 
sementes podem ser torradas e folhas usadas como vegetal, além de aplicações na 
medicina tradicional. 
 
Gnetum sp. 
26 
 
PARTE MASCULINA GIMNOSPERMA 
 
- Microsestróbilo é a parte masculina, responsável pela reprodução. 
- Microesporófilo são as escamas ou folhas modificadas dos microestróbilos, onde 
são produzidos os esporófitos. 
- Microesporangio é onde são produzidos os micrósporos. 
- Micrósporo é a parte que da origem ao microgametófito. 
- Grão de polem é o microgametófito, que vai ser polinizado até chegar no 
megaestróbilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
PARTE FEMININA GIMNOSPERMA 
 
- Megaesporófilo são as escamas ou folhas modificadas femininas dos 
megaestróbilos, onde contêm os óvulos, que após a fecundação darão origem as 
sementes. 
- Megaesporângio, em cada megaesporófilo existem dois megaesporangios, cada um 
revestido por tegumentos, e cada um desse revestido por tegumento recebe o nome 
de óvulo, ou seja, o megaesporangio é o ovulo. 
- Megasporo, em cada megasporangio ocorre uma meiose em uma célula mae, e 
forma o megasporo funcional (n). 
- Óvulo, é cada um dos megaesporangios revestidos de tegumento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
REPRODUÇÃO DAS GIMNOSPERMAS 
 
Em cada microesporófilo do microestróbilo desenvolvem-se dois 
microesporângios, e no interior de cada microsporângio se formam vários 
microespóros. 
Ainda no interior dos microsporângios, começa a formação do gametófito 
masculino. O gametófito fica dentro da parede do esporo enquanto esta em 
desenvolvimento, sendo formado pela célula vegetativa e pela célula reprodutiva. 
Até que a parede do micrósporo desenvolve duas asas nas laterais, o 
micrósporo assim modificado passa a ser chamado de grão de pólen. 
Enquanto isso no megastróbilo, ele possuiu em cada megasesporófilo, dois 
megasporangios, cada um deles revestido de tegumentos, e cada um desse recebe o 
nome de óvulo. 
Em cada megasporangio, ocorre meiose em uma célula-mãe de esporo que 
originará quatro celular (n), onde três delas se degeneram e uma passa a ser o 
megasporo funcional (n). 
Em uma época x do ano, ocorre à polinização, e os grãos de pólen são 
liberados, e por causa de suas “asas” são facilmente carregados pelo vento, alguns 
desses alcançam a o megaestróbilo, onde encontram uma pequena cavidade no 
megaesporangio (câmara polínica), onde contem um liquido secretado pelo óvulo. 
Depois que é polinizado o megasporo funcional começa a sofrer mitoses, e dá 
origem a um gametófito, onde se diferenciam algumas células, e uma delas é a 
oosfera. 
Enquanto isso no grão de pólen inicia a sua germinação, a célula vegetativa da 
origem ao tubo polínico, o qual perfura os tecidos do megasporangio até atingir a 
oosfera, no caminho ele sofre uma mitose, onde cria dois núcleos, que são os 
gametas masculinos, um desses núcleos espermáticos, fecunda a oosfera e o outro 
sofre degeneração. 
O zigoto diploide que foi originado da fecundação desenvolve e da origem a um 
embrião diploide, que permanece no megaesporangio (n), o qual acumula substancias 
nutritivas e da origem ao endosperma (n). Os tegumentos endurecem e formam a 
casca da semente. 
Semente é o conjunto da casca, megasporangio, endosperma e embrião, o 
qual fica no estróbilo até amadurecer, quando vai ser desprender e cair no chão, se 
tiver sorte vai iniciar a germinação, originando um novo individuo (2n), denominado 
esporófito, que reiniciará o ciclo. 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
ZAMIACEAE 
- PLANTAS: Com aspecto de samambaia com caule subterrâneo ou com aspecto de 
palmeiras, com caules aéreos e não ramificados de até 18 m de altura. 
- FOLHAS: Composta pinada, agrupadas próximas ao caule. Caule nu ou coberto por 
bases foliares persistentes, folhas compostas pinadas ( raramente bipinadas), 
espiraladas, persistentes, coriáceas, com ou sem espinhos na raque e no pecíolo, 
folíolos de prefoliação reta, com nervuras +/- paralelas, inteiros, denteados ou com 
espinhos pontiagudos. 
- MICROSTRÓBILOS: É um agrupado de microsporófilos, com numerosos 
microsporângios pequenos e frequentemente agregados, pólen sem vesículas de ar, 
com um único sulco. 
- MEGASTRÓBILOS: Megaesporangiado, 1 a muitos por planta, mais ou menos 
globoso a ovóide ou cilíndrico, desintegra-se na maturidade, possuem megasporófilos 
congestos, simétrica ou assimetricamente peltados, valvados ou imbricados, providos 
de dois óvulos cada. 
- SEMENTES: Grandes (1-2 cm ou mais) +/- arredondadas em secção transversal, 
com 2 cotilédones. 
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Regiões tropicais a temperadas das Américas, 
Austrália e África. Crescem em solos pobres e secos,de formação campestre ou 
florestais, até em florestas tropicais. 
- GÊNEROS NATIVOS: Zamia 
- GÊNEROS INTRODUZIDOS: Φ 
 
 
 
 
 
 
Zamia sp. Zamia sp. 
 
31 
 
CYCADACEAE 
- PLANTAS: Plantas com aspecto de palmeiras, pouco ou não ramificadas, caule 
lenhoso coberto com os remanescentes das bases foliares antigas. 
- FOLHAS: Concentradas no ápice do caule, e providas de caule subterrâneo no 
ápice, folhas persistentes, espiraladas, composta pinadas. Folíolos com prefoliação 
circinada, providos de nervura mediana e desprovidos de nervuras laterais, inteiros, os 
da região proximal da folha com frequencia espinescentes. 
- MICROSTRÓBILOS: Com microsporófilos agrupados em estróbilos compactos, 
pólen sem vesículas de ar, com um único sulco. 
- MEGASTRÓBILOS: Com megasporófilos agrupados no ápice do caule, foliáceos e 
não concentrados em estróbilos; de 2-8 óvulos, na margem dos megasporófilos. 
- SEMENTES: Grandes, ligeiramente achatadas, e cobertas por uma sarcotesta 
carnosa, brilhante e colorida. 
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Madagascar, possivelmente África, sudeste da 
Ásia, Malásia, Autrália e Polinésia. Plantas de florestas e savanas. Muitas espécies 
toleram o fogo devido ao caule subterrâneo ou por ter o caule coberto de bases 
foliares persistentes. 
- SEM GENEROS NATIVOS OU INTRODUZIDOS 
 
 
 
 
Cycas revoluta 
 
 
 
 
 
32 
 
ARAUCARIACEAE 
- PLANTAS: Árvores longevas de até 65 m de altura e 6m de diâmetro basal, muito 
resinosas, em geral bem simétricas e com formato geral cônico. Dióicas ou monóicas. 
- FOLHAS: Inteiras, simples, de formatos variáveis, às vezes no mesmo individuo 
persistentes e pontiagudas em algumas espécies espiraladas ou opostas. 
- MICROSTRÓBILOS: microsporangiados cilíndricos e providos de muitos 
microsporófilos em arranjo espiralado, cada um com 4 – 20 micosporangios; polén 
sem vesículas aeríferas, exina foveada. 
- MEGASTRÓBILOS: Cones solitários, mais ou menos eretos e pesados, 
amadurecem entre 2 e 3 anos, e eventualmente se desintegram na árvores; escamas 
ovuliferas com 1 único óvulo, numerosas em arranjo espiralado, achatadas, lineares a 
peltadas, brácteas mais ou menos mais longas que as escamas ovulíferas e 
fusionadas com estas ultimas. 
- SEMENTE: Grandes, com ou sem asas marginais. 2 cotilédones, as vezes 
profundamente divididos e parecendo 4. 
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Está praticamente restrito ao Hemisfério Sul, 
incluindo Ásia, Austrália, Nova Zelândia e América do Sul. Crescem em florestas 
tropicais e subtropicais, bem como em regiões temperadas. 
- GÊNEROS NATIVOS: Araucaria 
- GÊNEROS INTRODUZIDOS: Φ 
 
 
Araucaria angustifólia 
33 
 
CUPRESSACEAE 
- PLANTAS: Árvores ou arbustos com madeira e folhagem geralmente aromáticas. 
Casca dos troncos, geralmente fibrosa, soltando-se em longas tiras em árvores 
maduras, ou formando placas. Plantas monóicas ( dioicas em Juniperus) 
- FOLHAS: Persistentes (decíduas em três gêneros), simples espiraladas ou torcidas 
na base e parecendo dísticas, opostas ou verticiladas, em formato de escama 
adpresso, com comprimento de 1 a 30 mm, curtas a lineares, com canais resiníferos 
caindo junto com os ramos laterais; folhas adultas adpressas ou expostas, as vezes 
expostas e lineares nos ramos laterais. Folhas escamiformes as vezes dimórficas. 
- MICROSTRÓBILOS: Microsporangiados com microsporófilos em disposição 
espiralada ou oposta (2-10 microsporangios na superfície abaxial do microsporófilo); 
pólen desprovido de vesículas aeríferas. 
- MEGASTRÓBILOS: Cone amadurecendo em 1-3 ano; escamas peltadas ou 
basalmente aderidas e achatadas, suculentas em Juniperus, fusionadas às brácteas, 
persistentes ( decíduas em Taxodium) 1-20 óvulos na superfície adaxial da escama 
ovulífera, ereta (as micrópilas apontam para fora do eixo do cone). 
- SEMENTES: Com 2 (3) curtas asas laterais ( em alguns gêneros ausentes) embrião 
reto, 2-15 cotilédones. 
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cosmopolita de climas temperados a frios. Cerca 
de ¾ das espécies ocorrem no Hemisfério Norte. Aproximadamente 16 generos 
contem apenas uma espécie e muitos destes apresentam distribuições restritas. 
Crescem em hábitats diversos, desde regiões com solos encharcados até solos secos 
e desde o nível do mar até grandes altitudes em regiões montanhosas. 
- SEM GENEROS NATIVOS OU INTRODUZIDOS 
Cupressus lusitanica 
34 
 
PINACEAE 
- PLANTAS: Árvores (ocasionalmente arbustos), com frequência apresentando casca 
e/ou folhas aromáticas, presença de canais resiníferos no lenho e nas folhas. Ramos 
opostos ou verticilados (raramente alternos). 
- FOLHAS: Folhas simples, lineares a aciculares (raras vezes estreitamente ovadas), 
espiraladas, mas com frequência parecendo dísticas e devido a uma torção da base 
foliar, fazendo com que a maioria das folhas fique dispostas no mesmo plano, 
agrupadas ou fasciculadas em grupos de 2-5 em Pinus, sésseis ou curto-pecioladas, 
persistentes (decíduas em Larix e Pseudolarix.) Plantas monóicas 
- MICROSTRÓBILOS: Microsporangiados com microsporófilos de simetria bilateral em 
arranjo espiralado, dois microsporangios na superfície abaxial do microsporófilo; grãos 
de pólen com duas vesículas aeríferas. 
- MEGASTRÓBILOS: Cones com complexos de brácteas e escamas achatadas, em 
arranjo espiralado; escamas persistentes (decíduas em 3 gêneros), brácteas livres das 
escamas, mais longas até muito mais curtas que as escamas; amadurecimento em 2 
(3) anos. 
- SEMENTE: Com longa asa terminal, derivada do tecido da escama ( asa reduzida ou 
ausente em algumas espécies de Pinus); embrião reto, 2-18 cotilédones. 
- DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA: Pinaceae é quase completamente restrito ao 
Hemisfério Norte. A família habita desde regiões temperadas até o Circulo Polar 
Artico, desde solos bem drenados até solos permanentemente saturados de água e 
desde o nível do mar até 4800 m de altura no leste do Tibet. 
- GENEROS NATIVOS: Φ 
- GENEROS INTRODUZIDOS: Pinus caribaea, Pinus clausa, Pinus elliottii, Pinus 
glabra, Pinus oocarpa, Pinus pseudostrobus e Pinus taeda. 
 
IMPORTANCIA ECONOMICA. 
 O Pinus é provavelmente a principal fonte de madeira no mundo, a madeira é 
intensivamente utilizada na construção, na produção de celulose, em cercas, em 
postes telefônicos, na marcenaria, na decoração de interiores e em muitos outros 
propósitos. Muitas espécies apresentam madeira considerada de ótima qualidade para 
construção. São usadas também como ornamentais. Algumas sementes são 
consideradas iguaria culinária, a produção de materiais com a resina também é bem 
explorada. 
 O Pinus não é nativo do Brasil, porém vários gêneros foram introduzidos, e 
hoje o Brasil é um dos maiores produtores de Pinus do mundo. 
 
35 
 
PODOCARPACEAE 
- PLANTAS: Arbustos ou árvores de até 60 m de altura, ligeiramente resinosos. 
Plantas dioicas (raramente monóicas). 
- FOLHAS: Simples, inteiras, de formatos diversos, persistentes e alternas. 
- MICROSTRÓBILOS: Microsporangiados cilíndricos, com numerosos microsporófilos 
em arranjo espiralado, cada um provido de 2 microsporangios; pólen com 2 (0 ou 3) 
vesículas aeríferas. 
- MEGASTRÓBILOS: Cones com 1 a muitas escamas ovulíferas, cada uma com 1 
óvulo, modificadas em uma estrutura suculenta (epimácio) e de aspecto drupáceo, 
raramente parecendo um cone. 
- SEMENTE: Com 2 cotilédones. 
- DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA: Podocarpaceae é tropical e subtropical (ocorrendo 
com menos frequência em regiões temperadas), especialmente no Hemisfério Sul. 
Para o norte, a família se estende até o Japão, a América Central e o Caribe.Podocarpaceae cresce principalmente em florestas sazonais. 
- GENEROS NATIVOS: Podocarpus acuminatus, Podocarpus aracensis, 
Podocarpus barretoi, Podocarpus brasiliensis, Podocarpus celatus, Podocarpus 
lambertii, Podocarpus roraimae, Podocarpus sellowii e Retrophyllum piresii 
 - GENEROS INTRODUZIDOS: Φ 
 
Podocarpus lambertii 
36 
 
TAXACEAE 
- PLANTAS: Árvores de tamanho moderado, arvoretas ou arbustos, em geral não 
resinosos ou levemente resinosos, odoríferos ou não. Lenho resiníferos. Plantas 
dioicas (raramente monóicas). 
- FOLHAS: Simples, persistentes por muitos anos, liberadas individualmente, 
espiraladas (opostas em algumas espécies), frequentemente retorcidas e parecendo 
dísticas, lineares, acahtadas, inteiras, de ápice agudo, com 0-1 canal resinífero. 
- MICROSTRÓBILOS: Microsporangiados com 6-14 microsporófilos; 2-9 
microsporangios por microsporófilo, em arranjo radial ao redor do microsporófilo ou 
limitado a sua superfície abaxial; pólen sem vesículas aeríferas. 
- MEGASTRÓBILOS: Óvulos solitários e cones ausentes. 
- SEMENTES: Com testa dura, associadas com um arilo carnoso e geralmente 
coloridas. 2 cotilédones (ocasionalmente 1 ou 3). 
- DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA: Principalmente no Hemisfério Norte, estendendo-se 
ao Sul até a Guatemala e Java, com um gênero endêmico na Nova Caledônia. 
Taxaceae tende a crescer no fundo de vales, onde se acumula foliço. 
- SEM GENEROS NATIVOS OU INTRODUZIDOS 
 
Torreya nucifera 
 
 
 
 
37 
 
EPHEDRACEAE 
- PLANTAS: Arbustos, com menos frequência lianas. Lenho com elementos de vaso. 
Ramos numerosos e verticilados ou agrupamentos longitudinalmente sulcados; em 
geral verde e fotossintéticos. Plantas principalmente dioicas. 
- FOLHAS: Opostas ou verticiladas, escamiformes, basalmente fusionadas em uma 
bainha, comfrequencia decíduas, logo após o completo desenvolvimento; canais 
resiníferos ausentes. 
- MICROSTRÓBILOS: Poliníferos em verticilos de 1-10, cada um consistindo em 2-8 
séries de brácteas opostas ou verticiladas, cada bráctea apical subtendendo um 
pedúnculo com 2-10 microsporangios. Pólen sulcado, sem vesículas aeríferas. 
- MEGASTRÓBILOS: Estróbilos ovulíferos consistindo em 2-10 séries de brácteas 
opostas ou verticiladas, as mais apicais subtendendo um par de brácteas fusionadas 
que envolvem um óvulo. 
- SEMENTES: 1-2 (-3) por estróbilo, amarelas a marrom-escuras; 2 cotilédones. 
- DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA: Regiões temperadas de todo o mundo, exceto 
Austrália. Ephedra é uma das poucas gimnospermas mais adaptadas a regiões 
extremamente áridas; com frequência crescendo em áreas secas e ensolaradas, tais 
como estepes ou desertos e podem ocorrer até 4000 m de altura nos Antes e no 
Himalaia. 
- GENEROS NATIVOS: Ephedra tweediana 
- GENEROS INTRODUZIDOS: Φ 
 
Ephedra tweediana 
38 
 
GNETACEAE 
- PLANTAS: São dioicas ou monóicas, geralmente trepadeiras ou lianas, porém 
contém algumas espécies de arbustos e árvores. 
- FOLHAS: folhas elípticas, podem ter filotaxia oposta, margem lisa, inteiras, com 
nervação broquidódroma. 
- MICROSTRÓBILOS: As “flores” se dispõem em anéis superpostos ao redor do eixo 
dos estróbilos inseridas em uma concha ou prato, formada por duas brácteas opostas 
e fundidas, as masculinas consistem em um único estame envolto por um perianto 
simples, agrupadas nos estróbilos masculinos com alguns óvulos estéreis. 
- MEGASTRÓBILOS: Apresentam de 2 a 6 óvulos livres em cada anel, dos quais 1 ou 
2 chegam a maturidade. 
- SEMENTE: A semente, ou pseudofruto, possui três envoltórios superpostos, sendo o 
mais externo avermelhado, amarelado ou arroxeado. 
- DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA: SEM FONTES CONFIAVEIS. Porém no Brasil ela 
ocorre no Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima), e Centro-Oeste (Mato 
Grosso). 
- GENEROS NATIVOS: Gnetum nodiflorum, Gnetum leyboldii, Gnetum 
paniculatum, Gnetum urens, Gnetum venosum e Gnetum schwackeanum. 
- GENEROS IMPLANTADOS: Φ 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
ANGIOSPERMAS 
 
 
TIPO DE GRUPOS TAXONOMICOS 
 
 Grupo monofilético: Um táxon que inclui todos os descendentes de 
ancestrais comuns. 
 Grupo polifilético: Um táxon que inclui grupos de duas linhagens não 
relacionadas. 
 Grupo parafilético: Um táxon que inclui alguns, mas nem todos os 
descendentes de um ancestral comum. 
 
40 
 
 
 
O que une as angiospermas? 
 
 A presença de flores verdadeiras, frutos e sementes. 
 
 A flor representa a característica mais evidente dessa divisão, tendo 
desempenhado papel significativo na evolução. 
 
 Compreendem a divisão Anthophyta (Angiospermae) cerca de 250.000 à 
300.000 spp. É a maior divisão de plantas fotossintetizantes. 
 
Divisão das angiospermas 
 
 
As angiospermas passaram as ser divididas da seguinte forma: em um clado 
que se chama angiospermas basais, seguido por um clado denominado 
Euangiospermas, composto por grupos de Magnoliideae, contendo 6% das 
angiospermas, mais as monocotiledôneas, com 19% e as Eudicotiledôneas, com os 
75% restantes. 
41 
 
ANGIOSPERMAS BASAIS 
 
 As angiospermas basais consistem em cinco ordens e oito famílias 
Amborellales, Nymphaeales (Nymphaeaceae e Cabombaceae), Austrobailyales e 
Choranthales (Chloranthaceae). 
A sinapomorfia desse clado consiste em: 
 A ploidia (numero de cromossomos presente no nucleo de uma celula) do 
endosperma. 
 
 O tipo de pólen. 
 
 O número de núcleos no saco embrionário. 
 
 Flores estrobilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
O CLADO DAS MAGNOLÍDEAS 
 
 As ordens que integram esse clado são: Magnoliales, Canellales, Laurales e 
Piperales. 
 As sinapomorfias dessa ordem são: Filotaxia alterna, limbo liso, e folhas 
simples. Contem uma grande quantidade de metabólicos secundários. Além das peças 
florais saírem em verticilo (distribuição das peças florais). 
 
MAGNOLIALES 
(Magnoliaceae, Myristicaceae e Annonaceae) 
 
 MAGNOLIACEAE – SINAPOMORFIA: Estipula que protege o meristema 
apical! 
Ocorre em regiões temperadas e tropicais, possui dois gêneros e 
aproximadamente 230 espécies (Magnolia spp. e Liriodendron spp.). 
 No Brasil 1 gênero e 2 espécies. No sul do Brasil temos apenas Magnolia 
ovata (pinho do brejo) como nativa. 
HABITO: árvores ou arbustos; 
FOLHAS: simples, alternas, espiraladas ou dísticas, com estípulas, inteiras ou 
lobadas; 
Flores: terminais, solitárias, grandes e vistosas, bissexuadas; 
 
Fruto: folículo (só abre de um lado). 
 
Magnolia liliflora 
43 
 
MYRISTICACEAE – SINAPOMORFIA: Sem estípulas, látex avermelhado 
frequente, compostos secundários alucinógenos. 
Distribuição Pantropical, possui 20 gêneros e aproximadamente 500 espécies. 
 No Brasil 5 gêneros e 64 espécies. 14 espécies endêmicas do Brasil. 
HABITO: árvores, raramente arbustos; 
FOLHAS: simples, alternas, geralmente dísticas, margem inteira; 
Inflorescência: cimosa, racemosa ou paniculada. 
Flores: pouco vistosas, unissexuadas, predominantemente dioicas; 
 
Fruto: capsula carnosa. Podendo conter ariloide (substancia pegajosa que sai do 
funículo, da base para o ápice). 
 Fruto com ariloide. 
 Myristica fragrans. 
 
 
 
44 
 
ANNONACEAE – SINAPOMORFIA: Sem estípulas, folhas dísticas, células 
esparsas contendo óleos aromáticos e taninos! 
Distribuição tropical. Possui 130 gêneros e aproximadamente 2200 espécies. 
 No Brasil 29 gêneros e 392 espécies. 162 espécies endêmicas do 
Brasil. 
HABITO: árvores, raramente arbustos, subarbustos ou lianas; 
FOLHAS:simples, alternas, dísticas, ou muito raramente espiraladas, margem inteira; 
Flores: As vezes reduzia a uma única flor, mas pode formar inflorescências cimosas, 
as flores são grandes, vistosas, bissexuadas e diclamídeas. 
 
FRUTO: sincárpico, semente pode estar envolvida por arilo (composto pegajoso, que 
sai da micrópila. 
 
Annona squamosa (fruta do conde). 
 
 
 
 
 
 
45 
 
CANELLALES 
(Winteraceae) 
 
WINTERACEAE – SINAPOMORFIA: Folhas obovadas, elementos de vaso 
ausentes, apenas traqueídes finos e alongados, óleos aromáticos! 
Distribuição pantropical. Possui 4 gêneros e 60 espécies. 
 No Brasil 1 gênero e 3 espécies. 
HABITO: árvores, arbustos; 
FOLHAS: simples, alternas, sem estípulas, margem inteira; 
Inflorescência: cimosa; 
Flores: Vistosas, bissexuadas; 
 
Drimys brasiliensis. 
Drimys angustifolia. 
46 
 
PIPERALES 
(Piperaceae, Aristolochiaceae, Hydnoraceae) 
 
PIPERACEAE – 
Distribuição: comuns em formações florestais, na Mata Atlântica, no sub-
bosque, em áreas alteradas. 
 
HABITO: ervas, arbustos ou pequenas árvores, geralmente epífitas ou lianas; 
FOLHAS: alternas, opostas ou verticiladas, simples, com ou sem estípulas; 
Inflorescência: espiga, raramente racemo (Ottonia), terminal ou oposta à folha 
(PIPER); 
Flores: Não vistosas, bissexuadas ou unissexuadas; ovário súpero, unilocular, 
uniovulado, estigma séssil; 
Fruto: Baga ou drupa. 
 
Piper nigrum. 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
ARISTOLOCHIACEAE – 
Distribuição: no Brasil cerca de 90 espécies, ocorrem em borda de florestas, 
mas também em áreas abertas. 
 
HABITO: ervas decumbentes ou lianas; 
FOLHAS: alternas, simples, com ou sem pseudoestípulas, geralmente palminéveas; 
Flores: vistosas, geralmente monoclamídeas, bissexudas, cálice sigmoide com 
utrículo (parte basal dilatada) e tubo ou limbo expandida; 
 
Fruto: Baga ou drupa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
HYDNORACEAE – 
Distribuição: existem apenas dois gêneros e cerca de 20 espécies, no Brasil 
uma espécie (Prosopanche bonacinae). 
 
HABITO: erva aclorofiladas, holoparasitas, afilas, com estrutura vegetativa semelhante 
a um rizoma; 
FLORES: solitárias, vistosas, actinomorfas e unissexuadas. 
FRUTO: com pericarpo lenhoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
LAURALES 
(Lauraceae) 
 
 Monofilética; 
 Folhas alternas, helicoidais; 
 Receptáculo cupuliforme (forma de taça); 
 Anteras com aberturas valvares; 
 Estaminódios internos (estames mais curtos com nectários); 
 Apresenta soldadura de partes da flor (hipanto) (receptáculo, estamos e 
tépalas); 
 
LAURACEAE – 
Distribuição: Tropical e subtropical, 50 gêneros e 2500 espécies, no Brasil, 24 
gêneros, 401 espécies, 241 delas endêmicas. Família das canelas (Ocotea 
Pulchella, Ocotea odorífera, Cinnamomum camphora, Aniba rosaeodora (pau 
rosa)). 
HABITO: arbustos ou árvores, raramente ervas escandentes; 
FOLHAS: simples, alternas ou raramente opostas, sem estípulas, maergem inteira, 
geralmente coriáceas ou subcoreáceas; 
Inflorescência: paniculada 
Flores: pouco vistosas, bissexuadas ou raramente unissexuadas, actinomorfas, 
diclamídeas, homoclamídeas, nectários na base do filete, ovários súpero; 
 
Fruto: Baga ou drupa. 
 
 
 
50 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
JUDD, W.S; et al. Sistemática Vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, Porto 
Alegre, Brasil, 2009. 
Zamiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de 
Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB25045>. 
Acesso em: 11 Abr. 
Podocarpaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de 
Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB258>. 
Acesso em: 11 Abr. 2018 
Araucariaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de 
Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB257>. 
Acesso em: 11 Abr. 2018 
Udulutsch, R.G.; Dias, P. Ephedraceae in Flora do Brasil 2020 em 
construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: 
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB259>. Acesso em: 11 Abr. 2018 
Udulutsch, R.G.; Dias, P. Gnetaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim 
Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: 
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB260>. Acesso em: 11 Abr. 2018 
Udulutsch, R.G.; Dias, P. Gnetaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim 
Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: 
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB260>. Acesso em: 11 Abr. 2018 
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botanicaamazonica.wiki.br/labotam/lib/exe/fetch.php?media=reservaducke:pfrd:guia:11
9_pfrd_1999_gnetaceae_3.pdf 
docplayer.com.br/22321037-Aula-6-angiospermas-basais-e-magnoliideas

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