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PEDAGOGIA UNIVESP PRODUÇÃO DE TEXTO sem3

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PEDAGOGIA UNIVESP – 1º BIMESTRE
PRODUÇÃO DE TEXTO E COMUNICAÇÃO
Atividade para avaliação - Semana 3
 
No primeiro bloco da disciplina, apresentamos conceitos e polêmicas relativas ao tema da língua. Com base no que foi visto, responda às seguintes questões:
 
QUESTÃO 01) 
(2 Pontos) O conceito de letramento trouxe importantes implicações não só para a compreensão da sociedade leitora, como para a prática pedagógica. Explique essa afirmação, justificando-a.
Por muitos anos acreditou-se que o processo de alfabetização deveria contemplar o ensino da escrita e leitura, ou seja, a codificação e decodificação das palavras. Porém, este conceito foi mudando conforme se percebeu que, não adianta ensinar esse processo sem oferecer ao aluno os estímulos para que ele possa compreender e dominar o mundo letrado. Segundo a professora Magda Soares, letramento é o processo de desenvolvimento das habilidades de uso da leitura e da escrita, num contexto social e cultural. 
Sem o desenvolvimento correto do letramento, o indivíduo, ainda que alfabetizado, acaba tendo seu universo restrito a práticas de escrita reduzidas, com listas de compras, receitas, pequenos recados, por exemplo. Torna-se limitado no que diz respeito ao amplo universo da própria língua. Além disso, o processo de letramento, em que há a inclusão do leitor, faz com que este indivíduo reflita sobre esta leitura e seu contexto, formulando suas ideias e impressões ao redor das informações, construindo seus próprios pensamentos e desenvolvendo processos cognitivos.
No âmbito pedagógico, a partir do momento que a escola passa a compreender a importância do letramento, há uma mudança na forma como a alfabetização é executada. As práticas pedagógicas evoluem para o “alfabetizar letrando”, ou seja, introduzir os estudos da escrita e leitura, desde o início, em meio ao máximo de experiências possíveis com o mundo letrado. A alfabetização e o letramento passam a ser trabalhados em conjunto, a fim de envolver o aluno no contexto da leitura e contextualizar as práticas de estudo ao universo do aluno. Criando assim uma constante troca no processo de ensino e de aprendizagem. 
 
QUESTÃO 02) 
(2 Pontos) Em que sentido se pode dizer que a gramática normativa se opõe à língua falada pelas pessoas no cotidiano, podendo até gerar comportamentos de discriminação linguística.
A Língua, assim como a linguagem, é viva, ou seja, está em constante mutação. Isso vale tanto para a língua falada, como para a escrita. No entanto, a língua falada é mais natural e flexível do que a gramática normativa que, por se tratar do conjunto de normas e regras que regem a língua, tende a aceitar essas mudanças de forma mais lenta. Além disso, não se pode descartar o fato de que a gramática normativa sofre menos influência das regionalizações do que a língua falada. Assim, utilizar as normas gramaticais, em sua plenitude, no dia-a-dia da língua falada se torna algo difícil, visto que, todo agente locutor quer que sua mensagem seja facilmente compreendida. 
A linguagem oral é algo que adquirimos naturalmente, desde a tenra infância, e vamos desenvolvendo ao longo de toda a vida. Já a gramática normativa é algo que passamos a aprender somente a partir da alfabetização e letramento. A proximidade da Língua falada à gramática normativa vai depender de uma série de fatores que vão além dos educacionais. Está relacionada, também, ao meio social, familiar e cultural do indivíduo. No entanto, nem mesmo dentre os mais letrados, encontraremos pessoas que, no cotidiano, falam exclusivamente utilizando às regras gramaticais.
Discriminar ou rotular um indivíduo quando sua fala não corresponde com as regras da gramática normativa seria ignorar tudo isso. Além de contribuir para os tão combatidos comandos para gramaticais, que distorcem as verdadeiras funções do ensinamento da língua e até contribuem para o seu empobrecimento, visto que ignorar e oprimir a língua falada de um povo seria tirar da língua seu aspecto vivo.
 
QUESTÃO 03)
(1 Pontos) Embora não sejam necessariamente excludentes, as diferentes funções da língua podem ser discriminadas nos seguintes exemplos:
Função informativa
Função conativa
Função metalinguística
Função lúdica
Função emotiva
( b ) Não vote em candidatos corruptos! 
( a ) O congresso aprovou a realização de eleições em outubro. 
( c ) Como todos os substantivos comuns, a palavra eleição é escrita com letra minúscula. 
( e ) Eu não gosto de políticos corruptos. 
( d ) Nas próximas eleições teremos vários candidatos: o “mala de dinheiro”, o “propina”, o “eu-não-sei-de nada” e o “rouba-mas-faz”.
 
 
QUESTÃO 04)
(0,5 Pontos cada item) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações
( F ) Brasileiros e portugueses nem sempre se entendem porque eles falam línguas diferentes.
( F ) A gramática descritiva costuma descrever normas e regras para o uso correto da língua.
( F ) De acordo com a concepção dialógica de língua, a aprendizagem da leitura pode ser definida como a capacidade de decodificar letras e sons.
( V ) Analfabeto funcional é a condição de muitos brasileiros que, mesmo tendo aprendido a ler e escrever, são incapazes de fazer uso das práticas de escrita.
( V ) A língua é um sistema vivo e dinâmico porque se perpetua e se renova pelas constantes manifestações dos homens, admitindo diversas formas de variação.
( V ) Toda língua é linguagem, mas nem todas as linguagens são línguas.
( F ) As línguas são sistemas estáveis já que todos os significados dos idiomas estão devidamente registrados nos dicionários.
( V ) Quando aprendem a falar, as crianças já interiorizam uma gramática que organiza a sua produção linguística.
( F ) É possível encontrar pessoas alfabetizadas pouco letradas, mas é impossível encontrar pessoas analfabetas letradas.
( V ) A fala ou a escrita de cada pessoa, em cada momento, é uma produção linguística singular, construída em função de contextos, interlocutores e propósitos específicos. No entanto, ela está sempre relacionada com uma ampla esfera discursiva, isto é, vinculada a outras manifestações linguísticas da sociedade.
REFERÊNCIAS
ALFABETIZAÇÃO e Letramento. Magda Soares. Produção: Alfaletrar Cenpec. Local: Brasil, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k5NFXwghLQ8. Acesso em: 8 set. 2018.
COLELLO, S. A Construção do Conhecimento no Ensino da Língua Escrita: da Teoria à Prática. Revista Internacional d´Humanitats - CEMOrOc-Feusp. São Paulo/Barcelona, ano 10, n. 13, p. 25-30, 2007.
______. Dimensões do Ler e Escrever na Revisão dos Paradigmas Escolares. Notandum - CEMOrOC-Feusp. São Paulo/Porto, ano 13, n. 23, p. 63-64, mai./ago. 2010.
______. A escola que (não) ensina a escrever. 2ª edição revisada. São Paulo: Summus, 2012. 272p.
D 04 - O Que é Linguagem (1/2). Produção: Universidade do estado de São Paulo. Local: São Paulo: Univesp Tv, 2010. Disponível em: https://www.youtube.com/watch ?v =I1Zusz__3e8. Acesso em: 8 set. 2018.
ENSINAR a ler ou formar o leitor?! Silvia Colello. Conaler, 2017. Local: Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NR4ZeBGUodw. Acesso em: 8 set. 2018.
GRAMÁTICA, O que é? Roberto de Souza Matos Filho. Canal de vídeos do Professor Roberto Matos - Português, Espanhol e Sociologia, 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=gefBet9jlW4. Acesso em: 8 set. 2018.
LICENCIATURA Univesp – Leitura e Produção de Texto – 1º Bimestre. Produção: Universidade do estado de São Paulo. Local: São Paulo: Univesp Tv, 2014. 06 vídeos. Disponível em: <https://www.youtube.com/playlist?list=PLxI8Can9yAHemh_YJh9GtkI UljZbI7Tvw>. Acesso em: 8 set. 2018.
PRECONCEITO linguístico - não sou burro #1. ThiZilio. Produção: Parábola Editorial. Local: Brasil, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue =1&v=fHLZgikt1d8. Acesso em: 8 set. 2018.
SOARES, M. Letramento - Um tema de três gêneros. 3. Ed. Editora Autêntica, Belo Horizonte. 2009. 128p.

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