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Relatório e Casos Concretos.

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RELATÓRIO DAS AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
Paula Valente Ferreira 201403180921
AULA 1
1.1. Inconstitucionalidade
Em primeiro lugar, para estudarmos controle de constitucionalidade, se faz necessário analisar o que é a inconstitucionalidade, sendo essa definida por Gilmar Mendes como uma relação, na qual figura como parâmetro a Constituição.
A inconstitucionalidade pode ter como objeto não apenas atos normativos, mas também atos administrativos e decisões judiciais, contudo, os primeiros são geralmente objeto de um estudo mais minucioso.
1.2. Tipos de inconstitucionalidade
Nesse tópico trataremos apenas das principais espécies de inconstitucionalidade. Outras categorias são dispensáveis para o nosso estudo até o presente momento.
a) Formal x material: a primeira deriva da incompatibilidade do processo legislativo com a constituição; e, a segunda, dos próprios objetivos e regras da constituição, o seu conteúdo de fato.
b) Originária x superveniente: na primeira, o ato em questão já nasce inconstitucional, ou seja, em desacordo com a lei vigente; na segunda, o ato nasce de acordo com a constituição, mas, posteriormente, é promulgada uma nova constituição ou a constituição originária é alterada e o ato passa a estar em desacordo com ela.
c) Por ação x por omissão: a primeira se apresenta por meio de uma conduta positiva, ocorre com a edição de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a sistemática constitucional; segunda advém, por seu turno, de uma abstenção. O Poder Público, no momento em que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional.
d) Direta x indireta: a direta atinge as normas primárias, acima conceituadas; a indireta se verifica quando um decreto do Executivo, por exemplo, que está pautado em lei e serve para regulamentá-la, está em desacordo com a constituição.
Obs1.: As normas que padecem de inconstitucionalidade formal superveniente, no direito brasileiro, ganham o status definido no novo texto legal, ou seja, assumem uma nova “roupagem”, por exemplo, o CTN, embora tenha sido elaborado com quorum de lei ordinária, foi recepcionado pela norma ordem como lei complementar.
Obs2.: A inconstitucionalidade material superveniente não pode ser alvo de uma ADI, pois o STF entende que não se trata de inconstitucionalidade, mas sim de não-recepção.
Obs3.: A inconstitucionalidade indireta pode se dar por dois motivos: a) a norma regulamentadora da lei está em desacordo com a constituição em razão de a lei também estar: nesse caso, ocorrendo a inconstitucionalidade da lei, a norma regulamentadora (um decreto, por exemplo) também será declarada inconstitucional; b) a norma regulamentadora da lei está em desacordo com a constituição, mas a lei não está: nesse caso, o vício é de ilegalidade antes de ser um vício de inconstitucionalidade, pois se a lei está de acordo com a constituição também está em desacordo com aquilo que fere o texto constitucional, no caso a norma regulamentadora. Nos dois casos não haverá controle de constitucionalidade por ADI diretamente sobre as normas regulamentadoras.
Obs4.: A norma regulamentadora também pode estar criando regras que não sejam apenas regulamentadoras, mas sim emitindo um novo regramento em matéria reservada à lei, sem qualquer observância ao texto legal, fugindo de seu escopo. Nesse caso, teremos um decreto autônomo e, este está sujeito ao controle de constitucionalidade por meio de ADI.
A inconstitucionalidade por omissão é um remédio contra a ineficácia da constituição de forma concentrada, diferente da ADI, que é de forma difusa.
Caso concreto 0
Julgue verdadeiro ou falso, justificando:
Pela referida teoria da inconstitucionalidade por “arrastamento” ou “atração” ou “inconstitucionalidade consequente de preceitos não impugnados”, se em determinado processo de controle concentrado de constitucionalidade for julgada inconstitucional a norma principal, em futuro processo, outra norma não dependente daquela que foi declarada inconstitucional em processo anterior — tendo em vista a relação de autonomia que entre elas existe – não o será. V ou F?
Verdadeira. Esrou tratando de uma norma autônoma, não dependente da lei.; logo, se ela não tem ligação com alei, não há motivo para declará-la inconstitucional por arrastamento (que exige dependência entre norma regulamentadora e lei).
Em havendo inconstitucionalidade formal subsequente, o ato normativo não será recepcionado pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Falso. Será recepcionado assumindo o status que a nova Constituição Federal ou o novo texto constitucional designa a esta norma.
A inconstitucionalidade pode ser terminantemente definida como uma relação forjada entre a Constituição – como parâmetro – e os atos normativos – como objeto.
Falso. Porque também se sujeitam à inconstitucionalidade de atos materialmente administrativos e decisões judiciais.
As normas ditas programáticas estão sempre sujeitas ao controle de constitucionalidade, seja por ação ou omissão.
Falso. Pois as normas programáticas apenas são passíveis de controle de constitucionalidade por omissão em se tratando de mínimo existencial.
AULA 2
2.1. ADO – Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Trata-se de ação de controle de constitucionalidade em abstrato, concentrado e em tese, decorrente de uma inconstitucionalidade por omissão. Quando a omissão for da Administração Pública, ela tem até 30 dias para sanar, quando for do Poder Executivo e Legislativo vide o capítulo Efeitos da ADO.
2.2. Legitimidade ativa
(Art. 103, CF): Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; Procurador-Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Obs1.: Governador, Mesa da Assembleia ou Câmara Legislativa e confederação sindical são considerados legitimados interessados, ou seja, só podem propor ação direta em caso de pertinência temática, que dizer, em caso que tenham interesse. 
Obs2.: Representação no Congresso Nacional significa ao menos 1 parlamentar em qualquer das casas, o entendimento mais recente do STF é no sentido de que, uma vez proposta a ADO, a ação segue caso haja perda de representação.
2.3. Legitimidade passiva
Órgão que tem a obrigação de editar a lei ou ato normativo.
2.4. Objeto
Suprir uma omissão total ou parcial decorrente de uma norma constitucional de eficácia limitada ou instar o órgão competente à fazê-lo.
2.4.1. Omissão total
Ocorre quando não há edição de lei ou ato normativo referente ao dispositivo.
2.4.2. Omissão parcial
Ocorre quando, apesar da edição de lei ou ato normativo, o direito ainda não está garantido a todos ou a parcela dos indivíduos. Se subdivide em propriamente dita: quando a lei não promove um nível adequado de satisfação a um direito (por exemplo, um salário-mínimo muito baixo); e relativa: quando a lei não contempla a todas as classes (por exemplo, a lei de greves, que tratava apenas de empregados do setor privado).
2.5. Parâmetro
A ADO vai ser sempre analisada em função de uma norma constitucional de eficácia limitada (art. 103, §2º, CF).
2.6. Competência
STF.
2.7. Efeitos da ADO
Aplica-se à ADO as mesmas posições criadas na jurisprudência para os efeitos do MI, contudo, por se tratar de processo objetivo, entendemos as posições concretistas intermediárias são incabíveis em ADO.
2.8. Medida cautelar em ADO
Após as alterações trazidas pela lei nº 12.063/09, passou-se a ter previsão quanto a possibilidade do manejo da medida cautelar em sede de ADO, cuja previsão está delineada na SeçãoII da Lei nº 9868/99. Atenção para seus requisitos: mínimo de 8 membros + maioria absoluta. 
2.9. Mandado de Injunção
Trata-se de ação cujo fito é conseguir a tutela de um direito, sendo a inconstitucionalidade por omissão uma questão incidental que deve ser enfrentada para tanto.
Neste contexto, a Constituição Federal previu apenas quatro órgãos do Poder Judiciário como competentes para julgar o mandado de injunção, quais sejam: o STF (art. 102, I, q), o STJ (art. 105, I, h), o TSE (art. 121, § 4º, V) e o TRE (art. 121, § 4º, V), vejamos:
“ Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:(...)
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justi�ça:
I - processar e julgar, originariamente:(...)
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
Art.121(...)
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:(...)
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.”
A competência do mandado de injunção, como se pode perceber, não se concentra em apenas um órgão, bem como não pode ser objeto de qualquer juízo ou Tribunal, devendo, portanto, conforme já frisado, ter previsão na Constituição Federal, na Constituição Estadual ou em lei federal. Por estas peculiaridades a doutrina tem definido o mandado de injunção como um instrumento de controle difuso limitado.
2.10. Parâmetro
Constituição Federal, na forma do art. 5º, LXXI, determina de modo genérico quais as categorias abrangíveis pelo mandado de injunção: direitos e liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Deste modo, resta a doutrina e a jurisprudência a definição de quais serão os parâmetros amparados por esta via.
A doutrina, neste ponto, diverge. Para a doutrina majoritária, a exemplo dos ensinamentos do professor Manoel Gonçalves[5], o objeto de controle do mandado de injunção deve ser interpretado restritivamente, não alcançando outros direitos, como os direitos sociais. Por sua vez, para o professor José Afonso da Silva[6], o parâmetro de controle deve adotar uma interpretação extensiva, de modo a incluir quaisquer direitos previstos em uma norma de eficácia limitada. Nesse sentido, entendeu o Supremo Tribunal Federal no julgamento do MI 361.
2.12. Medida Liminar
“MANDADO DE INJUNÇÃO - LIMINAR. Os pronunciamentos da Corte são reiterados sobre a impossibilidade de se implementar liminar em mandado de injunção - Mandados de Injunção nºs 283, 542, 631, 636, 652 e 694, relatados pelos ministros Sepúlveda Pertence, Celso de Mello, Ilmar Galvão, Maurício Corrêa, Ellen Gracie e por mim, respectivamente. AÇÃO CAUTELAR - LIMINAR. Descabe o ajuizamento de ação cautelar para ter-se, relativamente a mandado de injunção, a concessão de medida acauteladora" 
Supremo Tribunal Federal. AC 124 AgR. Relator: Marco Aurélio, Tribunal Pleno,  julgado em 23/09/2004. 
2.13. Efeitos da decisão
Posição não-concretista: em função da divisão dos poderes (art. 2º da CF), o Judiciário somente pode alertar a mora quando a omissão advir do Legislativo. 
O judiciário não pode criar norma para o caso concreto.
b) Posição concretista intermediária indireta: o Judiciário dá prazo ao Legislativo para sanar uma omissão e, passado o prazo, cria norma para o caso concreto.
c) Posição concretista intermediária direta: o Judiciário, sem dar prazo ao Legislativo para sanar uma omissão, cria norma para o caso concreto.
d) Posição concretista geral: o Judiciário cria uma regra que vale para todos, legislando, na prática.
O STF foi evoluindo em seu entendimento até chegar a essa última posição, que é a mais recente, adotada no caso da greve dos servidores públicos.
Caso Concreto 1
Questão discursiva:
(OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir. 
Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? 
Sim. O STF entende que a teoria concretista individual pode ser aplicada quando for dado o provimento ao MI.
A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? 
Pelo princípio da simetria constitucional, é permitido aos Estados-membros estabelecerem em suas respectivas Constituições Estaduais o órgão competente para o processo e julgamento de mandados de injunção contra omissão legislativa estadual. Logo, cabe ao STJ.
Questão objetiva:
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. 
a) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF. 
b) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF.
c) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade. 
d) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora.
AULA 3
3.1. Ação Direta de Inconstitucionalidade
Trata-se do controle abstrato, concentrado e em tese da constitucionalidade por ação. Ela tem como objeto leis ou atos normativos federais e/ou estaduais e seu julgamento é de competência do STF.
3.2. Efeito erga omnes
Significa que aquela decisão gera efeitos para todos e em todos os lugares.
3.3. Efeito repristinatório
Significa que a lei que foi revogada por uma outra lei que não era constitucional deve voltar à vigência, pois a lei que a revogou nunca deveria ter gerado efeitos no plano legal.
3.4. O efeito vinculante e a utilização da Reclamação
A decisão ADI vincula a Administração Pública, direto e indireta, federal, estadual, municipal e distrital, além do Poder Judiciário e oremédio para o seu descumprimento está no art. 988 e seguintes do CPC.
Súmula vinculante não está sujeita a controle de constitucionalidade por ADI.
3.5. Efeitos no tempo: retroatividade e modulação temporal
A ADI tem efeitos ex-tunc, retroage no tempo, contudo, seus efeitos podem ser modulados de acordo com a Lei 9.868.
3.6. Interpretação conforme a CF e inconstitucionalidade parcial sem redução de texto
A ADI pode declarar a inconstitucionalidade de interpretações da lei também, como é a interpretação conforme a constituição, na qual o órgão de controle elimina a inconstitucionalidade excluindo determinadas possibilidade interpretativas (entender família somente como homem e mulher); e da declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, que afasta hipóteses de aplicação da norma, que aparentemente seriam constitucionais, mas que a levaria a uma inconstitucionalidade na hipótese em concreto (por exemplo, o teto para benefícios previdenciários foi declarado inconstitucional para licença gestante). 
3.7. A cautelar na ADI
Prevista na Lei 9.868 de 1999, assim como a ADO.
3.8. Representação de inconstitucionalidade (ADI estadual)
Prevista nas Constituições Estaduais em razão de previsão na Constituição Federal.
3.9. Objeto
Lei ou ato normativo estadual ou municipal.
3.10. Parâmetro
Constituição Estadual ou Lei Orgânica do DF.
3.11. Legitimados
Governador do Estado, Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa, Procurador Geral de Justiça, Prefeito, Mesa da Câmara dos Vereadores, OAB (regional), Partido Político com Representação na Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa (diretório regional), confederação sindical. 
Exemplo: RI foi proposta em relação à Constituição Estadual fluminense em razão de alguns benefícios de ICMS concedidos no governo Cabral não terem observado as Resoluções CONFAZ, requisito dessa constituição.
3.12. ADI x RI
Se as duas forem proprostas ao mesmo tempo, suspende-se a RI até o julgamento da ADI.
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE DA REQUERENTE E PERTINÊNCIA TEMÁTICA. RESTRIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DE CONTAS. SOBRESTAMENTO DA AÇÃO DIRETA NO ÂMBITO ESTADUAL ATÉ O JULGAMENTO DO MÉRITO DA QUE TRAMITA PERANTE O STF. COMPETÊNCIA DESTE. (…..) 5. Se a ADI é proposta inicialmente perante o Tribunal de Justiça local e a violação suscitada diz respeito a preceitos da Carta da República, de reprodução obrigatória pelos Estados-membros, deve o Supremo Tribunal Federal, nesta parte, julgar a ação, suspendendo-se a de lá; se além das disposições constitucionais federais há outros fundamentos envolvendo dispositivos da Constituição do Estado, a ação ali em curso deverá ser sobrestada até que esta Corte julgue em definitivo o mérito da controvérsia. Precedente. (ADI n. 2.361- MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Plenário, DJ de 01.08.03) 
OBS: ESSE CAPÍTULO DEVE SER COMPLETADO COM A PARTE ESPECÍFICA DE PROCEDIMENTOS: O NÃO CABIMENTO DE RECURSOS, O PAPEL DA AGU NO DECORRER DO TEMPO, ETC.
Caso Concreto 2
Questão discursiva 1:
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
Sim. A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela câmara municipal, conforme determina o artigo 26, inciso V, da CF/88. Além disso também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o principio da separação de poderes, previsto no artigo 2º da CF/88.
A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique.
Não. A norma municipal não pode ser objeto de ADI perante o STF, conforme estabele o artigo 102, alínea a da CF/88.
Questão discursiva 2:
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
Fica suspensa o julgamento da ADI estadual até que a ADI seja votada.
Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique.
Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso, há clara violação ao art. 19, III, CF, pois criou-se diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade.
Questão objetiva:
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade.
AULA 4
4.1. Ação Declaratória de Constitucionalidade
Proposta para transformar uma presunção de constitucionalidade relativa em absoluta.
4.2. Legitimidade ativa e Legitimidade passiva
Ativa: semelhante à ADI / passiva: não há.
4.3. Objeto
Lei ou ato normativo federal.
Diferente da ADI, que se trata de ato normativo estadual.
4.4. A controvérsia relevante
É necessário que haja sob o tema diversas decisões em sede de controle difuso que tenham mitigado a presunção de constitucionalidade da lei.
4.6. Competência
STF.
4.7. Efeitos
Os mesmos que ADI.
4.8. Natureza dúplice ou ambivalente
O provimento de uma ADC equivale ao desprovimento de uma ADI e o desprovimento equivale ao seu provimento. Elas são tratadas como sendo uma a negativa da outra.
4.9. Medida cautelar em ADC e procedimentos específicos
Também é cabível cautelar em sede de ADC. 
Não há manifestação da AGU pela constitucionalidadeda lei.
4.10. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
4.11. Espécies de ADPF
4.12. Objeto
4.13. Parâmetro
4.14. O conceito de “preceito fundamental”
4.15. Competência
4.16. Efeitos e Medida cautelar em ADPF
10. Fungibilidade entre ADI e ADPF
Caso Concreto 3
Questão discursiva 1:
(OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso?
Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC.
Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar?
Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc.
Questão discursiva 2: 
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? 
 A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. 
b-É cabível a medida judicial proposta pelo Governador?
Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor.  
Questão objetiva:
(TRT 20 região 2016 – Analista Judiciário – Administrativa) Considere: 
I. Governador do Estado de Sergipe. 
II. Confederação Sidical “XXX”. 
III. Procurador-Geral da República. 
IV. Mesa da Câmara dos Deputados. 
V. Prefeito da cidade de Lagarto.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: 
a) I, II e III.
b) I, II, III e IV. 
c) I, III, IV e V. 
d) III, IV e V. 
e) I, III e IV
AULA 5
5.1. Habeas Corpus (conceito)
É um remédio constitucional que tem a finalidade de tutelar direito de ir e vir, não é um direito absoluto. Pode ser concedido de ofício pelo juiz. O HC é uma ação gratuita que independe de forma ou advogado.
5.2. Pressupostos constitucionais de impetração do Habeas Corpus.
5.3. Legitimidade ativa.
5.4. Legitimidade passiva.
5.5. Habeas Corpus na prisão administrativa
5.6.Mandado de Segurança (conceito) 
5.7. Pressupostos constitucionais
5.8. Prazo
5.9. Legitimidade Ativa
5.10. Mandado de Segurança Individual
5.11. Mandado de Segurança Coletivo
5.12. Legitimidade Passiva
Caso Concreto 4
Questão discursiva:
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou o pedido. Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário competente para julgá-la.
João deverá impetrar habeas corpus contra a decisão da Turma Recursal, cuja competência para julgamento, nos termos da jurisprudência mais recente do STF, será do Tribunal de Justiça local.
Questão objetiva:
(FUNCAB - PC-PA 2016 – DELEGADO DE POLICIA CIVIL - Adaptado) 
Maria, gestante de feto anencéfalo, pretende a obtenção de autorização judicial para realização de aborto. O Juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido. Pretende, agora, manejar um remédio constitucional para evitar o cometimento de crime. Para tanto, deverá demandar por meio do seguinte instrumento: 
a) Recurso Ordinário 
b) Habeas Corpus 
c) Revisão Criminal 
d) Mandado de Segurança 
e) Mandado de injunção
AULA 6
6.1. Habeas Data (conceito)
Em latim = Tragam os dados.
O HD não é vinculado a motivação específica, por isso não pode ser negado em razão de a informação obtida ter uma finalidade específica.
6.2. Objeto
6.3. Legitimidade Ativa e passiva
6.4. Efeitos
6.5. Competência
6.6. Acesso de informação
6.7. Procedimento administrativo
6.8. Gratuidade
6.9. Ação popular (conceito)
6.10. Objeto
6.11. Legitimidade Ativae passiva
6.12. A ação popular e o exercício da participação democrática.
6.13. Do procedimento
6.14. Efeitos
6.15. O sistema recursal
Caso Concreto 5
Questão discursiva:
Determinada empresa, com a finalidade de obter restituição de indébito, após a recusa das informações requeridas da Receita Federal, impetra habeas data com a finalidade de obter informações sobre o recolhimento de tributos no período de janeiro de 1993 e dezembro de 1998 do Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica – SINCOR, pertencente àquela instituição. Indeferida de plano a petição sob o argumento de que não se pode requerer o remédio constitucional como ato preparatório para possível demanda judicial ou administrativa, mas, tão-somente, para o conhecimento e retificação das informações constantes no banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, a empresa apresenta recurso de apelação. Como deve ser julgado o recurso? Fundamente.
As informações do Habeas Data não estão vinculadas a uma finalidade específica. No caso, a empresa sabe o que vai fazer com as informações, isso não é da competência do governo.
Questão objetiva:
(FCC – TRT 20ª Região 2016 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OJA) Bruna, desconfia que seu filho Murilo, 24 anos de idade, começou a praticar crimes de furtos, bem como crimes cibernéticos. Preocupada com a situação, inclusive porque Murilo recebe diversas cartas de cobranças de dívidas lícitas, Bruna resolve investigar a situação financeira do filho, mas nenhuma entidade Governamental, bem como nenhuma entidade de caráter público lhe fornecem qualquer informação. Conversando com sua amiga Soraia, estudante de direito, a mesma sugeriu que Bruna impetrasse um habeas data. Neste caso, Soraia fez a sugestão: 
a) Incorreta porque não cabe habeas data para o conhecimento de informação relativa a terceiro, mas somente relativa ao impetrante. 
b) correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, bem como de terceiros a ela relacionados constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
c) incorreta porque o habeas data cabe apenas para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
d) correta porque o habeas data cabe exatamente para a retificação de quaisquer dados referentes a qualquer pessoa, em razão da observância do princípio da publicidade. 
e) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data exatamente para assegurar o conhecimento de informações relativas a terceiros constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.
AULA 7
7.1. O surgimento do constitucionalismo liberal como reação ao Estado absolutista.
7.2. O constitucionalismo welfarista (dirigismo constitucional) e a busca da igualdade material.
7.3. A crise do constitucionalismo liberal a partir do Estado Social de Direito.
7.4. O colapso do dirigismo constitucional a partir do Estado Neoliberal de Direito.
7.5. Tendências do constitucionalismo contemporâneo.
O Neoconstitucionalismo adota a 3ª geração.
As características são.
Concretização e positivação dos direitos fundamentais.
Onipresença de princípios e regras constitucionais.
Inovações hermenêuticas.
Densificação da força normativa da constituição
Desenvolvimento da justiça distributiva.
Caso Concreto 6:
Questão discursiva: (FONTE: ENADE – 2009 – Adaptada)
Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia o texto a seguir: 
Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de cotas.
Analisando o texto sobre o sistema de cotas “raciais” no âmbito da evolução social do Estado, responda JUSTIFICADAMENTE, se a posição defendida pelo diretor executivo da Educafro é absolutamente compatível com as expressões Estado liberal de Direito e Igualdade Material?
Não, é compatível com a igualdade material portanto com o Estado Social de Direito e não com o estado liberal de direito, pois neste somente se contava com a igualdade formal onde o paradigma é de um Estado mínimo e não do estado máximo, e o da não intervenção e não da in tervenção do individualismo e não da
proteção dos menos desfavorecidos autonomia privada e proteção dos direitos civis e políticos ou seja completamente diferente do Estado Social onde o paradigma é Estado máximo, proteção dos menos favorecidos e consagração dos direitos fundamentais de 1ª e 2ª geração.
Questão objetiva: 
 
a) as duas assertivas são falsas;
b) a assertiva I é verdadeira e a assertiva II é falsa;
c) ambas assertivas são verdadeiras;
d) a assertiva I é falsa e a assertiva II é verdadeira.
e) a assertiva I é verdadeira e justifica a assertiva II. 
AULA 8
8.1. Pós-positivismo e a superação das escolas clássicas do direito (jusnaturalismo e juspositivismo).
8.2. Inexequibilidade da pretensão de completude do paradigma positivista e situações em desalinho com a ideia coletiva de justiça.
8.3. Pontos marcantes do neoconstitucionalismo.
8.4. O pós-positivismo como marco filosófico do neoconstitucionalismo.
8.5. A nova leitura da Constituição com forte teor axiológico, o ativismo judicial e judicialização da política.
Na prática jurídica dos advogados e dos juízes, tem-se tornado comum o discurso de que há regras e princípios no ordenamento jurídico e que a forma de aplicação destes últimos seria por meio de uma ponderação de valores. Não obstante, ainda se vê largamente no dia a dia forense uma postura positivista, especialmente de fundo exegético, o que demonstra que nossa prática jurídica mantém uma postura de sincretismo teórico forte, oscilando entre discursos pretensamente pós-positivistas e a manutenção de uma postura exegética ainda muito arraigada. 
Caso Concreto 7:
Questão discursiva:
Definindo o conceito de neoconstitucionalismo, Luís Roberto Barroso assim se manifestou: 
A dogmática jurídica brasileira sofreu, nos últimos anos, o impacto de um conjunto novo e denso de ideias, identificadas sob o rótulo genérico de pós-positivismo ou principialismo. Trata-se de um esforço de superação do legalismo estrito, característico do positivismo normativista, sem recorrer às categorias metafísicas do jusnaturalismo. Nele se incluem a atribuição de normatividade aos princípios e a definição de suas relações com valores e regras; a reabilitação da argumentação jurídica; a formação de uma nova hermenêutica constitucional; e o desenvolvimento de uma teoria dos direitos fundamentais edificada sob a ideia de dignidade da pessoa humana. Nesse ambiente, promove-se uma reaproximação entre o Direito e a Ética.
A partir da leitura do texto, INDAGA-SE:
a) O neoconstitucionalismo busca valorizar a aplicação axiológica do direito?
Sim. Permeado pelo marco filosófico do pós positivismo, onde se busca uma aproximação entre direito, moral e ética e por isso valoriza o discurso axiológico que se desenvolve a partir da força normativa da constituição e busca da vontade da constituição.
 
b) Em caso de colisão de princípios constitucionais, é correto afirmar que a teoria neoconstitucional recorre aos critérios hermenêuticos da hierarquia, cronológico ou da especificidade? 
Não. Essa teoria neoconstitucionalista para a solução de conflitos de interesses constitucionais se pauta pela ponderação dos princípios.
Questão objetiva:
Com o ocaso do modelo positivista surge o novo Direito Constitucionalvoltado para a Moral e a Justiça. Este novo modelo foi nominado de neoconstitucionalismo e incorpora grandes transformações paradigmáticas na hermenêutica. Marque a única opção que não se coaduna com este modelo contemporâneo da interpretação constitucional:
a) afastamento da aplicação axiomático-dedutiva do direito
b) dignidade da pessoa humana como novo epicentro jurídico-constitucional do Estado de Direito
c) garantia da efetividade dos princípios jurídicos
d) reconhecimento do direito como um sistema fechado de regras jurídicas
e) reaproximação entre a ética e o direito 
AULA 9
1. A colisão de normas constitucionais na esfera das relações jurídicas privadas.
2. A teoria da eficácia indireta dos direitos fundamentais
3. A teoria da eficácia direta dos direitos fundamentais
4. O neoconstitucionalismo e a vinculação dos particulares aos direitos fundamentais
A eficácia horizontal dos direitos fundamentais e a posição do STF
Quando as normas são contraditórias a solução para o conflito se dará em detrimento de uma delas, seguindo 3 critérios: hierárquico; cronológico; e de especialidade.
Caso Concreto 8:
Questão discursiva:
João da Silva é proprietário de um terreno não edificado e que vem servindo de atalho para se chegar à única escola pública da sua região. A grande maioria das crianças do bairro costumam passar por dentro da propriedade de João da Silva. Incomodado com o grande número de crianças circulando em sua propriedade, João da Silva resolver proibir a passagem das crianças de pele negra, como meio de reduzir o número de crianças que cortam o caminho para a Escola por seu terreno. A família de uma das crianças decide ajuizar uma ação para obrigar João da Silva a liberar a passagem de todas as crianças, amparando sua pretensão no direito à igualdade. Citado, João da Silva argumenta que a propriedade é sua e que não há nenhuma lei infraconstitucional que o obrigue a liberar a passagem por sua propriedade. Alega que, nos termos do inciso II do artigo 5º da Constituição de 1988, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, como não há nenhuma lei que o impeça de proibir o trânsito pela sua propriedade, ele pode permitir a passagem de quem bem entender. Na qualidade de juiz da causa e com espeque na reconstrução neoconstitucionalista, responda, JUSTIFICADAMENTE, se o caso em tela é de aplicação direta dos direitos fundamentais nas relações entre particulares? 
Embora o terreno seja de propriedade de João da Silva,o direito fundamental de igualdade pode perfeitamente incidir sobre a questão de natureza privada. A eficácia vertical que atrela os poderes estatais aos direitos fundamentais diferentes da eficácia horizontal que liga os particulares aos direitos fundamentais. 
Questão objetiva:
O exame da eficácia horizontal dos direitos fundamentais é tema fundamental no constitucionalismo contemporâneo, na medida em que consolida a abertura do catálogo de direitos fundamentais e sua incidência nas relações jurídicas privadas. Assim sendo, assinale a alternativa correta: 
a) Os direitos fundamentais devem sempre ter aplicação indireta nas relações estabelecidas entre particulares.
b) A jurisprudência do STF não aceita a assim chamada eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
c) A aplicação de direitos fundamentais nas relações privadas é um fator limitador da autonomia da vontade, princípio elementar do Direito Civil.
d) A Constituição de 1988 expressamente prevê a possibilidade de aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares.

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