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Manual de editoração Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel Diretoria José Mário Miranda Abdo Diretor-Geral Eduardo Henrique Ellery Filho Isaac Pinto Averbuch Jaconias de Aguiar Paulo Jerônimo Bandeira de Mello Pedrosa Diretores Superintendência de Gestão Técnica da Informação Sérgio de Oliveira Frontin Superintendente de Gestão Técnica da Informação Agência Nacional de Energia Elétrica Superintendência de Gestão Técnica da Informação Centro de Documentação Manual de editoração Centro de Documentação - CEDOC Brasília, DF 2002 Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil). Manual de editoração / Agência Nacional de Energia Elétrica. – Brasília: Aneel, CEDOC, 2002. 129 p. : il. 1. Editoração-manual. 2. Redação técnica. 3. CEDOC. I. Título. CDU: 655.254.22(035) A265m Superintendência de Gestão Técnica da Informação Centro de Documentação Endereço: SGAN 603 Módulo J Térreo - CEDOC CEP:70830-030 Fone: (61) 426-5668 Fax: (61) 426-5686 e-mail: cedoc@aneel.gov.br Home-page: http://www.aneel.gov.br Supervisão editorial Miriam Corrêa Fernandes da Cunha Revisão de texto Miriam Corrêa Fernandes da Cunha Normalização bibliográfica Lívia Cristina Oliveira de Souza Capa Bayron Valença de Oliveira Lívia Cristina Oliveira de Souza Editoração eletrônica Lívia Cristina Oliveira de Souza 1ª edição 1ª impressão 2003 CIP. Brasil. Catalogação-na-publicação Centro de Documentação – CEDOC © Aneel 2003 Apresentação Este Manual reúne definições e indicadores sobre os elementos editoriais necessários a uma publi- cação, com base nas normas divulgadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Seu objetivo é oferecer aos profissionais responsáveis pelas publicações oficiais da Agência Nacio- nal de Energia Elétrica – Aneel, condições para que seja dada uniformidade a essas publicações, através de um conjunto de normas mínimas de editoração, reconhecidas internacionalmente, aplicáveis a livros e folhetos. A adoção de normas de editoração visa, por sua padronização, a identificação, a guarda, a distribui- ção, o registro e outras funções próprias da atividade documental, propiciando, inclusive, a racionalização do custo das publicações oficiais, assim como o manuseio e o tratamento técnico em bibliotecas e centros de documentação. O presente manual se propõe a contribuir para que as publicações oficiais da Aneel utilizem uma linguagem editorial comum e compreendida em qualquer lugar onde se apresentem. Contamos com a colaboração dos usuários deste Manual para seu enriquecimento com novas su- gestões, pois o texto ora divulgado não tem caráter definitivo. Com a participação das áreas envolvidas na produção de publicações oficiais da Aneel é que poderemos chegar a um texto que possa atender de fato às necessidades de todos. Miriam Correa Fernandes da Cunha Facilitadora do Centro de Documentação Sumário 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 11 2. CONCEITOS E NORMAS EDITORIAIS ........................................................................................ 12 2.1. A Qualidade da mensagem.................................................................................................. 12 3. TIPOS DE PUBLICAÇÃO .............................................................................................................. 15 3.1. Publicação seriada periódica................................................................................................ 15 3.2. Publicação seriada não-periódica ........................................................................................ 15 3.3. Publicação não-seriada........................................................................................................ 15 4. ARTIGOS E OUTROS COMUNICADOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS .............................................. 16 4.1. Artigo científico..................................................................................................................... 16 4.2. Nota científica....................................................................................................................... 16 4.3. Artigo de revisão .................................................................................................................. 16 4.4. Ensaio .................................................................................................................................. 16 4.5. Texto para debate ................................................................................................................ 16 4.6. Resenha............................................................................................................................... 17 5. LIVRO E FOLHETO....................................................................................................................... 17 5.1. Estrutura do Livro ................................................................................................................. 17 5.2.Elementos Externos .............................................................................................................. 19 5.2.1. Marcador..................................................................................................................... 19 5.2.2. Sobrecapa .................................................................................................................. 19 5.2.3. Capa ........................................................................................................................... 19 5.2.3.1.Primeira capa ou primeira face externa .......................................................... 19 5.2.3.2.Segunda capa ou face interna da primeira capa............................................. 19 5.2.3.3.Terceira capa ou face interna da quarta capa................................................. 19 5.2.3.4.Quarta capa ou face externa da terceira capa ................................................ 19 5.2.4. Lombada ou Dorso ..................................................................................................... 21 5.2.5. Orelha, aba ou asa ..................................................................................................... 21 5.2.6. Guarda........................................................................................................................ 21 5.2.7. Miolo ........................................................................................................................... 22 5.2.8. Errata .......................................................................................................................... 22 5.3. Elementos Pré-Textuais ....................................................................................................... 22 5.3.1. Falsa folha de rosto .................................................................................................... 22 5.3.2. Verso da falsa folha de rosto ...................................................................................... 22 5.3.3. Catalogação na publicação de monografias ............................................................... 24 5.3.3.1 Legenda identificadora.................................................................................... 24 5.3.3.2. Disposição dos dados de CIP na publicação ................................................. 24 5.3.3.3. Leiaute ........................................................................................................... 24 5.3.3.4. Conteúdo de CIP............................................................................................25 5.3.3.5. Pontos Secundários ....................................................................................... 25 5.3.3.6. Pontos de Acesso à Representação Temática .............................................. 25 5.3.3.7. Elementos Opcionais ..................................................................................... 25 5.3.4. Folha de rosto ou página de rosto .............................................................................. 26 5.3.5. Nova edição................................................................................................................ 28 5.3.6. Autor ........................................................................................................................... 28 5.3.7. Crédito de autoria ....................................................................................................... 28 5.3.8. Verso da folha de rosto............................................................................................... 29 5.3.9. Página de autores....................................................................................................... 31 5.3.10. Epígrafe .................................................................................................................... 31 5.3.11. Dedicatória................................................................................................................ 32 5.3.12. Agradecimento.......................................................................................................... 32 5.3.13. Apresentação............................................................................................................ 33 5.3.14. Prefácio..................................................................................................................... 33 5.3.15. Sumário .................................................................................................................... 34 5.3.16. Lista de figuras e tabelas .......................................................................................... 35 5.3.17. Resumo .................................................................................................................... 35 5.4. Elementos Textuais.............................................................................................................. 35 5.4.1. Introdução, Preâmbulo, Exórdio, Proêmio ou Prólogo ................................................ 35 5.4.2.Texto............................................................................................................................ 35 5.4.3. Corpo ou desenvolvimento ......................................................................................... 35 5.4.4. Conclusão................................................................................................................... 36 5.4.5. Ilustrações .................................................................................................................. 36 5.4.6. Notas .......................................................................................................................... 36 5.4.6.1. Notas de rodapé para o autor ........................................................................ 36 5.4.6.2. Notas de rodapé do texto............................................................................... 36 5.4.6.3. Uso das notas ................................................................................................ 36 5.4.6.4. Apresentação das notas ................................................................................ 37 5.4.6.5. Notas de rodapé das tabelas ......................................................................... 37 5.4.7.Citação......................................................................................................................... 38 5.4.7.1. Citação direta ou literal .................................................................................. 38 5.4.7.2. Omissão do início da citação ......................................................................... 39 5.4.7.3. Omissão do final da citação ........................................................................... 39 5.4.7.4. Omissão do meio da citação.......................................................................... 39 5.4.7.5. Exemplos de vários tipos de citação .............................................................. 40 5.4.8. Referências bibliográficas........................................................................................... 42 5.4.8.1. Monografia no todo ........................................................................................ 42 5.4.8.2. Monografia no todo em meio eletrônico ......................................................... 43 5.4.8.3. Para parte de monografia............................................................................... 44 5.4.8.4. Para parte de monografia em meio eletrônico ............................................... 44 5.4.8.5. Para publicação periódica no todo ................................................................. 44 5.4.8.6. Para partes de uma publicação periódica ...................................................... 44 5.4.8.7. Para artigo e/ou matéria de periódicos .......................................................... 45 5.4.8.8. Para artigo e/ou matéria de periódicos em meio eletrônico ........................... 45 5.4.8.9. Para artigo e/ou matéria de jornais ................................................................ 45 5.4.8.10. Para artigo e/ou matéria de jornais em meio eletrônico ............................... 46 5.4.8.11. Evento como um todo .................................................................................. 46 5.4.8.12. Evento como um todo em meio eletrônico ................................................... 46 5.4.8.13. Trabalho apresentado em evento ................................................................ 47 5.4.8.14. Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico ................................. 47 5.4.8.15. Imagem em movimento................................................................................ 47 5.4.8.16. Documento iconográfico............................................................................... 48 5.4.8.17. Documento iconográfico em meio eletrônico ............................................... 48 5.4.8.18. Documento cartográfico ............................................................................... 48 5.4.8.19. Documento cartográfico em meio eletrônico ................................................ 49 5.4.8.20. Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico................................... 49 5.5. Elementos Pós-Textuais....................................................................................................... 50 5.5.1. Posfácio ...................................................................................................................... 50 5.5.2. Apêndice..................................................................................................................... 50 5.5.3. Anexo.......................................................................................................................... 50 5.5.4. Glossário..................................................................................................................... 50 5.5.5. Índice .......................................................................................................................... 50 5.5.6. Encarte ....................................................................................................................... 51 5.5.7. Colofão ou Crédito da Gráfica..................................................................................... 51 5.5.8. Suplemento ou Adendo ..............................................................................................51 6. Publicação periódica...................................................................................................................... 52 6.1. Elementos externos.............................................................................................................. 52 6.1.1. Capa ........................................................................................................................... 52 6.1.1.1. Verso da capa................................................................................................ 52 6.1.1.2. 3ª Capa .......................................................................................................... 53 6.1.1.3. 4ª Capa .......................................................................................................... 53 6.1.2. Lombada ou dorso...................................................................................................... 53 6.2. Elementos pré-textuais......................................................................................................... 53 6.2.1. Folha de rosto ................................................................................................... 53 6.2.1.1. Verso da folha de rosto .................................................................................. 55 6.2.2. Texto........................................................................................................................... 55 6.2.3. Artigos......................................................................................................................... 55 6.2.4. Legenda bibliográfica do texto .................................................................................... 56 6.2.5. Data de recebimento dos originais.............................................................................. 56 6.2.6. Título corrente............................................................................................................. 57 6.2.7. Outros tipos de comunicação ..................................................................................... 57 6.3. Elementos pós-textuais ........................................................................................................ 57 6.3.1. Índices ........................................................................................................................ 57 6.3.2. Anúncios publicitários ................................................................................................. 57 6.3.3. Numeração de fascículos e volumes .......................................................................... 57 6.3.3.1. Fascículo........................................................................................................ 58 6.3.3.2. Volume........................................................................................................... 58 6.3.3.3. Numeração de páginas .................................................................................. 58 6.3.4. Formato ...................................................................................................................... 58 6.3.5. Suplemento................................................................................................................. 58 6.3.6. Separata ..................................................................................................................... 59 6.3.7. Documento sonoro...................................................................................................... 59 6.3.8. Dados para identificação ............................................................................................ 59 6.3.8.1. Título .............................................................................................................. 59 6.3.8.2. Indicação de responsabilidade....................................................................... 59 6.3.8.3. Edição ............................................................................................................ 59 6.3.8.4. Descrição física.............................................................................................. 59 6.3.8.5. Série............................................................................................................... 60 6.3.9. CD............................................................................................................................... 60 6.3.10. Entrevista gravada .................................................................................................... 60 6.3.11. Filme ......................................................................................................................... 60 6.3.12. Fita de vídeo ............................................................................................................. 61 6.3.13. Documento cartográfico............................................................................................ 61 6.3.14. Mapa ou carta........................................................................................................... 61 6.3.14.1. Classificação para cartas ............................................................................. 61 6.3.15. Globo ........................................................................................................................ 62 6.3.16. Atlas.......................................................................................................................... 62 6.3.17. Fotocartas ou fotomapa ............................................................................................ 62 6.3.18. Fotografia área ou fotografia cartográfica ................................................................. 62 6.3.19. Mosaico .................................................................................................................... 62 6.3.20. Documento iconográfico ........................................................................................... 63 6.3.21. Desenho técnico ....................................................................................................... 63 6.3.22. Apêndices e anexos.................................................................................................. 64 6.3.22.1. Registro da obra........................................................................................... 64 6.3.22.2. Referência.................................................................................................... 64 6.3.22.3. Localização .................................................................................................. 64 6.3.22.4. Apresentação............................................................................................... 65 7. Normas de padronização............................................................................................................... 66 7.1. Ilustração.............................................................................................................................. 66 7.2. Tabelas................................................................................................................................. 67 7.3. Titulação............................................................................................................................... 68 7.4. Título da capa....................................................................................................................... 69 7.5. Título, subtítulo e subsubtítulo do texto ................................................................................ 69 7.6. Paginação ............................................................................................................................ 70 7.7. Destaque .............................................................................................................................. 70 7.8. Aspas e brancos...................................................................................................................70 7.9. Negrito.................................................................................................................................. 71 7.10. Itálico .................................................................................................................................. 71 7.11. Enumeração ....................................................................................................................... 72 7.12. Maiúscula ........................................................................................................................... 73 7.13. Minúscula ........................................................................................................................... 75 7.14. Numeral.............................................................................................................................. 76 7.15. Travessão........................................................................................................................... 80 7.16. Hífen................................................................................................................................... 80 7.17. Abreviatura ......................................................................................................................... 84 7.18. Sigla ................................................................................................................................... 87 8. Bibliografia ..................................................................................................................................... 91 Anexo A ............................................................................................................................................. 92 Direitos autorais .......................................................................................................................... 93 Anexo B ........................................................................................................................................... 117 Instruções para registro de publicações no ISBN...................................................................... 118 Modelo de formulário de solicitação do ISBN............................................................................ 121 Anexo C........................................................................................................................................... 122 Instruções para solicitação de código ISSN .............................................................................. 123 Como preencher o formulário para solicitação de código ISSN ................................................ 125 Modelo de formulário para solicitação de código ISSN ............................................................. 128 11 1. Introdução Este manual de editoração é uma publicação normativa e constitui instrumento de implementação da Política de Editoração da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, destinando-se a autores de publicações e aos demais técnicos que realizam atividades profissionais em editoração. Embora concebi- do com vista à mídia impressa, parte de seu conteúdo é de aplicação à elaboração de produtos das mí- dias eletrônica e digital. Seu conteúdo é abrangente e compreende os procedimentos recomendáveis à edição e à publica- ção de obras impressas da Aneel. Também apresenta instruções referentes ao uso da norma culta da língua portuguesa e de normas bibliográficas. O dicionário do Aurélio ensina-nos que norma é "aquilo que se estabelece como base ou medida para a realização ou a avaliação de alguma coisa". Trazemos essa definição à lembrança porque deseja- mos enfatizar o melhor uso que se deseja dar a este manual - o de constituir a base para a realização das atividades de comunicação técnico-científica da Agência. A aplicação de orientações e normas deste ma- nual é, portanto, fundamental para a manutenção e o fortalecimento do crédito que a Aneel alcançou em seus 5 anos de presença entre seus diferentes públicos. Reforçar a imagem única da Agência à socieda- de passa a ser, a partir deste trabalho, uma atividade para a qual a contribuição técnica de todos os em- pregados torna-se plenamente possível. Ainda assim, é importante mencionar que este manual foi concebido como instrumento de auxílio à comunicação. Assim, se nem todas as situações são passíveis de normatização, grande parte delas o é. E o bom-senso sempre será poderoso aliado no discernimento daquelas situações em que será recomendá- vel ou não aplicar as normas nele expressas. Registre-se, por fim, o grande empenho revelado por todos que participaram da elaboração e da discussão do conteúdo do Manual de Editoração, destacando-se, em especial, a dedicação técnica de- monstrada pelos profissionais da Aneel, no cumprimento de mais uma importante meta da Agência. 12 Espaço epistêmico comum Mensagem P/T Mensagem DP Área comum de concei- tuação/vocabulário e outros símbolos Interferência Ambiente sociocultural do profissional Ambiente sociocultural dos diversos públicos Ambiente de Comunicação P/T DP 2. Conceitos e Normas Editoriais 2.1. A Qualidade da mensagem No processo de comunicação, ou seja, na transmissão de mensagens entre seres humanos, há dois sérios problemas a evitar: • A perda de informação. • A distorção da informação. Tais problemas podem ocorrer por vários motivos, como codificação1 ou decodificação inadequa- das, deficiência do meio utilizado, interferências várias, experiências divergentes entre os interlocutores etc. Para acompanhar o raciocínio aqui desenvolvido, tome-se o modelo apresentado na Fig. 1, que es- quematiza uma situação de diálogo entre técnicos e seus diversos públicos. Fig. 1. Modelo do processo de comunicação entre técnicos e seus diversos públicos. A questão expressa no modelo é que as mensagens devem ser elaboradas tendo em conta o cha- mado "espaço epistêmico comum", ou seja, aqueles conhecimentos simbólicos de vocabulário e outros símbolos, inclusive os códigos não-verbais, ainda que convencionais, como figuras (por ex.: energia elétri- ca). _______________ 1 Codificação é o processo por meio do qual expressamos idéias na forma de um texto escrito, um discurso oral ou outro código de comunicação. De- codificação é o processo inverso, ou seja, apreensão das idéias que um interlocutor pretende nos transmitir por meio de uma mensagem oral, escrita ou por outro código. 13 Quando as pessoas utilizam o mesmo código lingüístico fazem uso de um universo de palavras que são conhecidas por todos, porém existem o vocabulário erudito, que somente é conhecido por pessoas com elevado nível de instrução, e os vocabulários especializados de diversas profissões, que somente são do domínio dos integrantes desses grupos. É o caso do vocabulário profissional dos engenheiros elé- tricos, dos biólogos, dos médicos e de tantos outros, com suas palavras especializadas, gráficos, figuras, diagramas, símbolos técnicos, como unidades de medida etc. Aqui entra, também, a questão do estilo de quem escreve ou fala, envolvendo a complexidade do vocabulário e a estrutura gramatical do discurso. Além disso, estão incluídos nesse espaço os níveis de complexidade e abstração conceitual, capazes de ser processados mentalmente pelos interlocutores. Ao tratar com consumidores rurais de baixa renda e instrução elementar ou até com pessoas leigas, é mais seguro utilizar uma linguagem simplificada léxica, gramatical e conceitualmente, evitando conceitos e vocabulário sofisticados bem como símbolos técnicos. Falar ou escrever de maneira simples e clara é atributo do bom comunicador. Questões elementares como o uso de unidades de medida na formulação degrandezas elétricas (tensão, corrente, potência, energia etc) podem representar importante barreira à comunicação. Considere-se, por exemplo, uma recomendação de medida em ampéres ou lúmens. É preciso ter em mente que o consumidor não possui, geralmente, recursos para medir quantidades desse tipo. Além disso, ele desconhece o significado das abreviaturas usadas pelos técnicos (lm ou W). Entre consumidores residenciais e, às vezes, até entre consumidores industriais, é comum a predominân- cia de expressões regionais no vocabulário de energia, em geral, e no emprego de unidades de medida em especial. O uso de uma linguagem rebuscada ou desnecessariamente redundante também pode dificultar a comunicação, como, por exemplo, dizer: “Se uma grande quantidade de ligações elétricas clandestinas encontram-se presente na rede elé- trica, o transformador pode ser prejudicado”. Quando bastaria informar: “Muitas ligações elétricas clandestinas na rede elétrica podem danificar o transformador”. A falta de consciência sobre esse tipo de problema reduz a eficiência do processo de comunicação, ocasionando distorções ou perdas de informação na transmissão das mensagens. Por exemplo, determi- nada publicação recomenda a utilização da dendroenergia como fonte alternativa de energia. Consumido- res consultados não conheciam essa palavra, que significa "energia das árvores". Assim, ao se dirigir a um público não-técnico, por que preferir expressões como "factoring" a "operação financeira", ou ainda "regime pluvial" no lugar de "regime de chuvas"? A construção de uma mensagem inteligível para o público a que se destina é responsabilidade de quem a emite - o consultor, o especialista e outros profissionais de assistência técnica -, nas situações expressas neste documento. Para garantir adequada reconstrução das idéias de um interlocutor na mente de outro, são necessários ciclos reiterados de transmissão-resposta, nos quais vão sendo preenchidas as lacunas e retificadas as distorções. É por isso que, quando a comunicação se dá sem a intermediação de qualquer mídia, a probabilidade de um bom entendimento é maior. Apesar do grande avanço dos meios digitais de comunicação, particularmente da internet, as publi- cações impressas ainda representam a principal forma de levar a tecnologia e as demais informações 14 resultantes do processo de Pesquisa e Desenvolvimento até os usuários. No processo de elaboração do conteúdo dessas publicações, deve-se estar atento aos problemas decorrentes da diversidade cultural dos diferentes tipos de público e da conseqüente capacidade de deco- dificação e interpretação dos textos. O público de destino das informações divulgadas pelas áreas caracteriza-se por níveis de instrução e de conhecimentos específicos diferenciados. Com base nos níveis de densidade e homogeneidade da instrução e do conhecimento específico, pode-se agrupar esse público em três categorias principais para fins de produção da informação em linguagem adequada a cada um desses níveis: 1) pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais; 2) técnicos de nível médio (de instrução e de conhecimentos especí- ficos); 3) e público em geral. Em rigor, para cada categoria é necessário utilizar uma linguagem apropriada. Obviamente as men- sagens preparadas com uma linguagem adequada para níveis mais baixos são inteligíveis aos níveis mais elevados. Como a comunicação é o fenômeno humano mais óbvio, as pessoas tendem a ignorar o problema de interferência nesse processo (às vezes, chamada de ruído), que tão freqüentemente causa distorções e bloqueios de comunicação, com conseqüências, às vezes, imprevisíveis. Deve-se ter em mente que, na comunicação oral ou escrita, usa-se um código verbal essencialmen- te simbólico e, portanto, sujeito à interpretação pessoal, que é subjetiva. Há um capítulo da teoria da co- municação que trata da questão da leiturabilidade2 (às vezes chamada erroneamente de legibilidade). A leiturabilidade é definida como a ação e a interação de vários fatores do texto escrito que afetam o êxito do leitor em decodificá-lo. O êxito na leitura de um texto é definido como o grau com que o leitor consegue lê-lo a uma velocidade ótima, entendê-lo e interessar-se por ele. Os principais fatores responsáveis pela leiturabilidade de um texto são: • Complexidade do vocabulário: medida pela porcentagem de vocábulos cujo significado o leitor desconhece. • Complexidade sintática: construção de frases gramaticalmente complexas. • Densidade de idéias: quantidade relativa de informações contidas em um trecho determinado do texto. • Fator de interesse humano: grau com que o texto se refere a experiências humanas reais, medido pela quantidade de referências a pessoas e pelo uso de pronomes pessoais e possessivos. Esse fator é particularmente importante quando o público tem baixo grau de instrução (caso das carti- lhas, por exemplo). Em relação ao leitor, os fatores que mais afetam sua capacidade de leitura são a idade, o grau de instrução e o hábito de leitura. _______________ 2 Trata-se de um neologismo derivado da palavra readability, que, em inglês, tem o significado indicado no texto. 15 3. Tipos de Publicação As publicações editadas por uma Agência como a Aneel enquadram-se em praticamente todas as categorias. Neste item, procura-se resenhar os principais tipos, com os exemplos correspondentes. As definições relacionadas nesta seção são adaptações da NBR 6023/2002, de acordo com as ne- cessidades editoriais da Aneel. 3.1. Publicação seriada periódica Publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas sucessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas, e destinada a ser continuada indefinidamente. Em geral, com a colaboração de diversas pessoas, sob a direção de uma ou mais pessoas, em conjunto, tratando de áreas de conhe- cimento diversas, conforme plano definido e sob título comum. Segundo essa classificação, a Aneel edita as seguintes publicações: Água em Revista, Boletim Energia e Nossa Aneel. 3.2. Publicação seriada não-periódica Publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas, com designações numéricas. Documento completo, que trata de apenas um assunto ou tema principal. 3.3. Publicação não-seriada Publicação, em qualquer tipo de suporte, editada em unidades físicas, sem designações numéricas e/ou cronológicas, não-destinada a ser continuada. Com essa classificação, a Agência possui as seguin- tes publicações: cartazes, folders, folhetos e livros avulsos. Conforme essa definição, a Aneel edita as seguintes publicações: Dendroenergia, Introdução ao gerenciamento de recursos hídricos, Inventário fluviométrico, Inventá- rio pluviométrico etc 16 4. Artigos e Outros Comunicados Técnico-Científicos Embora não constituam propriamente uma linha de publicações, os artigos e outras comunicações técnico-científicas são uma forma muito importante de apresentação de resultados do processo de pes- quisa e desenvolvimento e de estudos realizados pelos técnicos. Esses artigos e comunicados são nor- malmente submetidos à publicação em revistas das sociedades científicas e outras do gênero. São também apresentados em congressos e posteriormente publicados nos respectivos anais e memórias. Nesta categoria, estão incluídos como modalidade principal os artigos científicos e outros tipos como: notas científicas, artigos de revisão, ensaios, textos para debate e resenhas. 4.1. Artigo científico O conteúdo de cada trabalho deve primar pela originalidade, isto é, deve ser elaborado a partir de resultados inéditos da pesquisa, que constituem o enriquecimento efetivo do conhecimento científico. O artigo deve ser redigido de tal modo que um pesquisador interessado no assunto, baseando-se nas infor- mações contidas no texto, sejacapaz de reproduzir o experimento e confirmar as conclusões do autor. Deve ser apresentado segundo as normas de cada revista ou congresso. 4.2. Nota científica Breve comunicação original, de divulgação imediata, por se tratar de fato emergencial, inédita e de grande relevância, mas com volume de informação insuficiente para constituir um artigo científico comple- to. Garante ao autor a primazia de sua nova descoberta. 4.3. Artigo de revisão Artigo que apresenta a revisão crítica de determinado tema, sob o aspecto do avanço do conheci- mento e estado atual. Este tipo de trabalho é solicitado pelo Conselho Editorial da revista ou sugerido por pesquisadores, mediante a apresentação de justificativa da oportunidade de revisão do assunto. 4.4. Ensaio Texto que enfoca determinado assunto sem o aprofundamento de um artigo científico, registrando, porém, de forma sistematizada, idéias, argumentos e dados, frutos de observações, e a revisão crítica da literatura pertinente. 4.5. Texto para debate Texto livre, destinado à exposição de idéias e opiniões, não necessariamente conclusivas, sobre temas importantes, atuais e controversos. Sua principal característica é possibilitar o estabelecimento do contraditório, ensejando comentários de outros autores, mencionados no número seguinte da revista, sempre acompanhados da réplica. 17 4.6. Resenha Texto que apresenta a análise de conteúdo de uma obra, ou de várias obras, sobre o mesmo tema, com comentários críticos e conceitos de valor a respeito dela(s). 5. Livro e Folheto 5.1. Estrutura do Livro É uma publicação não periódica impressa, com mais de 48 páginas, excluídas as partes pré e pós- textuais, de conteúdo técnico, científico, literário ou artístico, formada por um conjunto de folhas impres- sas, grampeadas, costuradas ou coladas e revestidas de capa. Folheto é uma publicação não periódica impressa, contendo um mínimo de 5 e um máximo de 48 páginas. Os elementos que compõem um livro ou um folheto são agrupados de acordo com sua estrutura fí- sica (Fig. 1): Elementos externos • Marcador; • Sobrecapa; • Capas (1ª capa, 2ª capa, 3ªcapa e 4ª capa); • Lombada; • Orelhas; • Guarda; • Miolo e errata. Elementos pré-textuais • Falsa folha de rosto e verso da falsa folha de rosto; • Folha de rosto, verso da folha de rosto; • Catalogação na publicação de monografias • Epígrafe; • Dedicatória; • Agradecimento; • Apresentação; • Prefácio; • Sumário; • Lista de figuras e tabelas; • Resumo 18 Elementos textuais • Introdução; • Texto; • Corpo ou desenvolvimento; • Conclusão; • Ilustrações; • Notas; • Citações; • Referências bibliográficas. Elementos pós-textuais • Posfácio; • Anexos ou apêndices; • Glossário; • Índice; • Encarte; • Colofão; • Suplemento ou Adendo. Miolo 1ª Capa Lombada 4ª Capa 3ª Capa 2ª Capa Fig. 2. Estrutura do livro. Orelhas 19 5.2. Elementos Externos 5.2.1. Marcador Fita ou linha ligada à cabeça da lombada, usada para assinalar as páginas de leitura. 5.2.2. Sobrecapa Proteção para a capa em papel ou outro material, apresentando as mesmas informações da capa. 5.2.3. Capa Cobertura de material flexível (brochura) ou rígido (capa dura cartonada ou encadernada) que re- veste o corpo do livro ou folheto. É a proteção externa de uma publicação sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação e seus elementos podem ser os mesmos constantes da folha de rosto ou então apresentar, no mínimo, autor, título, editora e data de publicação (Fig. 3a e 3b). A capa divide-se em quatro partes: 5.2.3.1. Primeira capa ou primeira face externa A primeira capa deve conter: • Título, subtítulo, se tiver. • Nome(s) do(s) autor(es) ou do(s) editor(es) técnico(s) — até três (ver crédito de autoria no item 5.3.7) • Marca da Aneel — Localiza-se sempre na base, centralizada, ou nos cantos direito ou esquerdo, dependendo do projeto gráfico. • Marca(s) de empresa(s) parceira(s), se houver parceria entre a Aneel e outras empresas públicas ou privadas — Localiza(m)-se no canto inferior esquerdo, e a marca da Aneel, no canto direito. 5.2.3.2. Segunda capa ou face interna da primeira capa Espaço opcional para lista de autoridades. A lista de autoridades pode constar da segunda capa, do verso da falsa folha de rosto ou do verso da primeira guarda (em caso de capa dura). 5.2.3.3. Terceira capa ou face interna da quarta capa Espaço não destinado à impressão. 5.2.3.4. Quarta capa ou face externa da terceira capa A quarta capa deve conter: 20 Fig. 3a. Modelo da primeira e quarta capas sem parceria. SGI Assinatura-síntese da Área autora No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. Título do Livro Subtítulo do Livro Nome do(s) Editor(es) Técnico(s) ou do(s) Autor(es) Título do Livro Subtítulo do Livro Assinatura-síntese da Área autora Lombada 1ª Capa 4ª Capa Texto de 4ª Capa Assinatura oficial da Agência Código de barras Marca da ANEEL • A assinatura-síntese da área autora — Localiza-se na parte superior, centralizada. No caso de parceria, dispor o nome das áreas autoras na assinatura-síntese, pelo grau de importância. • Texto de quarta capa — A formatação do texto de quarta capa segue o projeto gráfico. • Marca(s) de empresa(s) patrocinadora(s) — Localiza(m)-se no canto inferior esquerdo, constando acima delas a palavra "Patrocínio". As empresas patrocinadoras podem ser públicas ou privadas. • Marca(s) de empresa(s) que presta(m) apoio — Localiza(m)-se à direita da(s) marca(s) de patro- cínio. A palavra "Apoio" fica acima da(s) marca(s). As empresas que prestam apoio podem ser públicas ou privadas. • Código de barras — Localiza-se no canto inferior direito, próximo à lombada, em sentido vertical ou horizontal. 21 SGI Assinatura-síntese da Área autora No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. No nono no nono no nono no nono nono no nono no nono no nono nono no nono no nono. Título do Livro Subtítulo do Livro Nome do(s) Editor(es) Técnico(s) ou do(s) Autor(es) Título do Livro Subtítulo do Livro Assinatura-síntese da Área autora Lombada 1ª Capa 4ª Capa Texto de 4ª Capa Assinatura oficial da Agência Código de barras Marca da ANEEL Marcas de empresas patrocinado- ras e de apoio Nome da entidade parceira Marca Marca Patrocínio Apoio Marca da empresa parceira 5.2.4. Lombada ou Dorso Parte da encadernação que cobre o dorso ou o lombo do livro ou folheto. Na Aneel, este espaço é utilizado para o título e a marca da Agência e, quando for o caso, para a inclusão do volume ou da série. O título da obra deve constar no sentido horizontal, se a publicação for volumosa ou na vertical. Neste caso, os dizeres são inscritos longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada. O título de lomba- da deve ser complementado com o(s) nome(s) dos autores e outros elementos tais como edição e ano. 5.2.5. Orelha, aba ou asaParte excedente da sobrecapa ou da capa, que se dobra para dentro. O espaço da orelha é desti- nado a informações sobre a obra e/ou a dados biobibliográficos do(s) autor(es), assim como resumos e comentários sobre a publicação. 5.2.6. Guarda Folha que une a capa ao corpo do livro. Esta folha geralmente fica em branco, sendo permitida ape- nas a impressão de ilustração. Fig. 3b. Modelo da primeira e quarta capas com parceria. 22 Errata (Título da publicação) Onde se lê: Leia-se: Cap. 6 p. 162 controle de desperdício conservação de energia Cap. 8 p. 214 linha de transmissão linha de distribuição p. 230 sistema de interligação sistema interligado Errata (Título da publicação) Página Onde se lê: Leia-se: 24 2020 2002 60 energia polar energia solar 150 abalo tímido abalo sísmico 5.2.7. Miolo Conjunto de folhas que formam cadernos, constituindo o corpo do livro ou folheto, não incluindo a capa. Fazem parte do miolo os elementos pré-textuais, o texto e os elementos pós-textuais. 5.2.8. Errata Listagem de erros tipográficos ou de outra natureza de uma obra, com as devidas correções e a in- dicação de páginas e, se possível, de linhas em que os erros ocorrem. Deve ser inserida, de preferência, antes da folha de rosto (Fig. 4). Fig. 4. Modelos de errata. 5.3. Elementos Pré-Textuais A ordem dos elementos pré-textuais é a que se segue: 5.3.1. Falsa folha de rosto É uma folha que precede imediatamente a folha de rosto, contendo apenas o título e o subtítulo da publicação (Fig. 5). É incluída apenas para fechar caderno, e, quando isso ocorrer, usar o verso para incluir a lista de autoridades. 5.3.2. Verso da falsa folha de rosto Espaço destinado à relação dos nomes das instituições e das autoridades, com os respectivos car- gos (Fig. 6), na seguinte ordem: • Agência Nacional de Energia Elétrica. • Diretoria da Aneel 23 Título do Livro Subtítulo do Livro Agência Nacional de Energia Elétrica Diretoria Nome do Diretor-Geral Diretor-Geral Nome dos Diretores Diretor Nome síntese da área Nome do Superintendente Superintendente de … Fig. 5. Modelo de falsa folha de rosto. • Nome-síntese da área autora. • Nome do Superintendente e dos Facilitadores da área autora da obra. São seus elementos: • Título da série e subsérie, se houver, número do volume na série; • Plano da obra, quando se tratar de mais de um volume ou tomo, com os respectivos títulos e os números em algarismos arábicos; • Ficha catalográfica, de preferência em tamanho reduzido, contendo as informações bibliográficas do livro. (1) Na falta desta folha, os elementos acima devem figurar no verso da folha de rosto. Fig. 6. Modelo de verso da falsa folha de rosto. Observar destaques em ne- grito e em itálico. 24 Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil). Atlas de energia elétrica do Brasil / Agên- cia Nacional de Energia Elétrica. – Brasília : ANEEL, 2002. 170 p. : il. 1. Energia elétrica – Atlas - Brasil. 2. Po- tencial energético – Atlas - Brasil. 3. Setor e- létrico – Atlas – Brasil. I. Título. CDU: 912:621.31(81) A265a 5.3.3. Catalogação na publicação de monografias Chamada anteriormente de catalogação na fonte, hoje é identificada internacionalmente pela sigla CIP (Cataloguing in publication: catalogação-na-publicação), é o preparo dos dados catalográficos de uma monografia antes de sua publicação, a fim de que sejam impressos na própria monografia. Ou seja, é o registro dos elementos bibliográficos de um documento, com o objetivo de identificá-lo e distinguí-lo de outros, facilitando aos bibliotecários, editores e usuários em geral a interpretação e uso desses dados. (Fig. 7) CIP. Brasil. Catalogação-na-publicação Centro de Documentação - CEDOC 5.3.3.1. Legenda identificadora Dístico que encabeça os dados bibliográficos de CIP, a fim de identificá-los nacional ou internacio- nalmente. Os dados devem ser precedidos de legenda identificadora com os seguintes dizeres: "Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)", seguidos do nome e local da entidade responsável. 5.3.3.2. Disposição dos dados de CIP na publicação Os dados de CIP devem ser impressos, de preferência, na página de créditos da publicação, que se constitui no verso da página de rosto contendo elementos importantes para a descrição bibliográfica, não incluídos na página de rosto. 5.3.3.3. Leiaute O leiaute do registro CIP deve apresentar os dados de acordo com a pontuação, espaços e prescri- ções das regras adotadas como base da catalogação-na-publicação: Códigos internacionais de cataloga- ção, o Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2) e a International Standard Bibliographic Description for Monographic Publications (ISBD(M). Em relação aos pontos de acesso e representação temática, devem ser usados códigos de classifi- cação bibliográfica, tendo sido prescrita na Norma da ABNT NBR 12899, a Dewey Decimal Classification Fig. 7. Modelo de Catalogação na Publicação. 25 (Classificação Decimal de Dewey - CDD) e/ou a Universal Decimal Classification (Classificação Decimal Universal - CDU). 5.3.3.4. Conteúdo de CIP Os dados obrigatórios referentes à descrição bibliográfica são: a. cabeçalho de entrada principal (nome ou título); b. título principal; c. títulos equivalentes; * d. outras informações sobre o título; * e. indicações de responsabilidade; * f. indicação de edição; * g. responsabilidade quanto à edição; * h. lugar de publicação e/ou distribuição; i. lugar de publicação do co-editor; * j. nome do editor e/ou distribuidor; k. nome do co-editor; * l. data; m. título principal da série ou subsérie; * n. ISSN da série ou subsérie; * o. numeração da série; * p. nota de tradução ou título original; * q. nota de dissertação ou tese; * r. nota de bibliografia; * s. ISBN. * Nota: Os itens indicados com asterisco (*) são obrigatórios somente se estiverem contidos na publi- cação. 5.3.3.5. Pontos Secundários Os pontos secundários de acesso à catalogação são os cabeçalhos de entrada(s) secundária(s), nome(s) e/ou título(s). 5.3.3.6. Pontos de Acesso à Representação Temática São as palavras ou frases padronizadas, por exemplo, os cabeçalhos de assunto, descritores, re- sumos etc, números e outros símbolos de classificação. 5.3.3.7. Elementos Opcionais Os elementos opcionais são os que se seguem: a) dados referentes a descrição física, como por exemplo: o número de volumes publicados; 26 b) título equivalente da série ou subsérie; c) índice e notas de conteúdo; d) modalidade de aquisição acrescentada ao ISBN, exemplo: preço, distribuição gratuita etc; e) qualificação acrescentada ao ISBN: número do volume, brochura, encadernação etc; f) número do livro na agência catalogadora; g) outros códigos de catalogação não mencionados no item Leiaute. 5.3.4. Folha de rosto ou página de rosto Folha que contém os elementos essenciais de identificação da publicação (Fig. 8), na seguinte or- dem: • Marca da Agência; • Autor entidade coletiva: órgão que organiza, edita, publica e divulga, sob sua direção e em seu nome, uma obra que seja expressão de sua atividade coletiva, do seu pensamento, mesmo que assinada por funcionários ou servidores do órgão; • Título da obra; • Subtítulo, com caracteres tipográficos em tamanho menor que os do título; • Autor individual: servidor que, no desempenho de seu dever funcional, tem a responsabilidade in- telectual pela obra, quando o trabalho excede os limites das atividades específicasdo órgão, sem se levar em conta o nível da pesquisa ou do estudo. A pessoa será considerada autora e seu no- me deverá constar da folha de rosto. No caso da obra ter sido realizada por mais de um servidor, a autoria será atribuída a todos os colaboradores e seus nomes deverão constar na folha de rosto. Nestes casos, o órgão é o editor; • Autor de obra feita sob encomenda: órgãos, entidades ou pessoas não pertencentes ao órgão que encomendou, mas contratados para elaborar a obra serão considerados os autores do trabalho, e tal informação deverá constar logo após o título. O órgão que fez a encomenda é o editor da obra e estará constando no final da folha de rosto; • Órgão patrocinador: órgão que subvenciona a edição de um trabalho, porém não lhe sendo asse- gurado o direito à autoria. Neste caso o nome órgão não estará no alto da folha de rosto, que é o local destinado ao autor (entidade coletiva), e sim após o título, subtítulo e informações sobre a autoria da obra, acrescentando a informação da sua qualidade de patrocinador; • Compilador: funcionário ou servidor que seleciona ou compila textos legais, pareceres, despa- chos, decisões etc, desde que as compilações, pela seleção e organização, se caracterize criação intelectual. Neste caso, o nome deve constar na folha de rosto; • Adaptador, tradutor e (conforme a importância) prefaciador, ilustrador; • Edição: indica-se o número correspondente quando não se tratar da primeira edição; • Imprenta: (incluídos os dados no anverso da folha de rosto); • Cidade onde foi editada (não confundir com o local de impressão); 27 • Editora (publicadora) ou editoras (co-edições), órgão de coordenação editorial que não assume a autoria da obra. No caso da editora ser também o autor, o nome não deve ser repetido neste lo- cal; • Ano de publicação em algarismos arábicos ou a data, esta última só em casos especiais. Resumindo: • Agência Nacional de Energia Elétrica; • Nome-síntese da área autora. No caso de parceira entre áreas, dispor o nome-síntese das áreas autoras pelo grau de importância de cada uma na edição da obra; • Título da obra; • Nome(s) do(s) autor(es) ou do(s) editor(es) técnico(s) — até três (ver crédito de autoria no item 5.3.7). Para todos os autores (mesmo quando a obra tiver apenas um autor), deve-se abrir uma página ímpar, denominada "Autores" (ver página "Autores"); • Número da edição: a partir da 2ª edição; • Imprenta: informações sobre: editora (casa publicadora); local (cidade onde a obra foi editada); data (ano de publicação). Em caso de edições em mais de uma língua, pode-se incluir mais de uma folha de rosto. Nas obras com mais de um volume, a folha de rosto do primeiro volume deve conter as informações comuns a toda a obra, e cada volume deve incluir informações específicas. O nome de eventuais tradutores deve ser inclu- ído logo após o título. Edição — Todos os exemplares de um documento, produzidos a partir de um original ou matriz sem modificações, independentemente da quantidade de impressões, reimpressões ou tiragens produzidas, e do período decorrido entre a primeira impressão e as impressões subsequentes. A indicação do número da edição de uma obra deve ser feita em numeral ordinal, seguido da pala- vra "edição" Ex.: 2ª edição. 28 Agência Nacional de Energia Elétrica Nome-síntese da(s) Área(s) Autoras(s) Título do Livro Subtítulo do Livro Nome do(s) Editor(es) Técnicos ou do(s) Autor(es) Local, UF Ano de publicação Agência Nacional de Energia Elétrica Nome-síntese da(s) Área(s) Autoras(s) Título do Livro Subtítulo do Livro Nome do(s) Editor(es) Técnicos ou do(s) Autor(es) Nome-síntese da unidade editora Local, UF Ano de publicação Na folha de rosto, somente será registrado o número da edição do documento a partir da 2ª edição. Fig. 8. Modelos de folha de rosto. 5.3.5. Nova edição É produzida a partir da edição anterior, incluindo-se desde as alterações de conteúdo até as de composição textual, abrangendo aí, também, todos os erros listados numa errata, que deverão ser corrigi- dos na matriz da edição em que eles ocorreram. A existência de erratas não caracteriza nova edição. 5.3.6. Autor Pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica. A obra pode ser de autoria individual ou em co-autoria, destacando-se, entre a última, a obra de criação coletiva. 5.3.7. Crédito de autoria A atribuição de autoria deve ser feita na capa e na folha de rosto ou em outras partes da obra, quando pertinente. • Obra em co-autoria: até três autores, a atribuição de autoria deve ser feita na capa e na folha de rosto. De quatro em diante, inclusive, a atribuição de autoria deve ser feita apenas na folha de ros- to, em ordem alfabética ou por ordem de importância, conforme decisão dos autores. 29 • Obra coletiva: no caso de obras coletivas, a atribuição de autoria deve ser feita da seguinte forma: o nome do(s) editor(es) técnico(s) — até três — na capa e na folha de rosto. Para os autores, a- bre-se uma página, com a denominação "Autores", e nela dispõem-se o nome dos autores (inclu- indo o do(s) editore(s) técnico(s)), em ordem alfabética ou por ordem de importância, conforme decisão dos autores. 5.3.8. Verso da folha de rosto Local destinado às seguintes informações (Fig. 9): • Na parte superior, os dizeres: "Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:". • Nome-síntese da(s) Unidade(s) autora(s) e endereço dos locais onde a obra pode ser adquirida. • Relação de créditos para o corpo técnico que participou do processo editorial da obra. • Número da edição (a partir da 2ª edição), data de impressão e tiragem de exemplares. • Notificação sobre a lei de direitos autorais: Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). • Ficha de Catalogação Internacional da Publicação (CIP), de acordo com AACR2: Anglo Ameri- can Cataloguing Rules. 2nd edition, incluindo o ISBN e a Classificação Decimal de Universal (CDU). • Copyright, Aneel e ano. Exemplo de registro de edição no verso da folha de rosto: 1ª edição 1ª impressão (1994): 2.000 exemplares 2ª edição 1ª impressão (1998): 5.000 exemplares 2ª impressão (1999): 1.000 exemplares 30 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Nome-síntese da área autora Endereço CEP Fone: Fax: Home-page E-mail Nome-síntese da área autora (parceira) Endereço CEP Fone: Fax: Home-page E-mail Supervisão editorial No nono nonono Revisão de texto No nono nonono Normalização bibliográfica No nono nonono Projeto gráfico No nono nonono Capa No nono nonono Editoração eletrônica No nono nonono Foto da capa No nono nonono Tratamento das ilustrações No nono nonono 1ª edição 1ª impressão (ano): tiragem © Aneel 2002 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610) CIP. Brasil Catalogação-na-publicação Agência Nacional de Energia Elétrica. No nonono nononononon No nonono no nonono nonono no nonono nono- no no nonono nonono no nonono nonono no nonono nonono no nonono nonono no nonono nonono no nonono nonono no nonono no nono. ISBN: 00-0000-000-0 1. No nonono nono nono. 2. No nonono nono. 3. No nono nono no. CDU 000.000-00 Fig. 9. Modelo do verso da folha de rosto com áreas parceiras. Nota Explicativa • Edição:conjunto de exemplares de um livro, impressos a partir de uma mesma matriz, com ISBN próprio. • Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo ou na forma de apresentação do livro (edição revista, ampliada, atualizada etc) seja por mudança de editor. Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição). • Reimpressão: Nova impressão de um livro, sem modificações no conteúdo ou na forma de apre- sentação. Exceto as correções de erros de composição ou impressão. 31 Epígrafe “ Nunca se vence uma guerra lutando sozinho” Raul Seixas Autores Nome do autor Qualificação profissional, grau acadêmico, endereço institucional completo e endere- ço eletrônico. Nome do autor Qualificação profissional, grau acadêmico, endereço institucional completo e endere- ço eletrônico. Nome do autor Qualificação profissional, grau acadêmico, endereço institucional completo e endere- ço eletrônico. Nome do autor Qualificação profissional, grau acadêmico, endereço institucional completo e endere- ço eletrônico. Fig. 11. Modelo de epígrafe. Fig. 10. Modelo de página de autores. 5.3.9. Página de autores Esta página, denominada "Autores", deve apresentar o nome de todos os autores (mesmo quando tiver apenas um), em ordem de importância ou em ordem alfabética, seguido(s) de qualificação profissio- nal, grau acadêmico, endereço institucional completo e endereço eletrônico (informações que antes eram colocadas em chamadas de notas de rodapé para o autor). Inicia-se em página ímpar (Fig. 10). 5.3.10. .Epígrafe Citação inserida no início da obra ou no início de cada capítulo, dela devendo constar o nome do autor da citação. Inicia-se em página ímpar (Fig. 11) e é opcional. 32 Agradeço a todos os amigos que sempre me deram a força necessária para que eu desempenhasse este trabalho com esmero e dedicação. Dedico este livro a minha mãe, a minha esposa e a meus filhos, que souberam entender os momentos de ausência, permitindo assim, que esta obra chegasse ao termo. Fig. 13. Modelo de agradecimento. Fig. 12. Modelo de dedicatória. 5.3.11. Dedicatória Texto curto, no qual o autor dedica seu trabalho a alguém. Inicia-se em página ímpar (Fig. 12) e é opcional. 5.3.12. Agradecimento Folha opcional na qual o autor agradece às pessoas e às instituições que cooperaram com a obra. Deve-se restringir ao absolutamente necessário. Os agradecimentos podem constar também da apresen- tação ou do prefácio escrito pelo autor. Inicia-se em página ímpar (Fig. 13). 33 Prefácio No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. Nome Cargo Apresentação No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nonono no nono no nono no nono no nono no nono. No nono- no no nono no nono no nono no nono no nono. Nome Cargo Fig. 15. Modelo de prefácio. Fig. 14. Modelo de apresentação. 5.3.13. Apresentação Texto em que o autor ou outra pessoa apresenta a obra. Deve apresentar informações genéricas sobre o assunto abordado, ou seja, os propósitos do autor e as circunstâncias em que foi elaborada a pesquisa. Deve ter conteúdo informativo, organizado em ordem lógica e conceitual, discorrendo sobre os pontos fortes da obra. Na Aneel, geralmente é elaborada pelo facilitador ou superintendente da área auto- ra da obra, ou pelo diretor-geral ou, ainda, por um dos diretores da Agência. Inicia-se em página ímpar (Fig. 14). 5.3.14. Prefácio Texto escrito pelo autor ou por outra pessoa, que geralmente apresenta explicações preliminares a respeito da obra. Tem por objetivo fazer um breve histórico do trabalho, indicar suas características e fina- lidades, as intenções do autor e as principais dificuldades encontradas durante a elaboração do trabalho. Pode indicar o público a que se dirige, comparar as pesquisas do autor com outras e revelar a natureza dos dados relatados. Ao ser lançada uma nova edição, um novo prefácio deve ser escrito, precedendo o prefácio original, que será reintitulado "Prefácio à primeira edição". Ambos iniciam-se em páginas ímpares (Fig. 15). 34 Sumário Sistemas de eletrificação, 13 Sistemas de interligação, 32 Aspectos técnicos da geração, 56 Armazenamento, 72 Cálculo, 98 Sumário Sistemas de eletrificação .................................13 Sistemas de interligação..................................32 Aspectos técnicos da geração ..........................56 Armazenamento ............................................ 72 Cálculo ......................................................... 98 Fig. 16. Modelos de sumário. 5.3.15. Sumário Listagem das principais divisões e subdivisões de um documento (títulos e subtítulos), seções ou outras partes do livro ou folheto, seguindo a mesma ordem em que elas ocorrem no corpo da obra (Fig. 16), incluindo seus elementos pré-textuais (listas de abreviaturas, ilustrações, tabelas, prefácios etc) e pós-textuais (apêndices, bibliografias, glossários, índices etc). Inicia-se em página ímpar, imediatamente após as folhas pré-textuais. Deve indicar para cada seção ou divisão, o respectivo indicativo, ou seja, o grupo numérico que permita a localização de uma seção, quando houver; o nome do autor, quando houver; o título e subtítulo, quando for o caso; e a paginação. O sumário deve figurar no início do documento: a) em publicações periódicas: na folha de rosto, mesmo quando esta for a própria capa da publica- ção; b) em documentos de outra natureza: após a folha de rosto, folhas dedicatórias, agradecimentos e epígrafe. A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada na apresentação tipográfica (seções pri- márias, secundárias etc ou divisões permanentes de periódicos). OBS.: Não confundir índice com sumário. O índice localiza-se no final da obra, e o sumário antece- de o texto. 35 5.3.16. Lista de figuras e tabelas É a relação das ilustrações, quadros e tabelas na ordem em que figuram no texto. Inicia-se em pá- gina ímpar. 5.3.17. Resumo Consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes do conteúdo da obra. É elemento essenci- al em livros técnicos e científicos e deve estar localizado antes do texto. Visa fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto e/ou transmitir informações de cará- ter complementar. (NBR 6028) Pode ocorrer também resumos das principais divisões do livro, no início ou no finaldas divisões. Os resumos podem ser: • indicativo: quando indica apenas os pontos principais do texto, sem apresentar dados qualitati- vos, quantitativos; • informativo: informa ao leitor o suficiente para que possa decidir sobre a conveniência de ler o texto no seu todo. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões; • informativo/indicativo: combinação dos dois tipos citados acima; • crítico: redigido por especialistas, com a análise interpretativa da obra. Para facilitar a divulgação do texto, é recomendável traduzir o resumo em um ou mais idiomas. 5.4. Elementos Textuais 5.4.1. Introdução, Preâmbulo, Exórdio, Proêmio ou Prólogo É a parte inicial do texto, onde são expostos o argumento, os objetivos da obra, e o método de tratar o assunto. Deve canalizar a atenção do leitor de forma a desafiá-lo e a estimulá-lo à leitura. Deve ser bre- ve, e sua redação pode assumir a forma de resumo. Inicia-se em página ímpar. 5.4.2. Texto Denomina-se texto a parte em que se desenvolve a matéria do livro ou folheto. 5.4.3. Corpo ou desenvolvimento Parte principal do livro, na qual o autor desenvolve o assunto. Pode ser dividido em unidades maio- res (partes) e subdivididas em unidades menores: a) capítulo – divisão principal do texto; 36 b) seção – subdivisão do capítulo; c) parágrafo – cada uma das partes do texto com sentido completo e que, usualmente, inicia com a mudança de linha e de margem. As principais divisões da obra devem começar sempre nas páginas ímpares. Textos legais devem seguir estruturação própria. 5.4.4. Conclusão Parte final do texto. Apresenta resenha dos resultados do tema desenvolvido. 5.4.5. Ilustrações Explicitam ou complementam visualmente o texto, e podem ser: gráficos, diagramas, desenhos, fo- tografias, mapas etc. As ilustrações devem estar o mais perto possível do local em que são mencionadas no texto, levando-se sempre em conta a apresentação tipográfica e o aspecto estético. No caso de fotos ou reproduções, apresentar texto - legenda junto das mesmas. Qualquer que seja o tipo de ilustração a- presentada, a palavra Figura deve aparecer na parte inferior seguida de seu número de ordem de ocor- rência no texto em algarismos arábicos e do respectivo título e/ou legenda explicativa. 5.4.6. Notas 5.4.6.1. Notas de rodapé para o autor O nome do autor deverá ser seguido da formação profissional, do grau acadêmico, do endereço ins- titucional completo e do endereço eletrônico. 5.4.6.2. Notas de rodapé do texto As notas de rodapé transmitem informações que, se introduzidas no texto, prejudicariam a sequên- cia de seu desenvolvimento. As chamadas das notas de rodapé no texto devem ser numeradas consecutivamente, em algarismo arábico, em forma de expoente (sem parênteses), logo após o termo a que se referir ou após o sinal de pontuação, quando se relacionar a todo o assunto. A numeração pode ser reiniciada em cada capítulo ou seção, ou ser consecutiva, ao longo do texto. 5.4.6.3. Uso das notas As notas são usadas para: • Indicar fontes de citação; • Acrescentar outras indicações bibliográficas de reforço; 37 • Fazer comentários ou acrescentar informações que, se colocadas no texto principal, perturbari- am o ritmo da leitura; • Fornecer a tradução de vocábulo ou texto estrangeiro, quando não for possível se mudar a gra- fia original; • Apresentar a versão original de uma informação que foi traduzida no texto; • Usar remissões internas (Ex.: confira Cap. 3, p. 17 desta obra) ou externas (Ex.: confira obra x, Cap. y); • Remeter a outros autores relacionados com o assunto. 5.4.6.4. Apresentação das notas As notas devem ser: • Localizadas na margem inferior da mesma página em que ocorre a chamada numérica no texto; • Separadas do texto por um traço horizontal contínuo de 3 cm, aproximadamente, iniciado na margem esquerda; • Numeradas em algarismo arábico, em forma de expoente (sem parênteses), à esquerda do ter- mo explicativo. 5.4.6.5. Notas de rodapé das tabelas Frequentemente, é necessário o uso das notas especificadas a seguir: • Nota de fonte: esclarece a origem dos dados que constam da tabela, indicando o autor ou a ins- tituição e a data; • Notas gerais: registram observações ou comentários para conceituar ou esclarecer o conteúdo das tabelas; indicar o critério adotado no levantamento dos dados ou o método de elaboração das estatísticas derivadas; • Notas de chamada. São informações de caráter específico sobre partes da tabela, para conceituar e esclarecer dados. Apresentação das notas • Em título, usar algarismo arábico, em forma de expoente (entre parênteses), à direita do título; • No cabeçalho, usar algarismo arábico, em forma de expoente (entre parênteses), à direita do termo explicativo; • No corpo da tabela, usar algarismo arábico, em forma de expoente (entre parênteses), à direita do dado a que faz referência. Para indicação de significância, serão utilizadas as formas NS (Não-significativo), *e** (Significativo a 5% e a 1% de probabilidade, respectivamente). • As notas devem figurar na base da tabela. Se a tabela contiver a fonte, esta deverá figurar abai- 38 xo da(s) nota(s). • Impressas em corpo e entrelinhados menores do que os utilizados no corpo do texto. 5.4.7. Citação As regras descritas a seguir são oriundas do documento de Oliveira et al. (1992). Constam, aqui, somente alguns itens do documento. Para detalhes, ver obra na íntegra. Menção, no texto, de informação colhida em outra fonte (ABNT, 1992). Citações são elementos extraídos de documentos pesquisados e indispensáveis para fundamentar as idéias desenvolvidas pelo autor (ABDF, 1987). A citação pode ser direta ou indireta; a primeira é transcrição de um texto, e a segunda faz referên- cia a idéias colhidas em fontes consultadas. Podem ser indicadas pelo sistema numérico ou por nome e data. Com o objetivo de manter a uniformidade das publicações técnico-científicas, a Aneel recomenda o uso do nome e da data. Nesse sistema, os documentos dos quais são extraídas as citações são indicados pelo sobrenome do autor, seguido da data de publicação, separados por vírgula e entre parênteses (de- pendendo do estilo do autor). A referência completa da obra citada deverá constar no final do trabalho. 5.4.7.1. Citação direta ou literal É a transcrição fiel da grafia, redação e pontuação do documento consultado. Deve sempre vir entre aspas, indicando-se a página consultada. Ao ser utilizada, deve obedecer às normas especificadas nos seguintes exemplos: • Citação até três linhas: deverá ser inserida no próprio parágrafo. Ex.: “... esse conjunto de ações implica a intervenção paralela e coordenada de vários órgãos e organismos com ju- risdição nos diversos domínios relacionados com a água” (Setti et al., 2002). • Citação com mais de três linhas: deverá vir destacada do texto, ou em parágrafo próprio abaixo do texto, iniciando abaixo da quinta letra da linha anterior. Ex.: “As receitas correspondentes às taxas cobradas aos utilizadores devem reverter para as administrações de bacia hidrográfica, que assim assegurarão o seu funcionamento e financiarão a execução de obras coletivas. Além disso, as taxas devem procurar cumprir a função de incentivo econômico, condicionando o comportamento dos uti- lizadores de forma a servir os interesses da comunidade” (Setti et al., 2002). 39 • Citação com aspas simples Ex.: Para Katz & Kahn (1978, p.12), “a organização mais eficiente está em processo de conseguir excedentes de energia porque as condições de seus 'inputs' e 'outputs' são estabelecidos por seus meios eficientes. Os principais resultados de longo alcance dos excedentes gerados por estes meios, são o crescimento organizacional e
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