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estagio civil I

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DE UMA DAS VARAS CÍVEL DA COMARCA DE VITORIA DA CONQUISTA- BA
Geraldo Silva, solteiro, empresário, portador do documento de identidade RG nº XXX e inscrita no CPF sob o nº XXX residente na rua xx casa x bairro xxxx sitiada neste ubre comarca, por intermédio de seu advogado e procurador, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DE DISTRATO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA E RESSARCIMENTO DE VALOR C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de Inácio Guerra, casado, empresário, portador do documento de identidade RG nº XXX e inscrita no CPF sob o nº XXX residente na rua xx casa x bairro xxxx, na cidade de Vitória da Conquista Bahia 
I - DOS FATOS
Os Requerentes firmaram Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda de bem móvel, na data 10/01/2017, tendo por objeto a aquisição de uma máquina, sob o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) na cidade natal do reclamado.
A forma de pagamento acordada entre as partes previu o seu cumprimento em:
- R$ 90.000,00 (noventa mil reais) na data da assinatura do contrato a titulo de amortização ao Sr. Inácio guerra
- E o valor de R$ 110.000,00 na data da entrega da maquina que ocorreria na cidade de Vitória da Conquista- BA.
Ocorrem que na data de 10/11 /2017, o reclamante comunicou ao reclamado a intenção de desfazer o negócio, sugerindo que eles assinassem um Distrato da então promessa de compra e venda, prevendo que o reclamado devolveria a determinada quantia da amortização ao reclamante
Ocorre que, o reclamado não concordou com a celebração do distrato, alegando inclusive que reteria o valor da amortização.
Assim, não restou alternativa aos Requerentes, senão a buscar a via judicial, a fim de se verem restituídos pelos valores pagos à Requerida, que se recusa a tanto.
II – DO DIREITO
II.I - DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA:
Mediante o contrato que foi estabelecido entre as partes e também e-mails no qual foi instrumento de negociação entre elas, já se comprova a relação de ambos de obrigação a ser cumprida. Obrigação essa de responsabilidade civil objetiva no que tange os artigos 927 a 942 Código Civil, a obrigação de indenização ao Promissório devido a inutilização de um bem que nem lhe foi repassado, foi pago e não utilizado, nem entregue Excelência lhe causando um dano! Mesmo sabendo que vale ressaltar que o dano independe do ato ilícito causado pelo Prominente.
Diante do direito do Promissório de que o princípio da imprevisão (rebus sic standibus) limitadamente se sobressai diante do pacta sunt servanda pois o contrato foi estabelecido dentro da boa-fé do Promissório que até pagou o valor de R$ 90.000,00 com toda e melhor intenção, não poderia ele prever que a situação da empresa entraria em tamanha crise financeira , não podendo de forma alguma assumir dali em diante o compromisso que nem se quer lhe foi entregue, ficando assim o Promitente na intenção de enriquecimento ilícito (artigo 884, CC) usando da boa-fé do Promissório que a todo tempo na tenta negociar desfazendo o que não mais poderá pagar.
	
II.II – DO DANO MORAL
O Prominente responde civilmente pelos danos causados aos seus clientes, nos aspectos de responsabilidade contratual, quer pelos atos de seus diretores, quer de seus prepostos (código civil), falta ativa ou omissiva, conforme o caso.
É preciso ressaltar que o dano moral é a dor, a angústia, o desgosto, o abalo emocional, a aflição espiritual, a contrariedade, pois, estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano.
Sabe-se, portanto, que o dano moral atinge direitos da personalidade e viola atributos essenciais da pessoa humana, indo de encontro ao princípio da dignidade, violando direitos e garantias básicas da pessoa quando submetida a tratamento degradante gerando distúrbio para toda vida, posto ser inviolável a sua honra e imagem, causando dano moral que deve ser a todo modo reparado.
O artigo 927 do Código Civil parágrafo Único dispõe expressamente a respeito do dispositivo afrontado pelo Prominente, in verbis:
Com efeito, o Promissório busca a título de indenização por danos morais um valor justo a ser arbitrado por Vossa Excelência, o qual deverá não só comportar os prejuízos morais suportados por ele, como também deverá servir de punição ao Prominente, para que não incorra em novos ilícitos.
Dessa forma, a fixação do quantum em patamar considerável, repise-se, valerá não só como reparação aos prejuízos causados, mas, principalmente, como forma de dissuadir o causador do dano à prática de igual e novo atentado.
Assim, demonstra-se de forma incontestável o dano moral que vem sofrendo o Promissório, bem como a extensão do dano, haja vista o DESÍDIA e DESLEIXO da Requerida não tomou qualquer providência de solucionar o infortúnio.
O art. 944 do Código de Processo Civil, assim reza:
 “A indenização mede-se pela extensão do dano.".
 Portanto, no presente caso, necessita-se apenas da mão forte e justa de Vossa Excelência para condenar o Prominente, pelos ininterruptos danos causados ao Promissório.
 
III - DO PEDIDO
Posto isso, requer a Vossa Excelência:
A citação da ré, no endereço inicialmente referido, para comparecer na audiência de conciliação a ser designada, e, querendo, apresentar resposta de Distrato de Contrato, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
Se digne Vossa Excelência considerar procedente o seu pedido, para o fim de condenar a ré ao pagamento de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), pelo ressarcimento do valor pago anteriormente e danos morais.
Descrição dos valores:
- Amortização do valor -----------------------------------R$ 90.000,00
- Danos morais---------------------------------------------R$ 30.000,00
-Total-------------------------------------------------------R$ 120.000,00
V– PROVAS
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, negociação por e-mails e depósito bancário de R$ 90.000,00 para o Réu e juntada de documentos bem como novas provas que eventualmente venham a surgir.
VI– DOS REQUERIMENTOS:
	
	Requer a citação do Promitente, via carta com aviso de recebimento (AR) para que, no prazo legal, querendo, conteste a presente ação, constando no mandado às advertências dos artigos 285 e 319 do Código de Processo Civil.
	
	Dá-se a causa o valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).
Termos em que, pede deferimento.
XXXX-XX, 26 de agosto de 2018.
Nome do advogado (a)
OAB/xxx

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