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Estudo do Meio - Hare Krishna

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SEMINÁRIO DE PESQUISA
FABIANE APARECIDA PEREIRA
SÃO PAULO
2018
SEMINÁRIO DE PESQUISA
OBJETIVOS:
Proporcionar um referencial teórico científico numa experiência de ‘imersão’.
Ser um exercício metodológico de pesquisa.
ROTEIRO:
1.	Escolha de uma denominação Religiosa.
	Hare Krishna
2.	Elaboração de um breve histórico da denominação escolhida. 
	“Hare Krishna” é uma abreviação do famoso maha-mantra: Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare / Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Esse antiquíssimo mantra é uma invocação direta a Deus, em amor e devoção. Hare é uma invocação ao aspecto feminino de Deus (Deus Mãe). Krishna é um nome de Deus que significa “o todo atraente”. E Rama é um outro nome de Deus que significa “a fonte do prazer”. 
O movimento hare krishna foi fundado pelo indiano Bhaktivedanta Swami Srila Prabhupada, um intelectual indiano que recebeu de seu guru espiritual a missão de pregar o mantra hare krishna entre os ocidentais. Prabhupada teria desembarcado em Nova York em 1965, sem nenhum dinheiro. Trazia apenas oito livros sagrados em um baú. Viveu de favor com imigrantes indianos e com hippies. Em 1966, Prabhupada fundou a Sociedade Internacional da Consciência de Krishna. 
	Prabhupada pregava ensinamentos do “Bhagavad Gita”, um poema do livro sagrado indiano Mahabharata, que conta a história da Índia por meio de lendas. E exigia dos iniciados dedicação integral. Na década de 70, quando começou a se propagar pelo mundo, o movimento hare krishna exigia que seus devotos seguissem normas rígidas. Os seguidores moravam dentro dos templos, usavam roupas típicas (saris para as mulheres e dotins para os homens) e pintavam o rosto e outras partes do corpo com a tilaka, uma areia dos rios sagrados da Índia. Para sustentar os templos, vendiam livros e incensos nas ruas. Sexo, só para se reproduzir.
Hoje, o conceito de hare krishna está em discussão. Para alguns líderes, basta cantar o mantra para o indivíduo ser considerado parte do movimento. Outros dizem que os vegetarianos já estão no caminho para a salvação. O único consenso é ser – ou se considerar – um devoto de Krishna, um dos deuses do hinduísmo. As estimativas apontam para 15 mil devotos no Brasil em comparação a cerca de 3 mil no início da década de 80. O número vem crescendo desde que algumas restrições começaram a ser abolidas. Atualmente, ser um “Hare Krishna” pode simplesmente denotar alguém que pratica a auto-realização em yoga (ou consciência de Krishna) nos moldes do que foi ensinado por Swami Prabhupada. 99% dos “Hare Krishnas” são pessoas de aparência normal, com seus empregos, negócios, estudos, família etc.
3.	Justificativa da escolha.
	Por ser uma prática a qual nunca tive oportunidade de estudar ou de me aproximar da prática, mesmo em estudos, me senti motivada. Também, através do pensamento de Dalai Lama “a melhor religião é aquela que te faz bem” percebi que os praticantes do Hare Krishna praticam a sua religião melhorando a cada dia seu comportamento, seu bem-estar, mas, também o bem comunitário, o cuidado com o outro. Algo que me impressionou foi a forma como eles se expõem em ambientes públicos para atrair fieis e também, como se utilizam da prática vegetariana para ampliar o número de adeptos.
 
4.	Elaboração de um roteiro de entrevista.
4.1 - A ser aplicado ao representante / participante – Discípula Goura, representando a Mãe Mantra, responsável pelo Templo.
Como se deu sua adesão ao Movimento Hare Krishna? 
Goura: Fui participar de uma palestra sobre o vegetarianismo e religião com monges e acabei me encantando com a prática da filosofia de vida e com o Projeto “Revolução da colher”. Esse projeto é um movimento internacional que atua pela expansão do vegetarianismo e pela elevação da consciência das pessoas por um mundo mais justo, pacífico, sensível e limpo, sem matança de pessoas ou animais, sem guerra e desigualdade. 
Como e porque você se decidiu participar deste movimento?   
Goura: Eu tinha muita curiosidade pelas filosofias orientais, mas não conhecia profundamente o Hare Krishna. Resolvi aprofundar o estudo e há 3 anos, aderi ao movimento, inclusive deixando o meu lar familiar para morar no Templo e me dedicar integralmente. 
Existe alguma forma de oficialização da entrada no movimento, como é o batismo entre os cristãos? 
Goura: A primeira coisa é aceitar o guru, através de uma formalização, n um processo chamado Iniciação. Em seguida, o discípulo recebe um mantra para recitar ao longo da vida, diariamente e em todos os momentos de espiritualidade, também recebe um nome espiritual e um colar de três voltas, feito com a madeira de uma planta considerada sagrada. O ritual também é chamado de Cerimônia do fogo.
No que sua rotina mudou desde então?
Goura: Mudei para o Tempo, uso vestes próprias e diariamente tenho os momentos de espiritualidade, desde às 5h da manhã com o ritual do altar aberto, depois a prática do canto maha-mantra com a recitação do mantra 16 vezes 108, que são as contas do “rosário”. Essa combinação é chama de auspiciosa e aparece muitas vezes nas Escrituras. Em seguida, nós, moradores do Templo temos nossos estudos particulares e após, então, os serviços devocionais, como limpar, cozinhar, atender ao público com suas questões existenciais, dar aulas de yoga e filosofia.
O que aconteceu primeiro, adesão ao Hare Krishna ou veganismo?
Goura: A adesão ao veganismo se deu primeiro, por esse motivo, inclusive é que fui à palestra onde conheci a religião.
Qual a diferença entre o movimento Hare Krishna e as muitas escolas e práticas religiosas indianas?
Goura: Apesar de o Hare Krishna vir da linha do Hinduísmo, este por ser amplo, tem muitas diferenciações. A primeira diferença é que nós seguidores do Hare Krishna não nos identificamos como hindus e enfatizamos que temos uma consciência diferente, a consciência de Deus. Também ao contrário dos hindus, que acreditam em semideuses, nós só cremos no Deus único, ou seja, Krishna. 
Qual a importância de ter um guru? Fale um pouco sobre o seu guru.
Goura: Um guru é aquele que tem a ordem de renúncia perpétua, vive exclusivamente para orientar os discípulos, espalhando a consciência de Krishna pelo mundo. 
O meu visita nosso Templo uma vez ao ano, foi ele quem me deu o mantra que recito, é dono de grandiosos projetos como a limpeza dos rios sagrados na Índia e o projeto Revolução da colher.
5.	Participação.
5.1 - Numa "celebração" ou num momento de doutrinação de iniciantes
Estive na Avenida Paulista, no dia 31 de dezembro de 2017 observando um grupo Hare Krishna que se apresentava. Eles animam o pessoal, recitavam mantras que para eles serve para purificar o ambiente e todo ser vivente: pessoas, animais, plantas etc e, também divulgavam suas crenças tentando atrair adeptos. 
6.	Registro fotográfico.
A) Observação do grupo Hare Krishna na Avenida Paulista
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B) Visita ao templo
- Entrada do Centro
 
- Partilha e entrevista com a discípula
 
- Gurus atuais e fundadores
 
- Abertura do altar e reverência
 
- Grupo de estudos com os monges e discípula
7. Comentário.
	Apesar de não receber informações sobre atitudes solidárias na visita ao templo ou na entrevista com a discípula, Goura, é importante partilhar o trabalho realizado por essa religião. O movimento, tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo tem a intensão de promover a paz no mundo. Não existe nenhum fator que faça restringir o diálogo inter-religioso. Um programa, no entanto, que vem sendo desenvolvido por eles é o “Food for Life”, ou “Alimentos para a Vida”. Trata-se de um programa mundial que está provendo alimentação para milhões de pessoas, presenteem grandes catástrofes no mundo. Em países que estão em confronto, os devotos locais arriscaram suas vidas, em plena área dos bombardeios, para levar alimentos para a população. O fundador do movimento, Srila Prabhupada, expressou um desejo “num diâmetro de pelo menos dez milhas em volta de um templo de Krishna, não deveria ter a possibilidade de fome” e assim seguem os adeptos.
8. Conclusão.
	A presença da ISKCON (Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) em nossa sociedade é bem pequena, mas representa algo significativo não só pela manifestação de empolgação de seus adeptos, mas pela contribuição religiosa. Hoje, não nos espanta mais ver um hare krishna na rua, com suas concepções e visões de mundo bem diferentes do restante da população e apesar de ainda sofrerem com preconceito e discriminação, são vistos com respeito pelas outras religiões, pelos líderes políticos, pela imprensa e pela opinião pública. Conquistaram um espaço diferente e complexo na sociedade.
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Tel. 3649.0200 e-mail secretaria@pio.unisal.br 
NOME: fABIANE APARECIDA PEREIRA
ENTREGA: 01/07/2018.
DATA: 14/01/2018
ASSINATURA________________________________ R.G. 30.406.150-5
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