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CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

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CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE)
 
Órgão responsável pela repressão ao abuso do poder econômico criado pela Lei nº 4.137, de 10 de setembro de 1962, e regulamentado pelo Decreto nº 52.025, de 20 de maio de 1963. A Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, transformou-o em autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça, responsável pelo julgamento dos processos administrativos relativos ao abuso do poder de mercado por parte das empresas.
A primeira iniciativa no sentido de coibir o abuso do poder econômico foi o Decreto-Lei nº 7.666, também conhecido como Lei Malaia, de autoria do ministro Agamenon Magalhães, promulgado em 22 de junho de 1945 e revogado em 9 de novembro do mesmo ano. Na Constituição de 1946, as bases da Lei Malaia reapareceram no artigo 148. O projeto de regulamentação desse artigo, apresentado à Câmara por Agamenon Magalhães em 1948, só foi sancionado, entretanto, em 10 de setembro de 1962, quando foi finalmente criado o Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
O conselho era composto de cinco conselheiros nomeados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado Federal, com mandato de quatro anos, um dos quais era escolhido para ocupar a presidência. O primeiro presidente do CADE foi Lourival Fontes. Após a promulgação da Lei 8.884, o plenário do CADE passou a ser composto por um presidente e seis conselheiros, e o período do mandato de cada um deles foi reduzido para dois anos, permitida uma recondução.
O CADE tem por finalidade reprimir os abusos do poder econômico, no que tange aos prejuízos que venham a ser causados pelas empresas aos consumidores. As práticas consideradas lesivas aos consumidores recebem sanções que vão desde multas até a cisão de sociedade. Para subsidiar suas decisões, o CADE tem uma ampla soma de poderes, sendo-lhe facultado solicitar informações às empresas quando desejar, examinar sua contabilidade e aplicar sanções no caso de não ser atendido.  Pode ainda solicitar a assistência e a colaboração das autoridades e serviços federais ou autárquicos, sujeitando-os à pena de suspensão ou demissão caso venham a dificultar ou retardar sua ação. Para instruir os processos, conta com o apoio da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, e da Secretaria de Assuntos Econômicos (Seae), do Ministério da Fazenda.
Uma das principais atribuições do CADE é julgar os atos de concentração, cabendo-lhe, assim, decidir sobre a homologação de uma associação entre grandes empresas. Nesse contexto, destacam-se as deliberações sobre as aquisições da Cia. Pains pelo grupo Gerdau e da Kolynos pela Colgate, e as parcerias empresariais da Brahma com a Miller e da Antarctica com a Budweiser.
Desde setembro de 1975, o CADE edita a Revista de Direito Econômico, que divulga suas atividades e ainda publica trabalhos teóricos, principalmente sobre direito econômico.
Alzira Alves de Abreu
 
FONTES: BANDEIRA, L. Governo; Rev. Direito Econ. (9 e 10/75; 4/76; 8 e 12/77).
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CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
O CADE tem como principal objetivo a fiscalização, a prevenção e a orientação sobre os assuntos que competem abusos de poder.
A origem do CADE
O CADE é uma autarquia bastante antiga, sendo datada de 1962, quando foi criada no governo do presidente João Goulart, mas até meados dos anos 90 não possuía muita atividade, além de tentar combater o crime contra a economia popular ou na fiscalização dos preços quando houve congelamentos de preços devido os períodos de hiperinflação.
Foi quando em 1994 que uma lei foi criada vinculando o CADE ao Ministério da Justiça, lhe concedendo amplos poderes para atuar de forma mais ativa na economia e investigar empresas que, de alguma forma, praticavam abuso de poder no mercado.
Já no ano de 2011, outra lei atribuiu mais poderes de atuação ao CADE obrigando todas as empresas que fossem passar por fusão, compra, investimentos, joint ventures e etc. a passar por uma avaliação prévia do CADE para verificar se a nova empresa irá afetar o mercado negativamente.
Estrutura do Conselho do CADE
O CADE é composto basicamente pelos seguintes órgãos:
– Departamento de estudos econômicos: responsável pelas análises que demonstram se há ou não concentração de poder por uma empresa.
– Tribunal administrativo de Defesa Econômica: responsável pelos julgamentos dos processos apontados.
– Superintendência Geral: responsável pelo controle e aplicação dos processos do CADE.
Casos famosos
– Caso da Breja: Quando as marcas Antártica e  Brahma anunciaram a fusão, o CADE em análise do processo decidiu que para ser concluída a fusão as empresas teriam que vender uma de suas marcas, a Bavária.
– Caso Siderúrgicas: o CADE apurou uma formação de cartel de três grandes empresas brasileiras, a Usiminas, a CSN e a COSIPA. No processo as empresas foram autuadas e multadas pela má fé.
– Caso dos dentes: a compra da Kolynos Brasil pela Colgate-Palmolive iria criar uma super empresa com o total de 79% de todo o mercado de higiene bucal. Após análise do CADE a empresa teve que parar de vender a marca Kolynos no país.

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