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Direito Ambiental
Universidade Paulista – Unip
Prof. Marcos Simão Figueiras
5os anos – matutino/noturno
1 – Bens Ambientais 
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Direito Ambiental
4. Bens Ambientais
4.1. Classificação: Bens Públicos, Privados e Difusos.
	4.2. A Natureza do Bem Ambiental.
5. Sistema Nacional do Meio Ambiente – Política Nacional do Meio Ambiente. 
6. Responsabilidade Civil em Direito Ambiental.
	6.1. Responsabilidade Civil Objetiva pelos Danos Ambientais.
	6.2. Responsabilidade Solidária da Administração por Danos ao Meio Ambiente.
	6.3. Excludentes da Responsabilidade Solidária da Administração.
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Direito Ambiental
 7. Responsabilidade Penal em matéria ambiental.
7.1. Distinção entre Ilícito Civil e Ilícito Penal
7.2. Tutela Penal do Meio Ambiente
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4 – Bens Ambientais
Os bens, em geral, podem ser classificados em bens públicos, bens privados e bens difusos.
4.1 - Os bens públicos, são aqueles que pertencem ao Poder Público (União, Estados, DF e Municípios), como definidos pelo Código Civil Brasileiro, pela Constituição Federal e demais leis do País.
Os bens públicos estão definidos no Código Civil (Lei 10.406/2002): "Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem“. 
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CCB. artigo 99, classifica os bens públicos, quanto à sua destinação em bens de uso comum do povo (rios, mares, estradas, etc); de uso especial (como os terrenos e prédios, de uso das Administrações, incluindo as Autarquias) e os dominicais (patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real).
Características – a) inalienabilidade (exceção – bens dominicais); b) imprescritibilidade; c) impenhorabilidade; d) não onerabilidade. 
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4.2 – Bens privados – são aqueles que não são públicos, pertencendo às pessoas físicas e jurídicas, não estando submetidos a nenhuma regra especial. Podem ser penhorados, alienados, dados em garantia e vendidos, desde que atendidos os requisitos da lei civil (agente capaz, objeto lícito e forma não prescrita em lei) e das leis administrativas. 
4.3 – Bens difusos – São aqueles que, não são públicos e nem privados, pertencendo ao universo de pessoas, não sendo determinável o seu possuidor. 
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4.4 – Natureza dos Bens ambientais
O meio-ambiente contém tudo o que se relaciona com o ser humano e todas as formas de vida, sendo um bem difuso, não sendo valorável, penhorável, alienável e por consequência, afetando todos os habitantes do planeta. 
O meio-ambiente sadio, limpo e com possibilidades de abrigar, proteger e favorecer todas as formas de vida, é exemplo típico de bem difuso. 
O bem ambiental, assim, tem natureza de bem difuso, sendo obrigatória a sua proteção, manutenção e restauração, pelo Poder Público e por toda a coletividade (CF. art. 225).
O seu interesse pertence a uma pluralidade indeterminada ou indeterminável de sujeitos que, potencialmente, pode atingir toda a população de um país ou de região geográfica. 
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5 – Sistema Nacional do Meio-Ambiente
Criado pela Lei 6.938/81 e regulamentada pelo Decreto 99274/90, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) é a estrutura adotada para a gestão ambiental no Brasil, e é formado pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil. 
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A definição legal de meio ambiente, é dada pelo artigo 3º, I, da Lei Federal nº 6.938/81 - Lei da Política Nacional do Meio Ambiente:
“Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por [...] meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
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Sisnama
 O SISNAMA surge, nesse contexto, com a finalidade de estabelecer um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade ambiental. Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituem o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, estruturado por meio dos seguintes níveis político-administrativos:
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SISNAMA
1- Órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.
2 - Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
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SISNAMA
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. Reúne diferentes setores da sociedade e tem o caráter normativo dos instrumentos da política ambiental. 
O plenário do CONAMA engloba todos os setores do governo federal, dos governos estaduais, representantes
de governos municipais e da sociedade, incluindo setor produtivo, empresarial, de trabalhadores e organizações não governamentais.
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SISNAMA
3 - Órgão central: ao Ministério do Meio Ambiente
cabe a função de formular, planejar, coordenar,
supervisionar e controlar a política nacional e as diretrizes governamentais para o meio ambiente.
4 -Órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com a finalidade de executar e fazer executar as políticas e diretrizes governamentais definidas para o meio ambiente.
Órgãos seccionais:
os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta ou indireta, as
fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam associadas à proteção da qualidade
ambiental ou as de disciplinamento do uso dos recursos ambientais, bem como os órgãos e entidades
estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental.
 
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SISNAMA
5 - Órgãos seccionais: os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta ou indireta, as
fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam associadas à proteção da qualidade
ambiental ou as de disciplinamento do uso dos recursos ambientais, bem como os órgãos e entidades
estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental.
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SISNAMA
6 - Órgãos locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas
atividades, nas suas respectivas jurisdições.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de suas competências e nas áreas de suas 
jurisdições, elaborarão normas supletivas e complementares, e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
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6. Responsabilidade Civil em Direito Ambiental
6.1. Responsabilidade Civil Objetiva pelos Danos Ambientais.
A Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, consagrou a responsabilidade civil objetiva, relativamente a qualquer dano ao meio ambiente. 
O art. 14, § 1º dispõe : “Sem obstar a aplicação das penalidades neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade ...”.
A CF de 1988, em seu artigo 37, § 6º expressamente traz a adoção, em nosso País, da teoria do risco administrativo. 
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 CF. art. 37, § 6º “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadorasde serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
O que traz a responsabilidade do poluidor é a sua atividade lesiva ao meio ambiente e a terceiros, ficando fora atividade que não seja do poluidor (ação de terceiros), caso fortuito (evento causado pela ação humana de terceiros) e a força maior (natureza). 
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6.2. Responsabilidade Solidária da Administração por Danos ao Meio Ambiente.
Em geral, a destruição do meio ambiente se dá por atos predatórios produtos de ações, atos e atividades normalmente ocasionados por comportamento dos particulares. 
No Brasil, nunca vigorou a teoria da irresponsabilidade do Estado. 
A responsabilidade solidária da Administração, entre nós, é admitida de longa data (RE 85.328, STF, Pleno, sessão de 13.4.77), encampando a tese da responsabilidade solidária do dono da obra (mesmo sem culpa) e do construtor (RDA, vol. 136, p. 166).
Essa responsabilidade solidária deve ser buscada em juízo, através da Lei no 7.347/85, abrangendo todos os responsáveis, incluindo as estatais, autarquias e paraestatais.
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Responsabilidade da Administração nos empreendimentos sujeitos a aprovação do Poder Público (exercício do Poder de Polícia) – 
A) Licenças (ou autorizações) legais, desde que haja um dano ao meio ambiente, afetando pessoas determinadas da comunidade; 
B) se o ato administrativo de licença for ilegal e inescusável, indicando o mau funcionamento do serviço;
C) se o ato administrativo da licença é legal, mas o particular, ao implantar o empreendimento, o faz ao arrepio da Administração Pública (culpa in vigilando ou in omittendo da Administração Pública).
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Responsabilidade solidária da Adm por ações voluntárias dos particulares, de forma clandestina
Neste caso, aplica-se a tese da responsabilidade da Adm, por omissão, por culpa grave. Será responsabilizada a Administração, quando o evento danoso puder ser atribuído à omissão do agente público (culpa in omittendo do Poder Público).
Responsabilidade solidária da Adm por acidentes ecológicos decorrentes de causas múltiplas com culpa ou dolo – Se o acidente decorrer de culpa grave (in vigilando ou in omittendo) da Adm, ou ainda de aprovações dela, surgirá a responsabilidade solidária. Se for independente da Adm, não há a solidariedade. 
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Responsabilidade solidária da Adm por danos ecológicos ocasionados por fatos da natureza – 
Neste caso, há vários exemplos, onde pela aplicação da teoria da culpa anônima do serviço, o Poder Público foi condenado a indenizar os prejuízos. Ex. inundações, se a limpeza dos bueiros e das galerias de águas pluviais e a canalização dos córregos não foram efetivadas a tempo, antes da previsível precipitação pluviométrica. 
Se o particular, proprietário, fez desmatamento de encostas de morros, com a complacência da Adm. e, em virtude do fato, as chuvas intensas ocasionam deslizamentos de terras e danos ao meio ambiente, há a responsabilidade solidária. 
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6.3. Excludentes da Responsabilidade Solidária da Administração.
A Administração Pública, tem a sua responsabilidade civil com base no art. 37, § 6º da CF88, que acolheu a teoria do risco administrativo.
A Administração, assim, não responde por danos ocorridos por culpa da vítima ou por motivo de força maior. No caso fortuito, a Adm responde (está incluído no risco do serviço). 
Outras causas - o poluidor ou o predador, cause danos clandestinamente, sem culpa grave da Adm (sem omissão); 
Quando o poluidor (ou predador), implantam empreendimento com base em licença ilegal, mas atribuível a ilegalidade ao funcionamento normal do serviço e sem dano especial;
Acidente ecológico independentemente da Adm. 
 
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7. Responsabilidade Penal em matéria ambiental
7.1. Distinção entre Ilícito Civil e Ilícito Penal
O ilícito civil é cometido por aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência ou imperícia, viola direito (antijuridicidade), ainda que o dano causado, seja moral.
O ato ilícito penal é praticado por aquele que, por ação ou omissão culpável, viola direito (antijuridicidade), tipificado em lei. 
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7.2. Tutela Penal do Meio Ambiente.
A Lei no 9.605 de 1998, veio a dispor sobre as sanções penais e administrativas, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Art. 2º - contempla a coautoria, sendo esta, sempre culposa (na medida da culpabilidade). 
São co autores o diretor, o administrador, o membro do conselho e do órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. 
Participação omissiva (quem tiver o dever de evitar o evento criminoso). 
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O art. 3º , concretizando o § 3º do art 225 da CF88, impõe a responsabilização penal, administrativa e civil da pessoa jurídica.
A norma é objetiva, tais responsabilidades somente ocorrerão quando: a) ocorrerem os ilícitos previstos na Lei no 9.605/98; b) nos casos em que a infração for cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da entidade.
Crimes ambientais – crimes de perigo. 
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Lei 9605/98 – Penas restritivas de direito e privativas de liberdade. 
Penas restritivas devem substituir as privativas de liberdade (art. 7º ) – a) crime culposo ou condenação inferior a 4 anos (privativa de liberdade);
b) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e as circunstâncias do crime indicarem a substituição.
Penas restritivas de direito para pessoas físicas(art. 8º ): 
a) prestação de serviços à comunidade; b) interdição temporária de direitos; c) suspensão parcial ou total de atividades; *d) prestação pecuniária e e) recolhimento domiciliar. *de 1 a 360 salários mínimos. 
 
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Art. 14. Circunstâncias que atenuam a pena:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
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Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
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II) Ter o agente cometido a infração: 
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
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(Art. 21) As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa; 
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
(Art. 22) As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.
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Suspensão – a atividade não está obedecendo às disposiçõeslegais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
Interdição – o estabelecimento, obra ou atividade, está funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou ainda com violação de dispositivo legal ou regulamentar.
Crimes tipificados pela Lei 9605/98 – Ação Pública Incondicionada. 
 
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Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
§ 1º - animais – soltos em seu habitat natural, ou sendo inviável, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades, sob os cuidados de profissional habilitado. 
§3º - produtos perecíveis ou madeira – serão avaliados e entregues a instituições científicas, hospitalares, penais e outras, sem fins lucrativos. 
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais. 
Instrumentos – serão vendidos.       
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Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
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Art. 18 – a multa será calculada segundo os critérios do CP; se for insuficiente, pode ser aumentada até 3 vezes, considerando-se a vantagem econômica auferida.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.
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Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
(§ 4º). As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
(§ 3º) autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração, deve apurá-la imediatamente, sob pena de co responsabilidade. 
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Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos máximos:
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
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Art. 72 – infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções: 
a) advertência; i) suspensão parcial ou total de atividades;
b) multa simples; j) restritiva de direitos. 
c) multa diária; 
d) apreensão dos animais, produtos da flora e da fauna, veículos, equipamentos utilizados na infração; 
e) destruição ou inutilização do produto;
f) suspensão de venda e fabricação do produto;
g) embargo de obra ou atividade;
h) demolição de obra;
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Art. 27 – crimes ambientais de menor potencial ofensivo, o MP pode propor pena restritiva de direitos ou multa (desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, ou salvo impossibilidade de fazê-lo). 
A declaração de extinção da punibilidade, dependerá de laudo de reparação de dano ambiental. 
Se o laudo comprovar que a reparação não foi completa, o processo fica suspenso, em até 5 (cinco) anos, para a completa reparação. 
Elaborado novo laudo e comprovando-se a completa reparação do dano ambiental, ocorre a declaração da extinção da punibilidade. 
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Dos Crimes contra o Meio Ambiente
I – Crimes contra a Fauna;
II- Crimes contra a Flora;
III- Poluição e outros crimes ambientais;
IV- Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural;
V - Crimes contra a Administração Ambiental; e
VI – Disposições Finais.
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Art. 79-A os órgão dos SISNAMA e as autoridades, poderão celebrar termos de compromisso, com força de título executivo extrajudicial, com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
O termo de compromisso, deve permitir às pessoas físicas ou jurídicas, a correção de suas atividades. 
Prazo – mínimo de 90 dias a 3 (três) anos, podendo ser prorrogado 1 vez por igual período. 
Ficam suspensas as sanções aplicadas aos infratores, devendo constar as obrigações assumidas e as multas, caso seja descumprido. 
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