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FORMAS DE ESTADO Configuração de cada Estado, dos seus diversos elementos ou condição de existência Forma de organização dos elementos do Estado É o modo do Estado dispor o seu poder em face de outros poderes de igual natureza e quanto ao povo e ao território Divididos segundo o critério de unidade ou pluralidade de poderes políticos Simples ou unitários (Estado unitário centralizado e descentralizado) Compostos ou complexos no qual ocorre a associação ou união de Estados dando origem a um novo Estado que os vai englobar ou integrar (União real, união pessoal, confederação e federação) Estado Unitário centralizado Politicamente é a unidade de sistema jurídico, excluindo qualquer pluralidade normativa Administrativamente é a centralização da execução das leis e da gestão dos serviços Caracteriza-se pela simplicidade de sua estrutura, sendo que nele há uma só ordem jurídica, política e administrativa Os agentes inferiores atuam como executores e controladores, obedecendo o comando do poder central Não existe autonomia dos agentes locais Não cria agentes administrativas independentes Descentralização administrativa como dependência frente ao Estado Unitário Estado Unitário descentralizado ou regional No Estado regional ocorre uma descentralização, que pode ser administrativa ou política Forma unitária com descentralização que não elimina a completa superioridade política e jurídica do poder central Não dispõe do poder constituinte pois o estatuto regional tem de ser aprovado pelo órgão central. Não são unidades políticas distintas do Estados, as regiões são criadas pelo poder central e as atribuições políticas que têm tanto poderes vir a ser alargadas como extintas por ele O grau de descentralização é muito variável Todo o território pode se dividirem regiões autônomas (Estado regional integral) Exemplo: Itália, Espanha (Constituição de 1978) e África do Sul (Constituição de 1996) Pode existir regiões politicamente autônomas e regiões apenas com descentralização administrativa (Estado regional parcial) Exemplo: Portugal (desde 1976, regiões autônomas dos Açores e da Madeira) A organização das regiões pode ser idêntica para todas as regiões (Estado regional homogêneo) ou existir uma organização diferenciada, isto é, regiões com estatuo comum e outras de estatuto especial (Estado regional heterogêneo) União Real Resulta da fusão ou na colocação comum de alguns dos órgãos dos Estados que a constituem, de tal modo que fica haver, ao lado dos órgãos particulares de cada Estado, um ou mais órgãos comuns (pelo menos, o Chefe de Estado é comum) O vínculo criado entre os Estados é proposital e deliberado, fundado na vontade unânime e convergente dos Estados-membros Presença do mesmo monarca, em cuja pessoa se resume a noção dessa forma de pluralidade estatal União real é regulada por uma constituição ou ato jurídico específico Suécia e a Noruega, em 1815, com duração até 1905 Dinamarca e a Islândia de 1918 até a Segundo Guerra Mundial O Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) União pessoal Acontece de modo acidental ou involuntário quando as leis de sucessão resultam por coincidência que um só príncipe ocupe dois tronos, tornando-se assim o titular comum do poder em Estados que se conservam, todavia independentes O que é comum é o titular do poder, pois existe a coincidência de designação da pessoa do Chefe de Estado pelos direitos próprios dos Estados envolvidos Exemplo: Felipe II da Espanha era comum rei da Inglaterra (com Maria I) de 1554 a 1558; União Ibérica de todos os reinos em Península Ibérica, incluindo Portugal, de 1580 a 1640, sob Felipe II (também conhecido como Felipe I de Portugal), seu filho e neto Confederação Associação de Estados soberanos que se unem para determinados fins, como política comum de defesa externa e segurança interna É instituída por tratado; do pacto confederativo resulta uma entidade com órgãos próprios (uma assembleia confederal) Não chega a surgir um novo poder político ou mesmo uma autoridade supra estadual com competência genérica Admite, em regra, o direito de secessão, conservando intacta a soberania, podem estes denunciar o tratado e retirar-se da Confederação Os órgãos confederativos deliberam por maioria; as decisões por unanimidade podem ser exigidas para assuntos mais importantes, como o direito de nulificação, pelo qual cada Estado pode opor-se as decisões do órgão central Exemplos: Confederação dos Países Baixos (1579), Confederação dos EUA (1778-1787), Confederação Suíça (1815-1848) e Confederação alemã (1815-1866) Federalismo Federação – EUA Declaração de Independência das antigas colônias da Inglaterra na América do Norte (4 de julho de 1776) Estados independentes e soberanos Confederação formada pelos treze estados soberanos originados das antigas colônias (1781) Convenção da Filadélfia deu origem a Constituição, e ela a primeira República Federativa e Presidencialista (1787) Submetido a um processo de ratificação pelos Estados que integravam a antiga Confederação e que, portanto, renunciaram a sua soberania Durante as discussões de 1787, Alexander Hamilton e James Madison, com assistência de John Jay, todos de Nova York publicaram artigos que contribuíram para a adoção da constituição. Quando elas foram publicadas, apareceram em forma de jornal; e só posteriormente que foram reunidas na obra conhecida por O Federalismo (1788). Hamilton, na introdução do primeiro volume, apresenta os objetos de discussão principal a que se refere na obra: A utilidade da união para a prosperidade política; A insuficiência da confederação para mantê-la; A necessidade de um governo enérgico; A conformidade da constituição com os verdadeiros princípios do governo republicano e sua analogia com a constituição dos estados particulares; O aumento e segurança da manutenção desta espécie de governo, da liberdade e das propriedades Quanto a formação: Federalismo por agregação: Estados resolvem renunciar a sua soberania e formarem um novo Estado Federativo, passando a ser, entre si, autônomos Exemplos: Estados Unidos, Alemanha e Suíça Federalismo por desagregação: A federação surge a partir de um determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se. Exemplo: Brasil Constituição de 1891. Quanto ao modo de separação de atribuições Federalismo dual: A separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente rígida, não se falando em cooperação ou interpretação entre eles Estados Unidos em sua origem como exemplo No início havia a tendência de submissão do governo federal as ações e políticas estatais. A aprovação da Décima Quarta (1868) e da Décima Quinta Emendas (1870) atribuiu maior importância ao governo federal quanto a definição de metas nacionais comuns, sobretudo na área dos direitos individuais. Federalismo cooperativo: Diminuir a rigidez do modelo atual. Atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente. EUA após a crise econômica de 1929. O federalismo dualista se mostrou inadequado, uma vez que o governo central teve que exercer autoridade regulamentadora, intervindo nos assuntos econômicos e sociais em escala nacional. Estado do Bem-Estar-Social. Brasil (1988) Mudança no federalismo norte-americano a partir da crise do Estado de Bem-Estar-Social no início dos anos 1970, com uma retomada da visão em favor de uma maior descentralização. A Constituição norte-americana não definiu, de forma específica, como deveria ser a divisão das responsabilidades fiscais. Sistema constitucional flexível, que permitiu a alternância das forças relativas as diferentes esferas de governo ao longo dos anos. Características da federação Criação de um estado único – União Um poder novo e distinto, o poder federal, surge acima dos poderes políticos dos estados nela integrantes. Os Estados que aderiram a Federação perdem a condição de Estados. Quando os Estados ingressam na federação perdem sua soberania e preservam uma autonomia política limitada estabelecida pelaConstituição. Participação dos Estados federados na formação e modificação da Constituição federal, seja por via representativa, seja por referendos parciais. A Soberania é desempenhada pelo Estado Federal – União Base jurídica – Constituição e não um tratado. A integração política e jurídica cabe a Constituição Federal. A Cidadania é atribuída pelo Estado Federal – União. Cada cidadão fica simultaneamente sujeito a duas Constituições – a federal e a do estado federado, sendo submetido aos atos provenientes de órgãos legislativos, executivos e jurisdicionais de ambos. Não existe direito de sucessão – o vínculo é indissolúvel. Em algumas Constituições é expressa tal proibição, mas ainda que não seja é implícita. A Constituição (1936) da antiga União soviética era uma exceção a essa regra, pois o art. 17 da Constituição preia a saída livremente das repúblicas federadas. A atual Constituição da Federação Russa (1993) permite a saída de membros desde que haja concordância da Federação Russa. Distribuição de competências próprias a cada um dos entes federados determinadas pela Constituição (expressas, residuais e concorrentes) Renda própria a cada esfera de competência Competência – encargos – receitas – recursos próprios para cumprir os encargos de cada membro. O poder político é partilhado entre os governos federal, estaduais e municípios Repartição bicameral no legislativo federal. Governo federal – participação das unidades federadas (Senado – órgão legislativo de representação dos Estados) e do povo (Câmara dos deputados). História do Federalismo Brasileiro: fases de descentralização e centralização Entre 1891 a 1929 – influências liberais - descentralização e autonomia dos entes federados. Governo central fraco era acompanhado por estados autônomos fortes, com o poder de regular e tributar o comercio interno e externo. Reforço das hierarquias locais existentes – poder das oligarquias. O poder político nacional – centrado em poucos estados – Minas gerais e são Paulo. Descontentamento das oligarquias marginalizadas – eleições presidenciais de 1930 – Vargas. FORMAS DE GOVERNO Estudo dos órgãos do governo, por meio de sua estrutura básica e da maneira que se relacionam Organização recíproca dos diversos órgãos constitucionais do Estado, a participação dos cidadãos, a liberdade política e a unidade ou divisão do poder Como se dá a relação de governantes e governados, organizando o poder ou estabelecendo a diferenciação Referente ao exercício do poder político Processo de criação – Êxito de um Estado leva a cópia por outros Aristóteles A distinção do governo bom para o mal é se o governante visa ao interesse comum ou ao seu próprio interesse Degeneração de uma forma boa, dá lugar a uma ruim, e assim sucessivamente Bom governo Caráter Mau governo Monarquia Unidade Tirania Aristocracia Qualidade Oligarquia Política Liberdade Democracia Nicolau Maquiavel Principado (monarquia) e república (aristocracia e democracia) Afirma que nenhum principado ou república chegaria a sua pior constituição e retornaria a melhor delas, sem que seja subordinado por um país mais organizado Montesquieu República tem uma virtude cívica Monarquia tem honra Despotismo tem medo República e monarquia poderá dar origem Monarquia No Estado Moderno havia necessidades de governos fortes, que não estariam sujeitos a limitações jurídicas Meados do século XVIII surgem as monarquias constitucionais São características fundamentais: Vitaliciedade: o monarca continua governando até morrer; não tem tempo determinado ou limitado Hereditariedade: linha de sucessão do monarca; assume o herdeiro Irresponsabilidade: monarca não deve satisfações ao povo, por adotar determinada atitude política República Busca a afirmação da soberania popular No século XVIII exigia participação do povo no governo, com limitação dos governantes e atribuição de responsabilidade política Houve uma implantação nos EUA No século XIX havia monarquias com limitações constitucionais Características dessa forma de governo: Eletividade: o chefe de governo é eleito pelo povo, não admitindo hereditariedade Temporariedade: Prazo de duração determinado ao governante, com proibição de reeleições sucessivas Responsabilidade: Chefe de governo é responsável politicamente; deve prestar contas para população SISTEMAS DE GOVERNO Forma como o poder político de um país é dividido e exercido, relações entre o legislativo e o executivo Trata da organização dos poderes executivos e legislativos e da distribuição de funções entre eles Parlamentarismo e Presidencialismos Podem existir monarquias ou repúblicas parlamentaristas e repúblicas presidencialistas Parlamentarismo Processo histórico que teve início na Inglaterra Na revolução de 1688, o monarca passou a exercer funções de administração, defesa e política exterior, e o Parlamento cuidava da legislação e da tributação Necessitava existir uma colaboração entre o monarca e o parlamento, por isso o monarca inglês passou a escolher ministros retirados da Câmara para auxiliá-los Elementos que caracterizam o parlamentarismo Distinção entre o chefe de governo e de Estado O chefe de Estado exerce funções de representação do Estado, não participando das decisões políticas e sendo politicamente irresponsável, podendo indicar um Primeiro-Ministro, submisso a aprovação do Parlamento O chefe de governo exerce o poder executivo, estabelecendo a orientação política geral. O primeiro Ministro representa a maioria parlamentar, e sua permanência depende do parlamento Grã-Bretanha tem um caráter bipartidário, ou seja, um único partido detém o maior número de cadeiras do parlamento Se o partido do primeiro ministro permanece no poder, ele continua no cargo, se o partido oposto ganha a maioria do parlamento, possui o dever de escolher entre os seus membros o novo primeiro ministro As responsabilidades do Chefe de Governo É politicamente responsável e não possui um mandato determinado, sendo possível permanecer no cargo enquanto tiver a graça do parlamento ao seu lado Se a política desenvolvida pelo primeiro ministro, for desaprovada por um parlamentar, há a proposição de um voto de desconfiança Sua demissão pode ocorrer por aprovação de voto de desconfiança pelo parlamento Se este voto for aprovado por maioria parlamentar, deve ser demitido, pois contrária a vontade popular que escolheu o parlamento Possibilidades de dissolução do parlamento Extinção do mandato dos membros da Câmara dos comuns antes do prazo normal O primeiro ministro conta com uma pequena maioria e acredita que eleições gerais irão resultar na ampliação dessa maioria O Chefe de Estado dispõe do direito de dissolução do parlamento Tipos de parlamentarismo Parlamentarismo dualista, é o que o chefe de Estado exerce algumas funções políticas Parlamentarismo monista, é aquele cujo chefe de Estado não exerce função política Parlamentarismo bipartidário, possui um regime de gabinete, sendo o sistema monista e com um executivo que representa a maioria do parlamento Parlamentarismo pluripartidário, possui um regime de assembleia, sendo o executivo um delegado do Parlamento e atua de acordo comum com ele Presidencialismo É uma criação americana do século XVIII, que tem como soberania a vontade popular Foi um mecanismo de governo voltado para o impedimento de concentração de poder (princípio dos freios e contrapesos/doutrina da separação dos poderes Existe um presidente, uma assembleia eleita e um poder judiciário que coexistem entre si O presidente da república é chefe do Estado e do Governo Duas atribuições: vínculo moral e representação do Estado e chefia do poder executivo A chefia do executivo é unipessoal Responsabilidade exclusiva para fixar as diretrizes do poder executivo Dispõe de auxiliares diretos para obter conselhos e informações Esse corpo de auxiliares não tem amparo na Constituição e não tem responsabilidade pelas decisões presidenciais, e pode serdemitido a qualquer hora O vice-presidente não possui qualquer tipo de atribuição O presidente é escolhido direta e indiretamente Na maioria dos sistemas derivados do modelo norte-americano consagrou-se a eleição direta pelo povo No Brasil a Emenda Constitucional 25 de 1985, foi adotada eleições diretas para Presidente Na Constituição o voto de cada eleitor tem o mesmo peso e vence o candidato que somar o maior número de votos Presidencialismo de coalizão É um sistema de interações políticas entre membro do executivo, congressistas e líderes partidários, possibilitando que o Presidente organize sua base de apoio paramentar nomeando para os Ministérios políticos, que passam a fazer parte de aliança governamental EUA No início do presidencialismo era proibido a reeleição para períodos imediatos Emenda Constitucional, incorporada na Constituição em 1951, estabeleceu o limite máximo de 2 períodos consecutivos Na maioria dos Estados que adotaram a forma presidencial foi proibida a reeleição para um período imediato O colégio eleitoral tem a competência para eleger o Presidente da República em nome do povo Os cidadãos elegem apenas os representantes do seu estado nesse colégio, que possui tem 538 pessoas Cada estado norte americano, mais o distrito federal está representado no Colégio Eleitoral, conforme a população Estados mais populosos têm mais delegados do que estados menores Exemplos: Califórnia (55 delegados) e Wyoming (3 delegados) Para vencer as eleições o candidatado deve obter a maioria no colégio eleitoral, que no caso é 270 delegados Os representantes de cada estado no Colégio Eleitoral seguem a tendência de seus estados Sistemas winner takes all, no qual o vencedor leva todos os delegados daquele estado, há 40 estados que um determinado partido tem vitória tradicional Exemplos: Califórnia (Democratas) e Texas (Republicanos) Há estados que usam o sistema de distrito como o Maine e Nebraska, nesses estados há dois votos extras para o vencedor no estado Swing States são os estados em que não existe uma vitória linear para nenhum dos dois partidos Exemplos: Iowa, Flórida, Carolina do Norte A vitória pode ser um candidato que não somou o maior número de votos, no entanto em 48 de 52 eleições foi eleito presidente aquele que também teve maior número de votos Presidente da República é escolhido por um prazo determinado A eleição assegura o caráter democrático do governo, e o eleito tem um prazo de governo fixo predeterminado A permanência indefinidamente no cargo significaria uma forma de monarquia coletiva O presidente tem poder de veto Princípio da separação dos poderes Poder Legislativo (Câmara e Senado) O presidente tem possiblidade de interferir no processo legislativo por meio do veto Os projetos aprovados pelo legislativo são enviados ao Presidente para receberem sanção (manifestação de concordância) Veto presidencial (projeto inconstitucional e inconvenientes) Nega sanção Comunicação do veto ao legislativo Apreciar o veto presidencial – votação especial O projeto pode ser rejeitado com a aprovação do veto ou pode ser aprovado se houver rejeição do veto contra o desejo expresso do chefe do executivo Condições de elegibilidade no Brasil Ser brasileiro nato (art.12, §3°, I) Estar no pleno exercício dos direitos políticos Alistamento eleitoral Domicílio eleitoral na circunscrição Filiação partidária Idade mínima de 35 anos Não ser inalistável, nem analfabeto Não ser inelegível nos termos do art. 14 Eleição do Presidente (Art. 77) Data de eleição é prevista, em primeiro turno para o primeiro domingo do mês de outubro, e no último caso vá para segundo turno Para o candidato ganhar em primeiro turno deve obter maioria absoluta de votos, não computados brancos e nulos Em segundo turno ganha o candidato que obtiver maior número de votos válidos Caso ocorra morte, desistência ou impedimento legal de candidato, havendo necessidade de segundo turno, será convocado dentre os remanescentes, o de maior votação O mandato do presidente Será de 4 anos, tendo início em 1° de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição (art.82) É permitido a reeleição para um único período subsequente dos chefes do executivo e quem os houver sucedido ou substituído no curso do mandato (EC n. 16/97) Competências privativas do presidente (Art. 84) Chefe de Estado (representa a República Federativa do Brasil) Chefe de Governo (prática de atos de administração e de natureza política) Impedimento e vacância do cargo de Presidente (Art.79) Substituíra o presidente, no caso de impedimento, e o vice o irá suceder Substituição é um impedimento que tem caráter temporário (exemplo: doença, férias etc.) Sucessão é uma vacância que provoca impossibilidade definitiva (exemplo: cassação, renúncia ou morte) Crimes de responsabilidade (art. 85) Infrações político-administrativas provocam processo de impeachment Atos do presidente que atentarem contra a CF serão considerados crimes de responsabilidade A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos Procedimentos Bifásico Fase inicial, denominada juízo de admissibilidade do processo na Câmara dos deputados, que devem votar por maioria qualificada de 2/3 para autorizar a instauração do processo Fase final, em que ocorrerá o processo propriamente dito e o julgamento no Senado federal, que deve haver 2/3 de votos Há a condenação à perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer função pública por 8 anos, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis (art. 52) Crimes comuns (Lei n.8038/90) No caso todas as modalidades de infrações penais Crime comum relacionado a função, com a Câmara dos deputados autorizando ou não o recebimento de denúncia pelo STF, por meio do voto de 2/3 de seus membros e julgamento perante o STF Crime comum não relacionado com a função, garante imunidade até o fim do mandato. Durante seu mandato o presidente não é responsável (art.84) O presidente só poderá ser preso depois que sobrevier sentença penal condenatória REGIMES POLÍTICOS Modo efetivo do exercício do poder num determinado Estado É o modo efetivo de exercício do poder num determinado Estado Conjunto das instituições que regulam A luta pelo poder e o seu exercício A prática dos valores em que se fundamentam As instituições são estrutura orgânicas do poder político Escolhem a classe dirigente e atribui a cada um dos indivíduos empenhados na luta política um papel determinado São normas e procedimentos que garantem a repetição constante de determinados comportamentos O que torna possível o desenvolvimento regular e ordenado da luta pelo poder, do exercício deste e das atividades sociais a ele vinculadas As diferenças entre os vários tipos de regimes estão relacionadas aos diversos modos de conquista e manutenção do poder, que dependem das condições sociais e políticas da luta por esse poder As mudanças nas formas de regime derivam, portanto, das transformações ocorridas nas condições internas e internacionais de luta política A escolha de um regime indica a escolha de determinados valores e resulta na escolha de uma política fundamental, com manifestações históricas diferentes O regime político adotado por um Estado não deve ser confundido com sua forma de Estado ou com o seu sistema de governo Classificação Democracia e ditadura Cidadania e democracia participativa Democracia liberal e republicanismo Burdeau Monocracia autoritária X popular Governos deliberativos Governos monocráticos A totalidade do poder está concentrada em um só órgão que não reconhece nem tolera oposição, e que em nome de uma ideologia, pretende reorganizar completamente a sociedade, mesmo que faça uso da força Monocracia autoritária é quando o exercício é feito por um indivíduo, que o conquistou por golpe de Estado ou revolução (monarquias absolutas, ditaduras) Monocracia popular, é quando a totalidade da força política reside oficialmente, ouseja, de acordo com o Direito constitucional vigente, em único partido Democracias governantes do poder fechado (populares) Teoricamente o povo, por meio de um partido único, governa quase diretamente e por isso toda a oposição é uma traição aos interesses do povo e uma tentativa reacionária de contrariar sua vontade soberana Governos deliberativos São aqueles onde existe oposição, garantida pela constituição e por isso todas as decisões são tomadas após deliberação e discussão, sendo quase sempre o resultado de um entendimento entre a maioria e a minoria São os regimes em que as minorias têm liberdade de propaganda de suas ideias e podem tornar-se maioria Governos deliberativos é uma democracia de poder aberto oi pluralistas O poder legislativo e o executivo, são formados pelos representantes de vários partidos políticos, e nas quais o objetivo é o aperfeiçoamento gradual da organização social por meio de reformas sucessivas e não de revolução Democracia e ditadura O conceito de democracia apresenta diversos usos e debates ao longo do tempo e segundo os diversos autores Uso descritivo ou sistemático é a classificação e tipologia das formas de governo que historicamente existiam, segundo aquilo que as une e que as diferencia Uso prescritivo ou axiológico é a utilização de juízos de valor organizados segundo uma ordem de preferência; uma forma de governo pode ser considerada boa ou má Uso histórico é descrever os vários momentos sucessivos de desenvolvimento histórico considerado como uma passagem obrigatória de uma forma a outra Uso prescritivo e o uso histórico são ligados como acontece com frequência, a descrição das diversas fases históricas resolve-se numa teoria do progresso ou do regresso, conforme esteja a forma melhor no final, ou no princípio do ciclo Uso descritivo da democracia No sentindo clássico a classificação era feita por meio do número de governantes (Aristóteles dividia em Monarquia, Aristocracia e democracia) Na teoria política contemporânea existe uma distinção entre a democracia e a autocracia Kelsen classifica fundamentando no critério de número Democracia é a forma de governo na qual as leis são feitas e se aplicam, sendo necessariamente normas autônomas Autocracia é uma forma de governo que fazem as leis diferente daqueles para quem são destinadas, sendo precisamente heteronômica Uso prescritivo ou axiológico Colocação num ordenamento axiológico (isto é, segundo o valor) das constituições Juízos de valor, são juízos sobre a bondade ou não desta ou daquela forma e juízo sobre o maior ou menor bondade de uma forma com respeito às outras Aristóteles usa de um critério de governar para o bem comum ou para o próprio bem (a forma boa, politeia e a forma má, democracia) Políbio Na forma boa, o povo chama para si o cuidado para o interesse político Como forma má, a multidão habituada a consumir os bens alheios e a viver as custas do próximo usa a violência Uso histórico da democracia Filosofias da história Regressiva no qual a etapa sucessiva é uma degeneração do precedente Progressiva que é uma etapa sucessiva que leva um aperfeiçoamento do precedente As cíclicas após ter percorrido um sentido regressivo ou progressivo, todas as etapas retornam ao princípio Usada como um mecanismo de análise de interpretação histórica Chamam de república, o governo representativo, forma de governo que hoje chamamos de democracia e contrapomos a todas as formas velhas e novas de autocracia A democracia dos modernos é pluralista, vive sobre a existência, a multiplicidade e a vivacidade das sociedades médias e seus membros de se associarem entre sim com o objetivo de promover o bem público Características fundamentais na democracia americana: o princípio da soberania do povo e o fenômeno da associação Convencimento de que nos grandes Estados não é possível outra democracia senão a representativa A democracia representativa é uma inevitável adaptação do princípio da soberania popular às necessidades dos grandes Estados Democracia representativa e direta Após a 1° guerra mundial, a história da democracia vai coincidir com a afirmação dos Estados representativos na Europa Processo de democratização do Estado representativo Alargamento do direito de voto até o sufrágio universal masculino e feminino Desenvolvimento do associacionismo político até a formação dos partidos de massa e o reconhecimento de suas funções políticas Democracia direta passa cada vez mais se torna secundária dentro da representativa Democracia representativa é vista pelos simpatizantes da democracia socialista como uma forma imperfeita Democracia política e democracia social Democracia na esfera política no qual o indivíduo é considerado cidadão Democracia na esfera social no qual o indivíduo é considerado na multiplicidade de seus status Ocupação de espaços até então dominados por organização de tipo hierárquico ou burocrático Na democratização da sociedade é possível existir um Estado democrático em uma sociedade na qual as maiores das instituições não são governadas democraticamente A esfera política mais ampla, possui direito de participação política, não existindo decisão política que não esteja condicionada por aquilo que acontece na sociedade Democracia formal e democracia substancial Distinguir formalmente e conceituadamente um regime democrático de um regime não democrático Valor – igualdade jurídica (constituições liberais) mas também a igualdade social e econômica. Democracia formal: forma de governo; Democracia substancial: conteúdo da forma de governo; Pode ocorrer historicamente uma democracia formal que não consiga manter as principais promessas contidas num programa de democracia substancial. Pode ocorrer uma democracia substancial que se sustente e se desenvolva através do exercício não democrático do poder. A democracia perfeita deveria ser ao mesmo tempo formal e substancial. Democracia – Autocracia – Ditadura Uso atual do termo “ditadura” no sentido de “autocracia”. Costume de chamar de “ditaduras” a todos os governos que não são democracias. Após a primeira guerra mundial (debate sobre a forma de governo instaurada na Rússia pelos bolcheviques, que se alimentou de várias interpretações do conceito marxista de ditadura do proletariado, quando através do uso feito pelos adversários do termo “ditadura” para designar os regimes fascistas, a começar do italiano. Significado predominantemente negativo, que na filosofia clássica era próprio de termos como “tirania”, “despotismo” e, mais recentemente, “autocria”. Ditadura dos Antigos Conotação positiva. Justificada pelo estado de necessidade, temporária, uso do poder executivo, plenos poderes com respeito a extensão do comando. Roma – Ditador - magistrado extraordinário (500 a.C. – III século a a.C.) nomeado por um dos cônsules em circunstâncias excepcionais. Condução de uma guerra ou vencer uma rebelião. Poderes extraordinários em decorrência da excepcionalidade da situação. Nomeado apenas para a duração do dever extraordinário. Período não maior do que seis meses e não maior do que a permanência em cargo do cônsul que o havia nomeado. Legítimo, pois sua instituição era prevista pela constituição e o seu poder justificado pelo estado de necessidade. Tirania – Despotismo – Ditadura Todas estas três formas têm em comum a monocraticidade e a absoluticidade do poder. O tirano é monocrático, exerce um poder absoluto, mas não é legítimo e nem mesmo é necessariamente temporâneo. O déspota é monocrático, exerce um poder absoluto, é legítimo, mas não temporâneo. Tirania e ditadura se diferenciam porque a segunda é legítima e a primeira não. Despotismo e ditadura se diferenciam porque, embora sendo ambas legítimas, o fundamento de legitimidade do primeiro é de natureza histórico-geográfica, da segunda é o estado de necessidade. A ditadura se diferencia tanto da tirania quanto do despotismo em razão da temporariedade. Ditadura Moderna Carl Schmidt Ditadura clássica – ou “comissária” (desempenhao próprio dever extraordinário nos limites da “comissão” recebida). Investido do próprio poder pela constituição – um poder constituído. Limitado a função executiva. Ditadura dos tempos modernos ou revolucionária – “soberana” – recebe o próprio poder de um auto investidura ou de uma investidura simbolicamente – mas só simbolicamente – popular, e assume um poder constituinte. Estende a função legislativa e inclusive a constituinte.
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