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Processo do Trabalho Jul 2017

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2 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
SUMÁRIO 
 
01DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ......................................................................... 6 
1.1 Princípios ..................................................................................................................... 6 
1.2 Fontes ........................................................................................................................ 10 
1.3 Aplicação subsidiária do CPC .................................................................................... 10 
02 ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ............................... 11 
2.1 Órgãos que compõe a JT (art. 111 da CF) ................................................................. 12 
2.2 Competência da JT – art. 114 CF ............................................................................... 13 
2.3 Modificação da competência ...................................................................................... 18 
2.4 Conflitos de competência ........................................................................................... 19 
03 AÇÃO ............................................................................................................................. 21 
3.1 Classificações das ações ........................................................................................... 21 
3.2 Elementos da ação ..................................................................................................... 21 
04 NULIDADES ................................................................................................................... 21 
4.1 Absoluta ..................................................................................................................... 22 
4.2 Relativa ...................................................................................................................... 22 
05 DAS PARTES E PROCURADORES............................................................................... 24 
5.1 Capacidade postulatória ............................................................................................. 24 
5.2 Das partes e representantes ...................................................................................... 25 
5.3 Honorários advocatícios (Súmula 219 do TST) .......................................................... 28 
5.4 Assistência judiciária gratuita ..................................................................................... 29 
06 RITOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ............................................................................. 31 
6.1 Rito sumário ............................................................................................................... 31 
6.2 Rito sumaríssimo ........................................................................................................ 31 
6.3 Rito ordinário .............................................................................................................. 34 
07 PETIÇÃO INICIAL ........................................................................................................... 36 
7.1 Reclamatória trabalhista ............................................................................................. 36 
7.2 Requisitos (estruturação básica): ............................................................................... 37 
7.3 Responsabilidade patronal ......................................................................................... 38 
7.4 Preliminares ................................................................................................................ 40 
7.5 Mérito ......................................................................................................................... 42 
7.6 Pedidos ...................................................................................................................... 42 
7.7 Valor da causa ........................................................................................................... 43 
7.8 Fechamento ............................................................................................................... 43 
7.9 Antecipação de Tutela/tutela provisória/Liminar ......................................................... 43 
7.10 Modelo de reclamatória ............................................................................................ 46 
08 CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS ................................................................ 55 
8.1 Como regra geral ....................................................................................................... 55 
09 DA ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL ........................................................................ 57 
9.1 Aditamento da petição inicial ...................................................................................... 57 
9.2 Emenda à petição inicial ............................................................................................. 57 
9.3 Julgamento liminar improcedente ............................................................................... 57 
10 DA DISTRIBUIÇÃO E INTIMAÇÃO ................................................................................ 58 
10.1 Representação do empregador e empregado .......................................................... 58 
10.2 Ausência do reclamado e do reclamante .................................................................. 59 
10.3 Revelia ..................................................................................................................... 60 
10.4 Intervenção de terceiros ........................................................................................... 61 
10.5 Assistência: Art. 119 e ss do CPC - .......................................................................... 61 
10.6 Chamamento ao processo........................................................................................ 62 
10.7 Denunciação da lide ................................................................................................. 62 
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Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
11 NOTIFICAÇÃO PARA COMPARECER A AUDIÊNCIA ................................................... 62 
11.1 Da audiência ............................................................................................................ 62 
11.2 Do roteiro das audiências ......................................................................................... 63 
12 CONTESTAÇÃO............................................................................................................. 64 
12.1 Contraditório e ampla defesa .................................................................................... 65 
12.2 Endereçamento: competência .................................................................................. 65 
12.3 Número do processo ................................................................................................ 65 
12.4 Qualificação ............................................................................................................. 66 
12.5 Nome da peça e fundamento ................................................................................... 66 
12.6 Preliminares Processuais ................................................................................... 66 
12.7 Preliminares de Mérito (prejudiciais de mérito) ......................................................... 68 
12.8 Compensação e retenção ........................................................................................ 71 
12.9 Defesa de Mérito ...................................................................................................... 72 
12.10 Modelo contestação ...............................................................................................72 
13 EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO, IMPEDIMENTO E INCOMPETÊNCIA ............................ 87 
13.1 Exceções de impedimento e de suspeição ............................................................... 88 
13.2 Incompetência relativa ou absoluta .......................................................................... 89 
13.3 Estrutura básica ....................................................................................................... 91 
14 RECONVENÇÃO ............................................................................................................ 92 
14. 1 Estrutura básica ...................................................................................................... 92 
15 DAS PROVAS ................................................................................................................ 95 
15.1 Ônus da prova .......................................................................................................... 95 
16 DAS ALEGAÇÕES FINAIS, ACORDO E SENTENÇA .................................................. 100 
16.1 Razões finais .......................................................................................................... 100 
17 COISA JULGADA ......................................................................................................... 100 
18 SENTENÇA .................................................................................................................. 101 
18.1 Decisão surpresa ................................................................................................... 101 
19 ACORDO ...................................................................................................................... 102 
20 RECURSOS ................................................................................................................. 103 
20.1 Características dos recursos trabalhistas ............................................................... 103 
20.2 Tipos de recursos no processo do trabalho ............................................................ 105 
20.3 Efeito ...................................................................................................................... 105 
20.4 Decisões interlocutórias ......................................................................................... 107 
20.5 Pressupostos de admissibilidade............................................................................ 107 
20.6 Regularidade da representação ............................................................................. 110 
21 CONTRARRAZÕES ..................................................................................................... 111 
21.1 Modelo de contrarrazões ........................................................................................ 111 
22 RECURSO ADESIVO ................................................................................................... 114 
22.1 Prazo para contrarrazões ....................................................................................... 114 
23 RECURSO ORDINÁRIO ............................................................................................... 114 
23.1 Cabimento .............................................................................................................. 114 
23.2 Legitimidade e interesse recursal ........................................................................... 115 
23.3Tempestividade ....................................................................................................... 115 
23.4 Procedimento ......................................................................................................... 116 
23.5 Estrutura da peça ................................................................................................... 116 
23.6 Vícios e fundamentos que podem ser atacados em recurso................................... 118 
23.7 Modelo de recurso ordinário ................................................................................... 119 
24 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO .................................................................................. 135 
24.1 Efeito modificativo .................................................................................................. 135 
24.2 Interrupção do prazo para outros recursos ............................................................. 135 
24.2 Objeto (fundamentação vinculada) ......................................................................... 136 
24.3 Embargos protelatórios .......................................................................................... 136 
24.4 Modelo de embargos de declaração ....................................................................... 136 
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Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
25 RECURSO DE REVISTA .............................................................................................. 138 
25.1 Competência para julgamento ................................................................................ 140 
25.2 Requisitos (art. 896 da CLT) ................................................................................... 141 
25.3 Cabimento .............................................................................................................. 141 
25.3.1 Divergência jurisprudencial - art. 896 da CLT ...................................................... 141 
25.3.2 Violação de lei federal e Constituição Federal ..................................................... 142 
25.4 Prequestionamento ................................................................................................ 143 
25.5 Não cabimento do recurso de revista ..................................................................... 144 
25.6 Estrutura básica ..................................................................................................... 144 
25.7 Modelo de recurso de revista ................................................................................. 145 
26 EMBARGOS AO TST ................................................................................................... 148 
27 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA .................................................................................. 148 
27.1 Cabimento .............................................................................................................. 148 
27.2 Modelo de embargos ao TST por divergência ........................................................ 149 
28 EMBARGOS DE INFRINGENTES – dissídios coletivos................................................ 152 
29 AGRAVO DE INSTRUMENTO ...................................................................................... 152 
29.1 Procedimento ......................................................................................................... 153 
29.2 Modelo de agravo de instrumento .......................................................................... 153 
30 CORREIÇÃO PARCIAL ................................................................................................ 155 
31 AGRAVO REGIMENTAl................................................................................................ 156 
32 AGRAVO ...................................................................................................................... 156 
33 RECURSO EXTRAORDINÁRIO ................................................................................... 157 
34 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ...................................................................................... 157 
34.1 Sentença ilíquida (condenatória) ............................................................................ 158 
34. 2 Liquidação por arbitramento .................................................................................. 159 
34.3 Liquidação por procedimento comum..................................................................... 160 
34.4 Juros e correção de mora ....................................................................................... 160 
35 EXECUÇÃO TRABALHISTA ........................................................................................ 161 
35.1 Princípios ............................................................................................................... 161 
35.2 Analogia ................................................................................................................. 162 
35.3 Tipos de atos: de acertamento; de constrição e de alienação. ............................... 162 
35.4 Execução de títulos judiciais (CLT, art. 876) ........................................................... 163 
35.5 Execução de títulos extrajudiciais (CLT, art. 876) ................................................... 163 
35.6 Espécies de execuções: ......................................................................................... 163 
35.7 Competência e legitimidade ................................................................................... 165 
35.8 Formas de Execução .............................................................................................. 166 
33.9 Penhora: Sobre o tema da penhora é imporante observar o momento em que ela se 
dá, os bens impenhoráveis e a ordem de preferência para a realização da penhora. .... 166 
35.10 Penhora Online .................................................................................................... 167 
35.11 Substituição da penhora ....................................................................................... 168 
36 EMBARGOS À EXECUÇÃO ......................................................................................... 169 
37 IMPUGNAÇÂO ............................................................................................................. 171 
37.1 Estrutura básica dos Embargos à Execução .......................................................... 171 
37.2 Modelo de embargos à execução ........................................................................... 172 
38 EMBARGOS DE TERCEIROS ...................................................................................... 174 
38.1 Objetivo .................................................................................................................. 174 
38.2 Momento de interposição: ...................................................................................... 174 
39 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ........................................................................ 174 
39.1 Situações cabíveis ................................................................................................. 174 
40 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO (DESCONSIDERAÇÃO) ........................................ 175 
41 EXPROPRIAÇÃO ......................................................................................................... 179 
42 AGRAVO DE PETIÇÃO ................................................................................................ 181 
42.1 Estrutura básica ..................................................................................................... 181 
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Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
42.2 Modelo de agravo de petição ................................................................................. 182 
43 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ............................................................................. 184 
43.1 Estrutura básica ..................................................................................................... 186 
43.2 Modelo de consignação em pagamento ................................................................. 186 
44 PROTESTO .................................................................................................................. 190 
45 INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE ................................................... 192 
45.1 Estrutura básica ..................................................................................................... 194 
45.2 Modelo de inquérito para apuração de falta grave .................................................. 194 
46 MANDADO DE SEGURANÇA ...................................................................................... 196 
46.1 Modelo de mandado de segurança ........................................................................ 198 
47 AÇÃO RESCISÓRIA ..................................................................................................... 199 
47.1 Modelo de ação rescisória ...................................................................................... 205 
48 AÇÕES POSSESSÓRIAS ............................................................................................ 206 
48.1 Modelo de ação possessória .................................................................................. 208 
49 DISSIDIOS COLETIVOS .............................................................................................. 210 
49.1 Requisitos .............................................................................................................. 210 
50 ESPÉCIES DE DISSÍDIOS COLETIVOS: ..................................................................... 211 
50.1 De natureza econômica .......................................................................................... 211 
50.2 DE NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................... 211 
50.3 De greve ................................................................................................................. 212 
51 PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................................... 212 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 214 
 
 
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Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
O processo do trabalho é o meio para a resolução do conflito trabalhista. Os 
conflitos trabalhistas podem ser individuais ou coletivos. 
 
Autonomia: Existem duas correntes sobre a autonomia do direito processual 
do trabalho: monistas e dualistas. 
a) Monistas – sustentam que é simples desmembramento do direito 
processual civil, não possuindo princípios e institutos próprios. 
b) Dualistas – sustentam a autonomia em relação ao direito processual civil. 
 
Leite (2012, p. 91) sustenta que direito processual do trabalho dispõe de vasta 
matéria legislativa, possuindo princípios próprios, sendo o direito processual civil 
mero coadjuvante. Contudo, mesmo tendo autonomia, não há isolamento, pois 
comunga de unidade metodológica com os demais ramos do direito processual. 
 
1.1 Princípios 
 
O direito processual do trabalho possui princípios próprios que irão regular 
todas as regras que tratam deste ramo do direito, ao qual citamos os seguintes: 
 
a) Jus postulandi: Significa que, na Justiça do Trabalho, as partes podem 
litigar pessoalmente, sem patrocínio de advogados. O art. 133 da CF/88 não 
revogou a CLT. O TST já se pronunciou sobre o assunto, firmando esse 
entendimento. Localiza-se na CLT, arts. 791, 839, a, 840 e 846. 
De acordo com a Súmula n. 425 do TST, o Jus Postulandi se restringe as 
Varas do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho, não abrangendo as instâncias 
extraordinárias. 
 
Súmula n. 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando 
 01 
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Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos 
de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
b) Ultrapetição da sentença: Em alguns casos, e exatamente porque admite 
o jus postulandi, a sentença trabalhista pode conceder além do pedido. Caso típico é 
aquele em que o empregado reclama verbas rescisórias que decorrem de uma 
relação de emprego que não é reconhecida pelo empregador. Nesse caso, 
reconhecida por sentença a relação de emprego, o juiz pode condenar a empresa, 
de ofício, a anotar a CTPS do empregado; ainda que não tenha sido pedida a dobra 
das verbas salariais incontroversas, o juiz poderá determiná-la na sentença, ante o 
comando imperativo do art. 467 da CLT. Ver, também, os arts. 484 e 496 da CLT. 
 
c) Oralidade: prevalência da palavra como meio de expressão. A oralidade 
pressupõe outro princípio: imediação ou imediatidade, isto é, o contato direto do juiz 
com as partes e com as provas. No direito comum, a aplicação desse princípio 
impõe a identidade física do juiz, isto é, determina que o juiz que haja presidido à 
instrução, isto é, assistido a produção das provas, em contato pessoal com as 
partes, testemunhas, peritos julgue a causa. As impressões colhidas pelo juiz no 
contato direto com as partes, provas e fatos são elementos decisivos no julgamento. 
Localiza-se na CLT, art. 840, § 2º, 846, 848 e 850. 
 
d) Pagamento imediato das parcelas salariais incontroversas: Impõe 
pesados encargos ao empregador que protela pagamento de verbas salariais 
incontroversas. O art. 467 da CLT manda pagar em dobro as verbas salariais 
incontroversas. Lembrem-se: não é qualquer verba que se pode dobrar; apenas as 
de natureza jurídica salarial e, mesmo assim, se incontroversas. Aviso prévio, férias, 
13º salário, FGTS, vale-transporte, seguro-desemprego, horas extras não têm 
natureza salarial, e, portanto, não se dobram. Localiza-se na CLT, art. 467. 
 
e) Irrecorribilidade das interlocutórias: visa impedir, tanto quanto possível, 
interrupções da marcha processual; motivadas por recursos opostos pelas partes 
das decisões do juiz. A matéria fica imune à preclusão, sendo apreciada depois, pelo 
Tribunal. Atende ao princípio da celeridade processual. Localiza-se na CLT, arts. 
799, § 2º e 893, § 1º. 
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f) Celeridade: Significa que todos os sujeitos processuais (partes, advogado, 
juízes, auxiliares, perito, intérprete, testemunhas etc.) devem agir de modo a que se 
chegue rapidamente ao deslinde da controvérsia com o menor dispêndio de atos, 
energia e custo e com o maior grau de justiça e de segurança na entrega da 
prestação jurisdicional. Localiza-se na CLT, arts. 765, 768 (nos casos de falência) e 
843 a 852. 
 
g) Igualdade ou Isonomia – todos são iguais perante a lei. Porém, o sistema 
estabelece exceções, a exemplo das prerrogativas da Fazenda Pública e MP 
(prazos diferenciados), além da dispensa de custas para carentes e do duplo grau 
obrigatório para as condenações de pessoas jurídicas de direito público. 
 
h) Contraditório e ampla defesa – art. 5º, LV CF. aos litigantes, em processo 
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório 
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
i) Imparcialidade do juiz - ou seja, sem tendências que possam macular o 
processo. Lembrar que imparcialidade não se confunde com neutralidade. 
 
j) Motivação das decisões – princípio que serve como uma garantia contra 
o arbítrio dos juízes, já que precisa justificar suas decisões. 
 
k) Devido processo legal – trata-se de princípio base, pois nele se 
sustentam todos os demais princípios do processo do trabalho. Dele extraem-se os 
princípios do Juiz e promotor natural, proibição de tribunais de exceção, duplo 
grau de jurisdição, entre outros. 
 
l) Princípio da razoável duração do processo 
 
m) Princípio dispositivo/ inércia da jurisdição - livre iniciativa da parte que 
se sentir lesada. 
 
n) Princípio Inquisitivo ou impulso oficial – o processo começa por 
iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Ex: Execução de ofício. 
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Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
o) Princípio da instrumentalidade – O processo é instrumento para alcançar 
o direito material. 
 
p) Princípio da impugnação especifica – O réu/reclamada precisa se 
manifestar precisamente sobre os fatos, caso contrário há presunção de veracidade 
dos fatos não impugnados. 
 
q) Princípio da eventualidade – as partes devem utilizar todas as matérias 
de defesa ou interesse no momento próprio. 
 
r) Princípio da preclusão – a nulidade deve ser alegada na primeira 
oportunidade, sob pena de preclusão (art. 795 CLT). 
 
s) Princípio da economia processual – busca evitar o dispêndio 
desnecessário de tempo e de dinheiro. Aproveitamento dos atos processuais. 
 
t) Princípio da proteção processual – busca-se compensar as 
desigualdades reais existentes com uma desigualdade jurídica. Ex: depósito recursal 
só para reclamada. 
 
u) Princípio da busca da verdade real - art. 765 CLT: Art. 765 - Os Juízos 
e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo 
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2 Fontes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 Aplicação subsidiária do CPC 
 
O CPC aplica-se subsidiária e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em 
caso de omissão e desde que haja compatibilidade com as normas e princípios do 
Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da 
Lei nº 13.105, de 17.03.2015. 
Em razão do novo CPC o TST editou a Instrução Normativa 39, destacando 
que: 
 
Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, 
em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes 
preceitos do Código de Processo Civil: 
I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro); 
II - art. 190 e parágrafo único (negociação processual); 
III - art. 219 (contagem de prazos em dias úteis); 
IV - art. 334 (audiência de conciliação ou de mediação); 
V - art. 335 (prazo para contestação); 
VI - art. 362, III (adiamento da audiência em razão de atraso injustificado 
superior a 30 minutos); 
VII - art. 373, §§ 3º e 4º (distribuição diversa do ônus da prova por 
convenção das partes); 
VIII - arts. 921, §§ 4º e 5º, e 924, V (prescrição intercorrente); 
IX - art. 942 e parágrafos (prosseguimento de julgamento não unânime de 
apelação); 
X - art. 944 (notas taquigráficas para substituir acórdão); 
XI - art. 1010, § 3º(desnecessidade de o juízo a quo exercer controle de 
admissibilidade na apelação); 
XII - arts. 1043 e 1044 (embargos de divergência); 
XIII - art. 1070 (prazo para interposição de agravo). 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em 
face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo 
Civil que regulam os seguintes temas: 
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I - art. 76, §§ 1º e 2º (saneamento de incapacidade processual ou de 
irregularidade de representação);II - art. 138 e parágrafos (amicus curiae); 
III - art. 139, exceto a parte final do inciso V (poderes, deveres e 
responsabilidades do juiz); 
IV - art. 292, V (valor pretendido na ação indenizatória, inclusive a fundada 
em dano moral); 
V - art. 292, § 3º (correção de ofício do valor da causa); 
VI - arts. 294 a 311 (tutela provisória); 
VII - art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova); 
VIII - art. 485, § 7º (juízo de retratação no recurso ordinário); 
IX - art. 489 (fundamentação da sentença); 
X - art. 496 e parágrafos (remessa necessária); 
XI - arts. 497 a 501 (tutela específica); 
XII - arts. 536 a 538 (cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa); 
XIII - arts. 789 a 796 (responsabilidade patrimonial); 
XIV - art. 805 e parágrafo único (obrigação de o executado indicar outros 
meios mais eficazes e menos onerosos para promover a execução); 
XV - art. 833, incisos e parágrafos (bens impenhoráveis); 
XVI - art. 835, incisos e §§ 1º e 2º (ordem preferencial de penhora); 
XVII - art. 836, §§ 1º e 2º (procedimento quando não encontrados bens 
penhoráveis); 
XVIII - art. 841, §§ 1º e 2º (intimação da penhora); 
XIX - art. 854 e parágrafos (BacenJUD); 
XX - art. 895 (pagamento parcelado do lanço); 
XXI - art. 916 e parágrafos (parcelamento do crédito exequendo); 
XXII - art. 918 e parágrafo único (rejeição liminar dos embargos à 
execução); 
XXIII - arts. 926 a 928 (jurisprudência dos tribunais); 
XXIV - art. 940 (vista regimental); 
XXV - art. 947 e parágrafos (incidente de assunção de competência); 
XXVI - arts. 966 a 975 (ação rescisória); 
XXVII - arts. 988 a 993 (reclamação); 
XXVIII - arts. 1013 a 1014 (efeito devolutivo do recurso ordinário - 
força maior); 
XXIX - art. 1021 (salvo quanto ao prazo do agravo interno). 
 
 
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
A organização da Justiça Do Trabalho apresenta aspectos comuns e 
peculiares em relação aos demais tribunais do Poder Judiciário, e sempre é bom 
ficar atento para isso, para evitar deslizes na prova. Como aspectos peculiares da 
Justiça do Trabalho temos os seguintes (MARTINS, 2014, p. 76): 
 02 
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2.1 Órgãos que compõe a JT (art. 111 da CF) 
 
a) Tribunal Superior do Trabalho –TST (Brasília): 27 ministros, escolhidos 
entre brasileiros com mais de 35 anos e menores de 65 anos, nomeados pelo 
Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
É composto pelo Tribunal Pleno, Órgão especial, Seção Especializadas em 
Dissídios Coletivos, Seção Especializada em Dissídios Individuais e Turmas. 
 
b) Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs (região): no mínimo 7 juízes 
recrutados e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros com mais de 
30 e menos de 65 anos. 
 
c) Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho); 
 
O art. 678 elenca a competência dos TRTs: 
I - ao Tribunal Pleno, especialmente: 
a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; 
b) processar e julgar originàriamente: 
1) as revisões de sentenças normativas; 
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 
3) os mandados de segurança; 
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de 
Conciliação e Julgamento; 
c) processar e julgar em última instância: 
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das 
Turmas e de seus próprios acórdãos; 
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito 
investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, 
ou entre aquêles e estas; 
d) julgar em única ou última instâncias: 
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus 
serviços auxiliares e respectivos servidores; 
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2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de 
qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e 
de seus funcionários. 
II - às Turmas: 
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a ; 
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões 
denegatórias de recursos de sua alçada; 
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência 
jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos 
juízes de direito que as impuserem. 
 
Juiz de Direito – localidades onde não haja vara do trabalho - art.112 da CF: A 
lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por 
sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal 
Regional do Trabalho. 
 
2.2 Competência da JT – art. 114 CF 
 
 
 
 
 
 
Após saber como é composta a JT, necessário se faz analisar quais as 
demandas que poderão ser apreciadas nessa justiça, e, para tanto, o art. 114 da CF 
nos dá as diretrizes necessárias: 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos 
e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, 
a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
14 
 
 
 
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Assim, inicialmente, atente que a JT é competente para dirimir as 
questões relativa à relação de trabalho e não somente a relação de emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
a) COMPETÊNCIA MATERIAL 
 
É competente para processar e julgar ações que envolvem exercício de 
direito de greve, inclusive ações possessórias, a teor da Súmula Vinculante 23 do 
STF: 
 
Súmula Vinculante 23 STF: “A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício 
do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.” 
 
É competente também para processar e julgar ações sobre representação 
sindical. Nessa situação enquadram-se disputas de base territorial de 
representação de categoria. 
Incluem-se ainda os Habeas Corpus, Habeas Datas e Mandado de 
Segurança, quando o ato questionado envolver a matéria sujeita à sua jurisdição. 
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Ações de indenização por dano moral ou patrimonial também se incluem na 
competência da Justiça do Trabalho.Súmula nº 392 do TST 
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, 
DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça 
do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por 
dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as 
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que 
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
 
 
Súmula Vinculante 22 do STF 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de 
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas 
que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
 
Súmula nº 368 do TST 
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO 
(redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
16.04.2012) - Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento 
das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, 
quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às 
sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto 
de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ 
nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das 
contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado 
oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à 
incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei 
nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. 
III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do 
empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, 
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo 
do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, 
respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) Atenção: a súmula teve 
alteração em 28, 29 e 30.06.2017, mas o edital é de 30.05.2017, logo 
não considera-se a alteração. 
 
Súmula nº 454 do TST 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE 
TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 414 da 
SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição 
referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de 
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), 
16 
 
 
 
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pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do 
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 
8.212/1991). 
 
OJ 376 SDI-I 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM 
JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR 
HOMOLOGADO. (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) É devida a 
contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado 
após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e 
indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do 
acordo. 
 
OJ 398 SDI-I 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM 
JUÍZO SEM RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO. 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECOLHIMENTO DA ALÍQUOTA DE 20% 
A CARGO DO TOMADOR E 11% A CARGO DO PRESTADOR DE 
SERVIÇOS. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) 
Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de 
vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição 
previdenciária, mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços 
e de 11% por parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte 
individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. 
Inteligência do § 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 
8.212, de 24.07.1991. 
 
Súmula nº 401 do TST 
AÇÃO RESCISÓRIA. DESCONTOS LEGAIS. FASE DE EXECUÇÃO. 
SENTENÇA EXEQÜENDA OMISSA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À 
COISA JULGADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 81 da 
SBDI-2) - Res. 137/2005 – DJ 22, 23 e 24.08.2005 
Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo 
executório, ainda que a sentença exequenda tenha sido omissa sobre a 
questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os 
disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser caracterizada na 
hipótese de o título exequendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 - inserida exequendo, expressamente, afastar a dedução 
dos valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. 
 
Ainda: 
 
Indenização pelo não fornecimento de guias para encaminhar seguro 
desemprego – Súmula 389, I, TST 
 
Súmula nº 389 do TST 
SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS 
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 210 e 211 da SBDI-1) 
- Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
17 
 
 
 
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I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre 
empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-
fornecimento das guias do seguro-desemprego. (ex-OJ nº 210 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o 
recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. (ex-
OJ nº 211 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
Cadastramento no PIS – Súmula 300 TST 
 
Súmula nº 300 do TST 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO 
PIS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por 
empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no 
Programa de Integração Social (PIS). 
 
 
b) COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 
Sabendo que uma demanda é de competência material da JT, o segundo 
passo será investigar qual será a competência territorial (local para ajuizamento da 
ação). Para analisar a competência territorial é necessária a análise do art. 651 da 
CLT: 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a está o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou 
a localidade mais próxima. 
 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondoem contrário. 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
 
 
 
18 
 
 
 
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2.3 Modificação da competência 
 
A CLT é omissa sobre a modificação de competência, aplicando-se, por isso, 
o CPC. A competência da Justiça do Trabalho pode ser modificada por prorrogação, 
conexão, continência e prevenção. 
 
Prorrogação – a competência pode ser prorrogada se o réu não opuser 
exceção declinatória de foro (territorial) no prazo legal. 
Conexão - Conforme Art. 55 do CPC, reputam-se conexas 2 (duas) ou mais 
ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. A competência relativa 
pode ser modificada pela conexão. 
Continência - Conforme Art. 56 do CPC, há continência entre 2 (duas) ou 
mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o 
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais 
Prevenção – O juiz prevento será o que primeiro despachar. Observe-se as 
normas do CPC a respeito do tema: 
 
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo 
prevento, onde serão decididas simultaneamente. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
 
Com relação à distribuição por dependência, o CPC estabelece que: 
 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer 
natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já 
ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for 
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que 
sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao 
juízo prevento. 
 
Atenção: não se admite o foro de eleição em razão da hipossuficiência 
econômica do empregado e o art. 651 visa facilitar o acesso do 
empregado/trabalhador a JT. 
 
 
 
19 
 
 
 
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2.4 Conflitos de competência 
 
O conflito de competência se dá quando houver dois tribunais ou juízes 
dizendo-se competentes ou incompetentes para apreciar determinada demanda. 
Para a análise deste tema é indispensável a análise dos seguintes 
dispositivos da Constituição Federal e da CLT: 
 
CLT - Art. 803 - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na 
administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho 
 
 
Assim, podemos ter conflitos de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de 
Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais 
Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de 
Tribunais Regionais diferentes; 
c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do 
Trabalho e de Previdência Social; 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da 
Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
Constituição Federal: 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não 
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda 
da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
20 
 
 
 
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o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e 
quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer 
outro tribunal; 
 
Também importante observar que: 
 
Súmula n. 420 do TST 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO 
TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO (conversão 
da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 
23 e 24.08.2005 
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do 
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 
11.08.2003) 
 
 
Assim, conforme Leone Pereira (2013), para a solução do conflito de 
competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, devemos observar 4 regras. 
 
1ª regra - os TRT (art. 808, alínea a, da CLT), nos casos de conflito de 
competência: 
a) Entre Varas do Trabalho da mesma região; 
 
2ª regra - o TST (art. 808, alínea b, da CLT), nos casos de conflito de 
competência: 
a) entre TRT; 
b) entre Varas do Trabalho de regiões diversas; e 
c) entre TRT e Vara do Trabalho a ele não vinculada. 
 
3ªregra - o STJ (art. 105, I, alínea d, da CF/1988), nos casos de conflito de 
competência: 
a) entre TRT e TJ; 
b) entre TRT e TRF; 
c) entre juiz do trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição 
trabalhista (juiz estadual ou juiz federal); 
d) entre juiz do trabalho e TJ; 
e) entre juiz do trabalho e TRF; 
f) entre juiz estadual e TRT; e 
21 
 
 
 
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g) entre juiz federal e TRT. 
 
4ª regra - o STF (art. 102, I, alínea o, da CF/1988), havendo conflito entre 
o TST e qualquer tribunal. 
 
AÇÃO 
 
3.1 Classificações das ações 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Elementos da ação 
 
 
 
 
 
NULIDADES 
 
Conforme a gravidade, as irregularidades ou vícios processuais são 
classificados, sendo possível estabelecer quatro grupos, conforme LEITE (2012, p. 
385): 
 
 
 
 
 
 
 03 
 04 
22 
 
 
 
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Interessa em especial para esse estudo: 
 
 
 
4.1 Absoluta 
 
A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma 
fundamentada no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o 
poder de dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará 
configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando às partes de acordo com o 
ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública 
absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. 
Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as regras 
de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá a 
nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o 
processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado 
pelo juízo incompetente. 
 
4.2 Relativa 
 
Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da 
ofensa ao interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o 
interesse da parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a 
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parte interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte 
devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja 
sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
É importante lembrar que a nulidade só será declarada se houver prejuízo 
para uma das partes, e deve ter provocação da parte na primeira oportunidade de 
tiver de falar nos autos. 
 
Dispositivos legais – CLT - sobre nulidades: 
 
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às 
partes litigantes. 
 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação 
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de 
falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma 
ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade 
competente, fundamentando sua decisão. 
 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a 
que ela se estende. 
 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência. 
 
Lembrar que se aplicam os princípios da instrumentalidade das formas, 
prejuízo ou transcendência, convalidação ou preclusão, economia e celeridade 
processual, interesse e utilidade. 
 
Súmula sobre o assunto: 
 
Súmula nº 427 do TST 
INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME 
DE ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. 
NULIDADE (editada em decorrência do julgamento do processo TST-
IUJERR 5400-31.2004.5.09.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 
30 e 31.05.2011 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam 
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
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comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, 
salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
 
DAS PARTES E PROCURADORES 
 
 
 
5.1 Capacidade postulatória 
 
Diferente do Processo Civil, no Processo do Trabalho, nos termos do artigo 
791 e 839, “a”, da CLT, o empregador e empregador também tem capacidade 
postulatória, isto é, podem demandar na Justiça do Trabalho, princípio do jus 
postulandi. 
 
 
 
 
 
 
Litisconsórcio: quando duas ou mais pessoas figuram no polo ativo e/ou no 
polo passivo da lide. 
Lembrar das regras de litisconsórcio previstas no CPC: 
 
a) Litisconsórcio necessário: Art. 114 CPC 
- por disposição de lei 
- em razão da natureza da relação jurídica controvertida a eficácia da 
sentença depende da citação de todos que devam ser litisconsortes 
 
b) Litisconsórcio unitário: art. 116 CPC 
- quando o juiz precisar decidir de modo uniforme para todos os litisconsortes 
 
 05 
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c) Número excessivo de litisconsortes: poderá o juiz limitar o litisconsórcio 
facultativo quando o número de litigantes comprometer a rápida solução do litígio ou 
dificultar a defesa e o cumprimento da sentença. 
Na CLT encontramos que: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla 
liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, 
podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas (Art. 
765). 
 
Prazo em Dobro: não aplicação por força da OJ 310: 
 
OJ 310 SDI-I LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO 
EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 
DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO 
TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 
 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a 
celeridade que lhe é inerente. 
 
 
 
Ações Plúrimas: Sendo várias as reclamações e havendo identidade de 
matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da 
mesma empresa ou estabelecimento (Art. 842 CLT). 
 
5.2 Das partes e representantes 
 
a) Representação x assistência: A representação ocorre para os 
absolutamente incapazes (art. 3º do CC), já a assistência para os relativamente 
incapazes (art. 4º do CC). 
 
 Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita 
por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou 
curador nomeado em juízo. 
 
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b) Pessoas jurídicas (NCPC, art. 75, VIII): Terão representantes designados 
nos estatutos ou, se não designado, por seus diretores. 
 
c) Pessoas jurídicas de direito público: 
 
 
 
 
 
 
 
OJ 318 SDI1 TST 
REPRESENTAÇÃO IRREGULAR. AUTARQUIA. DJ 11.08.03 
Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome 
das autarquias detentoras de personalidade jurídica própria, devendo ser 
representadas pelos procuradores que fazem parte de seus quadros ou por 
advogados constituídos. 
 
d) Advogado 
 
Sobre o advogado encontramos na CLT, mencionando que A constituição de 
procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante 
simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado 
interessado, com anuência da parte representada (art. 791, §3). 
Ademais a súmula 436 estabelece como será a representação processual da 
União, Estados, Municípios e Distrito Federal: 
 
Súmula nº 436 do TST 
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, 
ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE 
MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e 
inserção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 
e 27.09.2012 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e 
fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, 
por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de 
mandato e de comprovação do ato de nomeação. 
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II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao 
menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a 
indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
Já a Súmula 395 estabelece regras sobre mandato e substabelecimento, 
sendo importante lembrar que o advogado atua por instrumento de mandato 
(procuração), sendo que pode substabelecer (com ou sem reserva) os poderes que 
lhe foram outorgados. 
 
Súmula nº 395 do TST 
MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE 
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 108, 312, 313 e 330 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda. (ex-OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
II - Dianteda existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua 
juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo 
dentro do aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 
01.10.1997) 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento 
é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - 
DJ 09.12.2003) 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado se a questão versar sobre a juntada de procuração na fase recursal, 
pois para tanto deve-se observar o que determina a súmula 383 do TST: 
 
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC 
DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 
2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada 
aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em 
caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, 
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) 
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator 
não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou 
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determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência 
couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
 
Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Sucessão das partes no Processo do Trabalho: acontece quando há a 
extinção da pessoa natural (morte), que será pelo espólio; ou sucessão de empresas 
quando há transferência para outra empresa ou alteração na sua estrutura jurídica 
(art. 10 e 448 da CLT). 
 
f) Substituição processual: possibilidade de alguém estar em juízo 
postulando em nome alheio. Sindicato: art. 8º, III, CF 
 
5.3 Honorários advocatícios (Súmula 219 do TST) 
 
Os honorários na Justiça do Trabalho não derivam da mera sucumbência, 
pois é preciso que sejam preenchidos dois requisitos: 
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; 
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou 
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do 
próprio sustento ou da respectiva família; 
Tais requisitos são elencados pela súmula 219 do TST: 
 
Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do 
item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - 
Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a 
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parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria 
profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do 
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita 
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
(art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em 
ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente 
sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da 
relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, 
a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da 
sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 
86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual 
sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os 
honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de 
vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido 
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC 
de 2015, art. 85, § 2º). 
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os 
percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no 
Código de Processo Civil. 
 
Fique atendo com a possibilidade de honorários pela mera sucumbência, 
também previstas na referida súmula: 
 
 
 
 
 
 
 
5.4 Assistência judiciária gratuita 
 
a) Assistência Judiciária Gratuita: direito da parte de ter um advogado do 
Estado gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada 
no art. 14, § 1º, da Lei n. 5.584/70: 
 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 
nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da 
categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou 
inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao 
trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica 
não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
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§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado 
fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 
(quarenta e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o 
atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição 
onde resida o empregado. 
 
b) Assistência Gratuita: direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, 
honorários de perito, etc. 
 
c) Requisitos: declaração de miserabilidade, ou percepção de salário não 
superior a dois mínimos. 
 
OJ 331 da SDI-I TST: “Desnecessária a outorga de poderes especiais ao 
patrono da causa para firmar declaração de insuficiência econômica, 
destinada à concessão dos benefícios da Justiça Gratuita”. 
 
CLT, no art. 790, § 3 º - O juiz pode conceder de ofício: 
 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, 
ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar 
as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
 
d) O benefício da Justiça gratuita deve ser requerido: na inicial ou na 
defesa, mas é importante lembrar da OJ 269 da SDI-I do TST: 
 
JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS 
PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserida em 27.09.2002) 
O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou 
grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo alusivo ao recurso. 
Atenção: a súmula teve alteraçãoem 28, 29 e 30.06.2017, mas o edital é 
de 30.05.2017, logo não considera-se a alteração. 
 
 
e) CUSTAS: Na justiça do trabalho às custas serão fixadas na base de 
2%, e possuem regras de fixação estabelecidas no art. 789 da CLT: 
 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas 
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como 
nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da 
jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento 
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incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 
(dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou 
julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e 
em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 
 
RITOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Na justiça do trabalho temos 3 ritos, a saber: 
a) Sumário 
b) Sumaríssimo 
c) Ordinário 
 
Basicamente, a principal diferença entre eles se dá quanto ao valor da causa, 
pois no sumário são possíveis demandas de até 2 Salários Mínimos, no 
Sumaríssimo de até 40 Salários Mínimos e no Ordinário as demandas que 
ultrapassam esse valor, ou que por algum outro motivo não possam ser processadas 
pelos outros dois ritos. 
 
6.1 Rito sumário 
 
O rito sumário é o procedimento previsto na Lei nº 5584/70, para ações cujo 
valor da causa não exceda dois salários mínimos (art. 2º, §§ 3º e 4º). 
É também conhecido como rito de alçada, e o mais importante é que neste 
procedimento não há possibilidade de recurso, salvo se versar sobre matéria 
constitucional e embargos de declaração. 
 
 
6.2 Rito sumaríssimo 
 
O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo 
advento da Lei n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
 06 
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Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais, cujo valor 
não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da 
ação, serão processados pelo rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
 
a) PETIÇÃO INICIAL 
 
Muita atenção com a petição inicial pelo rito sumaríssimo, pois a CLT elenca 
alguns requisitos específicos para ela: 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação 
do nome e endereço do reclamado; 
 
Então, não poderá a parte atribuir pedidos sem especificar o valor 
correspondente (a calcular), e tampouco poderá pedir a citação por edital. Isso 
porque, o § 1º refere que não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos 
I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao 
pagamento de custas sobre o valor da causa. 
Ainda, consoante o § 2º, as partes e advogados comunicarão ao juízo as 
mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as 
intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
E, no inciso III encontramos o prazo de apreciação da reclamação feita por 
esse rito: 
 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se 
necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação 
e Julgamento. 
 
b) AUDIÊNCIA 
 
Outro detalhe importante, quando tratado sobre o rito sumaríssimo, diz 
respeito a audiência, pois nesse caso será UMA. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e 
julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, 
que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
 
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Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as 
provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, 
podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
 
Sempre se iniciará a audiência com o questionamento das artes sobre a 
possibilidade de conciliação, sendo que não sendo obtido acordo passara 
para a produção das provas. 
 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a 
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que 
possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais 
questões serão decididas na sentença. 
 
Por fim, quanto a audiência nesse rito, é importante ficar atento ao número de 
testemunhas por parte, que será de apenas 2 (duas), e que estas deverão 
comparecer ao ato independentemente de intimação. 
Lembre-se que no processo do trabalho são “elementos surpresas”, por isso 
não são arroladas. Somente se provado o convite e a testemunha não comparecer 
será deferida a intimação. 
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo 
absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão 
à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha 
intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
 
É possível a produção de prova técnica, mas somente quando a prova do fato 
efetivamente exigir, primando-se sempre pela celeridade. 
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, 
será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o 
objeto da perícia e nomear perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. 
 
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 E, sendo a audiência interrompida (intimação de testemunha ou outro 
motivo) a solução do processo deve se dar no máximo em 30 dias. 
 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do 
processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante 
justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 
c) SENTENÇA 
 
 Não diferentemente, este rito também traz peculiaridades para a 
sentença, em especial por dispensar o relatório e que a intimação das partes se dará 
na própria audiência (quando for a sentença prolatada neste ato). 
 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção

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