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Compostos Organicos parte 1

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Rua Geraldo Moisés da Silva, s/nº - Setor Universitário. Ituiutaba-MG. Cep: 38.302-192. Tel.: (34) 3271-9900. 
www.ituiutaba.uemg.br 
 
Licenciatura em Química 
Química Geral (4º período) 
Prof. MSc. Célio Gomes Miranda 
 
 
 
 
Análise de Compostos Orgânicos (parte 1) 
Ituiutaba-MG, 26 de setembro de 2018. 
 
 
Rua Geraldo Moisés da Silva, s/nº - Setor Universitário. Ituiutaba-MG. Cep: 38.302-192. Tel.: (34) 3271-9900. 
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Licenciatura em Química 
Química Geral (4º período) 
Prof. MSc. Célio Gomes Miranda 
 
 
 
Análise de Compostos Orgânicos (parte 1) 
 
Discentes: 
- Franciele Santos Dias da Silva 
- Leticia Batista Pereira 
- Luana da Silva Teodoro 
- Natália Nunes Silva 
Ituiutaba-MG, 26 de setembro de 2018. 
Relatório referente ao experimento de Análise de 
Compostos Orgânicos, apresentado na disciplina de 
Química Orgânica II (4º período) do curso de 
Licenciatura em Química, da Universidade Estadual de 
Minas Gerais (UEMG) – Campus de Ituiutaba/MG. 
Professor: Célio Gomes Miranda. 
UNIVERSIDADE DO ESTADO MINAS GERAIS (UEMG) 
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
QUÍMICA ORGÂNICA II (4º período) 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 página 
I. Introdução.................................................................................................... 01 
II. Objetivo........................................................................................................ 03 
III. Parte Experimental..................................................................................... 03 
 Materiais e reagentes.................................................................................... 03 
 Procedimento................................................................................................ 03 
IV. Resultados e discussão................................................................................. 05 
V. Conclusão..................................................................................................... 07 
IV. Bibliografia e webgrafia.............................................................................. 08 
 
 
 
 
 
 
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I. INTRODUÇÃO 
 
Compostos orgânicos estão largamente presentes em nossas vidas e nosso 
cotidiano, por este motivo o químico deve estar preparado e saber identificar tais compostos. 
Para se identificar um composto orgânico podem-se realizar vários testes em laboratório, 
entretanto deve-se ter um embasamento teórico. Uma grande vantagem da teoria estrutural é 
que ela nos permite classificar o grande número de compostos orgânicos em um número 
relativamente pequeno de famílias, com base nas suas estruturas. Com os resultados obtidos 
na prática e o conhecimento das reações ocorridas a cada teste ou procedimento é possível 
definir o composto orgânico, ou pelo menos aproximar as suas características (Weirich, 
Cristiane). 
A química orgânica é a química dos compostos de carbono. Os compostos de 
carbono são o centro de vida neste planeta. Os compostos de carbono incluem os ácidos 
desoxirribonucléicos (DNA), as moléculas helicoidais gigantes que contêm toda nossa 
informação genética. Elas incluem as proteínas que catalisam todas as reações em nosso 
corpo, e isso constitui os compostos essenciais de nosso sangue, músculos e pele. Junto com o 
oxigênio do ar que respiramos, os compostos de carbono fornecem a energia que sustenta a 
vida (Solomons, T.W. Graham; Fryhle, Craig B.). 
Os experimentos realizados nessa aula foram os testes de insaturação, utilizando o 
Teste de Bayer e o Teste com o Bromo em Tetracloreto de carbono, Br2 / CCl4. Teste de 
Bayer é utilizado para diferenciar os alcenos de seus ciclanos isômeros, através da reação com 
KMnO4 em meio básico ou meio neutro e diluído a frio, formando assim um precipitado 
marrom e esse processo é chamado de oxidação branda de alcenos e alcinos. Esse processo 
pode ocorrer de duas formas principais. A primeira é em laboratório, a mais utilizada, 
submete o alceno e o alcino na presença de permanganato de potássio em solução aquosa em 
meio neutro a frio. O permanganato irá se decompor gerando oxigênio, esse oxigênio e a agua 
no meio reagem com os alcenos e produzem glicóis vicinais, ou seja, diálcoois ou dióis com 
os grupos OH ligados a carbonos vizinhos. Essa reação de oxidação branda dos alcenos serve 
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para diferenciá-los dos ciclanos. E esse teste recebeu o nome de teste de Baeyer, em 
homenagem ao químico alemão Adolf Von Baeyer (Figura1) 1. 
 
Figura 1 - Químico Adolf Von Baeyer 
 O teste com Br2 / CCl4 é usado para verificar a saturação do Bromo, pois 
compostos insaturados descoram uma solução de bromo em tetracloreto de carbono formando 
compostos de adição e com isso pode-se dizer que o teste da solução de bromo teve o seu 
resultado positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Oxidação Branda. Disponível em: 
<https://alunosonline.uol.com.br/quimica/oxidacao-branda.html>. Acesso em: 25/09/2018 às 15:05 horas. 
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II. OBJETIVO 
 
Caracterizar e identificar diferentes grupos funcionais através de testes químicos. 
 
III. PARTE EXPERIMENTAL 
 
 
 Materiais e reagentes: 
 
 
 KMO4 (Permanganato de Potássio) 
 Óleo Vegetal 
 NaOH (Hidróxido de Sódio) 
 Br2 (Bromo) - Preparado 
 CCl4 (Tetracloreto de Carbono) 
 C6H12 (Ciclohexano) 
 C8H16 (Octeno-1) 
 C7H8 (Tolueno) 
 Tubos de ensaio pequeno 
 Béquer de 40 mL 
 Pipeta Graduada 
 
 Procedimento: 
 
1. Teste de Bayer 
 
 
(a) Colocou-se em tubos de ensaio pequenos 6 gotas de KMO4 (permanganato de 
potássio) em cada, depois acrescentou-se gota a gota de óleo vegetal em cada tubo 
de ensaio, agitou-se e observou-se a reação de descoloração ocorrida. Repetiu-se 
esse experimento para o Ciclohexano, Octeno-1 e Tolueno. 
 
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(b) Colocou-se em tubos de ensaio pequenos 10 gotas de óleo vegetal em cada um, 
adicionou-se 2 gotas da solução de KMO4 (permanganato de potássio) em cada 
um, acrescentou-se mais 2 gotas de NaOH (Hidróxido de Sódio) em cada, agitou-
se a solução e observou-se a formação de um precipitado marrom. Repetiu-se esse 
experimento para o Ciclohexano, Octeno-1 e Tolueno. 
 
2. Teste com Bromo em Tetracloreto de Potássio, Br2/CCl4 
 
 
Preparou-se a solução do bromo líquido com NaBr, MnO2 e H2SO4 para dar 
andamento na preparação da água de bromo. Pegou-se 3,0 mL de bromo líquido e completou-
se o volume até 250,0 mL em um balão volumétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
Para o teste Bayer foi observado a descoloração do KMnO4 (Figura2), nos tubos 
de ensaio que continha o óleo vegetal, o octeno-1 e o tolueno, passando de violeta para 
marrom. Já no tubo de ensaio que continha o Ciclohexano nenhuma alteração foi notada, 
coloração permaneceu violeta. Essas reações ocorreram porque o permanganato de potássio é 
um agente oxidante que sofre redução, na presença de hidrocarbonetos insaturados. Já a 
oxidação do composto aromáticoque foi utilizado o tolueno (Figura 3), ocorreu porque a 
ramificação existente no tolueno sofre ataque do oxigênio nascente oxidando e formando uma 
carboxila, ou seja, um ácido carboxílico e com isso formou-se um precipitado marrom. Na 
amostra que não sofreu nenhuma alteração, ou seja, nenhuma oxidação, nos mostra se trata de 
um ciclano, um hidrocarboneto de cadeia fechada e que possui apenas ligações simples entre 
os seus carbonos, impedindo ter qualquer reação ao contato com o permanganato de potássio. 
 
Figura 2 - Reação do descoramento do KMnO4 
 
Figura 3 – Reação e oxidação do Tolueno em KMnO4 
 
Na continuação dos experimentos acrescentando o hidróxido de sódio 4 mol. L-1, 
nas amostras que continha óleo vegetal, Ciclohexano, octeno-1 e tolueno, com permanganato 
de potássio, amostra contendo óleo vegetal ao acrescentar o hidróxido de sódio já houve a 
reação do óleo vegetal de mudança na consistência de liquido para uma solução viscosa e ao 
acrescentar o permanganato de potássio a amostra se tornou marrom. A amostra que continha 
o Ciclohexano ao acrescentar o hidróxido de sódio e o permanganato de potássio não nenhum 
tipo de reação permanecendo a cor violeta do permanganato formando um precipitado no 
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fundo do tubo, a reação com o octeno-1 foi a formação de um precipitado marrom por ser um 
alceno e haver a quebra da dupla ligação e com o tolueno houve a formação de um precipitado 
marrom de início e ao passar dos minutos se tornou verde. 
Para o teste do bromo foi observado a seguinte reação que a solução de Br2 em 
tetracloreto de carbono com a adição de óleo vegetal ocorreu a perda de cor do bromo, isso 
ocorreu devido a sua insaturação, já com a adição do Ciclohexano a cor não se alterou por ser 
um hidrocarboneto saturado, diferente do óleo vegetal, no tubo adicionado octeno-1 houve a 
reação de perda da cor característica, prova positiva para um hidrocarboneto insaturado e com 
o tolueno não houve reação permanecendo a cor característica alaranjada, por se tratar de um 
composto aromáticos e com isso resiste a reação de adição devido as suas características 
particulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V. CONCLUSÃO 
 
 
Os resultados positivos obtidos através dos testes apresentados e através das 
propriedades de cada reação as características dos grupos funcionais. 
No teste de Bayer os resultados positivos consistem da reação da solução de 
permanganato de potássio em meio aquoso com a ligação múltipla de um alceno ou alcino, 
que a solução violeta do íon permanganato se descora com formação de um precipitado 
marrom (MnO2). O KMnO4 quando reagi com água libera oxigênio, que leva o nome de 
oxigênio nascente que é o que provoca a quebra da ligação π, e o carbono que fazia essa 
ligação é preenchido com um grupo OH (hidroxila). Para o composto aromático no teste o 
anel benzóico não sofre reação, mas a sua ramificação fica sujeita ao ataque do carbono 
nascente, formando um ácido carboxílico que a reação resulta na formação de um precipitado 
marrom. 
Para o teste com o bromo e o tetracloreto de carbono os resultados positivos são 
devido à reação sofrida a insaturação dos compostos orgânicos e hidrocarbonetos insaturados, 
resultado esse esperado para esses tipos de compostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VI. BIBLIOGRAFIA E WEBGRAFIA 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6023: informação e 
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Oxidação Branda. Disponível em: 
https://alunosonline.uol.com.br/quimica/oxidacao-branda.html. Acesso em: 25/09/2018 às 
15:05 horas. 
SOLOMONS, T.W.G., Fryhle, B. Química Orgânica, vol. 1 e 2, 9ª Ed., Rio de Janeiro, 
Livros Técnicos e Científicos S/A, 2009. 
WEIRICH, Cristiane. Análise Orgânica: Identificação de Compostos Orgânicos. In: 
Centro de Engenharias e Ciências Exatas, Toledo: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 
2011.

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