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Promoção à Saúde da Mulher

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Promoção à Saúde da Mulher
Ensino clinico saúde coletiva 
Ensino Clínico em Saúde Coletiva
ADILANE RIBEIRO
ELIANE MULATINHO
HINGRID LOUREIRO
JENNIFER CAMILA
Profª: Ms. Ana Cecília Soares 
NATAL 2018.2
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Planejamento Familiar
O que são Direitos Sexuais e Reprodutivos? 
Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a).  
O Governo brasileiro pauta-se pelo respeito e garantia aos direitos humanos, entre os quais se incluem os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, para a formulação e a implementação de políticas em relação ao planejamento familiar e a toda e qualquer questão referente à população e ao desenvolvimento.
Aspectos Legais do Planejamento Familiar 
• Art. 226 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988: “§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
• Lei n.º 9.263, de 12 de janeiro de 1996: “Art. 3.º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde.” 
 “Art. 4.º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.” 
Critérios Clínicos de Elegibilidade
Os Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos anticoncepcionais foram desenvolvidos pela OMS com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na orientação das usuárias (os) de métodos anticoncepcionais.
 A ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária (laqueadura tubária e vasectomia) no SUS; - A implantação e implementação de redes integradas para atenção às mulheres e aos adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; 
- A ampliação dos serviços de referência para a realização do aborto previsto em lei e garantia de atenção humanizada e 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
qualificada às mulheres em situação de abortamento, entre outras ações.
Atividades a serem desenvolvidas na atenção em saúde reprodutiva 
Na Atenção Básica, a atuação dos profissionais de saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, três tipos de atividades: 
• Aconselhamento 
 
• Atividades educativas 
 
• Atividades clínicas
Métodos Contraceptivos para Planejamento Reprodutivo 
 - Métodos Comportamentais 
Referem-se a método anticoncepcional natural que não exija uso de hormônios, barreiras físicas ou cirúrgicas. Implicam modificações do comportamento sexual do casal. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
 Abstinência Sexual 
 Muco Cervical
 Temperatura Corporal Basal 
 Método sintoma térmico
 Ogino-Knaus 
Coito Interrompido
 Método da Amenorreia da Lactação (LAM)
Métodos de barreira 
Impedem contato dos espermatozoides com o óvulo formando uma barreira (física ou química). 
2.1 – Preservativos 
2.2 – Diafragma 
 Capuz Cervical 
 Espermicida 
PLANEJAMENTO FAMILIAR
 Métodos Hormonais 
Anticoncepcionais orais 
 Pílulas combinadas 
 Minipílulas 
 Pílula de emergência 
Anticoncepcionais injetáveis 
 Mensais 
 Trimestrais 
Anticoncepcionais transdérmicos 
3.4 Anel vaginal 
 Implante subcutâneo 
 DIU 
Métodos permanentes
Vasectomia 
Laqueadura tubária 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Pré-Natal
Assistência de Enfermagem no Pré-Natal de risco habitual
• Captação precoce das gestantes na comunidade;
• Garantia de atendimento a todas as gestantes que procurem o serviço de saúde; 
•Garantia da realização dos exames complementares necessários; 
O principal objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. 
 A atenção à mulher na gravidez e no pós-parto deve incluir ações de prevenção e promoção da saúde, além de diagnóstico e tratamento adequado dos problemas que ocorrem neste período. (BRASIL, 2015) 
Diretrizes da Atenção Pré-natal 
1. Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal até 120 dias; 
Pré-Natal
2. Realização de, no mínimo, seis consultas de pré-natal, sendo, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação; 
3. Acompanhamento periódico e contínuo de todas as gestantes, para assegurar seu seguimento durante toda a gestação, em intervalos preestabelecidos (mensalmente, até a 28ª semana; quinzenalmente, da 28ª até a 36ª semana; semanalmente, no termo), acompanhando-as tanto nas unidades de saúde quanto em seus domicílios
4. Desenvolvimento das seguintes atividades ou procedimentos durante a atenção pré-natal: 
4.1 Escuta da mulher e de seu(sua) acompanhante, esclarecendo dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as condutas a serem adotadas; 
4.2 Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou individualmente; 
 4.3 Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante; 
4.4 Exames laboratoriais: ABO-Rh, Hemoglobina/Hematócrito, Glicemia de jejum, VDRL, entre outros. 
Pré-Natal
4.5 Imunização das gestantes; 
4.6 Avaliação do estado nutricional da gestante e monitoramento por meio do SISVAN; 
4.7 Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais; 
4.8 Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e de mama; 
4.9 Tratamento das intercorrências da gestação com registro no prontuário; 
4.10 Classificação de risco gestacional a ser realizado na primeira consulta e nas subsequentes; 
Rede Cegonha 
PORTARIA N 459, DE 24 DE JUNHO DE 2011
 - Componente PRÉ-NATAL: 
a) Realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS) com captação precoce da gestante e qualificação da atenção;
 b) Acolhimento às intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade; 
Pré-Natal
c) Acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo oportuno;
 d) Realização dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco e acesso aos resultados em tempo oportuno; 
e) Vinculação da gestante desde o pré-natal ao local em que será realizado o parto; 
f) Qualificação do sistema e da gestão da informação; 
g)Implementação de estratégias de comunicação social e programas educativos relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; 
h) Prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites; e
 i) Apoio às gestantes nos deslocamentos para as consultas de pré-natal e para o local em que será realizado o parto, os quais serão regulamentados em ato normativo específico.
Classificação de Risco Gestacional 
• Com o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno-infantil e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional. 
Pré-Natal
• O acolhimento com classificação de risco pressupõe agilidade no atendimento e definição da necessidade de cuidado e da densidade tecnológica e deve ser realizado a cada consulta de pré-natal.
• A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação das pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de sofrimento.
Participação do Enfermeiro no Pré-natal 
• A implantação em 1984 da PAISM (Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher), foi um estímulo à participação do enfermeiro nas ações de saúde da mulher, em especial, à assistência pré-natal; 
• De acordo com a legislação do exercício profissional- Decreto n 94.406/87, o Pré-natal de baixo risco pode ser acompanhado pelo Enfermeiro; 
• Segundo a Lei n 7.498 de 25/07/1986, cabe ao enfermeiro: 
- Realizar consulta de enfermagem e prescrição da assistênciade enfermagem, como integrante da equipe de saúde; 
Pré-Natal
- Prescrever medicamentos, solicitar exames de rotina e complementares, desde que estabelecidos em programas de saúde pública e aprovados pela gestão; 
- Oferecer assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera, bem como, realizar atividades de educação em saúde. 
Consulta de Enfermagem na atenção à gestante 
• Atividade independente, realizada privativamente pelo enfermeiro e tem como objetivo propiciar condições para a promoção da gestante e a melhoria de sua qualidade de vida, mediante uma abordagem contextualizada e participativa. 
Atribuições do Enfermeiro no Pré-natal 
• Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação
• Realizar o cadastramento da gestante no SIS Pré-Natal e fornecer a Caderneta da Gestante devidamente preenchida (a caderneta deve ser verificada e atualizada a cada consulta); 
• Realizar a consulta de pré-natal de gestação de risco habitual intercalada com a presença do(a) médico(a); 
Pré-Natal
• Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo local de pré-natal; 
• Realizar testes rápidos; 
• Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos padronizados para tratamento das DST, conforme protocolo da abordagem sindrômica); 
• Orientar a vacinação das gestantes (contra Tétano, Hepatite B, Influenza); 
• Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico do colo do útero; 
• Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou atividades de sala de espera); 
• Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores de risco e à vulnerabilidade; 
• Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas;
Pré-Natal
• Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar.
(BRASIL, 2015) 
Primeira Consulta 
• Acolhida à Gestante. 
• Mensurações de: - Peso - Altura - Pressão Arterial 
 • Cálculo do IMC.
Pré-Natal
Aleitamento Materno
ALEITAMENTO MATERNO
Para elevar as taxas de aleitamento materno o Brasil implantou, em 1981, o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno. Desde então, a iniciativa é responsável por melhorar os indicadores relativos à oferta e distribuição de leite para recém-nascidos, sobretudo os que estão em UTI neonatal. 
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses, o bebê receba somente leite materno, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família.
BENEFICIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA O BEBÊ
- O leite materno é um alimento completo;
- Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina*, pois é rico em anticorpos protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, 
Aleitamento Materno
infecções respiratórias, alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. 
- Crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.
 
*O aleitamento materno não exclui a necessidade de cumprimento do calendário de vacinação da criança.
 
BENEFICIOS PARA MÃE
- Reduz o peso mais rapidamente após o parto;
- Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal;
- Reduz o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.
- Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros 6 meses.
BENEFICIOS PARA A FAMILIA E O SISTEMA DE SAÚDE
Aleitamento Materno
- Não amamentar pode signifcar sacrifícios para uma família com pouca renda;
- Em 2004, o gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros seis meses de vida no Brasil variou de 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da fórmula infantil;
- Para os serviços de saúde a economia é em um menor número de internações, consultas e medicações. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis.
Como amamentar
- A melhor posição para amamentar é aquela em que a mãe e o bebê sintam-se confortáveis;
- A amamentação deve ser prazerosa tanto para a mãe como para o bebê;
- O bebê deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, bem apoiado e com os braços livres;
- A cabeça do bebê deve ficar de frente para o peito e o nariz bem na frente do mamilo;
- Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca;
Aleitamento Materno
- Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo;
- Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado.
Aleitamento Materno
PROBLEMAS MAIS FREQUENTES NA AMAMENTAÇÃO
 
Fissuras (rachaduras) 
 
Ocorre quando o posicionamento ou a pega estão incorretos.
 - Como evitar: Manter os peitos enxutos; Evitar que os peitos fiquem muito cheios ou doloridos; Posicionar o bebê corretamente.
Aleitamento Materno
Como tratar as fissuras: 
 
 
Amamentar não deve doer. Porém, é importante que a mãe continue a amamentar, corrigindo possíveis problemas de “pega” e posição; 
Fazendo essas correções, a dor desaparece. Se aparecerem rachaduras elas devem: 
Aleitamento materno
- Posicionar melhor o bebê no peito e corrigir a “pega”; 
- Começar a dar o peito pela mama sadia e depois passar para a mama com rachaduras; 
- Expor as mamas aos raios do sol ou à luz artificial (lâmpada de 40 watts a uma distância de 30 cm); 
- Ordenhar manualmente o excesso de leite para evitar que o leite fique “empedrado”; 
- Se a mãe tiver febre alta ou muita dor, consultar o médico; 
- Rachadura pode levar ao ingurgitamento (leite empedrado) e este à mastite; 
- Aconselhe a mãe a deixar uma gota do “leite do fim” no mamilo após a mamada - isto facilita a cicatrização. 
 
Ingurgitamento mamário 
-A congestão das mamas pode ocorrer por esvaziamento infreqüente ou inadequado das mamas, ou por inibição do reflexo de ejeção do leite; 
-As mamas apresentam-se volumosas, com temperatura acima do normal, freqüentemente sensíveis ao toque. 
Aleitamento Materno
Geralmente ocorre nos dois peitos e nas duas primeiras semanas após o parto. 
 
- Prevenção: 
- Manter freqüência de mamadas; 
- Esvaziamento das mamas após as mamadas; 
- Uso de sutiãs de sustentação. 
-Ordenha do leite residual precedida por massagens que facilitarão o fluxo do leite e sua evasão; 
Aleitamento materno
COMO GUARDAR O LEITE PARA O PRÓPRIO FILHO? 
-Se não tem refrigerador, o leite pode ser coletado em frasco limpo e depois em local fresco. Para evitar a diarréia, esse leite só deve ser usado até seis horas após a coleta; 
-Se tem geladeira, o leite ordenhado pode ser refrigerado com segurança por até 12 horas ou congelado por até 15 dias. Antes de alimentar o bebê com o leite guardado, aqueça em banho-maria; 
- Ofereça o leite ao bebê com colher, copo ou xícara 
 
COMO RETIRAR O LEITE DO PEITO? 
•A mãe deve: 
- Prender os cabelos e usar uma touca de banho ou pano amarrado; 
- Proteger a boca e o nariz com pano ou fralda; 
- Escolher um lugar limpo e tranqüilo;
Aleitamento materno
- Preparar uma vasilha (de preferência um frasco com tampa plástica) fervida por 15 minutos; 
- Massagear o peito com a ponta de dois dedos iniciando na região mais próxima da aréola indo até a mais distante do peito, apoiando o peito com a outra mão; 
- Massagear por mais tempo as áreas mais doloridas; 
- Apoiar a ponta dos dedos (polegar e indicador) acima eabaixo da aréola, comprimindo o peito contra o tórax; 
- Comprimir com movimentos rítmicos, como se tentasse aproximar as pontas dos dedos, sem deslizar na pele; 
- Desprezar os primeiros jatos e guardar o restante no recipiente. 
Aleitamento Materno
10 passos do Aleitamento 
 
1° PASSO: Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe de saúde; 
2° PASSO: Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar normas; 
3° PASSO: Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e manejo do aleitamento materno; 
4º PASSO: As mães a iniciar o aleitamento materno na primeira hora após o nascimento do bebê; 
5º PASSO: Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos; 
Aleitamento materno
6º PASSO: Não dar ao Recém-nascido nenhum outro tipo de alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento tenha uma indicação médica; 
7º PASSO: Praticar o alojamento conjunto- permitir que a mãe e bebê permaneçam juntos- 24h por dia; 
8º PASSO: Encorajar o aleitamento materno em livre demanda; 
9º PASSO: Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças alimentadas ao seio; 
10º PASSO: Encaminhar as mães, por ocasião de alta hospitalar para grupos de apoio ao aleitamento materno 
 
 
Aleitamento materno
Câncer de mama
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mundo, constituindo a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. No Brasil, é o segundo tipo mais incidente na população feminina, apresentando curva ascendente a partir dos 25 anos de idade e concentrando a maioria dos casos entre os 45 e 50 anos. Representa, aproximadamente, 20% do total de casos diagnosticados e 15%, em média, das mortes por câncer. 
 
Estimativa de novos casos: 59.700 (2018 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres (2013 - SIM)
 
Câncer de Mama
FATORES PROTETORES
 
- Atividade física regular
- Hábitos alimentares saudáveis
 
FATORES DE RISCO
 
- Sexo feminino;
- Menarca precoce;
- Menopausa tardia;
- Nuliparidade
Câncer de Mama
- Primeira gestação a termo após 30 anos;
- Mãe ou irmã com história de câncer;
- Dieta rica em gordura;
- Dieta pobre em fibras;
- Uso e álcool;
- Tabagismo;
- Obesidade (principalmente após a menopausa);
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
 
- Nódulo palpável;
- Endurecimento da mama;
- Secreção mamilar;
- Eritema mamário;
- Edema mamário;
- Retração ou abaulamento;
- Linfonodos axilares palpáveis.
Câncer de Mama
Câncer de Mama
O Ministério da Saúde recomenda como principais estratégias de rastreamento:
Câncer de Mama 
MAMOGRAFIA
A mamografia é o único exame utilizado para rastreamento, com capacidade de detectar lesões não palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil.
Câncer de Mama
ULTRASONOGRAFIA MAMÁRIA
Não é um método de escolha no rastreamento do câncer de mama, devendo ser utilizado como método complementar à mamografia.
Câncer de Mama
EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)
1º passo: inspeção visual 
Inspeção Estática
Inspeção Dinâmica 
2º Passo: Palpação 
Palpação deve ser iniciada na axila! (cauda de Spencer)
Três níveis de pressão devem ser aplicados: leve, média e profunda. 
Palpação na mama
Palpação na axila
Câncer de Mama
3º Passo: Expressão Mamilar 
QUANDO EXAMINAR OS SEIOS? 
- Você deve examinar suas mamas todos os meses, de preferência durante o banho.
- Se você menstrua, examine suas mamas no 5º dia a partir do início da menstruação. (No período pré-menstrual as mamas ficam endurecidas e dolorosas).
- Se você não menstrua ou sua menstruação é irregular, escolha o 1º dia de cada mês.
Câncer de Mama
Vertical – a mão caminha para cima e volta para baixo, cobrindo toda a mama.
Espiral – a mão realiza movimentos concêntricos, indo da periferia da mama até o mamilo.
Quadrantes – a mão vai do mamilo até a periferia e volta.
Câncer de Mama
Climatério
Segundo a OMS é uma fase biológica da vida da mulher e não um processo patológico;
Transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo;
Faixa etária mais comum entre 45 e 65 anos;
O termo menopausa refere-se a última menstruação da mulher. 
Climatério
Sexualidade no climatério cercada de preconceitos, mitos e tabus
identificação da função reprodutora com a função sexual. 
ideia de que a atração erótica se faz às custas somente da beleza física associada à jovialidade. 
a sexualidade feminina relacionada diretamente aos hormônios ovarianos, vinculando a diminuição da função do ovário com a diminuição da função sexual. 
 Nessa fase mais experiente da vida, o conceito de satisfação muda, permitindo a procura de novas formas para exercer a sexualidade, melhor conhecimento do corpo e maturidade para buscar outras opções. 
Climatério
Sintomas do climatério estão associados a diminuição dos níveis de estrogênio circulante, mais comuns são:
Ondas de calor 
Hiperemia facial/ sudorese
Palpitações
Alterações de humor
Ansiedade
Irritabilidade
Nervosismo
Melancolia
Baixa autoestima
Tristeza e depressão
E ainda osteoporose e incontinência urinária
Climatério
Promover a saúde das mulheres no climatério é considerar a relação de cada uma com seu próprio corpo, ocorre pela instituição de medidas para incorporar hábitos saudáveis na rotina dessa população, visando melhorar a qualidade de vida imediata, evitando assim que possam surgir doenças.
O profissional de saúde deve buscar o conhecimento para melhor orientar essas mulheres no momento do atendimento em sua unidade. 
Climatério
O profissional de saúde deve:
Estimular o autocuidado, que irá influenciar diretamente na autoestima;
Estimular alimentação saudável e manutenção do peso, visando a melhoria na qualidade de vida;
Estimular e orientar sobre às práticas corporais e atividades físicas. 
Promover informações sobre sexo seguro, métodos contraceptivos, ISTs e AIDS;
Promover ações educativas contra o tabagismo;
Estimular grupos de pessoas nesta faze para troca de experiências;
Estimular a participação em atividades sociais de mulheres com tendência ao isolamento
Apoiar iniciativas da mulher na melhoria da qualidade das relações, valorizando a experiência e o autoconhecimento adquiridos durante a vida;
Encaminhar para os serviços de referência para avaliação, nos casos de indicação cirúrgica, doenças endócrinas, psiquiátricas, em busca de resolução do fator primário correlacionado, ou ajuste do tratamento de modo a abordar a mulher de forma integral, respeitando sempre seu protagonismo;
Climatério 
Violência contra a Mulher
Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres 
Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM)
I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em 2004 pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e pelo Conselho Nacional de Direitos da Mulher
Violência contra a Mulher
Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) A partir desta lei, todo caso de violência contra a mulher torna-se crime e vai passar por um inquérito policial que será remetido ao Ministério Público. Os crimes deverão ser julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, instrumentos criados a partir dessa legislação, ou, enquanto estes não existirem, nas Varas Criminais.
Violência contra a Mulher
A violência contra as mulheres em todas as suas formas, é um fenômeno que atinge mulheres de diferentes classes sociais, origens, regiões, estados civis, escolaridade ou raças. 
Doméstica
Psicológica
Moral
Patrimonial
Institucional
Sexual/ Tráfico de mulheres
Violência contra a Mulher
Mulheres em situação de violência frequentam, mas os serviços de saúde. Em geral, apresentam vaias queixas e muitas vezes osexames não apontam resultados alterados. É necessária uma equipe preparada e multiprofissional, onde todos estejam aptos a ouvir com atenção e respeito os problemas da usuária. A área da saúde tem prestado assistência medica, de enfermagem, psicológica e social as mulheres vítimas de violência sexual, inclusive quanto à interrupção da gravidez prevista em lei nos casos de estupro.
Violência contra a Mulher
Dificuldades para detecção de violência pelo profissional de saúde
Problema de violência encarado como social ou legal e não problema de saúde pública;
Profissional não sabe abordar, notificar e encaminhar casos de violência;
Pouco conhecimento sobre o assunto por parte dos profissionais e/ou dao pouca importância ao assunto;
Dificuldade em abordar o tema pelas suas crenças e mitos;
Medo de represália por parte do agressor;
Profissional pode ter sofrido e/ou sofre e /ou cometer e/ou ter cometido violência contra mulher;
Violência contra a Mulher
Principais sinais e sintomas identificados em mulheres em situação de violência
Queixas crônicas, porém vagas e repetitivas;
Entrada tardia no pré-natal;
Complicações em gestações anteriores, abortos de repetição;
Infecção do trato urinário de repetição;
Dor pélvica crônica;
Síndrome do intestino irritável;
História de tentativa de suicídio;
Lesões físicas;
Depressão, ansiedade;
Violência contra a Mulher
Atuação do profissional de saúde
Acolher e ouvir;
Não criticar nem julgar;
Verificar a rede de enfrentamento;
Verificar os principais riscos;
Encaminhar para os serviços disponíveis, delegacias, advogados, psicólogos e ONGs;
Buscar alternativas à situação atual da paciente; 
Respeitar as opiniões e limites de cada mulher;
Ajudar a estabelecer um plano de segurança imediata;
Violência contra a Mulher
O profissional deve realizar o histórico, anamnese, exame físico e registro detalhado das informações encontradas. 
Notificar todas as informações. 
Orientar a mulher para a assistência policial, jurídica, medica e psicossocial, nunca deixar a paciente sozinha e sem apoio.
Em caso de situação de risco liga para o disque denúncia 180.
Violência contra a Mulher

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