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DIREITO_CIVIL_INTENSIVO_II

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DIREITO CIVIL 
Aula Data Tema Professor Obs.: 
01 26.01.2011 Direito de Família I Cristiano Chaves 
02 10.02.2011 Direito de Família II ‘’ 
03 24.02.2011 Direito de Família III Pablo Stolze Aula da Iris 
04 03.03.2011 Direito de Família IV Pablo Stolze Aula da Iris 
05 Aula Online 
Direito de Família V e 
Teoria Geral dos Contratos I 
Cristiano 
Chaves 
Aula Luiz 
06 16.03.2011 Teoria Geral dos Contratos II Cristiano Chaves 
Aula da Iris 
07 22.03.2011 Teoria Geral dos Contratos III ‘’ Aula da Iris 
08 08.04.2011 Teoria Geral dos Contratos IV ‘’ Aula da Iris 
09 13.04.2011 Teoria Geral dos Contratos V 
10 27.04.2011 Direitos Reais I 
11 11.05.2011 Teoria Geral dos Contratos VI 
12 25.05.2011 Direitos Reais II 
13 01.06.2011 Direitos Reais III 
14 08.06.2011 Direitos Reais IV 
15 16.06.2011 Direitos Reais V 
16 20.06.2011 Direitos Reais VI 
17 22.06.2011 Direito das Sucessões I 
18 29.06.2011 Direito das Sucessões II 
19 06.07.2011 Direito das Sucessões III 
20 12.07.2011 Direito das Sucessões IV 
21 13.07.2011 Direito das Sucessões V 
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ÍNDICE 
 
1  BIBLIOGRAFIA PARA DIREITO DE FAMÍLIA ................................................................... 13 
2  PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA ........................................... 13 
2.1  QUADRO COMPARATIVO DO DIREITO DE FAMÍLIA ................................................................................ 13 
2.2  PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS DO DIREITO DE FAMÍLIA ................................................................. 15 
Р Afeto ............................................................................................................................................................... 15 
Р Ética ................................................................................................................................................................ 15 
Р Dignidade ........................................................................................................................................................ 15 
Р Solidariedade .................................................................................................................................................. 15 
2.3  DIREITO DE FAMÍLIA MÍNIMO ............................................................................................................... 16 
2.3.1  Exemplos de referência a intervenção mínima do Estado na Família ........................................................ 17 
2.3.1.1  ECA ..................................................................................................................................................... 17 
2.3.1.2  POSSIBILIDADE DE MUDANÇA DE REGIME DE BENS (1639 §2º CC) ................................................... 17 
2.3.1.3  EMENDA CONSTITUCIONAL 66 ........................................................................................................... 18 
2.3.1.4  PACTO ANTENUPCIAL ......................................................................................................................... 18 
2.3.1.5  ART. 1513 CC ...................................................................................................................................... 18 
2.3.2  Violação a Autonomia Privada ................................................................................................................... 18 
2.4  APLICAÇÃO DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS NAS RELAÇÕES FAMILIARES ............ 19 
2.5  PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO DE FAMÍLIA ....................................................................... 19 
2.5.1  Princípio Pluralidade das Entidades Familiares .......................................................................................... 21 
2.5.1.1  Polêmicas ao Princípio da Pluralidade: ............................................................................................... 22 
2.5.2  Princípio da Igualdade entre homem e Mulher ......................................................................................... 25 
2.5.3  Princípio da Igualdade entre os Filhos ....................................................................................................... 27 
2.5.4  Princípio da Facilitação da Dissolução do Casamento ............................................................................... 27 
2.5.5  Princípio da Responsabilidade Parental ..................................................................................................... 28 
3  ALIMENTOS ........................................................................................................................ 29 
3.1  CONCEITO ............................................................................................................................................ 29 
3.2  ESPÉCIES DE ALIMENTOS (CLASSIFICAÇÃO) ........................................................................................... 30 
3.2.1  Quanto a Natureza dos Alimentos ............................................................................................................. 30 
3.2.1.1  Alimentos Civis ................................................................................................................................... 30 
3.2.1.2  Alimentos Necessários ....................................................................................................................... 30 
3.2.2  Classificação dos Alimentos Quanto a sua Causa ....................................................................................... 32 
3.2.2.1  Alimentos Legais ................................................................................................................................. 32 
3.2.2.2  Alimentos Voluntários ........................................................................................................................ 32 
3.2.2.3  Alimentos Ressarcitórios .................................................................................................................... 33 
3.2.3  Quanto ao Momento Processual de sua Concessão .................................................................................. 34 
3.2.3.1  Alimentos Provisórios ......................................................................................................................... 34 
3.2.3.2  Alimentos Provisionais ....................................................................................................................... 34 
3.2.3.3  Alimentos Definitivos ......................................................................................................................... 35 
 
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3.3  CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA .................................................................................. 37 
3.3.1  Alimentos são Personalíssimos (intuito persone) ...................................................................................... 37 
3.3.2  Transmissibilidade ...................................................................................................................................... 37 
3.3.2.1  Limites à Transmissibilidade dos Alimentos ....................................................................................... 37 
3.3.3  Irrenunciabilidade ...................................................................................................................................... 38 
3.3.4  Imprescritibilidade ..................................................................................................................................... 39 
3.3.5  Incompensáveis e Impenhoráveis ..............................................................................................................39 
3.3.6  Irretroatividade .......................................................................................................................................... 39 
3.3.7  Irrepetibilidade ........................................................................................................................................... 40 
3.3.8  Não Solidariedade ...................................................................................................................................... 40 
3.4  SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA ................................................................................................ 42 
3.4.1  Peculiaridade dos Alimentos entre Conjugues e Companheiros ............................................................... 42 
3.4.2  Peculiaridade dos Alimentos entre Parentes ............................................................................................. 43 
3.5  FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS .................................................................................................................... 44 
4  SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO JUDICIAIS ............................................................................. 45 
4.1  SEPARAÇÃO JUDICIAL ........................................................................................................................... 45 
4.1.1  ESPÉCIES DE SEPARAÇÃO JUDICIAL ............................................................................................................ 45 
4.1.1.1  CONSENSUAL OU AMIGÁVEL (art. 1574 do CC) ................................................................................. 45 
4.1.1.2  LITIGIOSA (art. 1572 do CC) ................................................................................................................ 46 
4.1.1.2.1  Separação litigiosa por causa objetiva ........................................................................................ 46 
4.1.1.2.2  Separação litigiosa por causa subjetiva ...................................................................................... 47 
4.2  DIVÓRCIO JUDICIAL .............................................................................................................................. 47 
4.2.1  EFEITOS JURÍDICOS DA EMENDA DO DIVÓRCIO ........................................................................................ 51 
4.2.1.1  GUARDA DE FILHOS ............................................................................................................................ 51 
4.2.1.2  USO DO NOME E A NOVA EMENDA DO DIVÓRCIO ............................................................................ 51 
4.2.1.3  ALIMENTOS E A NOVA EMENDA DO DIVÓRCIO ................................................................................. 52 
4.2.1.4  4. REGIME DE BENS E A NOVA EMENDA DO DIVÓRCIO ..................................................................... 52 
4.2.2  ASPECTOS PROCESSUAIS DO NOVO DIVÓRCIO .......................................................................................... 52 
4.2.2.1  COMPETÊNCIA .................................................................................................................................... 53 
4.2.2.2  LEGITIMIDADE .................................................................................................................................... 53 
4.2.2.3  PETIÇÃO INICIAL NO DIVÓRCIO JUDICIAL ........................................................................................... 53 
4.2.2.4  PARTILHA DE BENS ............................................................................................................................. 54 
4.2.2.5  5. DIREITO INTERTEMPORAL .............................................................................................................. 54 
5  FILIAÇÃO ............................................................................................................................ 56 
5.1  FILIAÇÃO .............................................................................................................................................. 56 
5.1.1  PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS .............................................................. 56 
5.1.2  CRITÉRIOS DETERMINANTES DA FILIAÇÃO ................................................................................................. 57 
5.1.2.1  PRESUNÇÃO LEGAL ............................................................................................................................. 57 
5.1.2.2  PRESUNÇÃO BIOLÓGICA ..................................................................................................................... 57 
5.1.2.2.1  A concepção sexual ..................................................................................................................... 58 
5.1.2.2.2  Concepção Artificial .................................................................................................................... 58 
5.1.2.3  CRITÉRIO SOCIOAFETIVO .................................................................................................................... 60 
5.1.3  RECONHECIMENTO DE FILHOS .................................................................................................................. 62 
5.1.3.1  RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO ...................................................................................................... 62 
5.1.3.2  RECONHECIMENTO FORÇADO OU JUDICIAL ...................................................................................... 64 
 
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6  TEORIA GERAL DOS CONTRATOS .................................................................................. 66 
6.1  NOÇÕES GERAIS SOBRE CONTRATOS .................................................................................................... 66 
6.2  REQUISITOS DE VALIDADE DOS CONTRATOS ......................................................................................... 66 
6.2.1  CAPACIDADE DO AGENTE .......................................................................................................................... 66 
6.2.2  LICITUDE E POSSIBILIDADE DO OBJETO ..................................................................................................... 67 
6.2.3  CELEBRAÇÃO NA FORMA PREVISTA EM LEI ............................................................................................... 68 
6.2.4  CONSENTIMENTO ...................................................................................................................................... 69 
6.2.4.1  Regras de Interpretação do Consentimento ...................................................................................... 69 
6.2.4.1.1  Regra Principal ( regra de ouro) .................................................................................................. 69 
6.2.4.1.2  Regras Acessórias Combinantes ................................................................................................. 70 
6.3  CONTRATOS E DIREITO INTERTEMPORAL .............................................................................................. 72 
6.4  PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL .................................................................................................. 72 
6.4.1  BOA FÉ OBJETIVA ....................................................................................................................................... 73 
6.4.2  PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO ......................................................................................... 76 
6.4.3  PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO E FINACEIRO DOS CONTRATOS ................................................. 78 
6.5  INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NOS CONTRATOS .................................................................................... 79 
6.5.1  PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO ............................................................................................................79 
6.5.2  ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO ................................................................................................... 80 
6.5.3  CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR ...................................................................................................... 80 
6.6  FORMAÇÃO DOS CONTRATOS .............................................................................................................. 81 
6.6.1  CONTRATO PRELIMINAR ............................................................................................................................ 81 
6.6.2  TRATATIVAS OU NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES ........................................................................................ 82 
6.6.3  PROPOSTA OU POLICITAÇÃO ..................................................................................................................... 82 
6.6.4  ACEITAÇÃO (tempo do contrato) ............................................................................................................... 82 
6.6.4.1  Aceitação entre presentes e entre ausentes: ..................................................................................... 83 
6.7  LUGAR DOS CONTRATOS ...................................................................................................................... 83 
6.8  VÍCIOS REDIBITÓRIOS ........................................................................................................................... 83 
6.9  EVICÇÃO ............................................................................................................................................... 86 
6.9.1  INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 86 
6.9.2  EXTENSÃO DA GARANTIA DA EVICÇÃO ...................................................................................................... 86 
6.9.3  DENUNCIAÇÃO DA LIDE NA EVICÇÃO ........................................................................................................ 87 
6.10  EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ................................................................................................................. 87 
6.10.1  INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 87 
6.10.2  CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO .................................................................................................. 88 
6.10.2.1  INVALIDADE ...................................................................................................................................... 88 
6.10.2.1.1  Nulo (art. 166 e art. 167 CC) ..................................................................................................... 88 
6.10.2.1.2  Anulável (art. 171 CC) ............................................................................................................... 88 
6.10.2.2  INEFICÁCIA ........................................................................................................................................ 89 
6.10.2.2.1  Regular execução ...................................................................................................................... 89 
6.10.2.2.2  Inexecução. ............................................................................................................................... 89 
6.10.2.2.2.1  Culpa ................................................................................................................................. 89 
6.10.2.2.2.2  Fatores externos: .............................................................................................................. 89 
6.10.2.2.2.3  Vontade das partes ........................................................................................................... 89 
 
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6.10.2.3  INEXISTÊNCIA .................................................................................................................................... 90 
7  CONTRATOS EM ESPÉCIE ................................................................................................ 90 
7.1  COMPRA E VENDA ................................................................................................................................ 90 
7.1.1  CLASSIFICAÇÃO DA COMPRA E VENDA ...................................................................................................... 91 
7.1.2  ELEMENTOS ESSENCIAIS DA COMPRA E VENDA ........................................................................................ 92 
7.1.2.1  CONSENTIMENTO ............................................................................................................................... 92 
7.1.2.1.1  Situações especiais de consentimento na compra e venda ....................................................... 93 
7.1.2.1.1.1  Venda entre cônjuges: CC, art. 499..................................................................................... 93 
7.1.2.1.1.2  Venda por condômino (OBS: não se trata do condomínio edilício,mas tradicional, a co‐
propriedade):  93 
7.1.2.1.1.3  Venda de ascendente para descendente (CC art. 496). ...................................................... 94 
7.1.2.2  PREÇO ................................................................................................................................................. 95 
7.1.2.3  OBJETO ............................................................................................................................................... 95 
7.1.3  EFEITOS DA COMPRA E VENDA .................................................................................................................. 97 
7.1.3.1  Responsabilidade do vendedor por vícios redibitórios ...................................................................... 97 
7.1.3.2  Responsabilidade do vendedor pela evicção ..................................................................................... 99 
7.1.3.3  Responsabilidade pela perda não culposa da coisa ......................................................................... 100 
7.1.3.4  Responsabilidade pelas despesas. .................................................................................................... 101 
7.1.4  SITUAÇÕES ESPECIAIS DE COMPRA E VENDA .......................................................................................... 101 
7.1.4.1  COMPRA E VENDA POR AMOSTRA ................................................................................................... 101 
7.1.4.2  COMPRA E VENDA AD CORPUS E AD MENSURAM ........................................................................... 102 
7.1.5  CLÁUSULAS ACESSÓRIAS DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA ............................................................. 103 
7.1.5.1  RETROVENDA .................................................................................................................................... 104 
7.1.5.2  CLÁUSULA DE PREFERÊNCIA OU PREEMPÇÃO OU PRELAÇÃO ......................................................... 105 
7.1.5.3  CLÁUSULA DE RESERVA DE DOMÍNIO .............................................................................................. 106 
7.1.5.4  VENDA A CONTENTO E VENDA SUJEITA À PROVA ............................................................................ 107 
7.1.5.5  Pacto de Melhor Comprador ............................................................................................................ 108 
7.1.5.6  Pacto Comissório .............................................................................................................................. 108 
7.2  CONTRATO DE DOAÇÃO – Art. 538 e ss. .............................................................................................. 109 
7.2.1  CONCEITO – Art. 538 ................................................................................................................................109 
7.2.2  CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE DOAÇÃO ........................................................................................... 110 
7.2.2.1  CONTRATO SOLENE .......................................................................................................................... 110 
7.2.2.2  CONTRATO BENÉFICO....................................................................................................................... 110 
7.2.2.3  CONTRATO UNILATERAL ................................................................................................................... 111 
7.2.2.4  CONTRATO GRATUITO ...................................................................................................................... 111 
7.2.3  PROMESSA DE DOAÇÃO ........................................................................................................................... 111 
7.2.4  ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONTRATO DE DOAÇÃO ..................................................................... 113 
7.2.4.1  CONSENTIMENTO DO DOADOR ....................................................................................................... 113 
7.2.4.1.1  Casos Legais de Proibição de Doação ....................................................................................... 114 
7.2.4.2  ACEITAÇÃO ....................................................................................................................................... 116 
7.2.4.2.1  Doação ao Nascituro ................................................................................................................. 117 
7.2.4.2.2  Doação Contemplativa de casamento Futuro .......................................................................... 118 
7.2.4.3  OBJETO ............................................................................................................................................. 118 
7.2.4.3.1  Doação Proibida ........................................................................................................................ 119 
7.2.4.4  FORMA .............................................................................................................................................. 121 
7.2.5  SITUAÇÕES JURÍDICAS ESPECIAIS DE DOAÇÃO ........................................................................................ 121 
7.2.5.1  DOAÇÃO REMUNERATÓRIA .............................................................................................................. 121 
7.2.5.2  DOAÇÃO CONJUNTIVA ..................................................................................................................... 121 
7.2.5.3  NULIDADE DA DOAÇÃO INOFICIOSA ................................................................................................ 122 
 
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7.2.5.4  NULIDADE DA DOAÇÃO UNIVERSAL ................................................................................................. 122 
7.2.5.5  DOAÇÃO PARA ENTIDADE FUTURA .................................................................................................. 123 
7.2.5.6  DOAÇÃO DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE ............................................................................. 123 
7.2.5.7  DOAÇÃO COM CLÁUSULA DE REVERSÃO ......................................................................................... 123 
7.2.5.8  DOAÇÃO CONTEMPLATIVA .............................................................................................................. 124 
7.2.5.9  DOAÇÃO ONEROSA .......................................................................................................................... 125 
7.2.6  REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO ........................................................................................................................ 128 
7.2.6.1  Revogação da Doação por Inexecução de Encargo .......................................................................... 128 
7.2.6.2  Revogação da Doação por Ingratidão do Donatário ........................................................................ 129 
7.3  COMODATO ....................................................................................................................................... 133 
7.3.1  CLASSIFICAÇÃO DO COMODATO.............................................................................................................. 133 
7.3.2  CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................................... 135 
7.3.3  OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO ............................................................................................................ 136 
7.3.4  OBRIGAÇÕES DO COMODANTE ............................................................................................................... 137 
7.3.5  EXTINÇÃO DO COMODATO ...................................................................................................................... 138 
7.4  PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ................................................................................................................... 138 
7.4.1  CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................................................ 139 
7.4.2  OBJETO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ..................................................................................................... 140 
7.4.3  REMUNERAÇÃO, HONORÁRIOS, PREÇO OU SALÁRIO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS ............................. 141 
7.4.4  PRAZO DE DURAÇÃO ................................................................................................................................ 142 
7.4.5  ALICIAMENTO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS .......................................................................................... 143 
7.4.5.1  COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR CONFLITOS RELATIVOS À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS . 143 
7.4.6  EXTINÇÃO DO CONTRATO ........................................................................................................................ 144 
7.5  EMPREITADA ...................................................................................................................................... 144 
7.5.1  CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................................................ 145 
7.5.2  ESPÉCIES ................................................................................................................................................... 145 
7.5.2.1  EMPREITADA DE LAVOR ................................................................................................................... 145 
7.5.2.2  EMPREITADA MISTA (TRABALHO E MATERIAL) ................................................................................ 145 
8  DIREITOS REAIS .............................................................................................................. 147 
8.1  CONDOMÍNIO .................................................................................................................................... 147 
8.1.1  NOÇÕES GERAIS ....................................................................................................................................... 147 
8.1.2  CONDOMÍNIO GERAL OU COMUM .......................................................................................................... 148 
8.1.2.1  DIREITOS DOS CONDÔMINOS  TRADICIONAIS ................................................................................. 148 
8.1.2.1.1  Uso e Fruição (gozo) do todo, independente da sua Fração Ideal: .......................................... 148 
8.1.2.1.2  Promover a defesa do todo, independentemente de sua cota parte: ..................................... 148 
8.1.2.1.3  Possibilidade de Alienar ou Onerar o bem condominial, desde que haja o consentimentodos 
demais:  148 
8.1.2.1.4  Direito de Alienar ou Onerar a sua Fração Ideal, independente do Consentimento dos demais:
  149 
8.1.2.1.5  Direito de Voto nas Assembléias e Deliberações sobre o Condomínio: ................................... 150 
8.1.2.2  DEVERES DOS CONDÔMINOS TRADICIONAIS ................................................................................... 150 
8.1.2.2.1  Não Alterar a Finalidade da Coisa: ............................................................................................ 150 
8.1.2.2.2  Não dar Posse ou Fruição a Terceiros sem o Consentimento dos Demais: .............................. 150 
8.1.2.2.3  Responsabilidade pelos Frutos Colhidos Individualmente: ...................................................... 150 
8.1.2.2.4  Divisão das Despesas Comuns .................................................................................................. 151 
8.1.2.3  ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO ................................................................................................ 151 
8.1.2.3.1  Possibilidade da Teoria da Aparência no campo do condomínio ............................................. 151 
 
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8.1.2.4  ESPÉCIES DE CONDOMÍNIO .............................................................................................................. 152 
8.1.2.5  EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO ........................................................................................................... 152 
8.1.3  CONDOMÍNIO EDILÍCIO ............................................................................................................................ 154 
8.1.3.1  ELEMENTOS COMPONENTES DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO ............................................................... 154 
8.1.3.2  COBERTURA E GARAGEM ................................................................................................................. 155 
8.1.3.2.1  Cobertura ou Terraço ............................................................................................................... 155 
8.1.3.2.2  Regime jurídico de Garagem .................................................................................................... 155 
8.1.3.3  NATUREZA JURÍDICA DO CONDÔMINO EDILÍCIO ............................................................................. 156 
8.1.3.3.1  Time Sharig ............................................................................................................................... 157 
8.1.3.4  ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONDÔMINO EDILÍCIO ............................................................... 157 
8.1.3.4.1  Ato de Instituição ...................................................................................................................... 157 
8.1.3.4.2  Convenção do Condômino........................................................................................................ 158 
8.1.3.4.2.1  Materiais Obrigatórias da Convenção do Condomínio ..................................................... 158 
8.1.3.4.3  Regimento Interno .................................................................................................................... 159 
8.1.3.4.4  Questões controvertidas sobre a Convenção Condominial ...................................................... 159 
8.1.3.4.4.1  Animais ............................................................................................................................. 159 
8.1.3.4.4.2  Cultos Religiosos ............................................................................................................... 160 
8.1.3.4.4.3  Responsabilidade Civil no Condomínio por Roubo ou Furto em Área Comum ................ 160 
8.1.3.4.4.4  Taxa Condominial .............................................................................................................. 160 
8.2  POSSE................................................................................................................................................. 160 
8.2.1  TEORIA JUSTIFICADORA DO CÓDIGO CIVIL SOBRE A POSSE .................................................................... 161 
8.2.2  COMPOSSE ............................................................................................................................................... 162 
8.2.3  TEORIA DA FUNÇÃO SOCIAL DA POSSE .................................................................................................... 163 
8.2.4  POSSE X DETENÇÃO ................................................................................................................................. 166 
8.2.5  CLASSIFICAÇÃO DA POSSE ........................................................................................................................ 167 
8.2.5.1  POSSE DIRETA E POSSE INDIRETA ..................................................................................................... 167 
8.2.5.2  POSSE NATURAL E POSSE CIVIL ........................................................................................................ 168 
8.2.5.3  POSSE JUSTA E POSSE INJUSTA ........................................................................................................ 168 
8.2.5.4  POSSE DE BOA‐FÉ E POSSE DE MÁ‐FÉ E EFEITOS DA POSSE ............................................................. 169 
8.2.6  EFEITOS JURÍDICOS DA POSSE .................................................................................................................. 169 
8.2.6.1  POSSIBILIDADE DE USUCAPIÃO ........................................................................................................ 169 
8.2.6.2  DIREITO A PERCEPÇÃO DE FRUTOS .................................................................................................. 170 
8.2.6.3  DIREITO ÀS BENFEITORIAS ................................................................................................................ 171 
8.2.6.3.1  Regime Jurídico das Bem Feitorias ........................................................................................... 172 
8.2.6.3.2  Exceções ao Regime das Benfeitorias ....................................................................................... 173 
8.2.6.4  RESPONSABILIDADE CIVIL DO POSSUIDOR ....................................................................................... 174 
8.2.6.5  TUTELA JURÍDICA DA POSSE (PROTEÇÃO POSSESSÓRIA) ................................................................. 174 
8.2.6.5.1  Tutela Penal da Posse ............................................................................................................... 174 
8.2.6.5.2  Tutela Civil da Posse ................................................................................................................. 175 
8.2.6.5.2.1  Procedimento das Possessórias ........................................................................................ 176 
8.2.6.5.2.2  Características Processuais da Ação Possessória de Procedimento Especial ................... 177 
8.3  PROPRIEDADE .................................................................................................................................... 180 
8.3.1  CONCEITO E EXTENSÃO DA PROPRIEDADE .............................................................................................. 180 
8.3.2  EXTENSÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE ............................................................................................... 181 
8.3.3  A DESCOBERTA ......................................................................................................................................... 183 
8.3.3.1  EFEITOS JURÍDICOS DA DESCOBERTA ............................................................................................... 183 
8.3.4  FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE ......................................................................................................... 184 
8.3.5  TUTELAJURÍDICA DA PROPRIEDADE ........................................................................................................ 189 
8.3.6  PROPRIEDADE RESOLÚVEL ....................................................................................................................... 189 
8.3.7  PROPRIEDADE APARENTE ........................................................................................................................ 191 
 
Página | 9 
8.3.8  AQUISIÇÃO DE PROPRIEDADE .................................................................................................................. 192 
8.3.8.1  MODO ORIGINÁRIO .......................................................................................................................... 192 
8.3.8.1.1  Acessões ................................................................................................................................... 192 
8.3.8.1.2  Usucapião ................................................................................................................................. 194 
8.3.8.1.2.1  Noções Conceituais ........................................................................................................... 194 
8.3.8.1.2.2  Objeto ............................................................................................................................... 194 
8.3.8.1.2.3  Usucapião e Prescrição ..................................................................................................... 196 
8.3.8.1.2.4  Requisitos .......................................................................................................................... 197 
8.3.8.1.2.5  Espécies de Usucapião de Propriedade ............................................................................ 199 
8.3.8.1.2.6  Aspectos Processuais da Usucapião .................................................................................. 202 
8.3.8.2  MODO DERIVADO ............................................................................................................................. 204 
8.3.8.2.1  Registro em Cartório ................................................................................................................. 204 
8.3.9  DIREITOS DE VIZINHANÇA ........................................................................................................................ 206 
8.4  DIREITOS REAIS NA COISA ALHEIA ...................................................................................................... 208 
8.4.1  INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 208 
8.4.1.1  CONCLUSÕES PARCIAIS .................................................................................................................... 209 
8.4.2  FINALIDADE DO DESMEMBRAMENTO DOS PODERES DO DOMÍNIO ....................................................... 209 
8.4.3  CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................................................ 209 
8.4.3.1  INSTITUTOS DE NATUREZA OBRIGACIONAL COM EFICÁCIA DE DIREITOS REAIS ............................. 211 
8.4.4  PROMESSA DE COMPRA E VENDA ........................................................................................................... 211 
8.4.4.1  EFEITOS JURÍDICOS DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA .............................................................. 214 
8.4.4.1.1  Conferir Posse ao Promitente Adquirente:............................................................................... 214 
8.4.4.1.2  Impõe ao Promitente Adquirente o Pagamento das Parcelas:................................................. 214 
8.4.4.2  Autoriza a Aquisição Forçada da Coisa, Provando‐se a Quitação:.................................................... 216 
8.4.4.3  OBSERVAÇÕES .................................................................................................................................. 217 
8.4.5  DIREITOS REAIS DE GARANTIA ................................................................................................................. 218 
8.4.5.1  NOÇÕES GERAIS................................................................................................................................ 219 
8.4.5.2  REQUISITOS ...................................................................................................................................... 221 
8.4.5.2.1  Requisitos Subjetivos ................................................................................................................ 221 
8.4.5.2.1.1  Capacidade Jurídica do Devedor e Outorga do Cônjuge, se casado e se o bem ofertado for 
imóvel.  222 
8.4.5.2.2  Requisitos Objetivos ................................................................................................................. 222 
8.4.5.2.2.1  O Bem dado em Garantia precisa ser Alienável ................................................................ 222 
8.4.5.2.3  Requisitos Formais .................................................................................................................... 223 
8.4.5.2.3.1  Registro ou Tradição, se Móvel ou Imóvel e Especialização da Dívida ............................. 223 
8.4.5.3  EFEITOS JURÍDICOS ........................................................................................................................... 223 
8.4.5.4  ESPÉCIES DE DIREITOS REAIS DE GARANTIA ..................................................................................... 223 
8.4.5.4.1  Anticrese ................................................................................................................................... 223 
8.4.5.4.2  Penhor ...................................................................................................................................... 225 
8.4.5.4.2.1  Conceito ............................................................................................................................ 225 
8.4.5.4.2.2  Violação Positiva de Contrato: .......................................................................................... 226 
8.4.5.4.2.3  Características do Penhor ................................................................................................. 227 
8.4.5.4.2.4  Espécies de Penhor ........................................................................................................... 228 
8.4.5.4.3  Hipoteca .................................................................................................................................... 230 
8.4.5.4.3.1  Objeto da Hipoteca ........................................................................................................... 232 
8.4.5.4.3.2  Espécies de Hipoteca ........................................................................................................ 234 
8.4.5.4.4  Alienação Fiduciária .................................................................................................................. 235 
8.4.5.4.4.1  Objeto da Alienação Fiduciária ......................................................................................... 235 
8.4.5.4.4.2  Aspectos Processuais da Alienação Fiduciária .................................................................. 237 
8.4.6  DIREITOS REAIS DE FRUIÇÃO (GOZO) ....................................................................................................... 240 
8.4.6.1  Enfiteuse ........................................................................................................................................... 240 
 
Página | 10 
8.4.6.2  Servidões .......................................................................................................................................... 242 
8.4.6.2.1  Características da Servidão:...................................................................................................... 243 
8.4.6.2.2  Classificação das Servidões ....................................................................................................... 244 
8.4.6.2.3  Institutos Processuais na Servidão ........................................................................................... 245 
8.4.6.3  Superfície .......................................................................................................................................... 245 
8.4.6.3.1  Compatibilização do direito de superfície no Código Civil e no Estatuto da Cidade ................ 246 
8.4.6.4  Usufruto ............................................................................................................................................ 247 
8.4.6.5  Uso e Habitação ................................................................................................................................ 249 
9  DIREITO DAS SUCESSÕES ............................................................................................. 250 
9.1  NOÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 250 
9.2  CONCEITO .......................................................................................................................................... 251 
9.3  OBJETO .............................................................................................................................................. 251 
9.4  TERMINOLOGIAS ESSENCIAIS .............................................................................................................. 253 
9.4.1  AUTOR DA HERANÇA................................................................................................................................ 253 
9.4.2  SUCESSOR ................................................................................................................................................. 253 
9.4.2.1  HERDEIRO ......................................................................................................................................... 253 
9.4.2.2  LEGATÁRIO ....................................................................................................................................... 254 
9.4.3  HERANÇA E ESPÓLIO ................................................................................................................................ 254 
9.4.3.1  LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA PARA O PROCESSO ....................................................................... 255 
9.5  CONTEÚDO ........................................................................................................................................ 255 
9.5.1  SUCESSÃO EM GERAL ............................................................................................................................... 255 
9.5.1.1  ABERTURA DA SUCESSÃO ................................................................................................................. 255 
9.5.1.1.1  Efeito Jurídico de Saisine .......................................................................................................... 256 
9.5.1.2  CAPACIDADE SUCESSÓRIA ................................................................................................................ 258 
9.5.1.3  INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO .......................................................................................................... 258 
9.5.1.3.1  Causas de Indignidade ‐ art. 1.814 CC ...................................................................................... 260 
9.5.1.3.2  Causas Deserdativas ................................................................................................................. 261 
9.5.1.4  CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS ............................................................................................... 262 
9.5.1.5  ACEITAÇÃO E RENÚNCIA .................................................................................................................. 263 
9.5.1.5.1  Aceitação Direta ou Indireta: .................................................................................................... 263 
9.5.1.5.2  Formas de Aceitação................................................................................................................. 264 
9.5.1.5.3  Formas de Renúncia ................................................................................................................. 265 
9.5.2  SUCESSÃO LEGITIMA ................................................................................................................................ 265 
9.5.3  SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA .................................................................................................................... 266 
9.5.3.1.1  Sucessão do Descendente ........................................................................................................ 266 
9.5.3.1.2  Sucessão do Ascendente .......................................................................................................... 266 
9.5.3.1.3  Sucessão do Cônjuge e do Companheiro.................................................................................. 267 
9.5.3.2  TESTAMENTO ................................................................................................................................... 271 
9.5.3.2.1  Conceito de Testamento ........................................................................................................... 271 
9.5.3.2.2  Características do Testamento ................................................................................................. 271 
9.5.3.3  PRESSUPOSTOS DO TESTAMENTO ................................................................................................... 272 
9.5.3.3.1  Incapacidade Testamentária..................................................................................................... 274 
9.5.3.4  FORMAS TESTAMENTÁRIAS ............................................................................................................. 275 
9.5.3.4.1  Testamentos Comuns ............................................................................................................... 276 
9.5.3.4.1.1  Testamento Público .......................................................................................................... 276 
9.5.3.4.1.2  Testamento Cerrado ......................................................................................................... 276 
 
Página | 11 
9.5.3.4.1.3  Testamento Particular....................................................................................................... 277 
9.5.3.4.2  Testamentos Especiais .............................................................................................................. 278 
9.5.3.4.2.1  Testamento Marítimo ou Aeronáutico ............................................................................. 278 
9.5.3.4.2.2  Testamento Militar ........................................................................................................... 279 
9.5.3.5  CODICILO .......................................................................................................................................... 279 
9.5.3.6  CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS ......................................................................................................... 280 
9.5.3.6.1  Regras Proibitivas ..................................................................................................................... 280 
9.5.3.6.2  Regras Permissivas .................................................................................................................... 280 
9.5.3.6.3  Regras Restritivas......................................................................................................................282 
9.5.3.7  REDUÇÃO DE CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS ................................................................................... 282 
9.5.3.8  DIREITO DE ACRESCER ...................................................................................................................... 283 
9.5.3.8.1  Introdução ao Assunto.............................................................................................................. 283 
9.5.3.8.2  Regras do direito de Acréscimo Testamentário........................................................................ 284 
9.5.3.9  O TESTAMENTEIRO ........................................................................................................................... 284 
9.5.4  INVENTÁRIO / PARTILHA .......................................................................................................................... 285 
9.5.4.1  NOÇÕES GERAIS................................................................................................................................ 285 
9.5.4.2  PROCEDIMENTOS ............................................................................................................................. 285 
9.5.4.2.1  Inventário Tradicional ............................................................................................................... 285 
9.5.4.2.2  Arrolamento Comum ................................................................................................................ 286 
9.5.4.2.3  Arrolamento Sumário ............................................................................................................... 286 
9.5.4.2.4  Inventário Administrativo ......................................................................................................... 287 
9.5.4.3  COMPETÊNCIA .................................................................................................................................. 288 
9.5.4.3.1  Regra geral de competência do inventário ............................................................................... 289 
9.5.4.3.2  Regras Auxiliares ....................................................................................................................... 290 
9.5.4.4  PRAZOS ............................................................................................................................................. 290 
9.5.4.5  LEGITIMIDADE .................................................................................................................................. 290 
9.5.4.6  QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO ..................................................................................................... 291 
9.5.4.7  INVENTARIANTE ............................................................................................................................... 292 
9.5.4.7.1  Remoção e Destituição do Inventariante ................................................................................. 293 
9.5.4.1  PROCEDIMENTO BÁSICO .................................................................................................................. 294 
9.5.4.1.1  Inventariança ou Inventário Propriamente Dito ....................................................................... 294 
9.5.4.1.2  Partilha ...................................................................................................................................... 295 
10  DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO ..................................................................................... 297 
10.1  DISSOLUÇÃO POR MORTE ................................................................................................................... 297 
10.2  DISSOLUÇÃO POR DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA ................................................................................... 297 
10.3  DISSOLUÇÃO POR DIVÓRCIO .............................................................................................................. 298 
10.3.1  EFEITOS JURÍDICOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 66/2010 ....................................................... 298 
10.3.2  DIVÓRCIO JUDICIAL ............................................................................................................................. 300 
10.3.3  DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL ................................................................................................................... 300 
11  LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – LEI 4.657/42 .......... 301 
11.1  Vigência da norma .............................................................................................................................. 301 
11.2  Obrigatoriedade da norma ‐ art. 3º da LINDB ...................................................................................... 303 
11.3  Integração da norma‐ art. 4º da LINDB ................................................................................................ 303 
 
Página | 12 
11.4  Interpretação da norma ...................................................................................................................... 305 
11.5  Aplicação da lei no tempo ‐ art. 6º da LICC. ......................................................................................... 306 
11.6  Aplicação da lei no espaço ‐ art. 7º ao 19º. .......................................................................................... 306 
 
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 
1 BIBLIOGRAFIA PARA DIREITO DE FAMÍLIA 
Direito das Famílias – Cristiano Chaves; ed. Lumem Juris 
 
2 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 
FAMÍLIA é grupo de pessoas unidas afetivamente. É comum se entender família por 
uma perspectiva biológica, ou seja, um grupo de pessoas unidas afetivamente por conta de 
vínculos biológicos. 
Modernamente repugna-se a idéia de que a origem da família seja biológico. Entende-
se que família não é dado, mas construído. Isto porque o conceito de família não pertenceria 
a biologia, mas sim a cultura. Ou seja, a família é um fenômeno cultural. 
Reforça esta idéia o simples fato de se perceber a adoção, que é um grande referencial 
de que o conceito de família é cultural e não biológico. 
 
2.1 QUADRO COMPARATIVO DO DIREITO DE FAMÍLIA 
FAMÍLIA NO CC/16 FAMÍLIA NO CF/88 E NO CC/2002 
(art. 227 e 228 CF) 
PERSPECTIVA MATRIMONIALIZADA 
 Toda família era casamentária. Se não 
casasse não tinha família. Concepção que a 
família necessitava de formalização jurídica, 
através do casamento 
PERSPECTIVA PLURALIZADA 
Casamento deixa de ser a única forma de 
constituição d e família, e a partir da CF/88 
se encontra outras formas de constituir 
família (ex: família monoparental) 
PATRIARCAL 
A família tinha um chefe que era o homem. 
DEMOCRÁTICA 
Homem e mulher passam a ser iguais 
perante a lei. Já não cabe a argüição de que 
o homem seja o chefe da família 
HIERARQUIZADA 
É pátrio poder. Existe uma hierarquia na 
família. 
IGUALITÁRIA 
Deixa de haver hierarquia familiar, agora 
todos são iguais perante a lei. Esta 
igualdade é substancial, ou seja, admiti-se 
tratamento desigual onde houver 
desigualdade (estatuto do idoso e da criança 
e do adolescente nasce desta igualdade 
 
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substancial) 
HETEROPARIENTAL 
Só tinha família pelo casamento e o 
casamento era necessariamente com 
pessoas de sexos diferentes 
HETERO OU HOMOPARENTAL 
A homoparentalidade decorrerá da 
monoparentalidade (família só com mãe e 
filha por exemplo). A homoparentalidade não 
se restringe a união de pessoas do mesmo 
sexo. 
BIOLÓGICA – porque a ação não 
estabelecia vinculo familiar definitivo. A 
eventual morte do adotante restabelecia 
vinculo biológico, para impedir que o 
adotado tivesse acesso a herança. 
BIOLÓGICA OU SÓCIO AFETIVA – adoção 
agora tem o mesmo status da adoção 
biológica, e produzos mesmos efeitos. 
CONCEPÇÃO INSTITUCIONAL DE 
FAMÍLIA 
Família era uma instituição 
CONCEPÇÃO INSTRUMENTAL DE 
FAMÍLIA 
Família não é um fim em si mesmo, e sim 
um meio. Ou seja, ninguém nasceu para ter 
uma família, foi a família que se constitui 
para as pessoas. Ninguém é obrigado a 
casar ou ter família para ter proteção. A 
família é um meio de proteção. 
 
Família é o lugar privilegiado onde a pessoa humana nasce inserida e de onde 
desenvolve a sua personalidade. Ninguém tem obrigação de ter família. Constituída uma 
família, a partir dali decorrem inúmeros efeitos, mas efeitos protetivos. 
O direito de família não protege a família, mas sim as pessoas que estão inseridas na 
família. Este é o caráter instrumental. 
O direito de família é meio de proteção da pessoa humana e não uma finalidade em si 
mesmo. 
Alguns autores, como Maria Berenice Dias vão chamar este caráter instrumental de 
Concepção Eudemonista 
FAMÍLIA INSTRUMENTAL = FAMÍLIA EUDEMONISTA 
Família Eudemonista – Família é a busca da realização pessoal e da felicidade. 
Ninguém tem família por si mesmo, as pessoas constituem família para se realizar. A familai 
protege a pessoa e não a instituição. Até a emenda 66/2010, permitia-se ao juiz indeferir 
acordos de separação consensual, sob o escopo de proteger os filhos e o patrimônio 
(sacrificando os conjugues). Tinha-se uma explicita intervenção do estado na familial Com a 
nova lei do divorcio esta emenda caiu. 
 
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SÚMULA 364 STJ – Bem de Família da Pessoa Sozinha (single). A pessoa sozinha 
(separada de fato, solteira, viúva). 
STJ Súmula nº 364 - 15/10/2008 - DJe 03/11/2008 Conceito de Impenhorabilidade 
de Bem de Família - Abrangência - Pessoas Solteiras, Separadas e Viúvas O 
conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel 
pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
 
O STJ, em primeiro plano se inclinou à idéia de família unipessoal (família de uma 
pessoa sozinha) para admitir o regime de impenhorabilidade (pessoa sozinha tem proteção 
patrimonial). Mas esta concepção ainda se assentava-se na concepção institucional de 
família. 
Com a súmula 364 o STJ mudou a concepção de família para Concepção Instrumental. 
Segundo a súmula, o bem de família não é reconhecido para a pessoa sozinha, porque 
família é grupo. Mas ao dar o conceito de impenhorabilidade, a súmula deixa notar a 
concepção instrumental, pois para te Ra proteção do bem de família não precisa ser uma 
família. 
A norma de direito de família protege a pessoa humana (norma protetiva). Mesmo 
quem não tem família merece a mesma proteção. 
 
2.2 PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS DO DIREITO DE FAMÍLIA 
São 4 paradigmas que constituem a revolução do direito de família. Como qualquer 
paradigma não tem caráter absoluto (vinculante), são apenas referencias. Mas segundo 
Maria Berenice estes paradigmas seriam princípios do direito de família. 
Ð Afeto 
Ð Ética 
Ð Dignidade 
Ð Solidariedade 
 
É certo que solidariedade e dignidade são princípios constitucionais (não do direito de 
família mas do sistema jurídico como um todo). 
Segundo Canotilho � NORMA JURÍDICA = NORMA PRINCÍPIO + NORMA REGRA. 
Em outras palavras, toda norma jurídica se decompõe em 2 âmbitos (2 diferentes 
tipos): toda norma jurídica é princípio e é regra. 
Princípios é norma aberta e regra é norma fechada. A norma princípio tem solução 
casuística. A norma regra tem solução apriorística. Como a norma princípio tem conteúdo 
 
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aberto, quem vai fixar o conteúdo é o juiz. Na morna regra, como seu conteúdo já vem 
antecipado, o juiz meramente aplica. 
A grande mensagem subliminar de Canotilho é de que todo princípio tem força 
normativa, pois todo princípio vincula, obriga. 
Se todo princípio tem força normativa terá aplicação compulsória. 
Se afeto fosse princípio a sua aplicação seria compulsória, e as pessoas seriam 
obrigadas a dar afeto, de modo que a falta de afeto poderia implicar em conseqüências 
jurídicas. 
Então estes 4 paradigmas não podem ser entendidos como princípios, porque não tem 
força vinculante, exceto dignidade e solidariedade que são princípios constitucionais. 
Estes 4 princípios são referenciais, paradigmas a serem alcançados, mas não são 
vinculantes. Então estes 4 paradigmas não tem natureza principiológica. 
STJ, Resp. 757.411/MG – Neste julgado o STJ afastou a possibilidade de indenização 
por abandono afetivo, sob fundamento de que o afeto não é exigível juridicamente (uma 
pessoa não é obrigado a dar afeto a outra). 
Então para o STJ afeto não é princípio, pelo menos na concepção moderna de 
princípio, qual seja, com força vinculante. 
Nelson Neri sustenta que existiriam 2 tipos de princípios, os fundamentais e os 
informativos. Os princípios fundamentais têm força normativa, então o que ele chama de 
princípios fundamentais são aqueles aludidos por Canotilho. Os princípios informativos (ou 
princípios gerais) seriam mero aconselhamento. 
Então se for enxergar afeto como princípio, deve ver sob a concepção de princípio 
informativo. Ou se enxerga como princípio informativo ou como paradigma. 
Mas o STJ, apesar de não reconhecer o afeto como princípio, o prestigia como 
paradigma do direito de família. Ex: STJ reconhece direito de visita de avós e padrastos. 
 
2.3 DIREITO DE FAMÍLIA MÍNIMO 
Também chamado de intervenção mínima do estado nas relações de família. 
A idéia da intervenção mínima do estado na família diz respeito a valorização da 
autonomia provada no direito de família. 
Esta valorização é para prestigiar a pessoa humana. Se o direito de família é afetivo e 
se o afeto emana da vontade humana, o direito de família precisa valorizar esta vontade 
humana (manifestação volitiva). 
Com isso, diminui-se a intervenção do estado e amplia-se a proteção de declaração de 
vontade da autonomia privada. 
 
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Mas nem sempre foi assim. Até bem pouco tempo se entendia que qualquer norma do 
direito de família era cogente e de ordem pública. A autonomia privada no direito de família 
ficou restrita, historicamente, às questões patrimoniais. 
Agora o que se diz é que o direito de família tem que respeitar a autonomia privada 
(declaração de vontade), seja nas questões patrimoniais, seja nas questões existenciais. A 
regra é dizer: a pessoa decide e não o estado. 
 
2.3.1 Exemplos de referência a intervenção mínima do Estado na Família 
 
2.3.1.1 ECA 
No final de 2009 teve mais de 200 artigos alterados (lei alteradora é a 12010/09), entre 
eles o art. 28. 
O art. 28 que afirma que a colocação em família substituta (guarda, tutela e adoção) 
exige a prévia audição da criança e do adolescente. Se tiver mais de 12 anos, além de ouvi-
lo é necessário seu consentimento (manifestação vinculante). Isto é princípio da autonomia 
privada. 
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou 
adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos 
termos desta Lei. 
 
2.3.1.2 POSSIBILIDADE DE MUDANÇA DE REGIME DE BENS (1639 §2º CC) 
É possível mudar o regime de bens mesmo que o casamento tenha sido celebrado 
sob o regime de separação obrigatória (art. 1641 CC) quando cessada a causa que lhe 
originou. Ex: aquele que precisa de autorização judicial para casar porque tinha menos de 
16 anos; quando fizer 18 pode requerer a mudança. Ex2: o divorciado que não fez a partilha 
dos bens e casou. Quando fizer a partilha pode requerer a mudança. OBS: para o maior de 
70 anos a causa não cessar então não é possível a mudança do regime obrigatório. 
 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto 
aos seus bens, o que lhes aprouver. 
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do 
casamento.§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em 
pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões 
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. 
 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da 
celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 
2010) 
 
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III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
 
2.3.1.3 EMENDA CONSTITUCIONAL 66 
Eliminou os prazos do divorcio. Esta emenda confirma que casamento é ato de 
vontade. O direito agora é um direito potestativo extintivo. 
 
2.3.1.4 PACTO ANTENUPCIAL 
A discussão sobre a intervenção mínima do estado na família chegou ao pacto 
antenupcial, sobre a possibilidade de o casal fazer disposições de vontade. Historicamente 
no pacto antenupcial só se podia fazer declarações de cunho patrimonial (regime de bens, 
por exemplo). Porém, agora, com a autonomia privada prestigiada, a tendência é de 
entende-se que o casal poderia dispor não só de questões patrimoniais, mas também de 
questões existenciais. Exemplo: casal pode dispensar os deveres do casamento (art. 1566 
CC – coabitação). 
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: 
I - fidelidade recíproca; 
II - vida em comum, no domicílio conjugal; 
III - mútua assistência; 
IV - sustento, guarda e educação dos filhos; 
V - respeito e consideração mútuos. 
 
 
2.3.1.5 ART. 1513 CC 
É uma Cláusula Geral de Intervenção Mínima do Estado. Este artigo esta se referindo 
ao Estado, e diz que o Estado não pode interferir na família. Alguns autores enxergam nisso 
a função social da família, porque esta se dizendo que é vedado a um terceiro prejudicar a 
relação jurídica alheia (impede o terceiro ofensor) 
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na 
comunhão de vida instituída pela família. 
 
Com base neste artigo, surgiu a tese de que a amante seria a terceira ofensora e 
surgiram ações contra conjugues devido a relação extraconjugual. O STJ afastou esta tese, 
pois o dever de fidelidade é entre as partes, não é oponível a terceiros. O simples fato de se 
quebrar dever conjugal não gera indenização. 
 
2.3.2 Violação a Autonomia Privada 
Lei nº 1.2344/10: alterou a idade do regime de separação obrigatória de 60 para 70 
anos. Isto viola a autonomia privada. É uma espécie de interdição parcial. A maioria 
 
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esmagadora dos autores sustenta a inconstitucionalidade desta lei, que limita a escolha de 
regime de bens até o 70 anos, em face da violação da dignidade humana. Senilidade não é 
sinônimo de capacidade. O estatuto do idoso confere proteção legal ao idoso. 
 
2.4 APLICAÇÃO DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS NAS 
RELAÇÕES FAMILIARES 
Vem se sustentando que direitos e garantias fundamentais e sociais tem aplicação 
direta nas relações privadas como um todo, inclusive nas relações familiares. 
Vem se dizendo que todo e qualquer direito e garantia fundamental e social tem 
aplicação direta (imediata), o que significa que não precisa de norma intermediaria. 
O STJ, no julgamento do Resp. 201.819/RJ, consagrou a aplicação direta de direitos e 
garantias fundamentais e sociais nas relações privadas como um todo, inclusive nas 
relações de família 
 
2.5 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO DE FAMÍLIA 
Os princípios constitucionais do direito de família são princípios fundamentais, com 
força vinculante, porque correspondem a opções do sistema. Estão nos arts. 226 e 227 CF. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o 
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em 
casamento. (Regulamento) 
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por 
qualquer dos pais e seus descendentes. 
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente 
pelo homem e pela mulher. 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela 
Emenda Constitucional nº 66, de 2010) 
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade 
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado 
propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada 
qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a 
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a 
 
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salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do 
adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, 
mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada 
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência 
materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas 
portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social 
do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o 
trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com 
a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. 
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de 
uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir 
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto 
no art. 7º, XXXIII; 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Redação dada 
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, 
igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo 
dispuser a legislação tutelar específica; 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição 
peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida 
privativa da liberdade; 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e 
subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou 
adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente 
e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela 
Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança 
e do adolescente. 
§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder

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