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10/11/2016 1 ADAPTAÇÃO DAS PLANTAS AO AMBIENTE TERRESTRE Rhynia gwynne-vaughanii Início ... � Era paleozóica � Primeiro fóssil: 395 milhões de anos � Origem a partir de algas com clorofila a e b (Coleochaetales) Adaptações para sobrevivência � Epiderme com cutícula � Poros e câmaras aeríferas � Estômatos � Rizóides e raízes � Lignina � Xilema (elementos traqueais e fibras) � Tubo polínico � Envoltório de células vegetativas. REINO PLANTAE DIVISÃO BRYOPHYTA DIVISÃO BRYOPHYTA � Musgos ou hepáticas Bryon = musgo phyton =planta 10/11/2016 2 DIVISÃO BRYOPHYTA � Habitat: ambientes terrestres úmidos, rochas, casca de árvores, desertos, pólo ártico. Não há representantes marinhos. DIVISÃO BRYOPHYTA Características compartilhadas com as algas � Cloroplasto com grana � Células móveis assimétricas � Ruptura do envelope nuclear durante a mitose � Persistência do fuso mitótico e fragmoplasto durante a citocinese DIVISÃO BRYOPHYTA Características compartilhadas com plantas vasculares � Presença de anterídios e arquegônios com uma camada protetora estéril � Retenção do zigoto no arquegônio � Esporófito multicelular diplóide � Esporângios multicelulares, com camada estéril e esporógeno � Esporos com esporopolenina DIVISÃO BRYOPHYTA Características gerais � Eucariontes � Clorofila a e b � Material de reserva: amido DIVISÃO BRYOPHYTA Características gerais � Parede celular de celulose, não lignificada � Presença de cutícula � Ausência de vasos condutores, transporte por difusão � Pequeno porte 10/11/2016 3 DIVISÃO BRYOPHYTA Características gerais � Pluricelulares, apenas os elementos reprodutivos são unicelulares � Diplobiontes – alternância de gerações heteromórfica � Esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito � Esporófito não ramificado, com um único esporângio terminal. � Gametângio e esporângios envolvidos por camada de células estéreis DIVISÃO BRYOPHYTA Morfologia Talo do gametófito � Rizóide � Caulóide � Filóide � Gametófito taloso (prostados): � Filóide e caulóide iguais � Gametófito folhoso (ereto): � Filóide e caulóide distintos DIVISÃO BRYOPHYTA � Arquegônios: gameta feminino (oosfera) � Anterídios: gameta masculino (anterozóide) Tecido esperm atógen o seta DIVISÃO BRYOPHYTA Morfologia Talo do esporófito � Pé � Seta � Cápsula 10/11/2016 4 1. Coifa ou caliptra 2. Opérculo 3. Cápsula 4. Seta 5. Paráfises 6. Dentículos do peristômio 7. Peristômio DIVISÃO BRYOPHYTA DIVISÃO BRYOPHYTA Reprodução � Assexuada: � Fragmentação � Gemas � Aposporia � Apogamia DIVISÃO BRYOPHYTA Reprodução � Sexuada: oogâmica � Gamética � Espórica DIVISÃO BRYOPHYTA 10/11/2016 5 DIVISÃO BRYOPHYTA DIVISÃO BRYOPHYTA Importância das briófitas � Decompõem as rochas sobre as quais se desenvolvem. � Absorvem, como verdadeiras esponjas, grandes quantidades de água das chuvas, mantendo a superfície do solo úmida. � Formam a turfa utilizada como combustível DIVISÃO BRYOPHYTA Classificação � Classe Hepaticae � Classe Anthocerotae � Classe Musci DIVISÃO BRYOPHYTA Classe Hepaticae � 300 gêneros e 10.000 espécies � Habitat: A maioria das hepáticas são de clima úmido temperado e tropicais. Algumas são epífitas e epífilas, e poucas são aquáticas. hepatos (grego) = fígado Epífilas 10/11/2016 6 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Possuem fase em protonema (estado juvenil de desenvolvimento); � Esporófito sem estômato; dividido em seta curta e cápsula; � Cápsula com deiscência em 4 valvas; DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Rizóides unicelulares; � Presença de elatérios nas cápsulas, com espessamento de parede higroscópico � Possuem vários cloroplastos por célula DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE Esporos e elatérios DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas talosas: - Apresentam o corpo achatado dorsiventralmente - O talo é diferenciado em uma porção dorsal fina (adaxial) rica em clorofila e uma porção mais ventral (abaxial) espessa, incolor, especializada em armazenamento. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas talosas: - Porção abaxial forma rizóides. - Porção adaxial é dividida em regiões, que correspondem a câmaras aeríferas, cada uma com um poro para trocas gasosas (diferentes de estômatos). 10/11/2016 7 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Hepáticas talosas � Ausência de tecido condutor, cutícula e estômato DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas talosas: - Gênero mais comum é Marchantia, que ocorre no mundo todo, em regiões úmidas. No Brasil, típico de Mata Atlântica. - Seu gametófito apresenta ramificação do tipo dicotômica, com poucos centímetros de comprimento. Marchantia polymorpha DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Hepáticas talosas � Gametófito monóico � Anteridióforos (Anterídios) Arquegonióforos (Arquegônias) DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Reprodução assexuada � Fragmentação � Gemas 10/11/2016 8 Gemas (conceptáculos) DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � Hepáticas folhosas � 4.000 espécies androceu DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas folhosas: Frullaria Plagiochila aspleniodes DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas folhosas: - cerca de 4.000 espécies - Mais comuns do que as talosas - Típicas de regiões tropicais (alta umidade) - Gametófito apresentam geralmente de 1 a 5 cm DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas folhosas: - Com freqüência possuem duas fileiras de filóides largos, uma de cada lado do caulídeo, e uma terceira fileira de filoídes pequenos (anfigástros), na superfície inferior. - Anterídios originam-se ao lados dos caulídeos, circundados por filóides (androécio). DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas folhosas: - Arquegônios comumente produzidos nos ápices de caulóides ou sobre curtos ramos laterais. Circundados por uma bainha de filoides (perianto). - Esporófito apresenta longa seta hialina, que eleva a cápsula produtora de esporos acima do perianto. 10/11/2016 9 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE HEPATICAE � hepáticas folhosas: - Cápsula produz esporos e elatérios. - Cápsula se abre em quatro valvas para a dispersão dos esporos. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE � 4 gêneros e 300 espécies � Habitat: barrancos úmidos, regiões montanhosas, gramados e solos úmidos. anthos (grego) = flor DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE � Os gametófitos, superficialmente, lembram o das hepáticas talosas, mas apresentam diferenças como: 1 - Antóceros apresentam em suas células um único grande cloroplasto com um pirenóide, diferente das outras plantas. 2- Apresentam estômatos. 3- Apresentam cavidade interna com mucilagem (não com ar, como nas hepáticas). Estas cavidades podem ser habitadas por cianobactérias fixadoras de nitrogênio (Nostoc). DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE � Representantes talosos � Gametófitos possuem forte achatamento dorsiventral e forma de roseta � Rizóides unicelulares � Presença cutícula DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE � Podem ser monóicos ou dióicos. � Anterídios e arquegônios na superfície dorsal do gametófito. Anterídio incrustado em câmaras. � Muitos esporófitos podem se desenvolver sobre um mesmo gametófito. � Esporófito é uma estrutura ereta e alongada. Consiste em um pé e uma cápsula cilíndrica longa, clorofilada DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE Esporófito cilíndrico 10/11/2016 10 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE � A deiscência longitudinal em duas valvas, que começa no ápice da cápsula e vai até a base. �Esporófito possui uma columela central � Juntamente com os esporos, existem estruturas parecidas com os elatérios das hepáticas (pseudo- elatérios). DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE Região meristemática do esporófito Placenta Tétrades de esporos Cordão central DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE ANTHOCEROTAE DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI 700 gêneros e 14.000 espécies muscus (latim) = musgo DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Rizóides pluricelulares � Apresentam vários cloroplastos por célula � Anterídios e arquegônios são superficiais. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Todos os representantes apresentam tamanho reduzido. � São plantas sensíveis à poluição, assim como os liquens. 10/11/2016 11 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � São encontrados desde regiões frias, como a Antártida, até regiões de intenso calor, como em desertos. � Musgos típicos de deserto podem viver por anos, sem apresentar crescimento, quando secos. Retomam o crescimento imediatamente, se forem molhados. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Existem musgos aquáticos, que morrem rapidamente, se retirados deste ambiente. � Algumas espécies se desenvolvem no litoral, em rochas perto do mar, tolerando respingos de água salgada. Entretanto, nenhuma espécie é verdadeiramente marinha. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Os gametófitos são representados por duas fases distintas: 1- o protonema, resultado da germinação do esporo; 2- o gametófito folhoso, originado a partir de um botão do protonema. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Os protonemas são típicos de musgos e algumas hepáticas, mas nunca em antóceros. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Presença de hidróides no cauloide do gametófito e no esporófito � Presença de leptóides ao redor dos hidróides DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI � Presença de hidróides no caulídio do gametófito e no esporófito � Presença de leptóides ao redor dos hidróides 10/11/2016 12 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Musgos verdadeiros DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � As células do protonema ocorrem em uma camada simples, com ramificações que lembram algas verdes filamentosas. � Nos musgos verdadeiros, o gametófito é folhoso e geralmente ereto. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Os filoides se dispõem de forma espiralada ao redor do cauloide, em gametófitos adultos. � Os gametófitos de musgos variam de 0,5 mm a 50 cm ou mais de comprimento. � Todos apresentam rizoides multicelulares. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � O caulídio apresenta uma única camada de células (espessura). � Alguns musgos apresentam um filamento central com células especializadas na condução de água, os hidróides. � Presença de leptóides DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Os anterídios são protegidos dentro de estruturas folhosas chamadas rosetas. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Anterozóides dispersados por água (chuva, orvalho). Insetos também podem carregar água com anterozóides de planta para planta. 10/11/2016 13 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Existem dois padrões de crescimento para os gametófitos: 1- ereto e sem ramificações. Geralmente esporófitos terminais; 2- rastejantes, ramificados, formando pinas (pinados). Esporófitos laterais. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Podem ser monóicos ou dióicos, dependendo da espécie. � Células de esporófitos geralmente apresentam cloroplastos (fazem fotossíntese). Entretanto, perdem esta capacidade à medida que amadurecem. � Sua coloração anteriormente verde, passa a ser castanha. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Antes da liberação dos esporos, a caliptra cai. � Em seguida, o opérculo ou “tampa” da cápsula explode para a liberação dos esporos. � Quando o opérculo é liberado, torna-se visível o peristômio, anel de dentes que cerca a abertura da cápsula. Ausente nas outras classes de musgos. � O movimento dos dentes do peristômio de acordo com a umidade do ar, fazem a dispersão gradual dos esporos. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Bryidae (ou Bryopsida) � Cada cápsula pode conter até 50 milhões de esporos haplóides. � Reprodução assexuada pela emissão de gemas ou por fragmentação. 10/11/2016 14 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae � Musgos de turfeiras � Apresenta apenas um gênero com aproximadamente 350 espécies: gênero Sphagnum. � Os cauloides de seus gametófitos produzem tufos de ramos, frequentemente cinco ramos em cada nó. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae Turfeiras Sphagnum DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae � Gametófitos são originados de protonemas talosos em vez de filamentosos, e formam botões em suas margens, originando os gametófitos folhosos. � Típicos de locais pantanosos, onde são eretos e adquirem consistência túrgida. 10/11/2016 15 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae � Os filoides são incomuns: apresentam células mortas grandes, rodeadas de células vivas e clorofiladas, menores. � As células mortas têm grande capacidade de absorção de água (20 x seu peso seco). � Por isso, foi utilizado para curativos em machucados e furúnculos. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae � São muito usados no mundo inteiro para jardinagem. Acrescenta-se esfagno em vasos, principalmente de orquídeas e outras plantas que necessitam de grande quantidade de umidade, por causa do seu alto poder de retenção de água. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae � A cápsula apresenta dispersão por explosão, liberando uma nuvem de esporos. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Sphagnidae DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae � Musgos de granito 10/11/2016 16 DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae � Ocorrem em regiões ou montanhas árticas e são tipicamente encontrados sobre rochas de granito. � O gênero Andreaea, apresenta em torno de 100 espécies de musgos pequenos, verde-escuros ou castanho-avermelhados. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae � Gametófito surge de uma estrutura espessa com vários lobos e não de um filamento. � O esporófito não tem seta verdadeira e elevado por um pseudopódio. DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae � As cápsulas são pequenas e marcadas por quatro linhas verticais, onde ocorre a deiscência (abertura). � Único grupo de musgos que apresentam este tipo de dispersão de esporos DIVISÃO BRYOPHYTA CLASSE MUSCI - Classe Andreaeidae
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