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APOSTILA LID MOD2 corrigido

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Lógica e Interpretação 
de Dados 
Professor-Autor 
Valter Pedro Batista 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Coordenadoria de Educação a Distância 
Coordenador: Edgar Yukio Ishibashi 
Web designers: Viviane Vicente dos Santos e Sara Azevedo Benedicto 
Analista EaD: Erionaldo Teixeira 
Auxiliar EaD: Felipe Grande 
 
Equipe de Apoio 
Designer Instrucional: Viviane Vicente dos Santos 
Designer Gráfico e Ilustração: Viviane Vicente dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientações 
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 MÓDULO II – AULA WEB – A LÓGICA 
“Intellectum Valde Ama” 
“Ama muito a inteligência” 
(Santo Agostinho) 
 
Um arquiteto aprende uma arte: A arte de construir bem os 
edifícios. 
O Homem que deseja pensar deverá aprender uma arte: a 
arte de construir bem seus pensamentos. 
E é disto que se ocupa a LÓGICA: a construção de 
pensamentos! 
 
1) O OBJETO DA LÓGICA 
 
Devemos distinguir os objetos da Lógica entre material e formal. 
 
 
a) OBJETO MATERIAL (que é aquilo que estuda a Lógica). 
A Lógica estuda os pensamentos: Em especial os pensamentos científicos. 
 
b) OBJETO FORMAL: (aspecto sob o qual estudamos o objeto material). 
No objeto formal: A Lógica estuda a “ESTRUTURA” do pensamento e, as formas 
gerais do pensamento. 
 
O que vem a ser estrutura e a forma do pensamento? 
 
Preste muita atenção... 
Sabemos que a estrutura de um edifício pode estar formada de materiais 
diversos. 
 
No pensamento seguinte, ocorre algo muito parecido. Vejamos: 
 
- Querer é poder. 
- Madri é a capital da Espanha. 
- Este animal é um mamífero. 
 
Todos são pensamentos sobre “Matéria” muito diferentes, porém todos 
apresentam a mesma forma, ou seja: A é B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos outros exemplos: 
 
 Os vaidosos são sempre pouco inteligentes. 
 Teus amigos são vaidosos. 
 Logo, Teus amigos são pouco inteligentes. 
Os rios levam água de doce. 
 
O Uruguai é um rio. 
 
Logo, o Uruguai leva água doce. 
 
 
Nos exemplos citados há pensamentos sobre matérias muito distintas, porém a 
estrutura ou a forma é: 
 
A é B 
C é A 
C é B 
 
Todos os homens são Mortais 
 A B 
 
João é homem 
 C A 
 
Logo, João é Mortal. 
 C B 
 
 
Concluindo: 
A Lógica se ocupa de estudar as FORMAS DO PENSAMENTO. Porém, seus 
conteúdos são estudos de diversas ciências. Nos exemplos acima, por exemplo: a 
Psicologia e a Hidrografia... 
 
 
2) RELAÇÃO DE LÓGICA COM OUTRAS CIÊNCIAS. 
 
Toda ciência distingue-se das outras, essencialmente, pelo seu objeto formal. 
Se relacionarmos a Lógica com outras ciências; Psicologia, crítica, gramática, 
reparamos que todas têm o mesmo objeto MATERIAL: O pensamento. 
 
 
 
 
 
Porém, diferem pelo seu objeto formal, já que: 
 
 A PSICOLOGIA: Estuda o pensamento como produto da ação vital própria do 
homem. Sendo que o objetivo material da Psicologia (Pensamento) é desta forma 
mais amplo. 
 
 A CRÍTICA: Estuda a possibilidade, validez e alcance do pensamento. (Obs.: a 
crítica é conhecida também por: Epistemologia, Gnosiologia, teoria do 
conhecimento). 
 
 A GRAMÁTICA: A expressão VERBAL do pensamento. 
 
 
 
 
3. DEFINIÇÃO DE LÓGICA 
 
Lógica vem do grego “LOGOS” que significa: palavra, tratado, razão, etc. 
Podemos, pois, definir a Lógica: 
“É o estudo das formas gerais de nosso pensamento”. 
 (Lógica como Ciência). 
“Conjunto de normas para pensar retamente”. 
 (Lógica como Arte). 
 
Outras definições: 
 
“A Ciência da demonstração”. (Aristóteles) 
 
“Arte de Discernir o verdadeiro do falso”. (Cícero) 
 
“Regra para direção da razão”. (René Descartes) 
 
 
 
 
 
“É uma ciência que nos ensina a pensar bem”. (Bossuet) 
 
“Considero como Arte: O conjunto de regras que dirigem nosso pensamento”... 
(Mercier) 
 
 
 
 
 
O que é Lógica: 
Lógica é um substantivo feminino com origem no termo 
grego logiké, relacionado com o logos, razão, 
palavra ou discurso, que significa a ciência do raciocínio. 
Em sentido figurado, a palavra lógica está relacionada 
com uma maneira específica de raciocinar, de forma 
acertada. Por exemplo: Isso nunca vai funcionar! O teu 
plano não tem lógica nenhuma! 
 
 
 
Lógica aristotélica 
De acordo com Aristóteles, a lógica tem como objeto de estudo o pensamento, 
assim como as leis e regras que o controlam, para que esse pensamento seja 
correto. Para o filósofo grego, os elementos constituintes da lógica são o 
conceito, juízo e raciocínio. As leis da lógica correspondem às ligações e relações 
que existem entre esses elementos. 
Alguns sucessores de Aristóteles foram responsáveis pelos fundamentos da lógica 
medieval, que perdurou até o século XIII. Pensadores medievais como Galeno, 
Porfírio e Alexandre de Afrodisia classificavam a lógica como a ciência de julgar 
corretamente, que possibilita alcançar raciocínios corretos e formalmente válidos. 
 
Lógica de programação 
A lógica de programação é a linguagem usada para criar um programa de 
computador. A lógica de programação é essencial para desenvolver programas e 
sistemas informáticos, pois ela defina o encadeamento lógico para esse 
desenvolvimento. Os passos para esse desenvolvimento são conhecidos como 
 
 
 
 
 
 
 
 
algoritmo, que consiste em uma sequência lógica de instruções para que a função 
seja executada. 
 
Lógica de argumentação 
A lógica de argumentação permite verificar a validade ou se um enunciado é 
verdadeiro ou não. Não é feito com conceitos relativos nem subjetivos. São 
proposições tangíveis cuja validade pode ser verificada. Neste caso, a lógica tem 
como objetivo avaliar a forma das proposições e não o conteúdo. Os silogismos 
(compostos por duas premissas e uma conclusão) são um exemplo de lógica de 
argumentação. Por exemplo: 
O Fubá é um cachorro. 
Todos os cachorros são mamíferos. 
Logo, o Fubá é um mamífero. 
 
 
Lógica matemática 
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou 
forma. A lógica matemática consiste em um sistema dedutivo de enunciados que 
tem como objetivo criar um grupo de leis e regras para determinar a validade dos 
raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é possível alcançar uma 
conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras. 
A lógica matemática também é usada para edificar raciocínios válidos mediante 
outros raciocínios. Os raciocínios podem ser dedutivos (a conclusão é obtida 
obrigatoriamente a partir da verdade das premissas) e indutivos (probabilísticos). 
A lógica formal pode ser dividida em dois grupos: lógica proposicional e lógica de 
predicados. 
Leibniz é visto por muitos como a mente que iniciou o conceito de lógica formal ou 
matemática, que aborda as questões centrais da matemática. No entanto, só depois 
de 1890, com Peano, começou a interrogação a respeito da consistência de 
axiomas. Alguns importantes princípios da lógica formal se encontram na obra The 
Mathematical Analysis of Logic (Análise Matemática da Lógica), da autoriade 
George Boole (autor da lógica ou álgebra de Boole). 
 
 
 
 
 
Lógica proposicional 
A lógica proposicional é uma área da lógica que examina os raciocínios de acordo 
com as relações entre orações (proposições), as unidades mínimas do discurso, que 
podem ser verdadeiras ou falsas. 
Fonte: http://www.significados.com.br/logica/ 
 
 
Perceba que ao estudar os tipos de lógicas, vemos que todas elas apontam a 
construção do pensamento como o núcleo de sua atenção. E é nisso que você 
também deverá focar. 
 
4) DIVISÃO DA LÓGICA 
 
Segundo Jolivet (1963), a Lógica pretende fornecer as condições para que as 
operações intelectuais possam ser corretas. Assim, essas condições poderão ser 
reunidas em duas categorias. Já tratamos disso, guardando as devidas proporções, 
quando iniciamos esse módulo. 
 
a) Lógica Menor ou Lógica Formal – é a parte que trata da forma correta dos 
pensamentos, ou seja, ela procede de modo tal a permitir a correção dos processos 
intelectivos para que haja o ajustamento do pensamento consigo mesmo. Donde, 
iremos abordar as 03 operações do espírito: 
a simples apreensão – formação do conceito/ideia das coisas, o juízo – formação 
das proposições/juízos, e, o raciocínio – formação das argumentações. 
 
b) Lógica Maior ou Lógica Material — É a parte que trata da matéria, ou seja, do 
conteúdo sobre o qual o pensamento se debruça. Assim, temos na análise da 
matéria, os modos variados de percepção da realidade no que tange os métodos 
das matemáticas, da física, da biologia, da psicologia, da teologia, bem como das 
demais ramificações científicas. Aqui cabe indicarmos, inclusive, que no estudo das 
condições de certeza, podemos avançar na compreensão do que sejam as falácias, 
comumente presentes no modo como conduzimos nossa percepção da realidade – 
 
 
 
 
sobre as Falácias, você terá a oportunidade de melhor estudá-las no Módulo IV 
desse curso. 
 
Na sequência você estudará: 
1. Simples Apreensão, ou seja, conceber uma ideia, formar o conceito. 
2. O Juízo, isto é, a afirmação ou negação uma relação entre dois 
conceitos/ideias, formando a proposição. 
3. O Raciocínio, isto é, partindo de proposições conhecidas, emitir outras, que 
sejam decorrentes dessas necessariamente. 
 
 
 5. O CONCEITO 
 
“Uma Ideia é como um meteoro” 
(Victor Hugo) 
 
O elemento mais simples que compõe nosso pensamento é o conceito ou a ideia. 
 
1. Conhecimento sensível e conhecimento intelectual 
 
No homem há duas faculdades de conhecimento: 
 
a) Os sentidos – tato, visão, olfato, paladar e visão - (Conhecimento Sensível). 
b) O Entendimento (Conhecimento Intelectual) 
 
Há uma grande diferença entre o modo de conhecer através dos sentidos e, o 
modo de conhecer pelo entendimento. Tomemos o exemplo do relógio. 
 
1.1 Os Sentidos 
 
Visão, audição, tato... do relógio que está diante de mim. 
 
 
 
 
 
Desse objeto, formamos uma imagem (no caso “a imagem de relógio”). 
Esta Imagem é: 
 
- Concreta: Pois inclui todos os caracteres próprios e peculiaríssimos do objeto 
conhecido, tal como: a cor, a forma, o tamanho... 
- Singular: já que tal imagem é só desse relógio e, de nenhum outro. 
 
Resumindo: Nosso conhecimento sensível nós dá a Imagem sensível, concreta e 
singular do objeto. 
 
1.2 O Entendimento 
 
Aquilo que é conhecimento, não é apenas a imagem e, sim a ideia e o conceito. 
Desta forma surge em minha mente a representação intelectual de relógio (Não 
“deste” relógio, como ocorre no conhecimento sensível). 
 
Este conceito é: 
 
- Abstrato: Pois representa o objeto prescindindo das suas ideias singulares 
(Representa-me o relógio, prescindindo de que tenha tal cor e/ou tal forma...) 
 
- Universal: Já que o conceito convém não a um só objeto, mas a muitos objetos 
(Em nosso caso, não apenas a este relógio e, sim a todos os relógios que existem 
ou possam existir). 
 
Pode-se concluir que um conceito é universal quando nos dá uma representação 
intelectual “abstrata e universal” de um objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo que você acabou de ler, podemos definir desta forma: 
 
“O conceito é a Representação intelectual de um objeto”. 
 
 
Voltemos a tratar do CONCEITO 
 
Todo conceito é abstrato e, pelo fato de ser abstrato, é também universal. 
Para esclarecimento eis algumas dicas: 
 
a) Podemos ter conceitos não somente de coisas (relógios, árvores, homens, 
etc.), mas também das qualidades (branco, alto...) de relações, valores, etc. 
 
b) Os conceitos podem ser: mais ou menos universais. Por exemplo: O conceito 
relógio é mais universal que o conceito “relógio na parede”. 
O ato psicológico pelo qual conhecemos ou formamos um conceito recebe o 
nome de “SIMPLES APREESÃO INTELECTUAL”. 
A simples apreensão intelectual é: “o ato pelo qual o entendimento nos apresenta 
um objeto sem afirmar ou negar algo dele”. 
Diz-se que é “simples”, precisamente por esta condição de nada afirmar, nem 
nada negar do objeto concebido. É por esta razão, que o “conceito” não é nem 
verdadeiro nem falso, pois só cabe verdade ou falsidade, quando afirmarmos ou 
negarmos algo como certo ou errado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Algumas diferenças: 
 
Se você compreender bem o que é “conceito”, será fácil distingui-lo dos sentidos. 
No exemplo citado – relógio, temos: 
 
1.1 O percebido – Um objeto captado pelos sentidos: este relógio em concreto. 
1.2 O imaginado – Uma representação imaginária. Exemplo: um relógio que eu 
posso imaginar. 
1.3 O recordado – a reprodução mental de algo passado. Exemplo: certo relógio 
que vi numa relojoaria. 
 
Resumindo: tanto o sentido, percebido, o imaginado como o recordado são graus 
de conhecimento sensível, isto é, algo concreto, singular e universal. 
 2. Compreensão e extensão dos conceitos 
2.1 a compreensão: é o conjunto de notas que constituem o conceito. Exemplo 
homem-animal-racional. 
“Animal e racional” – são as duas notas que constituem o conceito de homem. 
“Linha” - sucessão de pontos. 
“Quadrado” - polígono de quatro lados iguais. 
 
2.2 a extensão: é o número e classe de indivíduos aos quais se podem aplicar o 
conceito. Exemplo: Vertebrados, aplica-se aos – mamíferos, aves, répteis, peixes, 
anfíbios,... 
Leão - somente se aplica a um determinado grupo de indivíduos. 
 
2.3 Regras da compreensão e extensão dos conceitos. 
 
A compreensão e extensão de um conceito estão em razão inversa. 
Quer dizer que: 
Quanto maior a compreensão – menor a extensão 
Quanto maior a extensão - menor a compreensão 
 
 
 
 
Exemplos: Se aumentarmos a compreensão do conceito “homem”, dizendo 
“homem europeu”, diminui a extensão, pois já não se pode aplicar a todos os 
homens, mas somente aos da Europa. 
Na compreensão e extensão dos conceitos existem casos limites. 
a) O conceito “SER” tem a compreensão um (O SER), e extensão infinita. 
 
b) No conceito “Casemiro Perez” a compreensão é ampla e a extensão reduzida a 
um indivíduo. 
 
 
Régis Jolivet (1963) ajuda você a avançar no estudo 
da COMPREENSÃO Ε EXTENSÃO DOS CONCEITOS 
Pode-se considerar uma ideia, e assim também um termo, 
do ponto de vista da compreensão e do ponto de vista da 
extensão. Esta distinção é de importância capital para toda 
a lógica formal. 
 
 
1. A compreensão é o conteúdo de uma ideia, isto é, o conjunto de 
elementos de que uma ideia se compõe. Assim, a compreensão da ideia de 
homem implica os elementos seguintes: ser, vivente, sensível, racional.2. A extensão é o conjunto de sujeitos a que a ideia convém. É assim 
que ideia do homem convém aos canadenses, aos franceses, aos negros, aos 
brancos, a Pedro, a Tiago etc. 
 
3. Relação da compreensão e da extensão. 
a) A compreensão de uma ideia está na razão inversa de sua extensão. A ideia 
de ser, que é a menos rica de todas, é também a mais universal; a ideia de 
homem, implicando elementos mais numerosos, não se aplica senão a uma parte 
dos seres; a ideia de francês, que acrescenta à ideia de homem novos elementos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
é ainda mais restrita; enfim, a ideia, de tal indivíduo Pedro, Paulo, de que a 
compreensão é a mais rica, é também a mais limitada quanto à extensão. 
 
b) O gênero e a espécie. É assim possível ordenar as ideias, portanto, os seres 
que elas representam, segundo uma hierarquia baseada em sua extensão. A 
ideia superior em extensão se chama gênero em relação à ideia inferior, e 
esta espécie em relação à primeira. Em princípio, chama-se gênero toda ideia que 
contém em si outras ideias gerais (animal em relação a homem, pássaro, peixe 
etc), e espécie toda ideia que não contém senão indivíduos. 
 
Fonte: http://www.consciencia.org/cursofilosofiajolivet3.shtml 
 
 3. Divisão dos conceitos 
 
3.1 Por sua extensão os conceitos podem ser divididos em: 
 
a) Singulares – expressam um só indivíduo (mesa, Pedro...). 
 
b) Particulares – quando expressam vários indivíduos de forma restringida, 
indeterminada. Exemplo: Algum homem, vários alunos, etc. 
 
c) Universais – quando expressam TODOS e CADA UM dos indivíduos sem 
restrição. Por Exemplo: Homem, Pássaro, etc. 
 
3.2 Por sua compreensão um conceito pode ser: 
 
a) Simples – Se expressar uma só essência – Exemplo: Homem. 
 
b) Composto – Se compreender várias essências – Exemplo: Homem branco 
 
 
 
 
 
 
 4. Propriedades dos conceitos 
 
São fundamentalmente duas: 
 
a) Universalidade – Propriedade, pela qual o conceito se realiza numa pluralidade 
de indivíduos – Exemplo: O conceito “relógio” se realiza em todos os relógios, 
sejam grandes, pequenos, da parede, de pulso, etc. Assim, ao realizar-se o 
conceito numa pluralidade de indivíduos, pode-se afirmar e ou negar de cada um 
deles em particular. 
 
b) Predicabilidade – Propriedade, pela qual o conceito pode predicar-se de cada 
um dos indivíduos em que se realiza. 
Há diversos tipos ou maneiras de predicabilidade. 
De João, pode-se dizer, por exemplo, que é: homem, animal, racional, capaz de 
rir. 
Evidentemente, estes quatros conceitos não os atribuímos da mesma forma a 
“João”. Nisto consiste a distinção dos chamados PREDICADOS. 
 
 5. Os predicados 
O que são? 
Os predicados, ou também chamados modos de atribuição, são cinco: ESPÉCIE, 
GÊNERO, DIFERENÇA ESPECÍFICA, PROPRIEDADE E ACIDENTE. 
 
Efetivamente que podemos predicar um conceito. 
Você pode predicar um sujeito afirmando algo essencial desse sujeito, isto é, algo 
que se suprimisse, esse sujeito deixaria de ser o que é. 
 Exemplo – Afirmar de João que é racional, ou dizer que é muito gordo. 
 
5.1 Se o predicado é algo essencial, temos três modos de atribuição, a saber: 
 
a) A Espécie – se predico um conceito que representa a essência total do sujeito. 
 
 
 
 
 Exemplo – João é homem. 
 
b) Gênero – quando se predica um conceito que representa uma parte da 
essência, comum a outras espécies. 
Exemplo: João é animal (animal também se pode predicar de outras espécies). 
 
c) Diferença Específica – se se predicar um conceito que represente a parte da 
essência, que diferencia essa espécie das demais do mesmo gênero. 
 Exemplo: João é um ser racional – racional é justamente o que diferencia o 
homem dos demais animais. 
 
Observação – Como se pode ver – Gênero + 
Espécie + Diferença Especifica, são os três 
predicados essenciais. 
 
 
 
5.2 Se o que se predica for algo acidental, têm-se dois modos de atribuição ou 
dois predicados não essenciais. 
 
a) Propriedade (ou próprio) - quando se predica uma qualidade que não sendo 
essencial, é necessária à espécie, porque sem ser essencial, surge da própria 
essência. 
Exemplo: João é capaz de rir. 
A “risibilidade” não é algo essencial do homem, porém é algo de que todo homem 
possui necessidade. 
É importante distinguir “essencial” e “necessário”. 
Pode se dizer que essencial é aquilo pelo qual um ser é o que é. E necessário é 
tudo aquilo que não pode deixar de ser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olhe que interessante o que resulta daí: 
Todo o essencial é necessário, mas nem 
todo o necessário é sempre essencial. 
 
 
b) Acidente – O acidente resulta da atribuição de uma qualidade a um sujeito, que 
não lhe é essencial nem necessária – Exemplo: João é uma pessoa muito gorda. 
(Mas poderia ser magra) 
 
Em Resumo, podemos definir da seguinte forma os predicados: 
 
- Espécie – Chama-se espécie, a todo conceito universal que predica duma coisa 
a sua “essência total”. 
 
 - Gênero – Chama-se de gênero, a todo conceito universal que predica de uma 
coisa, uma parte de sua essência comum com outras espécies. 
 
- Diferença especifica – chama-se de diferença especifica, a todo conceito 
universal que predica de uma coisa, uma parte de sua essência, que a diferencia 
das demais espécies do mesmo gênero. 
 
- Próprio – Chama-se de Próprio, a todo conceito universal que predica de uma 
coisa uma qualidade “não essencial nem necessária”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É de grande importância que você leve em consideração o seguinte. 
 
a) O gênero, a diferença específica, o próprio e o acidente se dizem em referência 
a espécie. Exemplo: Ser muito gordo é um acidente porque o homem (espécie) 
não é nem necessariamente gordo. 
b) A diferença especifica resulta em muitas ocasiões ser difícil distingui-la, e, em 
muitos casos é praticamente impossível de encontrá-la. Os demais predicados se 
distinguem com bastante facilidade. 
c) Convém distinguir duas classes de propriedades: 
 - A propriedade Genérica: Que convém a toda espécie do gênero; 
 - A propriedade Específica: Que convém apenas a uma só espécie do 
gênero. 
 Eis um exemplo para esclarecer o que você estudou até aqui sobre os 
predicados. 
 De uma figura geométrica se pode dizer: 
Isto é um triângulo = espécie 
Ou polígono = gênero 
De três lados = diferença específica 
Seus ângulos somam 180º = próprio 
Desenho com giz = acidente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Árvore lógica 
É certo que você já ouviu falar em árvore genealógica, não é mesmo? 
Pois é certas pessoas costumam fazer sua árvore genealógica para provar sua 
descendência direta. 
 Aos conceitos também se lhes acostuma a agrupar em árvores genealógicas, 
mas; quais os seus antepassados? 
Estes são precisamente os conceitos de menor extensão – porém de maior 
compreensão: um sobrenome a mais, que deles se deriva. 
 Árvore lógica é um conjunto de conceitos articulados entre si, segundo a sua 
compreensão e extensão. 
 A Árvore Lógica mais conhecida é a de Porfírio, filósofo neoplatônico, do século 
III D.C. 
 Do Gênero Supremo a sua substância, Porfírio chega, através dos gêneros 
subalternos ou intermediários até a espécie Homem. 
 Na estrutura de uma Árvore Lógica, os conceitos podem ser entre si: 
a) Subordinados: Homem subordina-se a animal, já que o gênero inclui em si a 
espécie.Um conceito se subordina a outro, se se incluir dentro da sua extensão; 
b) Coordenados: Animal racional e animal irracional subordinado a outro - terceiro 
- conceito. 
 
7. O termo 
 
Definição: Termo é a expressão verbal de um conceito. 
Classes: Oral ou escrito. 
O Termo é sinal do conceito: o fundamento do Termo é ser conceito. 
Sinal é tudo aquilo que representa algo distinto de si. 
Exemplo: O pranto é sinal da dor; o resplendor é sinal de fogo. 
 
 
 
 
 
Os sinais podem se dividir em: 
 
a) Sinais Naturais: Nos quais a relação do sinal com o objeto significado resulta 
da natureza mesma do sinal. 
Exemplo: O pranto é sinal de dor; o retrato é sinal da pessoa retratada. 
 
b) Sinais Artificiais (Convencionais): Nos quais a relação do sinal com o objeto 
significado é convencional. 
Exemplo: Os símbolos matemáticos; os símbolos nacionais, como a bandeira, as 
cores dos semáforos de trânsito. 
O termo é sinal artificial dos conceitos, porque a linguagem já é em si algo 
convencional. Para compreendê-lo basta fazer uma comparação entre as muitas 
espécies de idiomas que existem no mundo. 
O conceito é, por sua vez, o sinal natural do objeto. No conceito “relógio”, 
representamos intelectualmente o objeto relógico, isto é, a sua própria natureza 
ou essência. 
 
Lembre-se, pois, que: O TERMO É SINAL 
CONVENCIONAL DO CONCEITO, SENDO QUE 
CONCEITO É O SINAL NATURAL DO OBJETO. 
 
 
8. Divisão dos termos 
Perceba que conforme você faz uso das palavras/termos, você pode entendê-las 
como: 
a) Simples: Quando constam de uma só palavra: relógio; 
 
b) Compostos: Quando de várias palavras: relógio de ouro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Momento de Reflexão - A FORÇA DAS IDEIAS. 
“Uma coleção de baionetas não podem deter uma ideia”. (Stendhal) 
“Resiste-se à invasão dos exércitos, mas não à das ideias”. (Victor Hugo) 
“As ideias movem o mundo, porém, não antes de se transformarem em 
sentimentos”. (Gustavo Le Bom) 
“Procurando as palavras encontramos as ideias”. (Joseph Joubert) 
“UM IDEAL EM SUA VIDA quer dizer, uma ideia força que te guia pela vida. 
Porém... o ideal está em ti: O obstáculo para seu cumprimento também se 
encontra em ti”. (Carlyle) 
“O ideal não se refuta...” (Nietzsche). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
A Lógica se ocupa da construção de pensamentos, devemos distinguir os objetos da Lógica entre 
material, que é aquilo que estuda a Lógica, e formal, aspecto sob o qual estudamos o objeto material. 
Baseados nessa estrutura temos uma forma básica de matérias distintas com o seguinte formato: 
 
Seguindo essa estrutura qual das alternativas abaixo NÃO segue essa estrutura: 
a- Todo edifício é construído com tijolos, logo a torre Eiffel não é um edifício. 
b- Todos os homens são vertebrados, Carlos é homem, logo Carlos é vertebrado. 
c- Todos os peixes vivem sob a água, tainha é um peixe, logo tainha vive sob a água. 
d- Todos os pássaros são ovíparos, o pato é um pássaro, logo o pato é ovíparo. 
e- O nome réptil se origina da palavra latina “Repitile”, que por sua vez, significa rastejar. O jabuti é 
um réptil, logo todo jabuti rasteja. 
 
Toda ciência distingue-se das outras, essencialmente, pelo seu objeto formal. Se relacionarmos a 
Lógica com outras ciências; Psicologia, crítica, gramática, reparamos que todas têm o mesmo objeto 
MATERIAL: O pensamento, porém diferem pelo seu objeto formal, já que a Psicologia: 
a- Estuda o pensamento como produto da ação vital própria do homem. Sendo que o objetivo material 
da Psicologia (Pensamento) é desta forma mais amplo. 
b- Estuda a possibilidade, validez e alcance do pensamento. Ela também é conhecida por: 
Epistemologia, Gnosiologia, teoria do conhecimento. 
c- Estuda a expressão VERBAL do pensamento. 
d- Estuda a relação entre as pessoas na sociedade moderna. 
e- Estuda os grandes filósofos e suas teorias comportamentais. 
 
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Lógica é um substantivo feminino com origem no termo grego logiké, relacionado com o logos, razão, 
palavra ou discurso, que significa a ciência do raciocínio. Em sentido figurado, a palavra lógica está 
relacionada com uma maneira específica de raciocinar, de forma acertada. Por exemplo: Isso nunca 
vai funcionar! O teu plano não tem lógica nenhuma! Os problemas ou jogos de lógica são atividades 
onde um indivíduo tem que usar um raciocínio lógico para resolver o problema. Qual das alternativas 
abaixo NÃO pode ser considerada um estudo do pensamento da Lógica: 
a- Lógica matemática. 
b- Lógica aristotélica. 
c- Lógica de programação. 
d- Lógica da argumentação 
e- Lógica do convencimento. 
 
 
O elemento mais simples que compõe nosso pensamento é o conceito ou a ideia, através dele o 
homem manifesta duas faculdades de conhecimento que são elas: 
 
a- Conhecimento cognitivo e conhecimento racial. 
b- Conhecimento sensível e conhecimento intelectual. 
c- Conhecimento urbano e conhecimento rural. 
d- Conhecimento de juízo e conhecimento de raciocínio. 
e- Conhecimento facultativo e conhecimento obrigatório. 
 
Um conceito tem fundamentalmente duas propriedades básicas, uma pela qual o conceito se realiza 
numa pluralidade de indivíduos, como por exemplo, o conceito do “relógio”, seja ele grande, 
pequeno, de parede ou pulso. E outra pela qual o conceito pode predicar-se de cada um dos 
indivíduos em que se realiza. Estamos nos referindo as seguintes propriedades: 
 
a- Simples e Composta. 
b- Extensão e Especialidade. 
c- Universalidade e Predicabilidade. 
d- Singulares e Particulares. 
e- Compreensão e Extensão. 
 
 
Os predicados, ou também chamados modos de atribuição, podem efetivamente aplicar-se a um 
conceito. Podemos predicar um sujeito afirmando algo essencial desse sujeito, isto é, algo que se 
suprimisse, esse sujeito deixaria de ser o que é. Exemplo – Afirmar de João que é racional, ou dizer 
que é muito magro. 
Se o predicado é algo essencial, temos modos de atribuição, a saber: 
I- A Espécie, se predico um conceito que representa a essência total do sujeito. Exemplo: João é 
homem. 
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II- Gênero, quando se predica um conceito que representa uma parte da essência, comum a outras 
espécies. Exemplo: João é animal (animal também se pode predicar de outras espécies). 
III- Diferença Específica, se se predicar um conceito que represente a parte da essência, que 
diferencia essa espécie das demais do mesmo gênero. Exemplo: João é um ser racional – racional é 
justamente o que diferencia o homem dos demais animais. 
IV- Propriedade (ou próprio), quando se predica uma qualidade que não sendo essencial, é 
necessária à espécie, porque sem ser essencial, surge da própria essência. Exemplo: João é capaz de 
rir. 
A cerca das afirmações acima está correto afirmar somente em: 
a- I, II e IV somente. 
b- I e IV somente. 
c- I, II e III somente. 
d- II, III e IV somente. 
e- III e IV somente. 
 
A compreensão de um conceito é o conjunto de notas que constituem o conceito. Exemplo: homem-
animal-racional. “Animal e racional” – são as duas notas que constituem o conceito de homem. Já a 
extensão é o número e classe de indivíduos aos quais se podem aplicar o conceito. Exemplo: 
Vertebrados, aplica-se aos – mamíferos, aves, répteis, peixes, anfíbios. Leão - somente se aplica a 
um determinado grupo de indivíduos. 
Podemos dizer que: 
Quanto maior a compreensão menor a extensão 
 e 
Quanto maior a extensão menor a compreensão. 
A cerca dessa afirmação podemos concluir que: 
a- A afirmação está correta já quese aumentarmos a compreensão do conceito “homem”, dizendo 
“homem europeu”, diminui a extensão pois já não se pode aplicar a todos os homens, mas somente 
aos da Europa. 
b- A afirmação está incorreta já que quanto maior a compreensão do conceito “homem”, dizendo 
“homem europeu”, aumenta a extensão pois já não se pode aplicar a todos os homens, mas somente 
aos da Europa. 
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c- A afirmação está correta embora uma maior compreensão do todo implica de uma maior extensão 
dos assuntos a serem estudados. 
d- A afirmação está incorreta já que se aumentarmos a compreensão do conceito “homem”, dizendo 
“homem europeu”, aumentamos a extensão pois já não se pode aplicar a todos os homens, mas 
somente aos da Europa. 
e- A afirmação está correta mas na compreensão e extensão dos conceitos existem casos limites.

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