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Direito Administrativo I - Intensivo - Anotações de aula

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Direito Administrativo 
Aula  Data  Tema  Professor  Obs.: 
01  27  07  10  Administração Pública I  Fernanda Marinela   
02  30  07  10  Administração Pública II  Fernanda Marinela   
03  18  08  10  Administração Pública III  Fernanda Marinela   
04  20  08  10  Organização da Adm. Pública I  ‘’   
05  26  08  10  Organização da Adm. Pública II  ‘’   
06  27  08  10  Organização da Adm. Pública III  ‘’   
07  02  08  10  Organização da Adm. Pública IV  ‘’   
08  15  09  10  Poderes Administrativos  ‘’   
09  17  09  10  Atos da Administração I  ‘’   
10  06  10  10  Atos Administrativos II  ‘’   
11  08  10  10  Atos Administrativos III e Licitações I  ‘’   
12  10  11  10  Licitações II  ‘’   
13  07  12  10  Agentes Públicos I  ‘’   
14  10  12  10  Agentes Públicos II  ‘’   
15  18  01  11  Intervenção na Propriedade  ‘’  Aula Internet 
16  28  01  11  Contratos Administrativos  ‘’  Aula Internet 
17             
18             
19             
20             
 
 
Sumário 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................................................... 1 
SUMÁRIO ............................................................................................................................................................. 2 
1  INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 7 
2  NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................... 7 
2.1  Objeto do Direito Administrativo ...................................................................................................................... 7 
3  FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................... 8 
4  SISTEMAS ADMINISTRATIVOS OU MECANISMOS DE CONTROLE ............................................ 9 
4.1  Sistema do Contencioso Administrativo ou Sistema Francês ............................................................................. 9 
4.2  Jurisdição Única ou Sistema Inglês .................................................................................................................... 9 
5  CONCEITOS ................................................................................................................................................. 9 
6  REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ............................................................................................ 11 
6.1  Princípios ....................................................................................................................................................... 11 
6.2  Princípios Mínimos do Direito Administrativo ................................................................................................. 12 
6.2.1  Princípio da Legalidade ......................................................................................................................................... 12 
6.2.2  Princípio da Impessoalidade ................................................................................................................................. 12 
6.2.3  Princípio da Moralidade ........................................................................................................................................ 14 
6.2.4  Princípio da Publicidade ........................................................................................................................................ 15 
6.2.5  Princípio da Eficiência ........................................................................................................................................... 16 
6.2.6  Princípio da Isonomia ............................................................................................................................................ 17 
6.3  Princípio da Razoabilidade .............................................................................................................................. 19 
6.4  Contraditório e Ampla Defesa ......................................................................................................................... 19 
6.5  Princípio da Continuidade ............................................................................................................................... 20 
6.5.1  Direito de Greve .................................................................................................................................................... 20 
6.6  Princípio da Autotutela ................................................................................................................................... 21 
7  ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................................................... 21 
7.1  Formas de prestação da atividade administrativa ........................................................................................... 21 
7.2  Estado (pessoa jurídica) x Agente (pessoa física) ............................................................................................. 23 
7.3  Órgãos Públicos .............................................................................................................................................. 23 
7.3.1  Órgão Público em juízo ......................................................................................................................................... 24 
7.4  Classificação dos Órgãos Públicos ................................................................................................................... 24 
 
 
7.5  Características Comuns a todas as pessoas da Administração Indireta ............................................................. 24 
7.6  Autarquia ....................................................................................................................................................... 26 
7.6.1  Regime Tributário das Autarquias ......................................................................................................................... 28 
7.6.2  Tratamento em Processo Judicial ......................................................................................................................... 28 
7.6.3  Responsabilidade Civil do Estado .......................................................................................................................... 28 
7.6.4  Território ............................................................................................................................................................... 28 
7.6.5  Conselho de Classe ................................................................................................................................................ 29 
7.6.6  Agências Reguladoras............................................................................................................................................ 30 
7.6.7  Agências Executivas............................................................................................................................................... 31 
7.7  Empresas Públicas .......................................................................................................................................... 32 
7.8  Sociedade de Economia Mista ........................................................................................................................ 32 
7.9  Diferenças entre Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista .............................................................. 32 
7.10  Regime Jurídico das Empresas Estatais (EP e SEM) .......................................................................................... 33 
7.10.1  Falências ...........................................................................................................................................................33 
7.10.2  Responsabilidade Civil ...................................................................................................................................... 33 
7.10.3  Exigibilidade de licitação ................................................................................................................................... 33 
7.10.4  Penhorabilidade dos Bens ................................................................................................................................ 34 
7.10.5  Privilégios Tributários ....................................................................................................................................... 34 
7.10.6  Regime de pessoal ............................................................................................................................................ 34 
7.11  Consórcios Públicos ........................................................................................................................................ 36 
8  ENTES DE COOPERAÇÃO ..................................................................................................................... 36 
8.1  Serviços Sociais Autônomos ............................................................................................................................ 36 
8.2  Entidades de Apoio ........................................................................................................................................ 36 
8.3  Organizações Sociais ....................................................................................................................................... 37 
8.4  OSCIP – Organização da Sociedade Civil e Interesse Público ............................................................................ 37 
9  PODERES DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................ 38 
9.1  Abuso de Poder .............................................................................................................................................. 38 
9.2  Classificação de acordo com o grau de liberdade ............................................................................................. 38 
9.3  Poder Hierárquico ou do Hierarca ................................................................................................................... 39 
9.4  Poder Disciplinar ............................................................................................................................................ 39 
9.5  Poder Regulamentar ou Poder Normativo ...................................................................................................... 39 
9.5.1  Regulamento x Decreto ......................................................................................................................................... 40 
9.6  Poder de Polícia .............................................................................................................................................. 41 
9.6.1  Atributos do Poder de Polícia ................................................................................................................................ 42 
9.6.2  Delegação do Poder de Polícia .............................................................................................................................. 43 
10  ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................ 43 
10.1  Atos da administração e atos administrativos ................................................................................................. 43 
10.2  Conceito de ato administrativo ....................................................................................................................... 44 
 
 
10.3  Elementos ou requisitos do ato administrativo ............................................................................................... 44 
10.3.1  Competência ou Sujeito (Sujeito competente) ................................................................................................. 44 
10.3.2  Forma do ato administrativo ............................................................................................................................ 45 
10.3.3  Motivo do ato administrativo ........................................................................................................................... 46 
10.3.3.1  Teoria dos motivos determinantes ............................................................................................................... 46 
10.3.4  Objeto do Ato Administrativo ........................................................................................................................... 47 
10.3.5  Finalidade do ato administrativo ...................................................................................................................... 47 
10.3.6  Vinculação e Discricionariedade ....................................................................................................................... 47 
10.4  Atributos ou Características dos Atos Administrativos .................................................................................... 48 
10.4.1  Presunção de Legalidade .................................................................................................................................. 48 
10.4.2  Autoexecutoriedade ......................................................................................................................................... 49 
10.4.2.1  Exigibilidade .................................................................................................................................................. 49 
10.4.2.2  Executoriedade ............................................................................................................................................. 49 
10.4.3  Coercibilidade ou Imperatividade ..................................................................................................................... 49 
10.4.4  Tipicidade .......................................................................................................................................................... 49 
10.5  Perfeição, validade e eficácia do ato administrativo ........................................................................................ 50 
10.6  Classificação dos atos administrativos ............................................................................................................ 51 
10.6.1  Quanto aos destinatários .................................................................................................................................. 51 
10.6.2  Quanto ao alcance dos atos .............................................................................................................................. 51 
10.6.3  Quanto ao grau de liberdade ............................................................................................................................ 51 
10.6.4  Quanto à formação ........................................................................................................................................... 51 
10.7  Extinção de ato administrativo ....................................................................................................................... 53 
10.7.1  Cumprimento dos efeitos ................................................................................................................................. 53 
10.7.2  Desaparecimento .............................................................................................................................................. 53 
10.7.2.1  Desaparecimento do sujeito ........................................................................................................................53 
10.7.2.2  Desaparecimento do objeto ......................................................................................................................... 53 
10.7.3  Renúncia ........................................................................................................................................................... 53 
10.7.4  Ação do Poder Público ...................................................................................................................................... 53 
10.7.4.1  Cassação ....................................................................................................................................................... 53 
10.7.4.2  Caducidade ................................................................................................................................................... 53 
10.7.4.3  Contraposição ............................................................................................................................................... 53 
10.7.4.4  Anulação ....................................................................................................................................................... 53 
10.7.4.5  Revogação .................................................................................................................................................... 54 
11  LICITAÇÃO ........................................................................................................................................... 55 
11.1  Sujeitos .......................................................................................................................................................... 56 
11.2  Princípios da Licitação .................................................................................................................................... 56 
11.2.1  Princípio de vinculação ao instrumento convocatório ..................................................................................... 56 
11.2.2  Princípio do Julgamento Objetivo ..................................................................................................................... 56 
11.2.3  Procedimento formal ........................................................................................................................................ 57 
11.2.4  Princípio de sigilo de proposta .......................................................................................................................... 57 
11.3  Competência legislativa para Licitação e Contratos ......................................................................................... 58 
11.4  Modalidades de Licitação ............................................................................................................................... 58 
11.4.1  Concorrência ..................................................................................................................................................... 59 
11.4.2  Tomada de preços ............................................................................................................................................ 59 
11.4.3  Convite .............................................................................................................................................................. 60 
11.4.4  Leilão ................................................................................................................................................................. 60 
11.4.5  Concurso ........................................................................................................................................................... 61 
11.4.6  Pregão ............................................................................................................................................................... 61 
11.5  Contratação direta ......................................................................................................................................... 61 
11.5.1  Dispensa de licitação......................................................................................................................................... 62 
 
 
11.5.1.1  Dispensada ................................................................................................................................................... 62 
11.5.1.2  Dispensável ................................................................................................................................................... 62 
11.5.1  Inexigibilidade de licitação ................................................................................................................................ 63 
11.5.1.1  Pressuposto lógico: pluralidade de interessados ......................................................................................... 63 
11.5.1.2  Pressuposto jurídico: interesse público ........................................................................................................ 63 
11.5.1.3  Pressuposto fático: interesse de mercado no objeto ................................................................................... 64 
11.6  Procedimento da Licitação .............................................................................................................................. 64 
11.6.1  Fase Interna ...................................................................................................................................................... 64 
11.6.1.1  1. Formalização do processo ........................................................................................................................ 64 
11.6.1.2  2. Nomeação da comissão de licitação, de acordo com o art. 51 da Lei nº 8.666/93. ................................. 64 
11.6.1.3  3. Elaboração de parecer jurídico. ................................................................................................................ 65 
11.6.1.4  4. Autorização formal da deflagração do certame pela autoridade máxima, que só tornará à cena no final 
dos trabalhos. ................................................................................................................................................................ 65 
11.6.2  Fase Externa ...................................................................................................................................................... 65 
11.6.3  Habilitação ou qualificação ............................................................................................................................... 67 
11.6.4  Classificação e julgamento ................................................................................................................................ 68 
11.6.5  Adjudicação ou homologação ........................................................................................................................... 69 
11.6.5.1  Homologação ................................................................................................................................................ 69 
11.6.5.2  Adjudicação .................................................................................................................................................. 69 
11.7  Pregão ............................................................................................................................................................ 69 
11.7.1  Propostas escritas, que vieram no envelope. ................................................................................................... 70 
11.7.2  Habilitação ........................................................................................................................................................ 70 
12  AGENTES PÚBLICOS .........................................................................................................................71 
12.1  Conceito ......................................................................................................................................................... 71 
12.2  Acessibilidade de cargo público ...................................................................................................................... 73 
12.2.1  Prazo de validade do concurso público ............................................................................................................ 74 
12.2.2  Requisitos para concurso público ..................................................................................................................... 74 
12.2.3  Direito à nomeação ........................................................................................................................................... 75 
12.3  Competência para julgamento das ações ........................................................................................................ 75 
12.4  Estabilidade dos servidores públicos ............................................................................................................... 76 
12.4.1  Aquisição da estabilidade ................................................................................................................................. 76 
12.4.2  Perda da estabilidade ....................................................................................................................................... 76 
12.4.3  Estágio probatório ............................................................................................................................................ 76 
12.5  Sistema remuneratório ................................................................................................................................... 77 
12.5.1  Remuneração ou vencimentos ......................................................................................................................... 77 
12.5.2  Subsídios ........................................................................................................................................................... 77 
12.6  Teto geral ....................................................................................................................................................... 78 
12.7  Acumulação de cargo público ......................................................................................................................... 78 
12.8  Aposentadoria ................................................................................................................................................ 79 
13  INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE .............................................................................................. 81 
13.1  Limitação Administrativa ................................................................................................................................ 81 
13.1.1  Dever de indenizar ............................................................................................................................................ 81 
13.2  Servidão Administrativa ................................................................................................................................. 81 
13.2.1  Dever de indenizar ............................................................................................................................................ 82 
13.3  Requisição ...................................................................................................................................................... 82 
 
 
13.3.1  Dever de indenizar ............................................................................................................................................ 82 
13.4  Ocupação Temporária .................................................................................................................................... 82 
13.4.1  Dever de indenização ........................................................................................................................................ 83 
13.5  Tombamento ................................................................................................................................................. 83 
13.5.1  Dever de indenizar ............................................................................................................................................ 83 
13.5.2  Obrigações do proprietário inerentes ao tombamento ................................................................................... 83 
13.5.3  Modalidades de tombamento .......................................................................................................................... 84 
13.5.3.1  De acordo com a constituição ...................................................................................................................... 84 
13.5.3.2  Eficácia do tombamento .............................................................................................................................. 84 
13.5.3.3  Destinatários ................................................................................................................................................ 84 
13.6  Desapropriação .............................................................................................................................................. 86 
13.6.1  Indenização ....................................................................................................................................................... 87 
13.6.1.1  Desapropriação comum, geral ou ordinária ................................................................................................. 87 
13.6.1.2  Desapropriação sancionatória ou extraordinária ......................................................................................... 88 
13.6.1.3  Desapropriação Indireta ............................................................................................................................... 90 
13.6.2  Procedimento para desapropriação ................................................................................................................. 90 
13.6.2.1  Fase declaratória .......................................................................................................................................... 90 
13.6.2.2  Prazo de caducidade ..................................................................................................................................... 90 
13.6.2.3  Fase Executiva .............................................................................................................................................. 90 
14  CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................................ 91 
14.1  Conceito ......................................................................................................................................................... 91 
14.2  Características ................................................................................................................................................ 91 
14.3  Formalidades ................................................................................................................................................. 91 
14.4  Cláusulas do contrato administrativo .............................................................................................................. 92 
14.4.1  Cláusulas Necessárias ....................................................................................................................................... 92 
14.4.2  Cláusulas exorbitantes ...................................................................................................................................... 93 
14.5  Extinção contratual ........................................................................................................................................95 
15  SERVIÇO PÚBLICO ............................................................................................................................. 95 
15.1  Conceito ......................................................................................................................................................... 95 
15.2  Classificação de serviço público ...................................................................................................................... 95 
15.2.1  Quanto à essencialidade do serviço ................................................................................................................. 96 
15.2.2  Quanto aos destinatários do serviço ................................................................................................................ 96 
15.3  Transferência de serviço público ..................................................................................................................... 96 
15.3.1  Delegação de serviço público ........................................................................................................................... 96 
15.3.1.1  Concessão de serviço público ....................................................................................................................... 96 
 
Direito Administrativo 
Terça‐feira, 27 de julho de 2010. 
1 INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
‐  CELSO  ANTÔNIO  BANDEIRA  DE  MELO.  Direito  Administrativo.  (Posicionamento  moderno,  frequente  em 
concurso, consciência crítica, bom para segunda fase – prolixo e um pouco confuso). 
‐ JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO. (Linguagem mais simples, organizado. Tem posição tradicional embora 
não freqüente em concurso). 
‐ FERNANDA MARINELA. Direito Administrativo. Ed. Impetus. (coletânea de jurisprudência, quadro de resumo). 
www.marinela.ma 
‐ Leitura de lei seca. 
Constituição Federal 
Lei 9.784/95 
Lei 8.666/91 
Lei 8.112/90 
‐ Leitura dos Informativos do STJ e STF. 
‐ Fazer provas. 
2 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
DIREITO: conjunto de normas impostas coativamente pelo Estado, as quais definem regras de convívio social e 
conduta social; permite, com isso, a coexistência pacífica dos indivíduos na sociedade. 
DIREITO  POSTO:  é  o  direito  vigente  naquele  determinado  momento,  aplicado  em  um  dado  momento 
histórico. 
DIREITO PRESSUPOSTO: vale como condição para validade de outro direito ou garantia. Aqueles que estão no 
mínimo existencial, condição para desenvolvimento de outras garantias. Ex.: direito à vida, liberdade. 
 
O Direito é uno, mas é divido em ramos para fins didáticos. O Direito Administrativo nada mais é do 
que mais um desses ramos,  incluso no ramo do Direito Público que busca a satisfação do  interesse público e 
do interesse coletivo. 
 
Obs.1: Regra de Direito Público é sinônimo de regra de Ordem Pública? Não são sinônimos. Regra de ordem 
pública é regra  inafastável,  imodificável pela vontade das partes. O Direito Público é regra de ordem pública 
(obrigação  de  licitação,  proteção  do  interesse  público  etc.),  mas  a  regra  de  ordem  pública  também  está 
presente no Direito Privado (ex.: a capacidade civil ou para casamento). O conceito de Direito Público não é 
sinônimo de Ordem Pública, pois esta é mais abrangente do que o outro. 
 
O Direito Administrativo é um ramo do Direito Público interno. 
2.1 Objeto do Direito Administrativo 
a. Escola Legalista/Exegética: tem como objeto de estudo a lei. Teoria que não prosperou, pois no Brasil há 
tanto regras como princípios. 
b. Escola do Serviço Público: tem como base tanto princípio como lei, e o objeto do Direito Administrativo é 
o serviço público. Nesse momento, serviço público representava toda e qualquer atuação do Estado, não 
prosperando justamente por isso, pois se estaria eliminando os demais ramos do Direito Público. 
c. Critério do Poder Executivo: o Direito Administrativo estuda somente a atuação do Executivo. Falso, pois é 
um  critério  restrito  demais,  já  que  se  estuda  o  Legislativo,  o  Executivo  e  o  Judiciário  no  exercício  da 
atividade administrativa. 
d. Critério  Teleológico:  o  Direito  Administrativo  é  um  conjunto  de  regras  e  princípios.  É  um  critério 
verdadeiro, porém insuficiente. 
 
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e. Critério  Residual/Negativo:  exclui‐se  a  função  legislativa  e  jurisdicional  do  Estado  e  o  que  sobrar  é 
administrativo. A afirmação corresponde com o que acontece no Brasil, porém insuficiente mais uma vez. 
f. Critério  de  distinção  entre  a  Atividade  Jurídica  e  Atividade  Social  do  Estado:  o  Direito  Administrativo 
significa ou estuda a atividade  jurídica do Estado e não a atividade social (bolsa família, bolsa educação 
etc). Estando definida a política, cabe ao Direito Administrativo definir a regra que deverá ser aplicada ou 
a forma que será viabilizada. Esta teoria também foi acolhida, porém dita insuficiente. 
g. Critério  da  Administração  Pública:  (Hely  Lopes  Meireles)  fez  um  aproveitamento  de  todas  as  teorias 
aceitas e as compilou. Conjunto harmônico de  regras e princípios  (o que é chamado de  regime  jurídico 
administrativo) que rege os agentes, os órgãos e as entidades públicas no desenvolvimento da atividade 
administrativa, realizando de forma direta, concreta e imediata os fins desejados pelo Estado. (ADOTADA 
NO BRASIL). 
Quem define os fins do Estado é o Direito Constitucional, cabe ao Direito Administrativo realizar, por 
em prática a finalidade definida pela Constituição. (Resquícios do Critério Teleológico). 
A  função direta é aquela que  independe, não precisa  (prescinde) de provocação. Com  isso  rejeita a 
função jurisdicional pois é somente movimentada se provocada. (Resquícios do Critério Residual). 
A função concreta é aquilo que tem destinatário determinado e produz efeitos concretos. Atuando de 
forma concreta afasta‐se a função legislativa do Estado. (Resquícios do Critério Residual). 
A  função  imediata  diferente  da  função  mediata  (atuação  social  do  Estado),  portanto  atua  com  a 
função  jurídica do Estado, ou  seja,  somente  se provocado.  (Resquícios do  critério de distinção da atividade 
jurídica e atividade social do Estado). 
3 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
A doutrina ainda é divergente nesse ponto. 
Fonte: é aquilo que leva o surgimento de algo. 
 
• Lei:  em  sentido  amplo,  qualquer  espécie  normativa  (Constituição  Federal,  Medida  Provisórias,  Lei 
Ordinária e Complementar). Esta fonte está organizada em uma estrutura escalonada ou hierarquizada de 
normas (normas superiores e inferiores). 
 
 
 
As normas inferiores devem ser compatíveis com as normas superiores. A lei deve ser compatível com 
a Constituição, assim como os  regulamentos com as  leis e a Constituição. Essa combinação  foi chamada de 
Relação de Compatibilidade Vertical. 
 
• Doutrina: resultado do trabalho dos estudiosos. Não há código, trabalhamos com legislação esparsa.  
• Jurisprudência: atualmente é a jurisprudência que vem determinando e firmando a posição. Significa uma 
série de  julgamentos reiterados em um mesmo sentido. O posicionamento de um só  julgado,  isolado de 
um Tribunal, não constitui jurisprudência. A Súmula nada mais é do que uma jurisprudência já cristalizada, 
consolidada.  A  partir  da  Emenda  Constitucional  45  temos  as  Súmulas  com  Efeito  Vinculante.  Das  31 
Súmulas Vinculantes, 13 estão relacionadas com o Direito Administrativo. 
Repercussão Geral é quando o STF atribui essa característica a um determinado processo (que possa 
proporcionar  elevado  número  de  ações  ou  de  relevância  nacional)  separando  um  leading  case.  Ficam  os 
demais processos sobre o mesmo  tema sobrestados. Ao  julgar o mérito do caso paradigma, vincula aqueles 
que estiverem suspensos com o efeito vinculanteda decisão do leading case. 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO > Objeto do Direito Administrativo 
CF
Leis
Regulamentos; Atos Normativos
 
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SISTEMAS ADMINISTRATIVOS OU MECANISMOS DE CONTROLE > Sistema do Contencioso Administrativo ou Sistema Francês 
• Princípios Gerais do Direito: são as chamadas vigas mestras, estão na base da nossa ciência. Muitas vezes 
os princípios gerais  são  regras  implícitas. Ex.: ninguém poderá  causar dano a outrem,  se  causar deverá 
indenizar; ninguém poderá se aproveitar da própria torpeza; vedado o enriquecimento ilícito. 
• Costume:  é  a  prática  habitual  acreditando  ser  ela  obrigatória.  No  Brasil,  o  Direito  Consuetudinário, 
costumeiro não cria ou eximem obrigação. Serve como fonte, leva à criação de lei, mas não gera nenhum 
tipo de obrigação. 
4 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS OU MECANISMOS DE CONTROLE 
Praticado um ato administrativo, quem poderá rever ou controlar esse ato administrativo. No Direito 
Comparado se encontra dois sistemas. 
4.1 Sistema do Contencioso Administrativo ou Sistema Francês 
Nesse sistema praticado um ato administrativo o controle, a revisão desse ato será feito pela própria 
administração. O Poder Judiciário poderá ingressar em determinados casos quais sejam (rol exemplificativo): 
ƒ Atividades públicas de caráter privado. Ex.: quando o Estado celebra um contrato de locação. (obs.: no 
Brasil, embora a lei exija licitação, não deixa de ter caráter privado) 
ƒ Estado e capacidade das pessoas. 
ƒ Propriedade privada. 
ƒ A repressão penal. 
4.2 Jurisdição Única ou Sistema Inglês 
Nesse  sistema  quem  dá  a  última  palavra  é  o  Poder  Judiciário.  Há  também  o  julgamento  pela 
administração, admitida a revisão pelo Poder Judiciário. 
O Brasil adota a Jurisdição Única a EC 07 de 1977 tentou introduzir o Contencioso Administrativo, mas 
a regra foi inoperante. 
 
Obs.2: É possível sistema misto de controle? A doutrina diz que não, porque tanto no contencioso quanto na 
jurisdição partes em comum;  já faz parte dos dois regimes. Há na verdade uma predominância em cada um 
deles, mas a mistura é natural em ambos. 
Obs.3:  A  responsabilidade  civil  da  Administração  Pública  no  Brasil  segue,  em  regra,  a  Teoria  Objetiva?  A 
responsabilidade não é da Administração, mas sim do Estado – da pessoa jurídica. A pessoa jurídica responde 
em regra pela Teoria Objetiva. 
5 CONCEITOS 
ƒ Estado:  pessoa  jurídica,  ou  seja,  tem  personalidade  jurídica  –  aptidão  de  ser  sujeito  de  direitos  e 
obrigações. 
 
Obs.4: para o Estado brasileiro  se aplica a Teoria da Dupla Personalidade? É a  teoria do antigo CC, onde o 
Estado  teria  personalidade  de  direito  público  e  privado  o  que  não  serve  para  o  nosso  ordenamento. 
Atualmente o Estado é pessoa jurídica de Direito Público. 
 
ƒ Governo: é comando, direção, elemento do Estado. É a decisão política do Estado –  índole política. 
Para que o Estado seja independente, o governo deve ser soberano, ou seja, independência na ordem 
Internacional com supremacia na ordem interna. 
ƒ Estado de Direito: é aquele Estado politicamente organizado que se submete às suas próprias leis. 
ƒ Funções – Poderes: baseado na divisão de Montesquieu (Legislativo, Executivo e Judiciário). 
o Típica: função para qual o poder é criado. 
 
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CONCEITOS > Jurisdição Única ou Sistema Inglês 
o Atípicas: funções secundárias. 
Poder Legislativo (típica:  legiferar – geral e abstrata  ‐ e fiscalizar); a função  legislativa é a única que 
pode  inovar  o  Ordenamento  Jurídico.  (Atípica:  julgamento  do  Presidente  da  República  no  processo  de 
impeachment, função administrativa) 
Poder  Judiciário  (típica:  jurisdicional  –  abstrata  e  indireta)  produz  intangibilidade  jurídica, 
impossibilidade de mudança – efeitos da coisa julgada. 
Poder Executivo:  (típica: administrativa – direta e concreta) não produz  intangibilidade  jurídica, pois 
esta atividade é revisível pelo Poder Judiciário. Coisa  julgada administrativa significa  impossibilidade recursal 
na via administrativa – administrativamente não cabe mais recurso. Vale lembrar que, após o esgotamento da 
via administrativa, é possível recorrer ao Poder Judiciário. 
 
*Obs.4:  Declaração  de  guerra  e  celebração  de  paz,  representa  qual  função  do  Estado?  São  as  chamadas 
FUNÇÕES  de  Governo  ou  Política  do  Estado  –  definição  de  Celso  Antônio  Bandeira  de  Melo.  Serve  para 
aquelas  situações  que  não  se  encaixam  nas  de  legislar,  julgar  ou  administrar.  Ex.:  declaração  de  guerra, 
celebração de paz, sanção e veto do Presidente da República, Decretação do Estado de Defesa ou de Sítio. A 
função administrativa é aquela que cuida do dia a dia, das questões rotineiras, práticas. 
 
A doutrina conceituando Administração Pública utiliza dois critérios diferentes: 
ƒ Formal/Orgânico/Subjetivo:  máquina  administrativa,  agentes,  órgãos,  bens  públicos,  as 
pessoas que trabalham, a estrutura. 
ƒ Material/Objetivo: administração pública enquanto atividade administrativa. 
 
Obs.5: A administração é o  instrumental de que dispõe o Estado para por em prática as decisões políticas do 
governo? Sim, pois é a administração que executa as ações. 
 
0Obs.6:  Enquanto  o  governo  constitui  atividade  política  de  índole  discricionária  a  administração  implica 
atividade exercida nos  limites da lei? Sim, a administração enquanto atividade objetiva deve ser exercida nos 
limites da lei. 
 
Obs.7:  (PROVA MAGISTRATURA) Governo e administração são  termos que andam  juntos e muitas vezes são 
confundidos, embora expressem conceitos diversos, disserte: 
   
 
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO > Princípios 
Sexta‐feira,  30  de  julho  de  2010.  
6 REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
Não há um rol taxativo e definido dos Princípios que compõem o Direito Administrativo. 
Regime  Jurídico  Administrativo  é  o  um  conjunto  harmônico  de  regras  e  princípios  que  regem  o 
Direito Administrativo. Neste conjunto não há uma definição de quantos e quais Princípios devem ser incluídos 
nessa lista. Os princípios para serem inclusos nessa lista devem manter uma correlação e coerência lógica. 
Ex.:  o  administrador  que  decide  construir  a  sua  piscina  com  as  máquinas  e  os  funcionários  da 
administração, ofende o Princípio da moralidade, legalidade etc. Construindo para um particular em especial, 
ofende o Princípio da Isonomia. 
Para um caso concreto tem‐se a aplicação de uma norma ou regra, nunca duas ao mesmo caso – uma 
elimina  a  aplicação  de  outra.  Dentro  de  regime  jurídico  poderá  ocorrer  uma  aparência  de  conflito  entre 
princípios, deve‐se ponderar no  caso  concreto, qual o princípio que deverá prevalecer  –  em  cada  situação 
concreta deve‐se fazer a ponderação de interesses. 
No servidor público para ser nomeado a cargo público deve ser por meio de concurso público. Essa 
exigência  ocorre  desde  a  CF/88.  Em  1989  um  servidor  público  foi  nomeado  sem  concurso  público. 
Aparentemente essa nomeação é ilegal e aplicando o Princípio da Legalidade deveria ser exonerado. Porém, a 
jurisprudência vem pacificando que exonerando o servidor irá afetar a segurança jurídica e o princípio da boa‐
fé  já que o servidor permaneceu todos esses anos trabalhando com boa‐fé. No caso em concreto reduz‐se a 
aplicação do Princ. da Legalidade em face da preservação da segurança jurídica e da boa‐fé do funcionário que 
permanecerá no cargo. 
Teoria  da  Ponderação  dos  Interesses  em  uma  mesma  situação  concreta  todos  os  princípios  são 
válidos, mas devemos PONDERAR sobre qual deles irá prevalecer. 
Quando falamos em Princípio no caso concreto não há um que seja absoluto, em cada situação deverá 
ser ponderada. 
 
(site Marinela – materialde apoio – artigo de Jacinto sobre atos ilegais) 
6.1 Princípios 
Celso Antonio Bandeira de Melo chamou de “pedras de toque” do Direito Administrativo os Princípios 
da Supremacia do Interesse Público e da Indisponibilidade do Interesse Público, que estão na base da nossa 
disciplina. 
 
Interesse Público: há bastante divergência doutrinária  sobre o conceito deste Princípio. O  interesse público 
pode ser subdividido em duas categorias: interesse público primário e secundário. 
‐  Interesse  Público  Primário:  é  o  interesse  do  povo.  É  o  somatório  dos  interesses  dos  indivíduos  em 
sociedade, desde que essa vontade represente o interesse da maioria. É o interesse mais importante, é o 
que deve prevalecer. 
‐  Interesse  Público  Secundário:  representa  a  vontade  do  Estado  enquanto  pessoa  jurídica.  O  Estado 
enquanto pessoa jurídica tem como interesse a arrecadação. 
O  ideal é que ambos  interesses sejam coincidentes, que combinem, estejam na mesma  linha. Nem 
sempre haverá a conciliação de ambos e, em não havendo, deverá prevalecer o interesse primário, ou seja, o 
interesse da maioria. 
Há que  se  ressaltar que  sempre dever‐se‐á buscar a conciliação de ambos, porém em não havendo 
possibilidade, prevalece o primário. 
 
I. Supremacia  do  Interesse  Público:  é  a  superioridade,  superposição  dos  interesses  públicos  sobre  o 
interesse individual. Essa superioridade é indispensável para haja harmonia em sociedade e a coexistência 
dos indivíduos – é pressuposto, condição indispensável para a vida em sociedade. Analisando os institutos 
do Direito Administrativo, a supremacia do  interesse público está presente em todos os aspectos. Ex.: os 
atributos do ato administrativo são imperatividade, autoexecutoriedade e presunção de legitimidade – são 
 
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO > Princípios Mínimos do Direito Administrativo 
conseqüências da supremacia do interesse público. Poder de Polícia também é princípio da Supremacia do 
Interesse público. Em  caso de  iminente perigo o Poder Público poderá  requisitar o  imóvel em  razão da 
supremacia do  interesse público. Casos de desapropriação de  imóvel também tem sua base no Princípio 
da Supremacia. Em nome da supremacia a Administração tem alguns privilégios e prerrogativas, desde que 
não disponha ou abra mão desse interesse público. 
 
II. Indisponibilidade  do  Interesse  Público:  serve  como  contrapeso  ao  Princ.  Supremacia  do  Interesse 
Público,  buscando  que  a  Administração  não  disponha  desse  interesse.  Não  há  liberdade  sobre  a 
disponibilidade,  o  interesse  é  público,  portanto  o  administrador  não  poderá  dispor  desse  interesse. O 
Princípio  da  Indisponibilidade  é  um  limite  ao  Princípio  da  Supremacia.  Tem  sua  base  em  duas  ideias 
fundamentais: 
a. O  administrador  exerce  função  pública:  função  significa  exercer  uma  atividade  em  nome  e  no 
interesse de outrem. Função pública significa exercer uma atividade em nome e representando o 
povo. 
b. O  administrador  de  hoje  não  poderá  criar  obstáculos  para  futura  administração:  não  poderá 
comprometer a futura administração, o futuro. Não posso dispor do  interesse público se  isso  irá 
comprometer a futura administração. 
Ex.1:  o  poder  público  realiza  concurso  público  para  fazer  a  escolha  dos  melhores  candidatos  – 
atendendo ao interesse público. Não fazendo concurso o administrador está abrindo mão do melhor interesse 
público, violando assim o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público. 
Uma nova corrente diz que o Princípio da Supremacia fundamenta a arbitrariedade, a ilegalidade, que 
este Princípio deveria ser desconstruído. Embora seja uma corrente minoritária, entende que esse princípio 
fundamenta a prática da ilegalidade. 
 
Site material de apoio artigo Alice Gonzales Borges – Supremacia do Interesse Público. 
6.2 Princípios Mínimos do Direito Administrativo 
Princípios  Mínimos  são  aqueles  que  estão  expressos  no  caput  do  art.  37  da  CF1  –  Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Este dispositivo foi alterado pela Emenda Constitucional 
19 de 1998. 
6.2.1 Princípio da Legalidade 
Previsto em diversos arts. 5º, 37, 84, 150 da CF. É um Princípio  indispensável para a manutenção do 
Estado  de  Direito  –  politicamente  organizado  e  que  obedece  às  suas  próprias  leis.  Possui  dois  enfoques 
diferentes: para o particular e para o administrador público. 
a. Para o Direito Privado: faz tudo o que não é proibido por lei. 
b. Para o Administrador Público:  é  somente o que  está  autorizado pela  lei, previsto  em  lei.  (Para 
concursos  da  FCC  há  um  conceito  específico  de  legalidade  que,  segundo  Seabra  Fagundes, 
administrar significa aplicar a lei de ofício). 
–Princípio da Legalidade é sinônimo do Princípio da Reserva de Lei? Não, pois o Princípio da Reserva de Lei 
significa  que  para  determinada  matéria  é  destinada  determinada  espécie  normativa  –  escolher  a  espécie 
normativa. Ex.: a matéria será tratada em Lei Complementar. 
Hoje o Princípio da Legalidade é entendido em sentido amplo, sempre que se pensa em  legalidade, 
pensa‐se em  legalidade em sentido amplo – tanto aplicação de  lei como de regras constitucionais. Aplicando 
uma regra da Constituição é uma forma de controle de legalidade. 
6.2.2 Princípio da Impessoalidade 
O  administrador  não  poderá  buscar  interesses  pessoais  dos  parentes,  amigos,  isto  é,  ausência  de 
subjetividade. Não pode perseguir  individuais. Dois  institutos que  estão  expressos  na CF  e  representam  a 
impessoalidade: licitação e concurso público. 
                                                            
1 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
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LICITAÇÃO 
Concurso  público  não  é  modalidade  de  licitação,  pois  concurso  público  tem  como  objetivo  o 
preenchimento, provimento de cargo público. O concurso da lei de licitação não serve para cargo, escolhe‐
se para trabalho técnico, artístico ou científico onde não ganhará cargo, mas prêmio ou remuneração. 
O  Princípio  da  Impessoalidade  traduz  a  ideia  de  que  o  administrador  deve  tratar  a  todos  sem 
discriminações  benéficas  ou  detrimentosas,  favoritismos  ou  preterições,  nem  simpatias  e  animosidades 
pessoais, políticas ou ideológicas podem interferir na atividade administrativo. Deve agir com igualdade, sem 
diferença de origem e detrimento de qualquer diferença – este é o conceito de impessoalidade segundo Celso 
Antônio Bandeira de Melo.  
O conceito é muito semelhante ao de isonomia, tendo‐se (em concurso) as duas alternativas, deve‐se 
optar pela Impessoalidade pois é o conceito de Celso Antônio Bandeira de Melo. 
Os  nossos  Princípios  estão  sempre  interligados  e  um  tem  relação  com  os  demais.  O  Princípio  da 
Impessoalidade relaciona‐se com a  Igualdade e  Isonomia, enquanto que o Princípio da Moralidade com o da 
boa‐fé. 
 
ÎDiferença entre o Princípio da Impessoalidade e o Princípio da Finalidade 
O Princípio da Impessoalidade o administrador deve atuar com ausência de subjetividade. 
CORRENTES: 
‐ Doutrina Tradicional (Hely Lopes Meireles): 
O Princípio da Finalidade é sinônimo de impessoalidade ou chamado também de imparcialidade, pois 
com o advento da CF/88 Finalidade e Imparcialidade foram chamadas de Impessoalidade. Ocorreu apenas uma 
substituição. 
‐ Doutrina Moderna (Celso Antônio Bandeira de Melo) 
São Princípios autônomos, apartados, separados – não são sinônimos.  Impessoalidade é ausência de 
subjetividade. Finalidade significaperseguir o espírito da lei, é desdobramento do Princípio da Legalidade. 
É possível cumprir o espírito da lei, sem cumprir a própria lei? É possível cumprir uma lei sem cumprir 
a  sua vontade maior, espírito? Não é possível  separar, pois quando  se atende à  finalidade maior atende‐se 
simultaneamente à lei.  
O art. 2º da Lei 9.784/992 – traduz bem a posição da doutrina moderna. 
Atualmente o que prevalece é a doutrina moderna, mas para concursos de nível médio é, tanto uma 
como a outra. 
O  ato  administrativo  não  é  do  servidor, mas  sim  do  ente 
público.  Quando  o  administrador  pratica  o  seu  ato  não  poderá 
praticar interesses pessoais, e mais, o ato não é próprio do servidor, 
é da entidade pública. Os atos administrativos são  impessoais. Ex.: 
feito  o  requerimento  para  certidão  de  quitação  de  tributos  a 
assinatura  do  funcionário  não  corresponde  ao  nome  de  quem 
concede a certidão. O ato é da administração e não do funcionário, 
portanto válido. 
 
 
   
                                                            
2  Art.  2º  A  Administração  Pública  obedecerá,  dentre  outros,  aos  princípios  da  legalidade,  finalidade,  motivação,  razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade,  ampla  defesa,  contraditório,  segurança  jurídica,  interesse  público  e  eficiência.Parágrafo  único. Nos 
processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I ‐ atuação conforme a lei e o Direito; II ‐ atendimento a fins 
de  interesse geral, vedada a  renúncia  total ou parcial de poderes ou  competências,  salvo autorização em  lei;  III  ‐ objetividade no 
atendimento do  interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;  IV  ‐ atuação  segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa‐fé; V ‐ divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; 
VI ‐ adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente 
necessárias ao atendimento do interesse público; VII ‐ indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; 
VIII – observância das  formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;  IX  ‐ adoção de  formas simples, suficientes 
para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X ‐ garantia dos direitos à comunicação, 
à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções 
e nas situações de litígio; XI ‐ proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII ‐ impulsão, de ofício, 
do processo  administrativo,  sem prejuízo da  atuação dos  interessados; XIII  ‐  interpretação da norma  administrativa da  forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 
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• Modalidades 
o Concorrência 
o Tomada de preços 
o Convite 
o Leilão 
o Pregão 
o Concurso 
 
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Quarta‐feira,  18  de  agosto  de  2010.  
6.2.3 Princípio da Moralidade 
É  uma  novidade  na  CF  de  1988,  enquanto  regra  expressa,  pois  sempre  a Administração  teve  essa 
obrigação  e  dever  de  moralidade.  Significa  honestidade,  lealdade,  que  age  de  boa‐fé,  que  obedece  aos 
Princípios Éticos, age com correção de atitudes. A moralidade administrativa é mais exigente do que a moral 
comum (correção de atitudes no convívio social), pois o administrador não deve agir só de forma correta, mas 
agir da melhor  forma para  a  administração. Boa  administração  é  eficiência, mas  é  também moralidade. A 
moralidade é um conceito vago. O  Judiciário geralmente não consegue anular um ato baseado somente no 
conceito de moralidade. 
A EC 45/04 cria o CNJ e o CNMP. 
O CNJ proíbe a nomeação e designação de parente na administração. No mesmo  sentido, o CNMP 
também proíbe expressamente o parentesco no Ministério Público. 
A Resolução n.º 7 do CNJ é que marca o nepotismo no Brasil. Essa não é a única, atualmente há umas 
três do CNJ e outras tantas do CNMP. 
Quando  o  parente  entra  por  concurso  não  há  proibição,  tampouco  imoral.  O  problema  está  para 
aquele que entra pelo favorecimento, sem concurso. 
Quando a Resolução  foi publicada os Tribunais resistiram em obedecer a Resolução, pois entendiam 
que o CNJ não tinha competência para impedir o nepotismo, em especial por Resolução. Com essa resistência 
a Resolução foi levada ao STF por meio de ação constitucional – ADI 12. 
O STF decidiu que a Resolução é constitucional, porque o  impedimento do nepotismo  representa a 
aplicação de  vários princípios  constitucionais,  entre  eles: moralidade,  impessoalidade,  eficiência,  isonomia 
etc. Esses quatro princípios justificam a proibição. 
O STF decidiu que o CNJ foi criado para  isso, e, portanto, tem competência para proibir o nepotismo 
no âmbito administrativo do Poder  Judiciário. Entendeu que Resolução é o ato normativo do CNJ, é o único 
instrumento de que poderia se utilizar. 
Quando o STF julgou essa ADI restou um grande desejo de legislar sobre o assunto e estender a todos 
os Poderes. O único instrumento que o Tribunal possui é a Súmula Vinculante, foi então que editou a Súmula 
Vinculante 13. 
Súmula Vinculante 13  ‐ A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em  linha reta, colateral ou 
por  afinidade,  até  o  TERCEIRO  GRAU,  inclusive,  da  autoridade  nomeante  ou  de  servidor  da  mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta EM 
QUALQUER  DOS  PODERES  DA  UNIÃO,  DOS  ESTADOS,  DO  DISTRITO  FEDERAL  E  DOS  MUNICÍPIOS, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, VIOLA a Constituição Federal.  
Fonte de Publicação: DJe nº 162, p. 1, em 29/8/2008. DOU de 29/8/2008, p. 1. Legislação: Constituição 
Federal de 1988, art. 37, “caput”. 
Por a Súmula ter sido feita sem terem sido consolidadas ou cristalizadas as decisões acerca do assunto, 
o enunciado ficou muito confuso. 
• SÚMULA VINCULANTE 13 – proíbe: 
o Relação de parentesco entre nomeante e nomeado. Por concurso é admitido. 
o Cargo de direção, chefia e assessoramento – na mesma pessoa  jurídica – mesmo que não esteja 
subordinado do nomeante. O parente não pode ocupar cargo em comissão e função de confiança 
o Na mesma pessoa jurídica (União, Estados, DF ou Municípios), em todos os Poderes, não poderão 
dois parentes ter função de confiança, gratificada ou de assessoramento. Ex.: uma pessoa que é 
servidora  do  Senado  nomeada  em  comissão  não  poderá  ter  sua  irmã  nomeada  em  função 
gratificada do cargo de analista da Justiça Federal. 
o Nepotismo  cruzado,  ajuste  mediante  designações  recíprocas.  Acordo  feito  entre  chefe  de  um 
poder de uma esfera com outro de outra esfera. 
o Agente  Político  está  fora da proibição da  Súmula Vinculante  13.  Poderá nomear parentes para 
secretários ou ministros. 
Súmula Vinculante não pode  ter espaço para  interpretação, deve encerrar uma decisão certa e não 
aberta para discussões. 
Cargos baseados na Confiança temos: 
 
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• Cargo  em  Comissão  (antes  da  CF/88  era  chamado  cargo  em  confiança)  –  serve  para  direção  chefia  e 
assessoramento. Pode ser atribuído a qualquer pessoa, não possui requisitos. 
Na  verdade  o  que  a  CF  fez,  pensando  na  continuidade  do  serviço  público,  foi  ter  reservado  um 
percentualmínimo para que só possa ser dado a quem ocupa cargo de carreira – aquele que foi aprovado por 
concurso público. Com isso o constituinte garantiu, no mínimo, que se tenha a continuidade do serviço. 
• Função de Confiança – é um conjunto de atribuições e responsabilidades. Hoje a única função prevista na 
CF garantida para o servidor público é a função de confiança. É baseada na confiança e serve para direção, 
chefia  e  assessoramento.  Só  pode  ser  atribuída  àquele  que  já  tem  um  cargo  efetivo  (depende  de 
concurso). 
Gratificação por função de confiança é um acréscimo na remuneração em razão do exercício de função 
de confiança, chefia ou assessoramento. 
6.2.4 Princípio da Publicidade 
A  Resolução  75  do  CNJ  foi  alterada  em  agosto  desse  ano,  embora  ainda  não  publicada.  O  CNMP 
também alterou a Resolução 40. 
Publicidade tem como palavra‐chave: conhecimento, divulgação, ciência. 
Devo dar ciência ao titular do  interesse conhecimento, ciência com o que estão fazendo com os seus 
interesses. Publicidade decorre do fato de que o administrador exerce atividade em nome do povo – o titular 
deve ter ciência. Decorre do fato de que o administrador exerce função pública, em nome e no  interesse do 
povo. 
‐ Na licitação modalidade convite não há publicidade? No convite não há publicação do edital no diário 
oficial, apenas convida os interessados, mas não significa que não tenha publicidade. 
Publicidade é muito mais amplo do que publicação. A publicidade pode se dar de diversas maneiras: 
mandando por AR, comunicação pessoal etc. Publicação é só uma das hipóteses de publicação. 
A partir do momento que se dá conhecimento, alguns desdobramentos são naturais: 
I. Condição de Eficácia do contrato: a partir do momento que se publica, dá conhecimento o ato 
passa a produzir efeitos. Ex.: se o administrador esqueceu de publicar o contrato, embora o 
seu  trâmite  tenha  ocorrido  dentro  dos  termos  legais,  será  anulado? Não,  apenas  não  será 
eficaz – art. 61, § ún. da Lei 8.666/93. 
II. Início da contagem de prazo: é da publicidade que  se dá o  início de contagem de prazo. O 
termo inicial não é a assinatura, mas sim a publicidade desse contrato. Ex.: o recebimento em 
casa, a ciência da notificação de infração é que se dá o início do prazo para defesa. 
III. Instrumento  de  controle:  proporciona  que  o  cidadão  fiscalize  a  execução  dos  atos.  Ex.:  as 
contas municipais devem ficar a disposição do povo para conferência e questionamento. 
É cabível a Impetração de Habeas Data, somente para conhecimento ou alteração de direitos pessoais. 
Ex.:  informação de  interesse pessoal nos documentos de  formação de uma empresa,  são obtidos, caso não 
permitido a consulta, por meio de Mandado de Segurança. 
Regra  geral  o  administrador deve dar publicidade  aos  atos.  Excepcionalmente  isso não  irá ocorrer, 
como nos casos de: 
ƒ Intimidade 
ƒ Vida privada 
ƒ Honra 
ƒ Imagem das pessoas 
ƒ Risco de segurança da sociedade e do Estado 
Se  na  publicidade  violar  os  direitos  acima  enumerados  não  deverão  ser  publicados  os  atos  da 
administração. 
Todos têm direito à informação, salvo quando colocar em risco a segurança da sociedade e do Estado ‐ 
(art. 5º, XXXIII da CF). Ex.: alguém tem conhecimento que o país sofrerá um ataque terrorista, dirige‐se até o 
exército  e  requisita  informações.  Poderá  ser  negada  a  informação  em  razão  do  interesse  da  segurança  da 
sociedade e do Estado. 
Os  atos  processuais  correrão  em  sigilo,  embora  possa  ocorrer  também  na  via  administrativa.  Ex.: 
médico  que  se  suspeita  ter  praticado  erro  médico  e  sob  processo  no  Conselho  de  Medicina.  Então  os 
processos ético‐disciplinares estão submetidos ao sigilo, mas a publicação da decisão deverá ser feita. 
 
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O administrador tem dever de publicar, mas se não publicar irá praticar improbidade administrativa – 
art. 11 da Lei 8.429/923. 
Art.  37,  §1º  da  CF4  ‐  não  poderá  haver  promoção  pessoal,  pois  também  pratica  improbidade 
administrativa. 
O simples fato de conter o nome do administrador não significa necessariamente promoção pessoal. 
Deve‐se avaliar com bom senso se está constando o nome para  informar ou para promoção pessoal – cada 
caso deverá ser analisado em particular. 
Antigamente o nome de bens públicos eram dados após a morte das pessoas públicas. Atualmente, o 
agente público nomeia o bem com o seu próprio nome ou é dado com nome de pessoa viva o que caracteriza 
promoção pessoal. 
6.2.5 Princípio da Eficiência 
O Princípio da Eficiência tem várias ideias atreladas ao seu conceito. 
Ganhou roupagem de dispositivo expresso na Constituição Federal a partir da EC 19/98. Não há dúvida 
de que mesmo antes da Emenda já existia o dever de Eficiência. 
‐ O Princípio da Eficiência  se  torna  regra expressa na CF a partir da EC 20/98? A EC 19 e 20 são de 1998 e 
tratam de reforma administrativa, mas a EC 19 foi a que tomou mais  importância. A EC 20 menciona mais o 
art. 40, aposentadoria do servidor público (chamada reforma da Previdência). 
Eficiência exige: 
ƒ Ausência de desperdícios; 
ƒ Economia – contratar o melhor preço. 
ƒ Agilidade – presteza, rapidez; 
ƒ Produtividade. 
Em  1998  o  constituinte  dispôs  como  regra  expressa  no  art.  37,  isso  apenas  não  faz  com  que  a 
administração cumpra. Para tanto, FORAM CRIADOS  INSTRUMENTOS, mecanismos para que se concretize e 
viabilize o Princípio da Eficiência e a própria EC 19 ajuda para isso. 
A discussão se baseava de que até então falta de eficiência da administração estava atrelada à garantia 
de estabilidade do servidor público e deveria ser extinta. A EC 19 alterou a estabilidade embora não a tenha 
extinguido – art. 41 da CF. Atualmente, um servidor público no Brasil deve passar em um concurso, nomeado 
para cargo efetivo, entrará em exercício, exigindo 3 anos de exercício para estabilidade,  tendo comprovado 
pelo  exame  de  eficiência,  ou  seja,  aprovado  na  avaliação  especial  de  desempenho.  Essa  avaliação  foi 
introduzida para efetivar a eficiência. 
Essa  avaliação  não  possui  lei  regulamentadora  –  não  existe  uma  norma  geral,  dependerá  de  cada 
carreira. Ainda não foi feita para a maioria das carreiras do Brasil. 
O servidor poderá perder a estabilidade via processo administrativo com contraditório e ampla defesa, 
decisão judicial transitada em julgada e se não aprovado na avaliação periódica de eficiência. Tem força de dar 
aplicação ao Princípio da Eficiência. 
Essa  avaliação  também  depende  de  regulamentação  e  na maioria  das  carreiras  não  está  definida. 
Antes da EC já existia avaliação periódica, mas não tinha o poder de exonerar o servidor. Atualmente não foi 
regulamentada e também não possui muita validade prática. 
Até  1998  não  se  tinha  controle  das  contas  públicas  e  na  maioria  das  vezes  se  gastava  tudo  com 
despesa de pessoal e folha de pagamento, com isso o constituinte, buscando complementar a eficiência, altera 
                                                            
3 Art. 11. Constitui ato de  improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer AÇÃO ou 
OMISSÃO que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I ‐ praticar ato 
visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II ‐ retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício; III ‐ revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em 
segredo; IV ‐ negar publicidade aos atos oficiais; V ‐ frustrar a licitude de concurso público; VI ‐ deixar de prestar contas quando esteja 
obrigadoa  fazê‐lo; VII  ‐ revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial,  teor de 
medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
4 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de  legalidade,  impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)  [...] § 1º  ‐ A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos  deverá  ter  caráter  educativo,  informativo  ou  de  orientação  social,  dela NÃO  PODENDO  CONSTAR  nomes,  símbolos  ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
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o  art.  169  da  CF5.  O  limite  será  previsto  em  Lei  Complementar  (Lei  Complementar  101  –  Lei  de 
Responsabilidade Fiscal – para concursos de procuradorias, AGU, Banco Central). Para a União 50%, Estados e 
Municípios até 60%. 
A redução foi chamada de Racionalização da Máquina Administrativa: 
1. Cargo em comissão e função de confiança – redução de pelo menos 20% dos cargos. 
2. Servidores não estáveis – cortará de acordo com a necessidade. A escolha será de acordo com 
a importância ou desnecessidade. 
3. Servidores estáveis 
Só é possível passar de uma regra para outra depois de cumprido a anterior. Para enxugar a máquina o 
servidor será exonerado (e não demitido), ou seja, não tem caráter de penalidade. 
Servidor  estável  exonerado  tem  direito  à  indenização  que  é  calculada  com  base  em  cada  ano  de 
serviço. 
A  eficiência  exige  do  administrador  público MEIOS  e  RESULTADOS.  A  eficiência  está  presente  nos 
meios (menor valor possível) e nos resultados (melhor resultado possível). 
Celso Antonio Bandeira de Melo diz que apesar de todos esses instrumentos é muito indeterminado e 
ainda não saiu do papel. O conceito  indeterminado e o Princípio da Eficiência continua sendo uma utopia – 
não produziu os efeitos desejados. 
6.2.6 Princípio da Isonomia 
Tratar os  iguais de  forma  igual e os desiguais na medida de  sua desigualdade. O problema está em 
definir a igualdade e a medida das desigualdades. 
No caso prático deve‐se: 
‐ Verificar qual o fator de discriminação? 
‐  Verificar  se  esse  fator  está  compatível  com  o  objetivo  da  norma?  Se  o  fator  de  discriminação  estiver 
compatível com a norma não viola a isonomia. 
Concurso para salva‐vidas, diz o edital que deficiente físico de cadeira de rodas não poderá prestar – 
não  viola  a  isonomia.  Concurso  da  polícia  para  cargo  administrativo  impedia  deficiente  físico  –  viola  a 
isonomia. 
Concurso para delegado de polícia  impedindo que se preste provas pessoas com  tamanho  inferior a 
1,5 metros – ofende a isonomia. 
Concurso para gari exigia que o concursando deveria  ter 5 dentes na arcada superior e 5 dentes na 
arcada inferior – viola a isonomia. 
As exigências de concurso devem ser compatíveis,  justificadas nas atribuições do cargo. Deve ainda, 
estar prevista na lei da carreira e no edital.  
A  atividade  jurídica  passa  a  ser  exigida  para  o MP  e Magistratura  e muitas  outras  carreiras,  como 
Defensoria e Procuradorias, buscaram incluir a exigência. Não puderam, pois na maioria das vezes não estava 
previsto na lei da carreira. 
O EXAME PSICOTÉCNICO deve estar previsto na lei da carreira e os parâmetros objetivos. Deve ainda, 
garantir direito de recurso. 
 
                                                            
5 Art. 169. A despesa com pessoal ativo e  inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os 
limites estabelecidos em  lei complementar. [...] § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o 
prazo  fixado na  lei  complementar  referida no  caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as  seguintes 
providências:   (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)  I  ‐  redução em pelo menos vinte por  cento das despesas  com 
cargos em comissão e funções de confiança;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II ‐ exoneração dos servidores não 
estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem 
suficientes  para  assegurar  o  cumprimento  da  determinação  da  lei  complementar  referida  neste  artigo,  o  servidor  estável  poderá 
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade  funcional, o órgão ou unidade 
administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º O servidor que perder o cargo 
na  forma do parágrafo anterior  fará  jus a  indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.  (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, 
vedada  a  criação de  cargo, emprego ou  função  com  atribuições  iguais ou  assemelhadas pelo prazo de quatro  anos.  (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto 
no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO > Princípios Mínimos do Direito Administrativo 
Lembrar que a função gratificada é para os que são funcionários públicos e para a Súmula Vinculante, 
não poderá ocupar se tiver algum outro parente na mesma pessoa  jurídica também em função ou cargo em 
comissão. Contudo, poderá exercer o cargo que estiver concursado. 
Sujeito que ocupa cargo em comissão em autarquia. O seu irmão pode ser nomeado para o Tribunal de 
Contas do Estado? Como se fala em duas pessoas jurídicas diferentes seria possível assumir o cargo. 
Se juiz federal nomear filho de desembargador do Tribunal de Justiça e este não nomear ninguém em 
relação ao juiz federal. Não irá configurar o nepotismo, pois exige nomeações recíprocas 
É possível a nomeação de agente político. 
AGENTE POLÍTICO: é todo aquele que manifesta a vontade do estado, tem o poder de constituir, no 
comando  de  cada  poder.  Chefe  do  Executivo  e  respectivos Vices  e  seus  auxiliares  imediatos, Ministros  e 
Secretários,  membros  do  Legislativo  (todos),  Magistrados  e  membros  do  MP.  Ministro  de  carreira  ou 
Conselheiro  do  Tribunal  de  Contas  e Agentes  de  Carreira Diplomática  não  são  pacificamente  considerados 
como agentes políticos. 
Há  jurisprudência  define  que  o  edital  preveja  a  publicação  dos  demais  editais  dele  decorrentes. 
Ninguém pode ser compelido a lei diário oficial todos os dias. 
O prazo de validade pode ser a partir da assinatura do contrato, mas a eficácia somente correrá após 
sua publicação. 
O  STF  entende  que  agente  político  pode  responder  por  ato  de  improbidade  e  crime  de 
responsabilidade e serão julgados em primeira instância. 
(próxima aula razoabilidade e proporcionalidade – ver ADPF 45). 
   
 
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO > Princípio da Razoabilidade 
Sexta‐feira,  20  de  agosto  de  2010.  
6.3 Princípio da Razoabilidade 
Agir  de  forma  lógica,  agir  de  forma  coerente,  com  congruência. O  administrador  não  deve  agir  de 
forma descontrolada, tresloucada. 
Para os administrativistas a Proporcionalidade é um aspecto da do Princípio da Razoabilidade. 
Proporcionalidade é um equilíbrio entre o ato e o meio que se adota (atos X medidas). 
Esse princípio é importantíssimo na aplicação

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