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LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 1 
Apresentação ................................................................................................................................ 5 
Aula 1: Conceitos da logística integrada ....................................................................................... 7 
 ............................................................................................................................. 7 Introdução
 ................................................................................................................................ 7 Conteúdo
Evolução da logística ........................................................................................................ 7 
Posicionamento brasileiro ............................................................................................. 10 
Conceitos de Logística ................................................................................................... 11 
Transformações da Logística ........................................................................................ 12 
Acordos Comerciais ........................................................................................................ 13 
Conceitos da Logística Integrada ................................................................................. 16 
Logística Integrada .......................................................................................................... 16 
Cadeia de Suprimentos Integrada ................................................................................ 17 
Gestão da Cadeia de Suprimentos ............................................................................... 18 
Supply Chain Management (SCM) ................................................................................ 19 
Objetivos básicos da SCM .............................................................................................. 20 
Outras atividades ............................................................................................................. 21 
SCM: barreiras e alternativas ......................................................................................... 21 
Dificuldades na internacionalização das empresas .................................................. 22 
Adaptação das Forças de Michael Porter .................................................................... 24 
Estratégias Competitivas ................................................................................................ 25 
Atividade proposta .......................................................................................................... 26 
 ....................................................................................................................... 27 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 27 Referências
 ......................................................................................................... 28 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 34 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 37 
 ..................................................................................................................................... 37 Aula 1
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 37 
Aula 2: Supply chain: processos e tecnologias ............................................................................ 40 
 ........................................................................................................................... 40 Introdução
 .............................................................................................................................. 40 Conteúdo
Cadeia de suprimentos ................................................................................................... 40 
Processos de negócios ................................................................................................... 41 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 2 
Customer Relationship Management (CRM) .............................................................. 41 
Desafios do CRM .............................................................................................................. 42 
Gestão de Fornecedores – Supplier Relationship Management (SRM) ................. 43 
Monitoramento do mercado de fornecedores .......................................................... 46 
Suprimentos: modelos de compras internacionais .................................................. 47 
Previsão de demanda...................................................................................................... 48 
JIT - Just In Time / no Tempo Exato, na Hora Certa ............................................... 49 
Milk Run (MR) .................................................................................................................... 49 
Projeto e Desenvolvimento de Novos Produtos e Processos (PDP) ...................... 54 
Gestão de Pessoas: Recursos Humanos ..................................................................... 55 
Gestão de Processos: Benchmark ................................................................................ 56 
Tecnologia da informação (TI)...................................................................................... 56 
Tecnologia da informação e gestão das informações ............................................. 58 
ERP – Enterprise Resource Planning / Planejamento dos Recursos da Empresa 60 
EDI – Electronic Data Interchange / Intercâmbio Eletrônico de Dados ............... 61 
QR – Quick Response / Resposta Rápida .................................................................... 62 
CR – Continuous Replenishment / Reposição Contínua ......................................... 63 
ECR – Efficient Consumer Response / Resposta Eficiente ao Consumidor ......... 64 
VMI - Vendor Managed Inventory / Estoque Gerenciado pelo Fornecedor ........ 65 
Código de Barras ............................................................................................................. 67 
RFID - Radio Frequency Identification - Identificação por Rádio Frequência ..... 68 
Business Intelligence – Inteligência Empresarial ou Inteligência de Negócios .. 71 
TCT - Transaction Cost Theory / A Teoria dos Custos de Transação X RBV - 
Resource Based View / A Visão Baseada em Recursos ............................................ 75 
Atividade proposta .......................................................................................................... 76 
 ....................................................................................................................... 77 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 77 Referências
 ......................................................................................................... 78 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 82 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 82 
 ..................................................................................................................................... 82 Aula2
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 82 
Aula 3: Tendências de mercado e análise ................................................................................... 84 
 ........................................................................................................................... 84 Introdução
 .............................................................................................................................. 85 Conteúdo
Tendências de mercado e sua análise ........................................................................ 85 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 3 
Soluções de inteligência de mercado .......................................................................... 86 
Modelos de análise para tendências de mercado ..................................................... 86 
Tendências de mercado e logística ............................................................................. 90 
Análise da última década da logística no mundo e no Brasil: o que mudou? ..... 92 
Logística no mundo: principais alterações ................................................................. 94 
A logística no Brasil ......................................................................................................... 96 
Conclusão ......................................................................................................................... 98 
Atividade proposta ........................................................................................................ 100 
 ..................................................................................................................... 101 Aprenda Mais
......................................................................................................................... 101 Referências
 ....................................................................................................... 102 Exercícios de fixação
Notas ......................................................................................................................................... 106 
Chaves de resposta ................................................................................................................... 106 
 ................................................................................................................................... 106 Aula 3
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 106 
Aula 4: Globalização na cadeia produtiva ................................................................................. 109 
 ......................................................................................................................... 109 Introdução
 ............................................................................................................................ 110 Conteúdo
Globalização ................................................................................................................... 110 
Suplly Chain e o tipo de negócio: Puxado (Pull System) ou Empurrado (Push 
System) ............................................................................................................................ 111 
Postponement (prorrogação) e as barreiras a sua implementação .................... 111 
Outsourcing na cadeia produtiva ............................................................................... 112 
Estoque ............................................................................................................................ 113 
Transporte ....................................................................................................................... 115 
Transporte e logística ................................................................................................... 116 
Logística integrada e comércio internacional ......................................................... 118 
Operações internacionais ............................................................................................ 122 
Regimes aduaneiros especiais .................................................................................... 124 
Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais ............................... 131 
Atividade proposta ........................................................................................................ 133 
......................................................................................................................... 134 Referências
 ....................................................................................................... 135 Exercícios de fixação
Notas ......................................................................................................................................... 139 
Chaves de resposta ................................................................................................................... 139 
 ................................................................................................................................... 139 Aula 4
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 4 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 139 
Conteudista ............................................................................................................................... 142 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 5 
 
Estamos na era da tecnologia (TI), que nos conecta com o mundo, em tempo 
real. Parece que tudo está mais próximo, o mundo ficou menor. É possível 
assistirmos eventos em diferentes lugares do mundo, por meio de conference 
calls e outros meios e aplicativos. Sem eles, não seria possível participarmos, 
por causa do tempo de deslocamento e do dinheiro necessário. 
 
Já pararam para pensar o que acontece com os produtos produzidos em um 
determinado país cujo local de consumo se encontra espalhado por todo o 
mundo? 
 
Nesse contexto, aprendemos que a logística tem um papel importante 
colocando o produto certo, na hora certa, ao menor custo possível, no lugar 
solicitado pelo cliente. O desafio de logística integrada e operações 
internacionais é atingir esses objetivos com todas essas diversidades. 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
 
1. Apresentar a logística integrada e a sua evolução até aos dias de hoje; 
2. Conceituar suplly chain management como modelo de gestão e os desafios 
na sua implementação; 
3. Descrever os processos e o papel facilitador do uso das diversas ferramentas 
tecnológicas na integração da supply chain; 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 6 
4. Analisar as tendências de mercado e o impacto da atuação das empresas 
internacionalizadas nas economias nacionais. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 7 
Introdução 
Nesta aula, entenderemos como foi a evolução da logística após a Segunda 
Guerra Mundial e como os eventos mundiais e as inovações tecnológicas 
obrigaram as empresas a criar novos métodos para gerenciar a cadeia de 
suprimentos. 
 
Nesse sentido, os acordos comerciais e a formação de blocos regionais de 
comércio exterior, assim como o aumento do fluxo internacional de 
mercadorias, estabeleceram a necessidade de integrar as atividades logísticas 
com o novo conceito de supply chain. 
 
O conceito de supply chain management permitiu que as empresas se 
internacionalizassem, ampliando seusmercados. 
 
Objetivo: 
1. Apresentar a evolução da logística e os fatos que mais contribuíram para o 
seu desenvolvimento; 
2. Conceituar logística integrada e o Supply Chain Management como modelo 
de gestão; 
3. Descrever os desafios que as empresas internacionalizadas enfrentam para 
atenderem a este novo conceito da logística. 
Conteúdo 
Evolução da logística 
Após a Segunda Guerra Mundial, os cenários de relações internacionais foram 
drasticamente alterados, influenciando de forma radical a logística. Vamos ver 
como a logística se desenvolveu internacionalmente e como o Brasil se inseriu 
nesse contexto? 
 
1944 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 8 
No fim da Segunda Guerra Mundial, os aliados se reuniram e criaram o Acordos 
de Bretton Woods que estabelecia regras para as relações comerciais entre os 
países. As novas regras alteraram completamente os cenários dos negócios 
internacionais e interferiram diretamente no ambiente logístico. 
 
1947 
Um grupo formado por representantes de 23 países aprovou a criação do 
Acordo Geral de Tarifas e Comércio, o General Agreement of Tariffs and Trade 
(GATT), com objetivo de reduzir obstáculos ao intercâmbio internacional de 
bens, eliminando barreiras protecionistas às trocas internacionais de 
mercadorias, e distribuir riqueza no planeta. 
 
1948 a 1952 
Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA criaram o Plano Marshall, 
financiamento para reconstrução dos países devastados pela guerra. Nessa 
época já existia um pensamento logístico focado na eficiência do fluxo de 
materiais, principalmente nas questões de armazenamento e transporte, 
tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens. Esse conceito 
permaneceu até a década de 1960. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 9 
1958 
Em virtude do aumento das importações, a balança comercial de pagamentos 
dos EUA teve seu primeiro déficit histórico, no total de 3,7 bilhões de dólares, 
em valores da época, não parando mais de crescer até os dias de hoje. 
 
Anos 1960 
O crescimento do comércio internacional fez com que fosse necessário o 
desenvolvimento da área de logística e infraestrutura, para atender a demanda 
de produtos e serviços. Nesse período, surgiu o gerenciamento consolidado das 
atividades de transporte, suprimentos, distribuição, armazenagem e controle de 
estoques. 
 
Anos 1970 
Nesse período, o foco passou a ser o cliente, com a introdução da aplicação de 
métodos quantitativos às questões logísticas. As ações foram direcionadas para 
a produtividade e os custos de estoques. Algumas medidas tomadas pelos 
Estados Unidos e pelo Japão impactaram diretamente a área da logística. 
 
1973 a 1979 
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), triplicou o preço do 
barril do petróleo. Os fretes internacionais e o custo da distribuição física, 
principalmente nas metrópoles, sofreram aumentos elevados. Aumentou a 
pressão pela racionalização dos custos de transferência dos produtos, 
fortalecendo o crescimento da logística internacional que assumiu um papel 
estratégico nos negócios. 
 
Anos 1980 
Muitos eventos no mundo aumentaram o fluxo do comércio internacional, 
impondo a redução dos fretes internacionais, o aumento da capacidade de 
transporte dos navios, a diminuição do tempo de carga e descarga, o que 
reduziu ainda mais o custo dos produtos. No final da década, apareceu a 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 10 
logística em um contexto mais abrangente, a chamada logística estratégica, 
fazendo parte da competitividade empresarial. 
 
Anos 1990 
A indústria e o comércio começaram a considerar todo o mercado mundial 
como parceiros, fornecedores e clientes ao mesmo tempo. O ciclo de vida dos 
produtos foi reduzido de maneira rápida. O Just In Time chegou ao Ocidente. 
Surgiu o Supply Chain Management (SCM), Gerenciamento da cadeia de 
Suprimentos, e o comércio eletrônico. O cenário dos negócios tornou-se cada 
vez mais volátil, competitivo e imprevisível. 
 
Sec. XXI 
Os países orientais abriram suas economias, gradualmente, e conquistaram 
fortes investimentos, como novas fábricas, modificando e incrementando os 
fluxos internacionais de mercadoria. Dessa forma, a logística passou a ser 
considerada uma ferramenta indispensável para a conquista da competitividade 
global. 
 
Posicionamento brasileiro 
Nessa época de evolução mundial, o Brasil não tinha estrutura logística para 
fazer face à competitividade externa. A instabilidade econômica e política, assim 
como o preço internacional das commodities, contribuíram para uma retração 
nas exportações e uma forte desvalorização cambial. 
 
Esse quadro de retração foi revertido em 2003, com um forte empenho no 
aumento dos negócios internacionais, principalmente, para a China. 
 
A partir dos anos 1990, apesar dos problemas econômicos, da oscilação do Real 
e das crises em países vizinhos e parceiros (Argentina, Estados Unidos e 
outros), o comércio exterior brasileiro tem crescido: 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 11 
• Entre 1990 até 2006 em torno de 339%, média de 9,7% ao ano; 
• Entre 2002 e 2006 cresceu 113%, média de 28,25% ao ano. 
 
Conceitos de Logística 
Vimos que, até à década de 1950, a logística não tinha sistematização e era 
confundida com a atividade de transporte, ou seja, logística era o deslocamento 
de bens e serviços dos locais de produção para os locais de consumo. 
 
Em 1999, o Council of Logistics Management – hoje Council of Supply Chain 
Management Professionals (CSCMP) –, considerado autoridade em logística, fez 
a primeira adequação ao conceito de logística, descrevendo-a como: 
 
“A parte do processo de gestão da cadeia de suprimentos que planeja, 
implementa e controla, eficientemente, ao custo correto, o fluxo e a 
armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos 
acabados com o propósito de atender aos requisitos (necessidades) do cliente”. 
Dessa forma, o que era apenas transporte, passou a conciliar as atividades 
relacionadas às operações de compra, venda, armazenagem, estoques e 
transporte, levando em consideração o tempo gasto em cada etapa e o custo. 
Na verdade, o processo logístico tem início no planejamento, na implementação 
e no controle eficiente das operações. 
 
Atualmente , o CSCMP conceitua a logística como: 
 
“A parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e 
controla o eficiente e efetivo fluxo e estocagem de bens, serviços e informações 
relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos 
requisitos dos consumidores”. 
 
A partir desses conceitos, as empresas passaram a atribuir atividades à 
logística, que deixava de ter apenas características técnicas e operacionais para 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 12 
ganhar conteúdo estratégico, proveniente da integração de suas diversas 
operações, assim como uma visão sistêmica. 
 
Nesse sentido, a definição de logística foi ampliada para integrar as diversas 
áreas envolvidas na produção, o dimensionamento e layout de armazéns, a 
alocação de produtos em depósitos, os transportes (roteirização, 
dimensionamento de frota, de veículo) a distribuição, a seleção de fornecedores 
e clientes externos, surgindo um novo conceito, conhecido como supply chain 
ou logística integrada. 
 
Transformações da Logística 
A crescente integração das economias dos diferentes países criou a necessidade 
de ampliar os mercados, gerar economia de escala, reduzir custos, adaptar os 
produtos a cada mercado, avaliar a forma dedistribuição mais conveniente e 
reduzir os tempos de entrega. 
 
O desenvolvimento das tecnologias de informação e de transporte contribuiu 
para atingir esses objetivos. O fluxo de mercadorias, capitais e informações 
cruzou fronteiras, formando o ambiente de transações globais, em que a 
logística passou a exercer um papel fundamental. 
 
Podemos dizer que, nos dias de hoje, a logística, globalmente, opera no 
seguinte cenário concorrencial: 
 
• Nações emergentes com sistemas de produção mais baratos para onde 
as empresas transnacionais deslocam suas fábricas; 
• O protecionismo dos mercados pelos seus países, favorecendo a 
exportação e impondo barreiras à importação; 
• Concorrência com novos entrantes, como a China; 
• Prazos mais apertados; 
• Redução das margens de lucro; 
• Consumidores exigindo produtos de melhor qualidade; 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 13 
• Necessidade de serviços pós-venda tentando entender o grau de 
satisfação do cliente; 
• Legislações ambientais mais exigentes não só em certificação, mas, em 
alguns casos, com imposição de logística reversa. 
 
 
 
Atenção 
 Outros fatores contribuíram para que a logística fosse cada vez 
mais integrando e sincronizando as diversas áreas da supply 
chain: 
 
• Ciclos de vida dos produtos e cadeias de distribuição cada 
vez mais curtas; 
• Necessidade de parcerias; 
• Aumento da concorrência externa; 
• Clientes mais informados, que levaram as empresas a 
mudar suas atividades, decisões, e a oferecer aos clientes 
produtos e serviços com menor preço e qualidade 
superior. 
 
 
Acordos Comerciais 
Um fator importante no desenvolvimento da logística foi a constituição de 
acordos comerciais entre os países, facilitando e desenvolvendo processos 
logísticos entre eles e a formação de blocos regionais, em que países de uma 
mesma região se unem para incrementar as trocas comerciais entre si, ganhar 
força, expertise e adotar medidas comuns nas negociações com países fora do 
bloco. Essas práticas incentivam o estudo e o uso dos processos da logística 
integrada. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 14 
Nesse contexto, quando os países pretendem ampliar seus mercados externos, 
podem fazer acordos bilaterais, trilaterais, criar áreas de livre comércio ou 
constituírem os blocos regionais. Os blocos regionais podem apresentar 
diversas formas de estrutura, de acordo com o estágio da sua constituição: 
 
União Aduaneira 
Área de livre comércio, com uma tarifa externa comum e outras medidas que 
configurem uma política comercial externa comum. Existe a livre circulação de 
bens e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para 
importações realizadas fora da área. o Mercosul é uma União Aduaneira. 
 
Mercado Comum 
União Aduaneira, com políticas comuns de regulamentação de produtos e 
com liberdade de circulação dos três fatores de produção: pessoas, serviços e 
capitais. A União Europeia é um Mercado Comum. 
 
União Econômica e Monetária 
É um mercado comum, em pleno funcionamento, com um único banco central 
que emite a moeda comum a todos os membros. A União Europeia é o exemplo 
de uma UEM. 
 
Integração Econômica Total 
Os membros adotam uma moeda comum, harmonizam completamente as 
suas políticas fiscais, sociais e econômicas. Nesse tipo de constituição, a União 
Europeia (UE) continua sendo um exemplo, ela atingiu o mais alto nível de 
integração. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 15 
 
 
Atenção 
 Os países em que se pratica a logística são classificados de 
acordo com o desenvolvimento de suas economias e seus 
mercados. Veja como é feita a classificação. 
 
Plataforma 
Países pequenos que se destacam pela grande quantidade de 
acordos econômicos na região em que se situam. Normalmente 
são usados como rede de distribuição na região. 
Exemplo: o Chile é considerado um país plataforma. 
 
Emergentes 
Países subdesenvolvidos, cujas economias têm crescido 
substancialmente, mostrando, também, melhorias em seus 
índices de desenvolvimento político e social e competitividade 
global, utilizando como parâmetro o Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH). 
Exemplo: Angola. 
 
Em crescimento 
Países de economia mediana com estabilidade política e 
econômica, com desenvolvimento constante. 
Exemplo: os países pertencentes ao BRIC – Brasil, Rússia, Índia 
e China. 
 
Maduros 
Países ricos com economias consolidadas, e poucas condições de 
crescimento, que não oferecem facilidades para os novos 
entrantes e são protecionistas. 
Exemplo: União Europeia, EUA, Japão. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 16 
 
Conceitos da Logística Integrada 
Veremos, a seguir, os dois conceitos que surgiram e foram adotados pelas 
empresas como forma de alinhar os seus objetivos de redução de custos aos 
objetivos geradores de vantagens competitivas: o conceito de Logística 
Integrada e de Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia 
de Suprimentos. 
 
Você estudou que as empresas foram obrigadas a mudar a formatação de suas 
operações e a repensar em como aperfeiçoar os elementos da cadeia logística. 
É possível afirmar que a necessidade de integração evoluiu de dentro para fora 
nas empresas, criando uma rede de organizações integradas, desde os 
fornecedores de matéria-prima até os consumidores finais. 
 
Essa constituição integrada recebeu o nome de cadeia de abastecimento, que 
se transformou na visão da logística moderna. Para entendermos a logística 
integrada, devemos conhecer três importantes conceitos: 
 
Um sistema é constituído por alguns grupos de atividades, aparentemente 
independentes, agindo com sinergia total, trabalhando para a realização de um 
objetivo. 
 
Grupos de atividades são áreas de atuação de diferentes empresas 
envolvidas no sistema, podemos chamá-los de subsistemas especialistas; 
 
Interfaces são fronteiras, às vezes tênues, entre grupos de atividades que 
permitem o fluxo de produtos e informações de forma sincronizada. 
 
Logística Integrada 
As empresas agora têm um grande desafio pela frente: coordenar o 
conhecimento específico de tarefas individuais em uma competência integrada 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 17 
voltada para o atendimento ao cliente. Não raro, esse desafio é ampliado para 
incluir os próprios clientes e os fornecedores de materiais e de serviços. 
 
Segundo Martins e Alt, (2002), o que faz a logística contemporânea 
interessante é o desafio de tornar os resultados combinados da integração 
interna e externa em uma das competências centrais da empresa. 
 
A Logística Integrada pretende promover o fluxo contínuo da entrada da 
matéria-prima (suprimento), da fabricação do produto ou serviço (produção) e 
da saída do produto acabado até ao mercado (distribuição), sem interrupção do 
processo em nenhum dos pontos da cadeia de suprimentos (supply chain), 
tornando mínimo o estoque da empresa. 
 
Podemos concluir que a Logística Integrada envolve o gerenciamento de 
informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e 
embalagem e que todas as áreas que envolvem o trabalho logístico oferecem 
grande variedade de tarefas. 
 
Como vimos, a evolução no meio logístico foi marcada por grandes 
transformações nos conceitos gerenciais, especialmente em relação à função de 
operações. 
 
A necessidade de se produzir um bem com qualidade, sem perdas ou 
retrabalho, ao mesmo tempo em que se tentava reduzir os custos com a 
produção desses bens ou serviços foi o grandedesafio enfrentado por todas as 
empresas que perceberam a necessidade de se alinhar ao mercado para manter 
a competitividade. 
 
Cadeia de Suprimentos Integrada 
A cadeia de suprimentos integrada, normalmente é apresentada como uma 
rede de organizações formada por meio de ligações nos dois sentidos, dos 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 18 
diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e 
serviços que são colocados na mão do consumidor final. 
 
Observe o exemplo: 
Um fabricante de camisas é parte da cadeia que se estende em dois 
sentidos: 
 
• Para trás, para o tecelão, para o fabricante de fibras; 
• Para frente, por meio dos distribuidores e varejistas, até ao consumidor 
final. 
 
Cada uma dessas organizações na cadeia é dependente da outra por definição 
e, por tradição, elas não cooperam umas com as outras. (MARTIN, 2002). Para 
que o gerenciamento dessa cadeia tenha sucesso, é necessária uma integração 
funcional que não é muito fácil de ser conseguida. 
 
Para desenvolver uma cadeia de suprimentos integrada, as empresas criam 
uma cadeia de suprimentos interna, ligando os departamentos de compras, 
produção e distribuição. Em seguida, unem os fornecedores e os clientes, 
formando uma cadeia de suprimentos externa. Finalmente, unem as cadeias 
interna e externa, formando a cadeia integrada de suprimentos da empresa. 
 
Contudo, se os distribuidores, os atacadistas e os varejistas não estiverem 
operando dentro da cadeia, o produto não atingirá o valor pretendido junto ao 
consumidor final, por força da ineficiência sistêmica da cadeia de suprimentos. 
 
Gestão da Cadeia de Suprimentos 
A sobrevivência das empresas vem da competitividade que é resultante da 
produtividade e da qualidade do valor agregado ao produto. O sucesso 
comercial é conquistado por meio da vantagem de custo, da vantagem de 
valor, ou de ambas. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 19 
Nesse sentido, quando o concorrente obtém maior lucro, é porque conseguiu 
produzir com custos menores ou ofereceu um produto com maior diferença 
perceptível de valor ao seu cliente. 
 
A integração das cadeias não é fácil de ser conseguida, pois nem as grandes 
empresas são sempre bem-sucedidas. Nesse ambiente competitivo vêm 
surgindo metodologias com a finalidade de se obterem vantagens competitivas 
sobre a concorrência. Uma delas, a Supply Chain Management (Gestão da 
cadeia de Suprimentos), é apresentada ao mercado como uma nova fronteira 
para a obtenção dessas vantagens competitivas. 
 
Supply Chain Management (SCM) 
O conceito de Supply Chain Management (Gestão da cadeia de Suprimentos) 
começou a ser desenvolvido no começo da década 1990. 
 
Esse conceito tem início na saída das matérias-primas dos fornecedores, passa 
pela produção, montagem e termina na distribuição dos bens finais aos 
clientes. 
 
Inclui considerações estratégicas como: foco na satisfação do cliente; na 
formulação e implementação de estratégias para retenção dos clientes atuais e 
a obtenção de novos, além de gerenciar a cadeia de forma eficaz. O 
desempenho do SCM depende basicamente de quatro fatores: 
 
Capacidade de resposta às demandas dos clientes. 
 
Qualidade de produtos e serviços. 
 
Velocidade, qualidade e timing da inovação nos produtos. 
 
Efetividade dos custos de produção e de entrega e utilização de capital. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 20 
Para finalizar, podemos dizer que o SCM é uma abordagem sistêmica, muito 
complexa, que implica em elevada interação entre os participantes, exigindo a 
consideração simultânea de diversos trade-offs, tanto internos quanto 
interorganizacionais. 
 
Objetivos básicos da SCM 
Um dos objetivos básicos da SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais 
sinergias entre as partes da cadeia de suprimentos, de forma a atender ao 
consumidor final mais eficientemente através da redução dos custos e da 
adição de mais valor aos produtos finais. 
 
Dessa maneira, o gerente da cadeia de suprimentos deve: 
 
• Satisfazer rapidamente o cliente, criando um diferencial com a 
concorrência; 
• Minimizar os custos financeiros, usando menos capital de giro e os custos 
operacionais, diminuindo desperdícios e evitando atividades que não 
agregam valor ao produto: esperas, controles, armazenamentos, 
transportes etc. 
• Minimizar o lead time ao máximo, em função da eficácia da equipe de 
projeto, dos suprimentos na negociação com fornecedores e da 
velocidade de transição do projeto para a produção. 
 
Por fim, entendemos que para a SCM ter sucesso, alguns fatores são 
indispensáveis: 
 
• O foco intenso no cliente; 
• Os índices quantitativos de desempenho; 
• Os times interfuncionais; 
• O gerenciamento do fator humano; 
• O uso avançado de tecnologia de informação, sem a qual não há 
condições da sua implementação. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 21 
 
Outras atividades 
O conceito de Supply Chain Management (Gestão da cadeia de Suprimentos) 
ainda é uma exclusividade de algumas grandes empresas, já que poucas 
conseguiram a implementação total do SCM, tanto no Brasil quanto no exterior. 
 
Alguns autores afirmam que o conceito de SCM é mais do que o gerenciamento 
da supply chain e deve abranger outras atividades como: 
 
• Desenvolvimento de novos produtos; 
• Atividades de marketing; 
• Pesquisa e desenvolvimento para a formulação do produto; 
• Fabricação e logística para executar as operações; 
• Finanças para a estruturação do financiamento; 
• Compras e desenvolvimento de fornecedores. 
 
Essas atividades ainda não integram as funções tradicionais da logística, mas 
são críticas para a implementação do SCM. 
 
 
Atenção 
 As empresas que conseguiram implementar o SCM com sucesso 
obtiveram ganhos fantásticos na sua operação pela redução de 
custos. A Walmart e a Dell Computers são bons exemplos. 
Entretanto, não podemos deixar de mencionar que a Nike é 
considerada um dos grandes fracassos na implantação do SCM. 
 
SCM: barreiras e alternativas 
Vimos que o SCM traz inúmeros benefícios para as organizações e agora 
entenderemos o motivo pelo qual poucas empresas o utilizam. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 22 
A implementação do SCM exige grandes mudanças, que acontecem no nível 
dos procedimentos internos e externos, no que diz respeito ao relacionamento 
entre os diversos participantes da cadeia de suprimentos. 
 
Procedimentos Internos 
Internamente é necessário quebrar as barreiras organizacionais no que diz 
respeito aos objetivos individuais em detrimento de uma visão sistêmica. O 
resultado do conjunto é mais importante do que o resultado das partes. 
 
Procedimentos Externos 
Externamente o SCM é responsável por uma importante mudança no 
paradigma competitivo: a competição no mercado ocorre não só nas cadeias 
produtivas, mas também nas unidades de negócios. Pressupõe, inclusive, a 
criação de unidades virtuais de negócios. 
 
Dificuldades na internacionalização das empresas 
No âmbito da logística internacional, lidamos com diversos sistemas cambiais, 
diversas moedas, políticas econômicas e tributárias, barreiras alfandegárias e 
não alfandegárias, incentivos, subsídios, infraestrutura, transportes, meios de 
comunicação e a diversidade de culturas específicas a cada país. 
 
As exigências para redução dos prazos de entrega são enormes e as diferentes 
combinações dessas variáveis determinam preços diferenciados. 
 
Além do fluxo físico de mercadorias, os negócios internacionaisabrangem 
investimentos e produção industrial em diversas partes do planeta, com 
peculiaridades físicas, climáticas, no biótipo, cultura, religião, costumes, 
legislação. 
 
Essas diferenças, no mercado externo, podem alterar o produto, a embalagem 
ou mesmo as cadeias produtivas. Por outro lado, especificidades como 
xenofobia, legislação, protecionismo dos países as suas indústrias internas e a 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 23 
concorrência tornam-se verdadeiros desafios que devem ser levados em 
consideração ao definir procedimentos logísticos específicos para cada 
mercado. 
 
O protecionismo, na forma de barreiras tarifárias, não tarifárias ou mesmo por 
meio de dumping, não deve ser ignorado. 
 
Vimos que o novo conceito logístico mudou a forma de fazer negócios e as 
empresas estão tendo que se adaptar à nova realidade. Sabemos que essas 
empresas enfrentam dificuldades. Sendo assim, vamos conhecer algumas das 
dificuldades das empresas candidatas à internacionalização? 
 
As empresas necessitam buscar fornecedores e clientes simultaneamente no 
cenário internacional. É preciso entregar seus produtos de acordo com as 
exigências de seus clientes e, por isso, devem estar preparadas para enfrentar: 
 
• Forte concorrência; 
• Clientes mais exigentes; 
• Prazos mais apertados; 
• Redução de custos; 
• Maior produtividade; 
• Melhor qualidade; 
• Protecionismo do país onde se encontram seus clientes; 
• Taxas e impostos aplicados aos produtos importados, como forma de 
protecionismo. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 24 
 
Atenção 
 A especialização industrial e tecnológica em diferentes países 
tem possibilitado o aumento da produtividade gerando ganhos 
na economia de escala pela produção em massa de produtos 
padronizados. Os polos produtores, em função desses fatos, 
deslocam-se para novas regiões em busca de menores distâncias 
de distribuição, imóveis e serviços mais baratos, incentivos 
fiscais e mão de obra virgem (pronta para ser treinada), dentro 
de conceitos voltados para a prática da competitividade. 
 
Além de todos esses fatores, as empresas brasileiras que pretendem se 
internacionalizar necessitam observar as variáveis que funcionam como 
entraves e, portanto, são desafios à integração das cadeias logísticas: 
 
• Excessiva burocracia brasileira; 
• Distâncias geográficas; 
• Concorrer com conglomerados internacionais ou novos entrantes; 
• Rapidez da evolução tecnológica e o acelerado obsoletismo; 
• Estrutura de custos diferenciados por países ou regiões; 
• Aspectos ambientais, logística reversa, certificações específicas; 
• Necessidade de serviço pós-venda em qualquer lugar do planeta, pois os 
clientes tornaram-se mais exigentes. 
 
Adaptação das Forças de Michael Porter 
Você já deve ter ouvido falar nas Forças de Michel Porter. Elas foram adaptadas 
por Maasaki Kotabi e Christian Helsen para atenderem ao mercado 
internacional. Veremos, a seguir, como elas podem ajudar as empresas 
transnacionais nesta tarefa difícil da internacionalização. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 25 
Forças Políticas e Macroeconômicas 
Participação do país alvo em blocos econômicos; acordos comerciais (com o 
Brasil) e a possibilidade de enquadrar produtos nesses acordos; câmbio; 
peculiaridades da legislação e meio-ambiente etc. A interação da logística é 
com a equipe jurídica especializada em direito internacional. 
 
Forças do Mercado Global 
Informações obtidas pelo marketing sobre a demanda no mercado-alvo para 
projetar a economia de escala. Biótipo predominante para adaptar os produtos, 
se necessário. Cultura e religião predominantes (feriados, datas festivas etc), 
capazes de causar atrasos na logística. Clima e relevo que possam requerer 
modificações nas embalagens ou até determinar rotas alternativas para evitar 
rigores climáticos. 
 
Forças Tecnológicas 
Necessidade de novas tecnologias ou processos, alianças estratégicas, 
compartilhamento tecnológico e cruzamento de patentes. A logística caminha 
junto à engenharia. 
 
Forças de Custo Global 
Analisadas as demais forças, agora a logística irá tentar estabelecer relações 
com governos, obtendo vantagens competitivas de insumos e mão de obra em 
diferentes países, tais como incentivos, infraestrutura, para viabilizar reduções 
de custos. 
 
Estratégias Competitivas 
As empresas criaram algumas estratégias que servem de modelo para superar 
os desafios do atendimento aos mercados internacionais: 
 
Planos de contingência 
Elaborar planos alternativos para emergências. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 26 
Postponement 
Avançar a montagem final na cadeia de distribuição, possibilitando customizar 
produtos. 
 
Distribuição 
Definir canais e rede de distribuição, de forma a posicionar estoques. 
 
Trade-offs 
Padronizar componentes básicos e compensar custos conflitantes para ganhar 
economia de escala. 
 
Consolidação 
Definir o tamanho do lote econômico e consolidá-lo para embarque 
 
Fluxos e riscos 
Estabelecer a forma de escoamento, planejando os fluxos para minimizar riscos 
 
Atividade proposta 
Assista ao vídeo Logística e Supply Chain, disponível em nossa biblioteca, e 
responda: 
 
a) Considerando que os processos industriais da Supply Chain se encontram 
espalhados por diferentes países, como é possível cumprir cronogramas e 
reduzir custos? 
 
Chave de resposta: As empresas aproveitam o que cada país pode oferecer 
de mais vantajoso, para integrar de forma sistêmica os processos internacionais 
de suprimento, transformação e distribuição, gerando economia de escala 
através de parcerias com fornecedores detentores de tecnologia de ponta e 
especializados em manter o nível mínimo de estoques ao longo da cadeia de 
suprimentos, além de gerenciar todo o sistema via ferramentas específicas. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 27 
b) Na sua opinião (ela é muito importante nesta atividade), existe a 
necessidade de um plano “B”? Justifique a sua resposta com base nas 
estratégias competitivas. 
 
Chave de resposta: Sim existe necessidade de um plano “B” como nos 
mostram as estratégias competitivas, especificamente, a que nos fala sobre 
Planos de Contingências. 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os assuntos discutidos até agora, assista o 
vídeo “A nova posição do Brasil”, disponível em nossa biblioteca de 
vídeo. 
 
Referências 
• http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-
suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-melhoria/. 
Acesso em: 13 jun. 2014. 
• http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-golb-
2727.pdf. Acesso em: 13 jun. 2014. 
 http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg4/anais/T
7_0071_0132.pdf. Acesso em: 13 jun. 2014. 
• http://www.administradores.com.br/producao-academica/ferramentas-
de-supply-chain-management-para-a-otimizacao-de-estoques/994/. 
Acesso em: 13 jun. 2014. 
 http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo
/id/28. Acesso em: 28 jun. 2014 
 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 28 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O conceito de logística vem sendo alterado ao longo dos anos acompanhando a 
dinamicidade dos mercados e os avanços tecnológicos. Marque a única opção 
que não corresponde ao conceito de Logística Integrada ou Supply Chain 
a) Integração das diversas áreas envolvidas na produção. 
b) Dimensionamento e layout de armazéns.c) Alocação de produtos em depósitos, transportes (roteirização, 
dimensionamento de frota, de veículo) Distribuição, seleção de 
fornecedores e clientes externos. 
d) Controle somente de parte da cadeia de suprimentos. 
 
Questão 2 
O fluxo de mercadorias, capitais e informações cruza as fronteiras, formando o 
ambiente de transações globais, onde a logística exerce um papel fundamental, 
operando no cenário concorrencial apresentado a seguir. Sinalize a única opção 
que não se encontra dentro deste contexto. 
a) Nações emergentes com sistemas de produção mais baratos para onde 
as empresas transnacionais deslocam suas fábricas. 
b) Protecionismo dos mercados pelos seus países, favorecendo a 
exportação e impondo barreiras à importação. 
c) Prazos mais apertados e consumidores mais exigentes. 
d) Redução das margens de lucro. 
e) A legislação ambiental e a logística reversa, ainda não são um fator 
relevante neste cenário concorrencial. 
 
Questão 3 
Um dos fatores a ser considerado no desenvolvimento da Logística foi a 
constituição de acordos comerciais entre os países e a formação de blocos 
regionais. O Brasil faz parte de um destes blocos regionais que em muito 
contribuiu para o desenvolvimento do seu comércio internacional e da Logística. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 29 
Nas correlações abaixo, indique aquela que corresponde ao bloco a que se 
refere esta questão. 
a) Aliança do Pacífico → Zona de Livre Comércio 
b) Mercosul → União Aduaneira 
c) Nafta → Tratado de Livre Comércio 
d) União Europeia → Integração Econômica 
e) Comunidade Andina – CAN → União Aduaneira 
 
Questão 4 
Nas opções apresentadas, marque a que melhor define o objetivo da 
LOGÍSTICA para se obter competitividade segundo o conceito da Supply Chain: 
a) Instalar escritórios em diferentes países e gerenciar as vendas 
internacionais. 
b) Oferecer aos clientes produtos e serviços com menor preço, no menor 
prazo e da melhor qualidade. 
c) Fazer pesquisas de mercado e treinar profissionais em Logística 
Internacional. 
d) Investir em novos equipamentos e utilizar Operadores Logísticos. 
e) Fazer acordos comerciais com os países vizinhos. 
 
Questão 5 
O Protecionismo, prazos mais apertados, redução das margens de lucro, 
exigência de melhor qualidade e necessidade de pós-venda são variáveis 
relacionadas ao ambiente da logística e que se inserem como parte de: 
a) Formação de blocos regionais 
b) Nações emergentes com sistemas produtivos mais exigentes 
c) Negociações bilaterais para acordos de preferência 
d) Atual cenário de concorrência internacional 
e) Acordos bilaterais que facilitam as operações logísticas entre si 
 
Questão 6 
A Logística Integrada pretende promover o fluxo contínuo: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 30 
(das alternativas abaixo, sinalize a que se encontra fora do contexto) 
a) Da entrada da matéria-prima (suprimento) 
b) Da fabricação do produto ou serviço (produção) 
c) Da saída deste produto para o mercado (distribuição) 
d) Sem interrupção do processo em nenhum dos pontos da cadeia de 
suprimentos (Supply Chain) 
e) Mantendo o estoque da empresa no seu ponto máximo 
 
Questão 7 
As empresas para desenvolverem uma cadeia de suprimentos integrada, 
normalmente fazem a união de diversas cadeias. Assinale a opção que se 
encontra na ordem correta: 
1. Criam uma cadeia de suprimentos interna; 
2. Unem os fornecedores e os clientes; 
3. Unem as cadeias interna e externa, formando a cadeia integrada de 
suprimentos da empresa; 
4. formando uma cadeia de suprimentos externa; 
5. Interligando os departamentos de compras, produção e distribuição. 
a) 1, 2, 3, 4, 5 
b) 2, 3, 4, 5, 1 
c) 4, 3, 2, 1, 5 
d) 5, 4, 3, 2, 1 
e) 1, 5, 2, 4, 3 
 
Questão 8 
Alguns autores dizem que o SCM é muito mais do que o gerenciamento da 
Supply Chain, deve abranger outras atividades como, por exemplo: 
(assinale a única opção que se encontra fora do contexto) 
a) O desenvolvimento de novos produtos 
b) As atividades de marketing, pesquisa e desenvolvimento para a 
formulação do produto 
c) Fabricação e logística para executar as operações 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 31 
d) Compras e desenvolvimento de fornecedores para facilitarem a 
implementação do SCM 
e) Finanças para a estruturação do financiamento 
f) Compras e desenvolvimento de fornecedores porque facilitam a 
implementação do SCM 
 
Questão 9 
O SCM é um conceito que tem início na saída das matérias-primas dos 
fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos 
bens finais aos clientes. Inclui considerações estratégicas como: foco na 
satisfação do cliente; na formulação e implementação de estratégias para 
retenção dos clientes atuais e a obtenção de novos, além de gerenciar a cadeia 
de forma eficaz. Seu desempenho depende basicamente de seguintes fatores. 
Marque a única opção errada. 
a) Capacidade de resposta às demandas dos clientes 
b) Minimização do lead time 
c) Qualidade de produtos e serviços 
d) Velocidade, qualidade e timing da inovação nos produtos 
e) Efetividade dos custos de produção e de entrega e utilização de capital 
 
Questão 10 
O foco intenso no cliente, os índices quantitativos de desempenho, os times 
interfuncionais, o gerenciamento do fator humano e o uso avançado de 
tecnologia de informação são fatores indispensáveis ao __________ do SCM. 
Complete com a expressão que mais se adequa ao sentido do texto. 
a) Desempenho 
b) Gerenciamento 
c) Sucesso 
d) Fracasso 
e) Planejamento 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 32 
Questão 11 
O cenário internacional agora é a sua praça, é aqui que as empresas 
necessitam buscar seus fornecedores e clientes simultaneamente. É aqui que 
elas necessitam entregar seus produtos de acordo com as exigências dos seus 
clientes. Elas devem preparar-se para enfrentar: 
(Assinale a única opção que se encontra fora do contexto) 
a) Forte concorrência e clientes mais exigentes 
b) Prazos mais apertados e redução de custos 
c) Maior produtividade e melhor qualidade 
d) Maior liberdade no comércio com aplicação de ações antidumping 
e) Protecionismo do país onde se encontrem os seus clientes 
 
Questão 12 
As empresas brasileiras que pretendem internacionalizar-se necessitam 
observar as variáveis abaixo que funcionam como entraves e, portanto, 
desafios à internacionalização e à integração das cadeias logísticas. Qual das 
opções abaixo não condiz com a realidade brasileira? 
a) Excessiva burocracia brasileira e as distâncias geográficas 
b) Infraestrutura e procedimentos logísticos adequados às exigências dos 
novos cenários 
c) Concorrer com conglomerados internacionais e os aspectos ambientais, 
logística reversa, certificações específicas 
d) Rapidez da evolução tecnológica e o acelerado obsoletismo 
e) Necessidade de serviço pós-venda em qualquer lugar do planeta e 
estrutura de custos diferenciados por países ou regiões 
 
Questão 13 
A teoria das forças de Michel Porter, no intuito de se adaptar às novas 
necessidades das Global Players no seu processo de internacionalização, foram 
adaptadas por Kotabi e Helsen. Preencha as lacunas com uma das opções 
abaixo: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 33 
Forças Políticas e Macroeconômicas: Participação do país-alvo em ________; 
acordos comerciais e a possibilidade de enquadrar produtos nesses acordos, 
câmbio; peculiaridades da legislação e meio-ambiente etc. A interação da 
_________é com a equipe jurídica especializada em direito internacional.a) Workshops internacionais/Supply Chain 
b) Ações Antidumping/Economia 
c) Blocos econômicos/Logística 
d) Feiras/Empresa 
e) Ações intergovernamentais/equipe financeira 
 
Questão 14 
As global Players criaram algumas estratégias que servem de modelo para 
superar os desafios do atendimento aos mercados internacionais, as chamadas 
Estratégias Competitivas: 
Assinale a única opção fora do contexto. 
a) Planos de Contingência - Elaborar planos alternativos, para emergências 
b) Postponement - Avançar a montagem final na cadeia de distribuição, 
possibilitando customizar produtos 
c) Distribuição - Definir canais e rede de distribuição, de forma a posicionar 
estoques 
d) Trade-offs - Padronizar componentes básicos e compensar custos 
conflitantes para ganhar economia de escala 
e) Consolidação - Definir o tamanho do navio que transportará a carga 
 
Questão 15 
Os principais e notórios desafios que as empresas brasileiras enfrentam ao se 
internacionalizarem são dois. Assinale a única opção correta: 
a) Dificuldades com idiomas/rejeição do Brasil no exterior 
b) Burocracia brasileira/distância geográfica 
c) Inexistência de serviços internacionais/preceitos religiosos brasileiros 
d) Preconceitos raciais/xenofobia 
e) Baixa qualidade dos produtos nacionais/restrições ambientais 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 34 
 
Dumping: É uma palavra inglesa que deriva do termo "dump" que, entre 
outros, tem o significado de despejar ou esvaziar. A palavra é utilizada 
em termos comerciais (especialmente no Comércio Internacional), para 
designar a prática de colocar no mercado produtos abaixo do custo, com 
o intuito de eliminar a concorrência e aumentar as quotas de mercado. O 
dumping é frequentemente constatado em operações de empresas que 
pretendem conquistar novos mercados internacionais. Para isso, vendem 
seus produtos no mercado externo a um preço extremamente baixo, 
muitas vezes, inferior ao custo de produção. 
 
Lead Time: Tempo decorrido entre a emissão de uma ordem e o 
recebimento dos produtos. Compreende: tempo de preparação, tempo 
de fila, tempo de processamento, tempo de movimentação e transporte 
e tempo de recebimento e inspeção. 
 
Trade-off: Ato de escolher uma coisa em detrimento de outra. O trade-off 
provoca um conflito de escolha e uma consequente relação de 
compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra, implica 
não usufruir dos benefícios da coisa que não é escolhida. 
 
Acordos Bretton Woods: Os acordos criaram novas regras para os países 
industrializados como: estabelecer a língua inglesa como a língua das 
relações comerciais; definição taxas cambiais fixas ancoradas no dólar 
norte-americano, que passou a ser usado como moeda de referência no 
comércio internacional; criação do padrão-ouro com lastro. 
 
Blocos regionais: Os blocos regionais têm como objetivo aumentar a escala 
das operações comerciais entre os países-membros com produtos 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 35 
padronizados, facilitar as operações logísticas nos seus territórios e 
estreitar os laços políticos e culturais. 
 
Eventos no mundo: 
• A queda do Muro de Berlim e a desagregação da União Soviética 
aumentaram as trocas comerciais entre Oriente e Ocidente; 
• O acesso à Tecnologia da Informação (TI) deu início a uma nova fase, 
com o uso do computador e suas facilidades; 
• Surgiram o Eletronic Data Interchange (EDI), o código de barras e os 
computadores pessoais; 
• Nasceu o conceito do Hub Port. 
 
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano – relaciona três 
dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma forma 
padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma determinada 
população. 
 
Infraestrutura: Terminais portuários, locais específicos para armazenagem 
etc. 
 
Medidas: O presidente Richard Nixon (EUA) sobretaxou as importações em 
10% e suspendeu, unilateralmente, a conversibilidade do dólar, pondo 
um fim aos Acordos de Bretton Woods, com o objetivo de diminuir o 
déficit da balança comercial. O Japão iniciou a reforma da produção 
colocando em prática a filosofia JIT (Just In time), cujo crédito de 
desenvolvimento é atribuído à Toyota na década de 1950. 
 
Organização dos Países Exportadores de Petróleo: Em inglês: Organization 
of Petroleum Exporting Countries (OPEC). 
 
Plano Marshall: O objetivo do plano era reorganizar as indústrias e 
economias dos países, bem como recolocar o excedente de mão de obra 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 36 
da Europa Ocidental e do Japão. A URSS (hoje Rússia) optou por ficar 
fora do plano. O plano ainda teve como finalidade a implantação das 
empresas norte-americanas no exterior, o que deu início das 
multinacionais. Os bens produzidos fora dos EUA tinham mão de obra 
barata e eram de boa qualidade, o que só fez aumentar as importações 
do país. 
 
Protecionismo: Uma teoria que prega um conjunto de medidas a serem 
tomadas pelos países para favorecerem as atividades econômicas 
internas, dificultando ao máximo, a importação de produtos e a 
concorrência estrangeira. É utilizada por praticamente todos os países, 
em maior ou menor grau. 
 
São medidas protecionistas: 
• Altas tarifas e normas técnicas de qualidade para produtos estrangeiros 
com a finalidade de reduzir a sua lucratividade; 
• Subsídios às indústrias nacionais, incentivando o desenvolvimento 
interno; 
• Fixação de quotas, limitando o número de produtos, a quantidade de 
serviços estrangeiros no mercado nacional, ou até mesmo o percentual 
que o acionário estrangeiro pode atingir em uma empresa. 
 
Tempo: O tempo gasto em cada etapa é um elemento indispensável nas 
relações cliente/fornecedor. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 37 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: Esta expressão está diretamente ligada à definição de logística, 
não ao novo conceito da Supply Chain que abrange toda a cadeia de 
suprimentos (não somente parte). 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: Legislações ambientais mais exigentes não só em certificação, mas 
em alguns casos, com imposição de logística reversa já era um dos fatores 
concorrenciais enfrentado pelas Global Players e pela Logística. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: O Brasil participa somente de um bloco regional, o Mercosul, cujo 
estágio de formação é uma União Aduaneira. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: Este é um dos principais objetivos da Supply Chain. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: As variáveis mencionadas no corpo da questão fazem parte deste 
cenário. 
 
Questão 6 - E 
Justificativa: Esta alternativa não é um dos objetivos ou funções da Logística 
Integrada. 
 
Questão 7 - E 
Justificativa: Esta é a única opção que atende à organização das opções 
fornecidas na montagem da cadeia integrada de suprimentos da empresa. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 38 
 
Questão 8 - F 
Justificativa: Compras e desenvolvimento de fornecedores é um dos fatores 
mais críticos na implementação do SCM. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: Minimizar o lead time é uma das metas da gerência do SCM; não é 
considerado um dos fatores de desempenho do mesmo. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: O conteúdo da questão menciona os principais fatores que 
impactam no sucesso do SCM. 
 
Questão 11 - D 
Justificativa: Esta opção está fora do contexto porque a questão fala sobre as 
adversidades das empresas que pretendem internacionalizar-se e aqui se fala 
sobre o comércio no mercado interno. 
 
Questão 12 - B 
Justificativa:Esta opção não corresponde á realidade brasileira. O Brasil não 
tem uma infraestrutura adequada e nem procedimentos logísticos para atender 
à nova realidade do comércio internacional. 
 
Questão 13 - C 
Justificativa: As forças políticas e macro econômicas de Porter tratam das ações 
da empresa a nível internacional. As demais opções não estão diretamente 
ligadas ao conceito desta Força. 
 
Questão 14 - E 
Justificativa: A consolidação define o tamanho do lote do produto e não o seu 
meio de transporte. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 39 
Questão 15 - A 
Justificativa: As outras opções não correspondem aos desafios da 
internacionalização das empresas brasileiras. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 40 
Introdução 
Nesta aula, vamos estudar os processos e as tecnologias utilizadas na 
implementação e no uso da gestão da cadeia de suprimentos (supply chain 
management). Sabemos que a tecnologia é uma das grandes responsáveis por 
esse método de gestão; sem ela, seu uso seria praticamente impossível. 
 
De que processos estamos falando? Quais as ferramentas ou os sistemas que 
hoje estão disponíveis para ajudar as transnacionais nessa tarefa? 
 
Sabemos que o relacionamento com os clientes é ponto extremamente 
importante na nova forma de negociar. Como é administrada a demanda e a 
produção? Como as empresas se organizam para realizarem o suprimento 
(compras) no exterior? Todos esses assuntos serão abordados nesta aula. 
 
Objetivo: 
1. Compreender os processos da cadeia de gestão de suprimentos (supply 
chain), a sua gestão e o impacto nos agentes envolvidos no processo; 
2. Descrever as diversas ferramentas tecnológicas e o seu papel facilitador na 
integração da cadeia de suprimentos. 
Conteúdo 
Cadeia de suprimentos 
A cadeia de suprimentos é parte de uma ou de várias cadeias produtivas 
envolvendo estratégias e atividades de planejamento, movimentação e 
armazenagem de materiais, desde a matéria-prima até o produto final, 
enquanto a cadeia produtiva refere-se à estrutura geral do segmento de 
mercado. 
 
Por sua natureza multifuncional, a cadeia de suprimentos abrange três grandes 
conjuntos de atividades empresariais: 1. Processos de negócios; 2. Organização 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 41 
e pessoas; e 3. Tecnologia, iniciativas, práticas e sistemas. Veja cada um deles, 
a seguir. 
 
Processos de negócios 
Os processos de negócios relacionam-se ao conjunto estruturado de atividades 
relacionadas, mensuráveis, que geram os resultados das ações da cadeia no 
mercado em que se atua. 
 
A filosofia da cadeia de suprimentos pressupõe um conjunto de processos de 
negócios com componentes gerenciais integrados e compartilhamento de 
informações, divisão de riscos e ganhos, cooperação, alinhamento de objetivos 
e integração horizontal dos processos de cada membro da cadeia. O conjunto 
de atividades empresariais de uma empresa deve estar alinhado com as 
demais, em ações sincronizadas ao longo da cadeia, gerando resultados 
específicos para o mercado-alvo. 
 
Customer Relationship Management (CRM) 
O Customer Relationship Management (CRM), gestão do relacionamento com 
clientes, “decide” sobre a identificação dos potenciais clientes por meio da 
análise de “limitações” de recursos da organização para o atendimento 
diferenciado, viabilizado pela criação de modelos e sistemas de relacionamento 
que criem vantagens competitivas para os envolvidos. 
 
O sistema não escolhe clientes, seleciona aqueles que serão focados para a 
aplicação de ações voltadas a uma integração mais profunda de sistemas de 
informações e de avaliação de desempenho. Essa seleção, normalmente, é 
baseada em volumes negociados (pelo cliente) e em seu potencial estratégico. 
 
A estratégia de gestão de negócios por meio do relacionamento com o cliente 
permite maiores lucratividade e ganhos em vantagem competitiva, com 
destaque para a utilização da tecnologia de informação e para a integração de 
pessoas e processos. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 42 
 
Com o objetivo principal de otimizar a gestão de todos os relacionamentos, 
incluindo consumidores e canais de distribuição, o CRM não deve ser analisado 
somente como uma ferramenta de TI, pois sua filosofia enfatiza o atendimento 
ao cliente em todas as suas etapas, desde o primeiro contato (por telefone, por 
exemplo), passando pela negociação, até o pós-venda. 
 
Desafios do CRM 
CRM pode ser dividido em: 
 
Operacional - Visa à criação de canais de comunicação com o cliente. 
 
Analítico - As informações obtidas junto aos clientes otimizam os negócios e 
geram novos negócios. 
 
Colaborativo - Gera conhecimento aplicável à criação de valor para o cliente e 
para novos potenciais clientes. 
 
A conquista e a fidelização de clientes devem ser gerenciadas por meio do CRM, 
e o conhecimento da interação entre os processos de negócios cliente-
fornecedor deve nortear a criação ou o aprimoramento de soluções capazes de 
atender às necessidades do cliente integralmente, de modo ágil, único ou 
diferenciado, elevando a satisfação no relacionamento. 
 
Como desafios do CRM podemos apontar: 
• Estabelecer comunicação contínua que permita a identificação em tempo real 
das mudanças de necessidades, permitindo a rápida adequação dos processos 
de atendimento, fidelizando e conquistando novos clientes. 
• Confiabilidade de informações sobre a demanda: depende das necessidades 
do cliente, uma vez que o planejamento em função da demanda em uma 
cadeia de suprimentos é iniciado a partir dessas informações. As falhas no 
planejamento influenciam o nível de serviço. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 43 
• A gestão de clientes é importante para o resultado da atuação em cadeias de 
suprimentos, mas ainda existe a dificuldade na criação de sistemas de avaliação 
de desempenho. É uma barreira cultural em relação ao papel do cliente, ainda 
visto por muitas organizações e gestores como elemento que apenas determina 
as regras do mercado e não como um elemento ativo, participando nas 
decisões de seus fornecedores, para o estabelecimento de relacionamentos 
produtivos e de práticas inovadoras em seus processos de negócios. 
 
Gestão de Fornecedores – Supplier Relationship Management 
(SRM) 
A tendência atual das cadeias de suprimentos consiste na reestruturação e na 
consolidação da base de fornecedores, definindo o conjunto daqueles com os 
quais se deseja construir uma parceria. O processo de reestruturação da base 
de fornecedores consiste basicamente na redução do número de fornecedores, 
com os quais se deve manter alinhamento estratégico e comunicação direta e 
ágil. A ferramenta de TI que ajuda a empresa nessa tarefa é o SRM. 
 
Nesse contexto, é fundamental a identificação das competências que possam 
fazer a diferença perante a concorrência e os clientes. As cadeias são ajustadas 
de acordo com seu foco no mercado e os fornecedores são selecionados 
observando-se a aderência de seu core business a esse foco. 
 
As competências centrais também são importantes para a decisão, que deve 
ser estratégica, não apenas baseada em custos, uma vez que a seleção de 
fornecedores envolve, muitas vezes, a decisão de terceirização de atividades ou 
processos. 
 
A qualidade e o baixo custo para aquisição de serviços e produtos são pontos 
que grande parte das organizações buscam em seus fornecedores de insumos, 
matérias-primas e serviços. Com o aumento gradual da terceirização dos 
serviços, a boa gestão desses fornecedores tornou-se prioridadepara empresas 
líderes e modernas. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 44 
 
O setor de compras tornou-se estratégico para a redução de custos e para a 
melhoria do atendimento ao cliente final. Por esse motivo, o SRM tornou-se 
uma vantagem competitiva para as organizações; o SRM tradicional sofreu 
alterações no seu foco principal, a gestão de compra de produtos. O mercado 
mostra uma nova tendência: nele convivem empresas que compram produtos e 
adquirem serviços. O SRM agora chamado de SRM + (plus) pretende atender a 
essa nova tendência do mercado, tornando-se capaz de gerir, planejar e 
mensurar os diversos pontos existentes em um contrato de parceria com os 
fornecedores. 
 
Veja algumas das vantagens do SRM! 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 45 
 
Atenção 
 Vantagens do SRM (+): 
• Desenvolver bons relacionamentos com fornecedores de 
excelência; 
• Monitorar todo o processo de prestação de serviços; 
• Identificar e consolidar demandas; 
• Controle orçamentário de compras; 
• Análise de performance por meio da medição dos contratos; 
• Reduzir custos para a empresa e o cliente; 
• Ter pontualidade na entrega de serviços e produtos adquiridos. 
 
O estabelecimento de parcerias com os atuais fornecedores não deve inibir a 
visão logística, que deve ser um processo contínuo de buscar novas cadeias de 
suprimento. Para tanto, é imprescindível acompanhar de perto tudo o que 
estiver acontecendo no seu segmento de atuação. No SRM não existe a 
viabilidade operacional de um número elevado de fornecedores parceiros. Por 
outro lado, a redução de fornecedores associada à globalização leva muitas 
organizações à seleção de fornecedores globais (global sourcing) para todas as 
suas unidades de negócios ao redor do mundo. Essa redução pode levar ao 
estabelecimento de uma fonte única de suprimentos. 
 
A fonte única não é sinônimo de exclusividade, pois pode existir mais de um 
fornecedor qualificado e o gestor do processo pode decidir-se pelo suprimento 
de apenas um deles, em virtude de volumes de negociação e influências das 
decisões estabelecidas em contratos para o suprimento global. A empresa deve 
estar atenta tanto às vantagens e desvantagens da estratégia de fornecedor 
único (single-sourcing) como àquelas de múltiplos fornecedores (multi-
sourcing). 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 46 
Monitoramento do mercado de fornecedores 
Veja alguns modelos utilizados pelas global players para monitoramento do 
mercado de fornecedores. 
 
Global sourcing 
Procedimentos destinados a manter monitorado todo o mercado mundial, 
buscando fornecedores competitivos para parcerias de longo prazo e garantindo 
continuidade de fornecimentos e manutenção do nível de qualidade. 
 
Critérios utilizados para selecionar fornecedores: 
• Fornecedores que atuam em certas famílias logísticas de produtos; 
• Nível de investimentos, capacidade instalada e especialização das instalações; 
• Participação anterior em outras parcerias JIT; 
• Fornecedores aptos a terceirizarem fases da montagem; 
• Fornecedores que aceitem compartilhar riscos na formação de joint ventures; 
• Disponibilidade para permutar participação acionária. 
 
E-procurement 
Procedimentos destinados à aquisição de bens e serviços por meio de 
ferramentas da internet. Existem diferentes modalidades para atender às 
necessidades específicas de cada empresa. Pela internet, o comprador 
identifica, qualifica, avalia e formaliza fornecedores, ampliando suas fontes de 
suprimento. 
 
Leilão reverso 
Sistema em que o comprador anuncia o que pretende comprar e convida 
potenciais fornecedores a apresentarem suas propostas sob sigilo para os 
produtos solicitados, determinando dia, horário e endereço da internet. 
 
A seleção do fornecedor requer relacionamentos e parcerias transparentes, 
estáveis e mensuráveis, que garantam o “ganha-ganha” nos negócios 
conduzidos. A construção de parcerias requer dedicação das partes envolvidas e 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 47 
pressupõe grande volume de atividades conjuntas para que a parceria seja 
economicamente viável. 
 
Não é habitual uma organização considerar todos os seus fornecedores nesse 
nível de relacionamento. Uma parceria deve ser cultivada, avaliada e reavaliada 
continuamente entre os membros de uma cadeia de suprimentos. 
 
Suprimentos: modelos de compras internacionais 
Falamos sobre a importância da gestão dos fornecedores; será que as 
empresas transnacionais utilizam modelos específicos para realizarem as suas 
compras? Sim, utilizam. Veja alguns deles. 
 
Compras centralizadas: independente da localização da planta produtiva ou 
dos mercados consumidores, essa modalidade garante que a qualidade do 
produto seja homogênea. Também obtém desconto na aquisição de grandes 
lotes e entregas parceladas e em diferentes locais. A empresa mantém controle 
do estoque centralizado. 
 
Compras descentralizadas: utilizadas pelas grandes empresas 
transnacionais e com ampla dispersão geográfica. No caso de compras técnicas, 
facilitam a comunicação das suas diferentes unidades com fornecedores locais. 
 
Compras interempresas: aplicam-se a matérias-primas ou componentes que 
não são considerados competências-chave (aquisição a terceiros). 
 
Compras intraempresa: suprimento entre filiais e controladas, subsidiárias 
ou coligadas. Alterando o sentido dos fluxos, mantêm controle sobre variações 
cambiais. Aquisições de componentes estratégicos ou produtos acabados 
fabricados pelas fábricas-foco com a finalidade de montagem final dos produtos 
nas subsidiárias integrais. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 48 
Um dos aspectos estratégicos das redes transnacionais é a priorização das 
compras serem efetuadas a terceiros ou diretamente de outras unidades do 
conglomerado situadas em outros países. 
 
Considerando que a supply chain internacional é, na verdade, uma sucessão de 
cadeias de suprimento expandidas, ou seja, o suprimento de matérias-primas, 
insumos ou componentes deve levar em conta a conformidade e o preço de 
venda de um produto em cada mercado-alvo, a previsão de demanda é de 
suma importância. 
 
Previsão de demanda 
A previsão de demanda consiste em determinar a quantidade de produtos ou 
serviços que serão necessários em determinado momento futuro. Se nesse item 
considerarmos uma compra para ser entregue no Brasil (uma importação), 
além da previsão de produção, da política de estoques da empresa, da 
definição de quando comprar e do tamanho do lote, os seguintes aspectos 
devem ser considerados: 
 
 Frequência de saídas de transporte do local de origem no exterior até o 
terminal de descarga brasileiro; 
 Tempo de trânsito internacional; 
 Possibilidade de atrasos na liberação aduaneira da mercadoria; 
 Distância e tempo de trânsito do terminal de descarga até ao destino 
final. 
 
Para que não falte estoque, pode ser necessário adquirir uma quantidade 
superior à efetivamente necessária, de maneira a suprir eventualidades. Ainda 
pensando na previsão de demanda, não podemos esquecer o Just In Time 
(JIT). 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 49 
JIT - Just In Time / no Tempo Exato, na Hora Certa 
O JIT é um sistema de adminsitração da produção segundo o qual nada deve 
ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Seu principal 
objetivo é a redução dos estoques e os custos deles decorrentes. O JIT é o 
principal pilar da chamada produção enxuta, creditado à Toyota japonesa. 
 
No JIT,o produto ou matéria-prima chega ao local de produção somente no 
momento exato em que for necessário. Os produtos são fabricados ou 
entregues a tempo de serem vendidos ou montados. Está relacionado ao 
conceito de produção por demanda, onde primeiro se vende o produto, depois 
se compra a matéria-prima e depois se fabrica ou monta o produto. 
 
Nas fábricas onde está implementado o JIT, o stock de matérias-primas é 
mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isso seja 
possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para 
que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência necessária. 
 
Um exemplo da aplicação do JIT são as modernas fábricas de automóveis, 
construídas em condomínios industriais, onde os fornecedores estão no 
condomínio (o chamado JIT II) ou nas suas proximidades, o que lhes permite 
fazer entregas de pequenos lotes na mesma frequência da produção, criando 
um fluxo contínuo. 
 
Milk Run (MR) 
Podemos dizer que é uma variação do JIT, conhecida como coleta programada. 
A empresa compradora determina data limite e local de embarque internacional 
para que os lotes sejam entregues pelos fornecedores. A empresa compradora 
assume a consolidação dos diferentes lotes e o gerenciamento do transporte 
até à fábrica. 
 
Vantagens: a consolidação reduz o valor total dos fretes que seriam pagos 
individualmente; disciplina o fornecedor a cumprir prazos, sob o risco de multas 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 50 
contratuais; o comprador tem maior controle sobre eventuais variações na 
demanda. 
 
Vamos entender mais alguns procedimentos (iniciais) para as aquisições 
internacionais de uma empresa brasileira (importação)? 
 Verificar se há algum tipo de restrição para a entrada do produto no 
Brasil; 
 Analisar exigências técnicas, sanitárias e documentais para a importação; 
 Identificar fornecedores no mercado internacional; 
 Avaliar o preço final do produto de origem estrangeira após a sua 
entrada no Brasil. 
 
Quais os custos que podem incidir sobre a importação? 
(+) Preço de aquisição; 
(+) Banco (carta de crédito); 
(+) Custo do frete internacional; 
(+) Apólice de seguro-carga; 
(+) II, IPI, PIS-COFINS, ICMS (cálculos em cascata); 
(+) Custo de registro da importação; 
(+) Despesas com banco e/ou corretora (câmbio); 
(+) Despesas com certificações; 
(+) Custos portuários diversos; 
(+) Honorários do despachante aduaneiro; 
(+) AFRMM (transporte marítimo); 
(+) Transporte interno. 
 
Falando sobre suprimento, lembramos que a distribuição também faz parte da 
cadeia e não pode ser esquecida... Vamos falar sobre ela? 
 
O cliente, no cenário globalizado, confronta preço com qualidade do produto, 
rapidez do atendimento e serviços agregados. Nem sempre, um serviço melhor 
corresponde a um custo mais elevado. A manutenção do cliente e a obtenção 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 51 
de lucro no atual ambiente de concorrência internacional dependem, 
primordialmente, de conhecer e isolar cada um dos elementos do custo para 
obter redução no custo logístico total e, consequentemente, do preço de venda 
no mercado externo. 
 
Vejamos quais os elementos que constituem o custo da distribuição 
internacional de um produto: 
 
Distância: envolve o valor do frete, a previsão de demanda, a avaliação da 
frequência de saídas e a programação de embarques projetada de acordo com 
o tempo de trânsito. 
 
Tamanho do lote: o custo por unidade transportada tende a diminuir quando 
aumenta o tamanho do lote, tendo como limite a capacidade de transporte do 
equipamento. Ocupando totalmente um contêiner, o custo do frete por unidade 
transportada ficará mais barato. 
 
Densidade da carga: relação entre o volume e o peso do lote (fator de 
estiva, expresso em metros cúbicos por tonelada). Quanto mais denso o 
produto, menor será o espaço ocupado pelo lote e vice-versa. O frete é cobrado 
pelo de maior participação - peso ou Volume. 
 
Facilidade de acondicionamento: dimensões unitárias dos volumes e sua 
relação com o uso do espaço nos equipamentos de transporte. Os paradigmas 
para medidas são os comprimentos dos contêineres, respectivamente, de 20’ e 
de 40’. 
 
Facilidade de movimentação: equipamentos necessários e tempo de 
operação. Movimentação manual, equipamentos de grande porte e baixa 
produtividade aumentam o tempo de utilização dos equipamentos nos 
terminais, elevando o custo operacional. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 52 
Valor dos fretes: É afetado pela variação da oferta e da demanda, intensidade, 
sentido do tráfego e sazonalidade. 
 
Responsabilidade: diretamente relacionado ao custo das apólices de seguros 
para cobrir os riscos de transporte: suscetibilidade de avarias à carga, veículo 
transportador ou a terceiros, deterioração da mercadoria, ou ainda, o elevado 
valor unitário estimular furtos ou roubos. Envolve ainda os procedimentos 
aduaneiros do país de destino. 
 
Protecionismo: carga tributária imposta pelo país de destino e/ou exigências 
formais de certificações e outros documentos. 
 
Alternativas para redução do custo de produtos exportados: 
 Obter redução de impostos incidentes sobre o produto ou adaptá-lo a 
uma alíquota maior; 
 Encurtar a quantidade de canais de distribuição; 
 Caso o mercado-alvo aceite, produzir versões mais simples do produto; 
 Reduzir o tamanho do produto, diminuindo os insumos empregados; 
 Implantar fábrica em algum país próximo. 
 
Quando falamos de custos na distribuição internacional, dois conceitos são de 
suma importância: 
 
Lay-down-cost: é o custo final (porta a porta) para se entregar um produto 
qualquer em um determinado ponto geográfico do planeta, ao final do processo 
de distribuição. Devem ser considerados todos os custos relativos a 
movimentação, transporte, transbordos, armazenagem, seguros, certificações, 
licenças e tributos. 
 
Fronteira de mercado: é a linha de indiferença entre duas possíveis e 
diferentes cadeias de suprimento, sendo os lay-down-costs idênticos. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 53 
A obtenção de vantagem competitiva diante da concorrência consiste em 
estabelecer trade-offs nos custos passíveis de serem reduzidos. Qualquer 
diferença que puder ser obtida altera o status do lay-down-cost, 
desestabilizando a fronteira de mercado e viabilizando uma nova fonte de 
suprimento. 
 
Quais os passos que devem ser seguidos por uma global player na distribuição 
internacional? 
 Identificar mercados-alvo; 
 Verificar restrições de comercialização internacional do produto, tanto no 
país de origem quanto no país de destino (necessidade de obtenção de 
anuências, certificados especiais, etc.); 
 Analisar exigências técnicas, sanitárias e/ou documentais do país de 
destino; 
 Adaptar o produto e/ou embalagem às exigências do mercado-alvo; 
 Definir preço de venda internacional. 
 
Composição do preço de um produto a ser exportado: 
(-) IPI, ICMS, PIS-COFINS (isenções tributárias); 
(+) Custos de adaptação do produto e embalagem; 
(+) Despesas com vistos consulares (caso haja); 
(+) Despesas com certificados e inspeções; 
(+) Custo do transporte interno; 
(+) Apólice de seguro-carga; 
(+) Despesas portuárias ou aeroportuárias; 
(+) Despacho aduaneiro; 
(+) Custo de emissão de B/L; 
(+) Margem de lucro; 
(+) Comissão de corretores ou brokers (preço FOB); 
(+) Comissão de bancos e/ou corretoras (câmbio); 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 54 
Projeto e Desenvolvimentode Novos Produtos e Processos (PDP) 
O Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP) exige um gerenciamento 
integrado e envolve capacidades internas multifuncionais e externas com 
parcerias, para capacitar a empresa a gerar inovações que a possibilitem 
acompanhar a necessidade de crescimento. A maioria das empresas maduras 
precisa gerar, todo ano, um crescimento orgânico de 4 % a 6 %. É muito difícil 
as empresas atingirem esse objetivo, pois estão envolvidas em um modelo de 
invenção baseado em uma tese de que a inovação deve partir de dentro da 
empresa. 
 
No início do século XX, as indústrias passaram a ter seus sistemas de produção 
baseados em três elementos fundamentais, com a finalidade de alcançarem os 
níveis mínimos necessários de produtividade. São eles: 
 Qualidade, incluindo os atributos do produto e do processo, ou seja, a 
busca dos atributos de qualidade do produto que atendam às 
necessidades do consumidor; 
 Flexibilidade, compreendendo o perfil de produtos customizados, bem 
como do sistema produtivo implicado.; 
 Integração, envolvendo a relação entre homens e máquinas, além da 
relação interfuncional e intercompanhias, viabilizadas pelo fluxo de 
informações circulantes. 
 
Nos últimos anos, a internet e outras ferramentas de tecnologia de informação 
(TI), têm mudado a realidade do PDP. As fases sequenciais estão sendo 
substituídas por processos mais rápidos e eficientes. As etapas são 
desenvolvidas simultaneamente pelas equipes multifuncionais. As 
responsabilidades e o controle são compartilhados entre as funções e o 
desenvolvimento das atividades é compartilhado pelas competências essenciais. 
 
Gerenciar a cadeia de suprimentos é gerenciar os processos que envolvem os 
parceiros ao longo do canal, a fim de gerar valor para o cliente e seus 
stakeholders. O PDP é talvez o processo mais óbvio para ser gerenciado de 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 55 
forma compartilhada, pois vários aspectos do negócio são incluídos na 
composição do produto ou serviço final. 
 
Para que a cadeia de suprimentos atue de forma integrada e com processos 
superiores, de forma que seja caracterizada de “classe mundial”, isto é, se 
mantenha competitiva em um ambiente sem barreiras comerciais entre os 
países, é necessário o desenvolvimento de competências na consolidação de 
cada elo e interface do canal. O uso do modelo PDP compartilhado com os 
fornecedores da cadeia, solidamente implementado e atingindo os objetivos 
planejados, é fundamental para dar sustentação ao gerenciamento integrado. 
 
Para uma empresa ser competitiva é necessário que compreenda como se 
articulam competência essencial e estratégia empresarial: o gerenciamento da 
cadeia por meio da abordagem interfuncional e intercompanhia do PDP deve ter 
como pressuposto básico para a consolidação do produto no mercado as 
variáveis funcionalidade, qualidade e custos, as quais devem propiciar o 
alinhamento entre competência central e estratégia compartilhada. 
 
O envolvimento do fornecedor no PDP é uma realidade. A maioria das 
empresas está compartilhando o seu processo produtivo com seus 
fornecedores, que desenvolvem competências em suas áreas de atuação. A sua 
participação durante o desenvolvimento do produto com a troca de 
conhecimentos se torna uma necessidade. Quanto mais cedo ocorrer esta 
participação nas fases do PDP, melhores serão os resultados obtidos, desde que 
essa participação realmente represente uma troca transparente de 
conhecimentos entre as unidades interfuncionais e interorganizacionais. 
 
Gestão de Pessoas: Recursos Humanos 
Equipes bem organizadas, preparadas, motivadas e comprometidas ajudarão o 
gestor no tratamento dos outros três pilares das soluções logísticas: processos, 
infraestrutura e tecnologia. O gestor, ao formar sua equipe, colocar pessoas 
adequadas para cada função, por meio da avaliação comportamental e técnico-
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 56 
funcional do cargo. O tempo gasto no processo seletivo é investimento e 
deverá trazer colaboradores aptos a contribuírem na definição e execução das 
melhorias necessárias. 
 
O gestor deve manter uma comunicação ativa e regular com o seu pessoal. 
Equipes bem informadas tomam decisões corretas e de acordo com a cultura e 
valores da organização. A atualização dos conhecimentos da equipe é outro 
fator fundamental. Treinamentos, palestras, leituras e visitas técnicas são 
necessários. Além disso, delegar é uma ciência e o gestor deve praticá-la 
porque sozinho ninguém realiza;n ão há registro de exércitos de um homem só 
e nem de “super-homens”. 
 
Gestão de Processos: Benchmark 
Ao avaliar os processos-chave, sugere-se identificar aqueles que não agregam 
valor ou que são repetidos por várias pessoas dentro da empresa. A empresa 
deve estabelecer métricas para cada processo, fazer mensurações regulares e 
comparar os resultados obtidos com metas e com as melhores práticas do 
mercado, o chamado benchmark. Os processos com indicadores de 
desempenho fora de controle devem ser alvo de análise e de ações corretivas. 
 
É fundamental avaliar se os resultados de cada processo atendem ou superam 
as expectativas dos clientes internos e externos da empresa. Situações de 
insatisfação devem ser tratadas com atenção e solucionadas com rapidez. O 
uso das ferramentas, atualmente, é indispensável na gestão de qualquer 
processo, porém não podemos esquecer que são as pessoas que operam as 
ferramentas. 
 
Tecnologia da informação (TI) 
A partir de agora, você verá as diversas ferramentas tecnológicas e o seu papel 
facilitador na integração da supply chain. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 57 
Alguns autores definem os sistemas de informação como a integração entre 
homem/máquina que provê informações para apoio das funções de operação, 
gerenciamento e tomada de decisão na empresa, isso por meio da utilização de 
hardware e softwares. Mencionam ainda que os sistemas de informação 
coletam, processam, armazenam, analisam e distribuem as informações. 
Incluem entrada de dados, emissão de relatórios e cálculos, sendo possível 
incluir feedback para controle da operação dentro de um determinado 
ambiente. 
 
Neste contexto, a decisão fundamental é escolher qual informação é mais 
valiosa para reduzir custos e melhorar a responsabilidade e a lucratividade 
dentro da cadeia de suprimentos que varia de acordo com a estrutura e os 
segmentos de mercado atendidos permitindo um atendimento mais eficiente 
aos clientes. 
 
Os componentes das decisões sobre informação que devem ser analisados pela 
empresa para aumentar a eficiência e aprimorar a responsabilidade podem ser 
denominados push x pull. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 58 
 
Atenção 
 Push x pull – o que isso significa? 
Os sistemas push exigem uma informação no formato de 
sistemas elaborados de planejamento de materiais, por 
exemplo, o Material Requirement Planning (MRP), para criar e 
acompanhar a programação da produção, programação para 
fornecedores de partes, quantidades, prazos de entrega e 
redução de custos. Os sistemas pull necessitam da informação 
sobre a demanda real de partes e produtos para transmiti-la a 
toda a cadeia de suprimentos, colaborando com a produção e 
distribuição. 
 
Vemos então quanto é importante, ao realizar o projeto do 
processo da cadeia de suprimentos, determinar se ele fará parte 
da fase push ou pull. 
 
Tecnologia da informação e gestão das informações 
É importante considerar o fato de que as tecnologias disponíveis na SCM devem 
compartilhare analisar as informações integrando empresas e parceiros. 
 
A necessidade de informações rápidas, em tempo real e com a máxima precisão 
para uma gestão eficiente da logística e da cadeia de suprimentos, deve 
considerar três fatores: 
 
• Os clientes exigentes solicitam informações sobre o andamento do pedido, 
disponibilidade de produtos, programação da entrega e dados do faturamento. 
• Informações atualizadas e precisas possibilitam a redução de estoques (isso 
resulta da minimização das incertezas da demanda) e a necessidade de 
recursos humanos. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 59 
• A disponibilidade de informações aumenta as vantagens estratégicas devido à 
disponibilidade dos recursos que devem ser utilizados, considerando-se 
aspectos como: “qual, quando, quanto, como e onde”. 
 
Ainda falando de informação, também devem ser analisados os seguintes 
níveis: 
 
Nível estratégico: a utilidade da informação está relacionada a decisões de 
investimentos, volumes e localização de demanda para decisões de localização 
de centros de distribuição, categorias de produtos a fabricar ou comercializar, 
para que sejam desenvolvidos fornecedores, etc. 
 
Nível do planejamento (tático): as informações são utilizadas por gerentes 
e supervisores para a alocação de recursos disponíveis ao atendimento de 
demandas, níveis de estoque em cada ponto da cadeia, etc. 
 
Nível operacional: considera as operações da empresa como a evolução das 
ordens de produção no chão de fábrica, a entrada de pedidos de clientes, o 
faturamento das vendas efetuadas, etc. No outro lado, ele coloca os atores 
principais da cadeia de suprimentos: fornecedores, fabricantes, distribuidores 
ou atacadistas, varejistas e consumidores. Assim sendo, os sistemas de 
informação devem estar disponíveis e interligados de acordo com os diversos 
níveis de gestão de cada uma das entidades que compõem a cadeia de 
suprimentos. O nível operacional deveria considerar mais dois atores: o 
transportador e o operador logístico; atualmente, eles são considerados 
estratégicos para o sucesso do supply chain management, e seus sistemas de 
informática vêm sendo interligados com os demais participantes da cadeia 
devendo, portanto, ser considerados no planejamento dos sistemas 
informatizados de SCM. 
 
A seguir, entenda como funcionam os principais sistemas utilizados na gestão 
da SC: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 60 
 
• ERP: Enterprise Resource Planning – Planejamento dos Recursos da Empresa; 
• EDI: Electronic Data Interchange – Intercâmbio Eletrônico de Dados; 
• QR: Quick Response – Resposta Rápida;• CR: Continuous Replenishment – 
Reposição Contínua; 
• ECR: Efficient Consumer Response – Resposta Eficiente ao Consumidor. 
 
ERP – Enterprise Resource Planning / Planejamento dos Recursos 
da Empresa 
Os sistemas ERP apareceram nos anos 90. Integram e coordenam os principais 
processos da empresa (marketing, finanças, compras, recursos humanos, 
logística e outras), organizando e disseminando a informação de forma 
integrada entre as diferentes áreas da empresa. Essa integração faz uso de 
uma base de dados comum a toda empresa, consolidando assim toda a 
operação do negócio em um único ambiente computacional e permitindo a 
adoção de melhores práticas que concorrem para produtividade, velocidade e 
redução de custos por meio da redução de estoques e eliminação de tarefas 
que não agregam valor. 
 
Dessa forma, redundâncias e inconsistências de dados devem ser evitadas, 
assegurando-se a integridade do fluxo de informações, permitindo maior 
eficiência, eficácia e rapidez (em tempo real para toda a empresa) nos 
processos de coleta, armazenagem, transferência e processamento das 
informações corporativas, medidas essas que geram melhorias em qualidade e 
produtividade de serviço prestado aos clientes externo e interno. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 61 
 
Atenção 
 Exemplos de sistemas ERP 
• SAP, Peoplesoft, Oracle, JD Edwards, Baan e o próprio SCM 
(software). 
• O SCM é um software de gerenciamento da cadeia de 
suprimentos que adiciona um nível mais alto aos sistemas ERP, 
oferecendo suporte às decisões analíticas e visibilidade das 
informações. O ERP mostra o que acontece e o SCM auxilia na 
decisão do que será executado na empresa. 
• O sistema ERP, hoje, não é um diferencial competitivo, mas 
sim uma necessidade para as empresas continuarem 
competitivas no mercado. 
 
EDI – Electronic Data Interchange / Intercâmbio Eletrônico de 
Dados 
O EDI padroniza a forma como os computadores enviam e recebem dados, 
acelera o ritmo com que clientes e transportadores trocam informações 
operacionais (programações de embarque, roteiros de entrega e rastreamento 
da carga), além de permitir a emissão de faturas e romaneios de forma correta, 
eliminando erros criados pela interferência humana no processo. Permite a 
redução de custos administrativos e operacionais por meio da agilidade no 
processo, reduzindo, inclusive, prazos de entrega e garantindo maior satisfação 
ao cliente. A eliminação de erros da entrada manual de informações aumenta a 
produtividade, permitindo que as empresas controlem e gerenciem 
eficientemente as necessidades de produção, compras e entregas. 
 
Desempenha um papel importante nos elos entre cliente, fornecedor e 
transportador na produção "Just In Time - JIT", na "Quick Response - QR" e 
apoio ao ECR. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 62 
QR – Quick Response / Resposta Rápida 
O QR apareceu nos anos 90, tendo sua origem na lógica do ponto de reposição 
e no JIT. Nesse sistema, os fornecedores recebem os dados coletados nos 
pontos de venda do cliente e utilizam essas informações para sincronizar suas 
operações de produção e seus estoques com as vendas reais dos clientes. Os 
pedidos dos clientes continuam de forma individual, porém os dados do ponto 
de venda permitem ao fornecedor aprimorar sua previsão e sua programação. 
Suas principais vantagens são: diminuição de estoques, diminuição no tempo 
de respostas, sincronização da produção, diminuição da área de armazenagem, 
redução do risco de obsolescência dos produtos, redução de perdas por prazos 
fora de validade, diminuição dos custos de administração e o aumento das 
vendas. 
 
Tem também as suas desvantagens: custo inicial elevado, altos investimentos 
em sistemas de informação e custos fixos elevados. 
 
A implantação de um sistema QR requer da empresa os seguintes aspectos: 
• Reconhecer que os clientes e os produtos são dinâmicos e desafiam a 
empresa a se manter atenta aos processos de inovação e resposta rápida, 
adotando sistemas de controle e estilos de liderança menos burocráticos e a 
informação como principal suporte à tomada de decisões. 
• Concentrar menos esforços em previsões de médio e longo prazos e dar 
ênfase às decisões próximas do tempo real, com uma contínua integração de 
recursos e informações por meio de posições flexíveis e seletivas. 
• Concentrar menos esforços em previsões de médio e longo prazos e dar 
ênfase às decisões próximas do tempo real, com uma contínua integração de 
recursos e informações por meio de posições flexíveis e seletivas. 
• Aproximar a gestão da cadeia/rede de abastecimento de práticas menos 
conservadoras, apostando na inovação e tornando possível a concentração na 
entrega, no serviço e na disponibilização. 
• Adotar tecnologias modernas para apoiar a medição de performance e as 
melhorias conseguidas na cadeia. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 63 
• A gestão deve ser comprometidacom princípios de mudança contínua, 
focando a coordenação da empresa inserida em uma cadeia com múltiplos 
contatos, quer a montante, quer a jusante. 
 
CR – Continuous Replenishment / Reposição Contínua 
O CR pode ser definido como a prática de parceria entre os integrantes do 
canal de distribuição que altera o processo padrão de reposição de mercadorias 
e geração de pedidos criados pelo distribuidor, tendo como base as 
quantidades convenientes para reposição do produto, a partir de uma previsão 
de demanda efetiva, buscando integrar o fluxo de informações. 
Os fornecedores recebem os dados do ponto de venda para prepararem 
carregamentos em intervalos regulares e assegurarem a flutuação do estoque 
no cliente entre determinados níveis (máximo e mínimo). Destaca-se que esses 
níveis de estoque podem variar em função da sazonalidade da demanda, 
promoções e alterações das preferências do consumidor. Sua política de 
estoques está baseada na previsão das vendas, sendo constituída mediante 
análise histórica da demanda, e não em variações dos níveis dos estoques do 
cliente. O CR busca o atendimento de quatro processos: promoções, reposições 
de estoques, mix de estoques e introdução de novos produtos. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 64 
 
Atenção 
 Vantagens do CR: aumento da disponibilidade de produtos no 
ponto de venda, diminuição dos estoques e, consequentemente, 
do capital de giro, diminuição de custos logísticos e 
administrativos, diminuição nos custos com pedidos e diminuição 
dos erros nas estimativas de vendas. 
 
Requisitos (podem ser considerados como desvantagens) para 
que a implementação do CR tenha sucesso: um modelo de 
relação comercial estável (a confiança é indispensável) entre o 
fornecedor e o retalhista, indicadores de desempenho para 
compradores e vendedores, qualidade no nível dos serviços, 
operação e logística compatíveis, conhecimento dos custos 
logísticos, agilidade na troca de informações entre as empresas, 
disponibilidade e confiabilidade de código de barras, e uma 
forma de cálculo segura e eficiente para as quantidades a serem 
pedidas ou entregues. 
 
Esse sistema tende a sacrificar o fornecedor que arca com a 
maior parte do trabalho e da responsabilidade, beneficiando o 
retalhista e o consumidor. 
 
ECR – Efficient Consumer Response / Resposta Eficiente ao 
Consumidor 
O objetivo do ECR é a geração de um sistema eficaz, direcionado ao 
consumidor, no qual distribuidores e fornecedores trabalhem juntos, parceiros 
comerciais, a fim de minimizarem custos. Informações precisas e produtos de 
qualidade fluem por um sistema sem papéis, entre a linha de produção e o 
check-out, com mínimo de perda ou interrupção entre as partes que o 
compõem. Assim, é esperada a redução de perdas e o aumento do giro de 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 65 
estoque, obtendo recursos para manter o negócio e oferecendo melhores 
produtos a preços mais acessíveis ao consumidor. 
 
Benefícios da utilização do ECR: 
• Otimizar a manutenção dos estoques e o espaço da loja, melhorando a 
interface com o consumidor, por meio de um sortimento eficiente na loja. 
• Otimizar o tempo e o custo no sistema da reposição eficiente de produtos no 
estoque. 
• Aplicar um sistema adequado às promoções direcionadas a clientes e 
consumidores. 
• Aplicar medidas eficientes de desenvolvimento e introdução de novos 
produtos. 
 
A implementação do ECR comprova bons níveis de serviços na redução das 
perdas, principalmente, de produtos perecíveis, o que otimiza transporte de 
carga, armazenagem e estoque de produtos. 
 
Buscando inovar os resultados de produtividade do setor, O ECR foi implantado 
no Brasil, a exemplo de outros países, como uma estratégia dos supermercados 
para inovar os resultados da produtividade do setor. Distribuidores e 
fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar melhores resultados ao 
consumidor e a eficiência da cadeia de suprimentos como um todo, em vez da 
eficiência individual das partes, derrubando os custos totais do sistema, dos 
estoques e dos bens físicos. 
 
VMI - Vendor Managed Inventory / Estoque Gerenciado pelo 
Fornecedor 
O VMI é uma prática amplamente utilizada em programas de reposição 
contínua em que o fornecedor, não o cliente, decide quando e com quais 
quantidades os estoques dos clientes serão supridos, ou seja, o fornecedor 
assume a responsabilidade pelo gerenciamento dos níveis de estoque do 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 66 
cliente, passando a agir como parte do departamento de administração de 
materiais da empresa. 
 
A implementação e a operacionalização do VMI devem estar baseadas em uma 
relação de plena parceria e confiança com a colaboração, a integração de 
informações e a coordenação de processos e de operações entre as empresas 
envolvidas. 
 
Vantagens na implementação do VMI 
 Empresa fornecedora: melhor atendimento e fidelização do cliente, 
eficiente gestão da demanda e maior conhecimento do mercado. 
Desvantagens: custo de estoque mantido no cliente e custo da gestão do 
sistema. 
 Empresa cliente: menor custo dos estoques e capital de giro, melhor 
atendimento por parte do fornecedor e maior eficiência e simplicidade na 
gestão dos estoques e compras. Desvantagens: Aumento na 
dependência do fornecedor e perda do controle no seu abastecimento. 
 
A rotina do VMI envolve: 
 Rever a posição em estoque de cada SKU (Stock Keeping Unit, ou 
Unidade de Manutenção de Estoque) em cada loja da cadeia varejista; 
 Checar a disponibilidade atual do SKU em estoque no fabricante; 
 Projetar as necessidades líquidas de estoque por SKU por loja da cadeia 
varejista; 
 Checar se as necessidades líquidas projetadas caem abaixo dos níveis de 
estoque de segurança. 
 
No VMI são projetadas as necessidades líquidas futuras (até a próxima revisão), 
e não simplesmente geradas previsões de vendas. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 67 
Código de Barras 
O código de barras tem a finalidade de identificar um produto. Ele contém 
informações como: código do produto, descrição, país de origem, empresa e 
outras. É importante para a agilidade e o bom andamento de um processo 
informatizado no gerenciamento da cadeia de abastecimento. Podemos 
encontrá-los nos supermercados, hospitais, lojas de departamentos, indústrias, 
fazendas, etc. 
 
O código de barras é lido pela varredura de um ponto de luz por meio do 
símbolo do impresso. Os nossos olhos conseguem ver apenas uma linha 
vermelha emitida pelo leitor laser (scanner). A fonte de luz do leitor é absorvida 
pelas barras escuras e refletida pelos espaços claros. Um dispositivo no leitor 
recebe a luz refletida e a converte em um sinal elétrico. A necessidade de as 
empresas gerenciarem melhor as informações encontrou no código de barras 
uma melhoria na produtividade para agilizar os processos, otimizar a mão de 
obra e aumentar a sua margem de lucro. 
 
Os benefícios da implementação da tecnologia de código de barras são 
significativos: 
 Redução dos ciclos de processamento. 
 Aumento das taxas de output; 
 Aumento na precisão das informações; 
 Redução das perdas com materiais; 
 Baixo custo e menor tempo de implantação; 
 Fácil utilização; 
 Uso de equipamentos compactos; 
 Alta velocidade de captura dos dados, 
 Informações: validade, data de fabricação e local onde foi produzido, 
dentre outras. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 68 
RFID - Radio Frequency Identification - Identificação por RádioFrequência 
As novas tendências tecnológicas conduzem as empresas à busca de uma 
melhoria continua. O RFDI consiste na transmissão de dados por meio de 
“etiquetas-TAG”. A TAG utiliza ondas eletromagnéticas para transmitir 
informações em ondas de rádio. 
 
Vantagens das chamadas etiquetas inteligentes são elas poderem armazenar 
informações e mais de um item poder ser lido ao mesmo tempo. O sistema de 
identificação por radio frequência é composto de um transponder com rádio e 
um leitor para conectá-lo a um sistema de informação corporativo. O 
transponder é composto de antena e chip, o qual é ativado por um sinal de 
radio na sua frequência de trabalho. Quando a conexão ocorre, ele envia a 
informação ao leitor para identificação das informações contidas nas etiquetas. 
 
Essa tecnologia apresenta dois formatos de etiquetas: ativa e passiva. A 
tecnologia ativa está praticamente sendo substituída pela passiva, pela 
facilidade no manuseio, tempo de uso e custo muito mais baixo. 
 
Benefícios do RFID sobre o código de barras: 
 Não requer uma linha de visão direta entre o transponder e o leitor, 
como ocorre no código de barras, e o laser necessita varrer toda a 
extensão do código; 
 Capaz de ler e gravar; 
 Possibilita a leitura de vários itens ao mesmo tempo; 
 Fácil de ser fixado em objetos; 
 Trabalha de maneira eficaz em ambientes hostis e proporciona menor 
distância de leitura. 
 As etiquetas inteligentes virão substituir os “velhos” códigos de barras. 
 CPFR - Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment 
 O CPFR é um conjunto de normas e procedimentos criado no final da 
década de 80 por representantes de várias empresas com o objetivo de 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 69 
aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos, particularmente no 
setor de varejo, estabelecendo padrões para facilitar o fluxo físico e de 
informações. As normas permitem que compradores e vendedores 
contribuam na previsão de demanda e de ordem de pedidos. 
 
Também é possível obter maior precisão nos forecast (projeções de vendas, de 
produção; o planejamento de setores como compras, financeiro, custos, além 
da utilização em processos de logística) e nos planos de ressuprimento. Em 
decorrência disso, torna-se possível a diminuição dos estoques dos fabricantes, 
atacadistas e fornecedores, a redução na falta de produtos e o aumento dos 
níveis de serviço e vendas. 
 
O CPFR facilita o relacionamento entre empresas, especialmente na chamada 
“gestão colaborativa”, no que se refere à previsão de vendas, abordando 
questões como: influência de modificações no padrão de demanda, a 
manutenção de estoques para garantir a disponibilidade de produtos na 
prateleira, a possibilidade de maior coordenação entre as empresas da cadeia, 
a possibilidade de permitir maior sincronização entre os diversos processos dos 
setores de manufatura e os processos de previsão. No CPFR, fabricantes e 
varejistas compartilham sistemas e processos de previsão de vendas. O objetivo 
principal é identificar qual empresa gera previsões de vendas mais precisas 
para um determinado produto, região e horizonte de planejamento (SKU - 
Stock Keeping Unit). 
 
Vantagens do CPFR: 
 Empresa varejista: aumento nas vendas, acréscimo dos valores de nível 
de serviço, maior rapidez na resposta aos pedidos e redução da 
existência de produtos obsoletos e/ou deteriorados. 
 Empresa fabricante/vendedora: aumento nas vendas, planos de 
produção mais adaptados, redução do nível de existências (produtos 
obsoletos/deteriorados), ciclo com menor duração, menor capacidade de 
armazenagem. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 70 
 
 Parceria - cadeia de abastecimento: diminuição de pontos intermediários 
no fluxo de materiais, tornando-o mais direto; redução da incerteza na 
previsão de vendas e redução das despesas ao longo do processo. 
 
Desvantagens do CPFR: 
 Desconfiança gerando desconforto na partilha da informação; 
 Falta de colaboração interna nas previsões de vendas; 
 Custos associados à obtenção de tecnologia e especialização inerentes 
ao processo e existência de quebras no padrão de partilha de 
informação; 
 O fator da agregação da informação (saber o número de previsões e 
com que frequência é gerada); 
 Receio de que as outras partes não estabeleçam uma verdadeira 
parceria baseada na confiança. 
 
Descrevemos, embora resumidamente, alguns dos principais sistemas utilizados 
pelas global players no intuito de gerenciarem a cadeia de suprimentos. Além 
desses, outros podem ser utilizados: o CRP (Continuous Replenishment 
Program, Programa de Ressuprimento Contínuo), que deu origem ao CPFR; o 
WMS (Warehouse Management System, Sistema de Gerenciamento de 
Armazém); e o TMS (Transportation Management System, Sistema de Gestão 
de Transporte). 
 
No atual cenário em que as organizações vêm se reestruturando para 
acompanhar as constantes mudanças globais, como o aumento da competição, 
clientes mais exigentes e baixo ciclo de vida dos produtos, as empresas têm 
buscado adotar novas estratégias de gestão, como a utilização da manufatura 
enxuta, tecnologias da informação para melhor comunicação, melhora na 
gestão de seus fornecedores e integração com os seus parceiros de negócios. É 
nesse cenário que vamos encontrar as práticas colaborativas, como vimos em 
alguns dos sistemas já mencionados anteriormente. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 71 
 
A colaboração dentro do processo de gestão de cadeias geralmente ocorre 
quando há a troca de informações entre duas ou mais empresas. Dessa forma, 
dividem a responsabilidade do planejamento, gestão, execução e 
acompanhamento do desempenho, ou seja, o meio pelo qual as empresas 
trabalham de forma integrada com objetivos comuns, caracterizando-se pela 
grande troca de informações, conhecimento, riscos e até mesmo lucros. 
 
As empresas participantes devem possuir interesses comuns e trabalharem de 
forma transparente, com objetivos bem definidos. Os requisitos fundamentais 
que podem facilitar o processo são: liderança, expectativas claras, cooperação, 
confiança, divisão de benefícios e tecnologia, além de da colaboração ser 
apoiada por uma cultura colaborativa para a qual os requisitos acima são 
indispensáveis. 
 
Podemos então concluir que a colaboração ocorre quando os seguintes critérios 
estão presentes: 
 Metas e objetivos comuns a todos os envolvidos; 
 Planejamento integrado; 
 Gerenciamento compartilhado de informações; 
 Compartilhamento de benefícios, riscos e custos; 
 Confiança e transparência entre as partes. 
 
Como exemplos dessas práticas colaborativas, podemos mencionar: CR 
(Continuos Replenishment), QR (Quick Response), VMI (Vendor Management 
Inventory), ECR (Efficiente Consumer Response) e o CPFR (Collaborative 
Planning Forecasting Replenishment). 
 
Business Intelligence – Inteligência Empresarial ou Inteligência de 
Negócios 
Como defini-lo? Existem diversas definições, mas esta, por ser a mais completa, 
foi a escolhida: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 72 
Business Intelligence é um processo que envolve a coleta, análise e validação 
de informações sobre concorrentes, clientes, fornecedores, candidatos 
potenciais à aquisição, candidatos à joint venture e alianças estratégicas. Inclui 
também eventos econômicos, reguladores e políticos que tenham impacto 
sobre os negócios da empresa. O processo de BI analisa e valida todas essas 
informações e as transforma em conhecimento estratégico. 
 
A empresa para executar esse processo necessitade hardwares e softwares 
compatíveis com as suas necessidades e estrutura. Todos os sistemas 
estudados anteriormente, e outros além deles, podem e devem fazer parte do 
BI, que normalmente é estruturado por áreas (módulos, os chamados 
datamarts) para que os resultados apareçam com mais rapidez e depois sejam 
integrados aos demais. Algumas empresas partem diretamente para os 
datawarehouses corporativos, os grandes sistemas que englobam todos os 
módulos, mas o risco é imenso e o tempo para os resultados aparecerem é 
longo. 
 
Benefícios do Business Intelligence (BI): 
 Antecipar mudanças no mercado; 
 Antecipar ações dos competidores; 
 Descobrir novos ou potenciais competidores; 
 Aprender com os sucessos e as falhas dos outros; 
 Conhecer melhor suas possíveis aquisições ou parceiros; 
 Conhecer novas tecnologias, produtos ou processos que tenham impacto 
no seu negócio; 
 Entrar em novos negócios; 
 Rever suas próprias práticas de negócio; 
 Auxiliar na implementação de novas ferramentas gerenciais. 
 
Vantagens do BI: 
As empresas têm mais tempo para se dedicar à análise crítica de resultados, 
gerando inteligência. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 73 
Aumenta o nível de conhecimento e enriquece as discussões de negócio. O 
conhecimento se acumula, as práticas gerenciais se aprimoram, levando a 
melhores resultados. 
 
O sistema possui capacidade para “traduzir” os dados armazenados em uma 
linguagem de fácil assimilação pelo corpo gerencial das empresas, normalmente 
por meio de gráficos ou relatórios. 
 
Auxilia os executivos em consultas gerenciais nas áreas de vendas, compras, 
estoque, faturamento, PCP (Processo e Controle de Produção), custos, finanças, 
contabilidade, telemarketing, recursos humanos e indicadores de gestão 
(análise de balanço). 
 
Desvantagens do BI: 
 Exposição de omissões ou erros decisórios; 
 Substituição de pessoas no quadro diretório ou gerencial. 
 
Todavia, o Business Intelligence não substituiu ninguém, apenas auxilia no 
processo de tomada de decisão, otimiza o tempo dos usuários garantindo 
informações mais rápidas e precisas e tornando o gestor mais eficaz. Em caso 
de erros decisórios, o sistema pode emitir alertas ao executivo, que, por sua 
vez, poderá explorar as informações até encontrar as causas da falha de 
desempenho. 
 
Existem casos de sucesso da aplicação do Business Intelligence? 
O Wall Mart, uma das maiores cadeias de hipermercados dos EUA, controla 4,5 
mil lojas espalhadas pelo mundo fazendo uso do Business Intelligence. 
 
Além desses sistemas não podemos ignorar os grandes trunfos das empresas 
atualmente: 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 74 
A internet e o e-commerce 
O comércio eletrônico (e-commerce) pode ser definido como a capacidade de 
realizar transações envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais 
partes utilizando meios eletrônicos. O comércio eletrônico baseado na world 
wide web tem chamado a atenção da comunidade de negócios no mundo 
inteiro. 
 
A face mais conhecida do grande público é o B2B (Business to Business - 
empresa para empresa) e o B2C (Business to Consumer - empresa para o 
consumidor final), nos quais investimentos maciços em publicidade têm sido 
feitos por sites como Submarino (http://www.submarino.com.br/), Amelia 
Island Rentals (http://www.amelia.com/) e Mercado Livre 
(http://www.mercadolivre.com.br/). O B2B está se mostrando o modelo de 
negócios com maior taxa de crescimento para os próximos anos. 
 
Principais vantagens para a empresa: 
 Reduz a intermediação; 
 Amplia o mercado (alcance global); 
 Reduz custos administrativos e outros correlatos; 
 Maior segurança e agilidade na comunicação entre os parceiros; 
 Reduz o ciclo de processos mercantis. 
 Principais vantagens para o comércio: 
 Melhora o nível de abastecimento da loja; 
 Reduz o nível de estoques; 
 Reduz custos operacionais; 
 Agiliza o processo de vendas; 
 Nivela as oportunidades no mercado. 
 Principais vantagens para o consumidor: 
 Comodidade e conveniência (comprar sem sair de casa); 
 Facilidade (acesso à internet); 
 Variedade (produtos do mundo inteiro); 
 Preços (tendências de custos baixos e cotações mais ágeis). 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 75 
 
Benefícios: 
 Redução da taxa de erros no atendimento de pedidos; 
 A melhoria do serviço ao cliente; 
 Aumento da acurácia do recebimento e das informações; 
 Melhor aproveitamento dos recursos, do espaço de armazenamento e da 
mão de obra. 
 
TCT - Transaction Cost Theory / A Teoria dos Custos de 
Transação X RBV - Resource Based View / A Visão Baseada em 
Recursos 
Existe uma relação direta entre a teoria dos custos de transação e a visão 
baseada em recursos, no que diz respeito ao desempenho das empresas com o 
uso da TI? 
 
Essa é uma discussão que deve ser avaliada para cada empresa, considerando 
o nível de TI utilizado por ela. Todavia, alguns autores dizem que existe uma 
relação direta e indireta, segundo o RBT. As pesquisas mostram que os 
recursos e investimentos em TI por si só não elevam o desempenho nem as 
vantagens competitivas, mas sim a forma e/ou a intensidade de uso da TI – o 
que é captado pelas capacidades (capabilities) de TI. Essas capacidades são as 
habilidades da empresa em reunir, integrar e desenvolver recursos baseados 
em TI. 
 
No que diz respeito aos recursos, a ideia essencial é que eles também sejam 
diferentes para cada empresa e que, para serem produtivos, os recursos 
necessitem de serem combinados e utilizados. São essas aplicação e 
coordenação de recursos que geram produtividade ou valor. 
 
A análise do impacto da TI no nível da empresa (rentabilidade e receita) tem 
cedido espaço para a análise de impacto no nível de processos (relação com 
clientes e fornecedores, marketing, produção e operações, melhoria do 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 76 
produto) – com base na afirmação de que o desempenho da firma é resultante 
de um conjunto de variáveis do qual a TI faz parte. Conclusão: essa teoria não 
está consolidada, indicando, no entanto, uma melhoria nos processos, em vez 
do desempenho financeiro. 
 
Atividade proposta 
Assista ao vídeo “Logística A380”, disponível em nossa biblioteca de vídeo, e 
preste atenção na origem dos seus componentes. Em seguida, responda à 
questão. 
 
Como a Airbus consegue reduzir custos com tanta dispersão na sua cadeia de 
suprimentos com uma logística tão complexa? 
 
Chave de resposta: O processo de fabricação acontece na filosofia just in 
time com aplicação do sistema Milk Run. A própria Airbus faz a coleta dos 
equipamentos e os leva até a sua fábrica na França para realizar a montagem. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 77 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os assuntos discutidos até agora, leia o artigo 
“Gestão de cadeia de suprimentos integrada à tecnologia da 
informação”, disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
Para conhecer mais sobre o assunto, entre em nossa biblioteca 
virtual e baixe o artigo sobre a importância da TI nos processos 
logísticos. 
 
Ainda sobre o tema, leia o texto “Relação (in) direta entre 
capacidades de TI e desempenho: suporte à teoria baseada em 
recursos e identificação de mediadores”, disponível em nossa 
biblioteca virtual. 
 
Para conhecer mais sobre o assunto, entre em nossa biblioteca 
virtual e baixe o artigo sobre a gestão da cadeia de suprimentos.Ainda em nossa biblioteca virtual, não deixe de conferir o artigo 
“Gestão de Fornecedores é vantagem para empresários”. 
 
 
Referências 
NOGUEIRA, Amarildo. A Importância da TI nos Processos Logísticos. 
Disponível em: < 
http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=11&canal
local=41&canalsub2=132&id=2398. Acesso em: 21 de set. 2014. 
OLIVEIRA, Deyvison de Lima; OLIVEIRA, Gessy Dhein. Relação (in) Direta 
entre Capacidades de TI e Desempenho: Suporte à Teoria Baseada em 
Recursos e Identificação de Mediadores. Disponível em: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 78 
www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_ADI367.pdf. Acesso em: 21 de set. 
2014. 
OLIVEIRA, Marcos Berberick de; LONGO, Orlando Celso. Gestão da cadeia de 
suprimentos. Disponível em: 
http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg4/a
nais/T7_0071_0132.pdf. Acesso em: 21 de set. 2014. 
PORTAL ADMINISTRADORES. Gestão de fornecedores é vantagem para 
empresários. Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/gestao-de-
fornecedores-e-vantagem-para-empresarios/16401/. Acesso em 21 de 
set. 2014. 
SOUZA, Gleim Dias de; CARVALHO, Maria do Socorro M. V. de; LIBOREIRO, 
Manuel Alejandro Martínez. Gestão da cadeia de suprimentos integrada à 
tecnologia da informação. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
76122006000400010&script=sci_arttext. Acesso em: 21 de set. 2014. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Com o objetivo principal de otimizar a gestão de todos os relacionamentos, 
incluindo o de consumidores e canais de distribuição, o CRM (Customer 
Relationship Management) deve ser analisado como: 
a) O CRM é considerado e analisado como uma ferramenta de TI. 
b) O objetivo principal do CRM é somente a gestão dos clientes 
preferenciais. 
c) O CRM não deve ser analisado somente como uma ferramenta de TI. 
d) O objetivo principal do CRM é otimizar a gestão das pessoas da 
organização, em geral. 
e) O objetivo principal do CRM é a gestão dos fornecedores principais. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 79 
Questão 2 
Por sua natureza multifuncional, a cadeia de suprimentos abrange três grandes 
conjuntos de atividades empresariais. Sinalize a única opção correta: 
a) Processos de negócios / Organização e pessoas / Tecnologia, iniciativas, 
práticas e sistemas. 
b) Processos de distribuição / Processos de TI / Processos de inovação. 
c) Gestão de recursos humanos / Gestão de tecnologia / Gestão de 
sistemas. 
d) Área de negociação / Área de pessoal / Área de iniciativas. 
e) Gestão de suprimentos / Gestão de tecnologia / Gestão de práticas e 
sistemas. 
 
Questão 3 
O processo de reestruturação da base de fornecedores consiste na redução do 
número de fornecedores com os quais se deve manter alinhamento estratégico 
e comunicação direta e ágil. A ferramenta de TI que ajuda a empresa nessa 
tarefa é o SRM. Vantagens do SRM (identifique a única opção falsa): 
a) Desenvolver bons relacionamentos com fornecedores de excelência. 
b) Monitorar todo o processo de prestação de serviços. 
c) Identificar e consolidar demandas. 
d) Descontrole orçamentário de compras. 
e) Análise de performance por meio da medição dos contratos. 
 
Questão 4 
As empresas transnacionais orientam suas compras de acordo com modelos já 
existentes e praticados no mercado. Dentro deste contexto, estão (assinale a 
única opção errada): 
a) Compras centralizadas 
b) Compras descentralizadas 
c) Compras interempresas 
d) Compras nacionalizadas 
e) Compras intraempresas 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 80 
 
Questão 5 
O Customer Relationship Management (CRM), gestão do relacionamento com 
clientes, não escolhe clientes: seleciona aqueles que serão focados para a 
aplicação de ações voltadas a uma integração mais profunda de sistemas de 
informações e de avaliação de desempenho. Essa seleção, normalmente, é 
baseada: 
a) Na forma como o cliente se relaciona com a empresa. 
b) No atendimento diferenciado que o cliente dá à organização. 
c) Nos volumes negociados pelo cliente e no seu potencial estratégico. 
d) Nos modelos e sistemas de relacionamento que criem vantagens 
competitivas. 
e) Na integração mais profunda de sistemas avaliação de desempenho. 
 
Questão 6 
A implantação de um sistema QR (Quick Response ou Resposta Rápida) requer 
da empresa os seguintes aspectos (assinale a única opção fora do contexto): 
a) Reconhecer que os clientes e os produtos são dinâmicos e desafiam a 
empresa a se manter atenta aos processos de inovação e resposta 
rápida. 
b) Concentrar esforços nas decisões próximas do tempo real, com uma 
contínua integração de recursos e informações por meio de posições 
flexíveis e seletivas. 
c) Aproximar a gestão da cadeia/rede de abastecimento de práticas menos 
conservadoras, apostando na inovação. 
d) A gestão deve ser comprometida com princípios de mudança 
descontínua, focando a gestão da empresa fora da cadeia, com múltiplos 
contatos. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 81 
Questão 7 
Complete as lacunas: 
A implementação do ECR comprova bons níveis de serviços na redução das 
perdas, principalmente, de produtos ___________ otimizando o transporte de 
carga, __________ e estoque dos produtos. 
a) Importados/seguro 
b) Perecíveis/armazenagem 
c) Exportados/tributos 
d) Naturais/armazenagem 
e) Perecíveis/seguro 
 
Questão 8 
No CPFR, fabricantes e varejistas compartilham sistemas e processos de 
previsão de vendas. O objetivo principal é identificar qual empresa gera 
previsões de vendas mais precisas para um determinado produto, região e 
horizonte de planejamento. Suas vantagens são (assinale a única opção 
correta): 
a) Falta de colaboração interna nas previsões de vendas. 
b) Custos associados à obtenção de tecnologia e especialização inerentes 
ao processo. 
c) Diminuição das existências, produtos obsoletos e perecíveis. 
d) Existência de quebras no padrão de partilha de informação. 
 
Questão 9 
A colaboração dentro do processo de gestão de cadeias geralmente ocorre 
quando há a troca de informações entre duas ou mais empresas. A colaboração 
ocorre quando os seguintes critérios estão presentes (indique a única opção 
fora do contexto): 
a) Metas e objetivos comuns a todos os envolvidos. 
b) Planejamento integrado. 
c) Gerenciamento compartilhado de informações. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 82 
d) Transparência e desconfiança entre as empresas que fazem parte da 
colaboração. 
e) Compartilhamento dos benefícios, riscos e custos. 
 
Questão 10 
O comércio eletrônico (e-commerce) pode ser definido como a capacidade de 
realizar transações envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais 
partes utilizando-se meios eletrônicos. Ele apresenta algumas vantagens para 
as empresas que o praticam. Indique a única opção dentro desse contexto: 
a) Comodidade e conveniência (comprar sem sair de casa). 
b) Facilidade (acesso a internet). 
c) Variedade (produtos do mundo inteiro). 
d) Preços (tendências de custos baixos e cotações mais ágeis). 
e) Ampliação do mercado (alcance global). 
 
Core business: Negócio central ou principal da organização. 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: O CRM é mais do que uma ferramenta de TI: tem como objetivo 
otimizar a gestão de todos os relacionamentos da supply chain. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: Processos de negócios; organização e pessoas; e tecnologia, 
iniciativas, práticas e sistemas, são os três grandesconjuntos da cadeia de 
suprimentos. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 83 
Questão 3 - D 
Justificativa: Uma das vantagens do SRM é o controle orçamentário de 
compras, não o descontrole. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: Compras nacionalizadas não existem nos modelos de compras 
internacionais. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: Nos volumes negociados pelo cliente, e por seu potencial 
estratégico, a empresa seleciona seus clientes-alvo. 
 
Questão 6 - D 
Justificativa: A quarta opção está fora do contexto do QR: “(...) de mudança 
contínua, focando a coordenação da empresa que se encontra inserida em uma 
cadeia (...)”. 
 
Questão 7 - B 
Justificativa: Perecíveis/armazenagem é a única dupla de palavras que completa 
as lacunas da questão. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: Todas as outras alternativas são consideradas desvantagens do 
CPFR. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa: Essa opção é a única que se encontra fora do contexto do tema da 
questão. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: Na questão, esta é a única opção que se apresenta como 
vantajosa para a empresa no e-commerce. As demais são vantagens do cliente. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 84 
Introdução 
Nas duas primeiras aulas, vimos como a supply chain é importante na vida das 
transnacionais ou das global players, como queiramos tratá-las, e como as 
empresas investem e se esforçam para fazer a sua gestão da melhor forma 
possível. 
 
Nesta aula, vamos estudar as tendências do mercado e suas análises, pois elas 
interferem diretamente no rumo que as empresas darão à gestão da cadeia de 
suprimentos para firmarem o seu posicionamento no mercado e atingirem os 
seus objetivos, a conquista de novos mercados e clientes e, consequentemente, 
o lucro, objetivo maior de todo o negócio. 
 
Objetivo: 
1. Conceituar “tendências” e entender a importância da análise delas por meio 
do estudo das variáveis e fatores que as influenciam, bem como as soluções 
inteligentes apresentadas pelo mercado; 
2. Analisar a situação logística no mundo e no Brasil nos últimos 
10 anos. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 85 
Conteúdo 
Tendências de mercado e sua análise 
O título de nossa aula já fala sobre o que trataremos aqui... 
 
Tendências! Mas você sabe conceituar tendência? 
 
Tendências significam a evolução e a concepção de leituras gerais que 
convertem para anotações específicas, consolidando-se em uma ampla visão 
sobre fatos ou áreas de interesse em uma dinâmica que pode concretizar 
possibilidades. Não são deduções. 
 
Podemos dizer que as tendências preparam o futuro fazendo uso de 
informações do presente e dados do passado. 
 
Monitorar informações de mercado, “tendências”, possibilita acompanhar a 
repercussão e a visibilidade de fatos, empresas e segmentos, além de se 
antecipar à concorrência, antever crises ou aproveitar oportunidades. 
Plataformas que permitem um monitoramento contínuo de termos específicos 
de interesse representam a otimização de processos, aumento de 
produtividade, relevância de informações e abrangência de resultados, 
contribuindo para a geração de negócios e tomada de decisões estratégicas. 
 
Veja algumas formas atuais de realizar o monitoramento da informação: 
 
Mídias on-line 
Notícias nacionais e internacionais. 
 
Mídias on-line retroativas 
Notícias retroativas. 
 
Mídia impressa 
Notícias impressas. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 86 
 
Mídias Sociais 
Twitter, Facebook, LinkedIn e outros. 
 
Rádio e TV 
Notícias de rádio e TV. 
 
Soluções de inteligência de mercado 
Projetadas para suprir as necessidades e os objetivos de cada empresa, as 
soluções analíticas de inteligência de mercado oferecem informações 
estratégicas para auxiliar as organizações. Pelo uso de bases tecnológicas de 
apuração, cruzamento e análise de dados, permite-se a realização de estudos 
completos sobre cenários, mercados e tendências, o que colabora com a 
tomada de decisões institucionais, expansão de resultados corporativos, 
direcionamento defensivo e posicionamento competitivo. 
 
Essas soluções são realizadas mediante diversas análises; a seguir, você verá 
melhor cada uma delas. 
 
Modelos de análise para tendências de mercado 
Análise diagnóstica 
A análise diagnóstica parte do conceito de que, para qualquer decisão 
estratégica segura, é fundamental conhecer integralmente a área de estudo, 
cruzando dados e informações, para que se possa direcionar ações e definir 
metas. O foco de avaliação concentra-se nos objetivos de cada cliente, 
incluindo mapeamento do segmento, da marca, produtos e concorrência. Seus 
resultados são consolidados em estratégias claras e aplicações práticas: 
• Planejamento estratégico; 
• Reposicionamento de marcas e empresas; 
• Diagnóstico de perfis de consumo para marcas e produtos; 
• Participações em concorrências; 
• Implementação de mapa de riscos e oportunidades. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 87 
Podemos concluir que a análise diagnóstica baseia-se no seguinte trinômio: 
identificação (área, segmento), direcionamento e estratégia. 
 
Análise de tendências 
A análise de tendências contempla dados, fatos e insights, potencializando 
linhas de pensamento e antecipando comportamentos, por meio de estudos de 
resultados e conceitos que auxiliam as marcas e as empresas em: 
• Identificação de interesses de consumo; 
• Compreensão de áreas e segmentos; 
• Antecipação a fatos, estilos e oportunidades; 
• Exploração de nichos de mercado; 
• Panoramas evolutivos de marcas e empresas. 
 
O resultado é obtido por meio do estudo e cruzamento de quatro importantes 
fatores: 
• Visão; 
• Probabilidade; 
• Compreensão; 
• Insight. 
 
Análise de repercussão 
Acompanhar a amplitude de temas, a dimensão de fatos e o alcance de 
informações. Conhecer a impressão da mídia, a abrangência de comentários, o 
percentual de exposição e a relevância dessa disseminação de conteúdo no 
ambiente on-line, considerando-se a concorrência e os consumidores. O 
conceito da análise de repercussão inicia no fato de que, no universo 
corporativo, tudo pode ser impactante positiva e negativamente; portanto, 
mensurar e compreender esse processo pode ser decisivo para as próxima 
ações de: 
• Mensuração de campanhas e eventos; 
• Análise de conjunturas políticas; 
• Avaliação de desempenho da comunicação corporativa; 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 88 
• Implantação de estratégias de atuação nas mídias sociais; 
• Gestão de crises. 
A análise de repercussão baseia-se essencialmente na mensuração, exposição e 
abrangência. 
 
Análise ad hoc 
Ad hoc: análise baseada em projetos adaptados exclusivamente às 
necessidades e interesses de cada cliente que contemplem seu universo de 
possibilidades e objetivos (para a potencialização de resultados). Não sinalizam 
somente novas condições de mercado, significam oportunidades de atingir 
objetivos com precisão e menor tempo. Estamos na era da customização, 
devemos nos recordar. 
 
O mundo vivencia os benefícios do acesso irrestrito à informação, e esse tipo de 
análise traz a visão de que nos negócios o impacto de informações específicas 
analisadas estrategicamente representam rentabilidade, confirmando sempre 
existirem fórmulas exclusivas e mais assertivas para aplicação de antigos 
conceitos: 
• Planejamento estratégico; 
• Análise competitiva; 
• Análise de conteúdo; 
• Fortalecimento e engajamento de marcas; 
• Lançamento demarcas e produtos. 
 
Pesquisa de mercado 
O objetivo das empresas que buscam relacionar-se com o atual conceito de 
consumo é compreender a percepção dos consumidores, suas necessidades e 
expectativas frente aos produtos e marcas. Atender aos interesses e anseios do 
consumidor moderno, mapeando a movimentação do segmento e organizações 
a cada nova necessidade, possibilita estar à frente da concorrência por meio de 
uma visão sistêmica e privilegiada dos negócios. Pesquisas de mercado 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 89 
garantem a tomada de decisões direcionadas, baseadas em dados e 
informações que guiam estratégias corporativas para: 
• Identificação de público-alvo; 
• Identificação de panoramas de mercado; 
• Mensuração de índices de aceitação e rejeição; 
• Mensuração de interesses e expectativas sobre marcas e produtos; 
• Lançamento de campanhas. 
 
A pesquisa de mercado tem como base os seguintes pilares: opinião, 
segmentação e conclusão. 
 
Pesquisa de influenciadores 
O mundo on e off-line é hoje representado por personalidades que ditam 
regras, conceitos e tendências, confirmando que a influência, atualmente, é 
uma das principais vertentes de consumo e adesão a marcas e produtos, e 
determina quem ou o quê é relevante no universo das mídias sociais e on-line. 
A pesquisa de influenciadores demonstra que uma rede de contatos bem 
elaborada representa um passo fundamental para estar próximo das opiniões e 
movimentações daqueles que demarcam os caminhos e tendências de áreas, 
segmentos ou ciclos que interessam às marcas e empresas para: 
• Planejamentos de atuação em mídias sociais; 
• Eventos e campanhas de engajamento; 
• Direcionamento de assessorias de comunicação; 
• Potencialização de visibilidade de marcas e produtos; 
• Pesquisas focadas em grupos especializados. 
 
Relevância, influência, engajamento e relacionamento são os pilares de 
sustentação da pesquisa de influenciadores. 
 
Obs.: as empresas que realizam os estudos sobre tendências utilizam 
estratégias (mídias sociais, eventos e campanhas, etc.) de acordo com o serviço 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 90 
que estão prestando ao cliente, ou seja, de acordo com as necessidades e os 
desejos dos clientes. 
 
Tendências de mercado e logística 
Até aqui falamos de tendências e análises em geral, e você pode se perguntar 
“será que esses estudos também influenciam a logística?”. A resposta é sim. 
Os estudos sobre tendências também abrangem a logística porque o segmento 
não é mais visto como transporte, mas um processo integrado à cadeia 
produtiva. 
 
Veja a seguir algumas das variáveis e fatores que mais impactaram e 
continuarão impactando as tendências logísticas. 
 
Infraestrutura logística 
As empresas líderes, consideradas global players, lidam com uma crescente 
complexidade associada à expansão dos limites da logística, seja pela maior 
amplitude de requisitos do mercado, seja pela necessidade de desenvolvimento 
de um network global. Como vimos na aula 2, essas empresas estão 
implantando estratégias customizadas para monitorar, responder e gerenciar o 
crescente nível de complexidade; no Brasil, poucas empresas chegaram a esse 
estágio. O grande problema continua sendo: portos, aeroportos e rodovias, as 
formas mais usuais de escoamento dos produtos, ou seja, infraestrutura. 
 
Alterações na matriz energética 
O mundo passa por um processo de transformação intensa em sua matriz 
energética; a produção de petróleo cresce com as fontes alternativas, e 
crescem também a produção e o consumo de gás natural, bem como outras 
fontes de energia: biomassa, eólica, solar, nuclear, etc. No que pese ainda 
existirem algumas dúvidas sobre a importância de todas essas fontes 
energéticas, é provável que a participação do petróleo venha a sofrer uma 
diminuição. O grande desafio está em avaliar as perspectivas dessas diferentes 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 91 
fontes de energia e tentar antecipar o seu efeito na administração de 
transporte e na logística. 
 
Inovação tecnológica 
Na aula 2, esse assunto também foi abordado, embora com outro foco; vimos 
como são numerosas as ferramentas tecnológicas usadas pelas empresas, 
principalmente na gestão da supply chain de bens de consumo visando elevar 
os níveis de serviço ao consumidor final, incluindo convergência digital e varejo 
multicanais, Big Data e mídias sociais, plataformas de padrões abertos para 
interoperabilidade interorganizacional, identificação ótica de objetos, automação 
e robótica. Tais tecnologias viabilizam flexibilidade e agilidade no planejamento 
e execução de atividades ao longo da cadeia varejista, embora ainda 
permaneçam inacessíveis para uma grande parcela das empresas do setor. 
 
Crescimento econômico 
O estágio de desenvolvimento econômico de países, principalmente emergentes 
e em desenvolvimento (classificação dos países quanto à sua economia, tema 
estudado na aula 1), está diretamente ligado à prosperidade de suas 
populações. Entende-se que a infraestrutura logística é um fator fundamental 
para esses povos alcançarem os seus objetivos: desenvolvimento e diminuição 
dos seus níveis de pobreza, educação e cultura. 
 
Brasil – impacto da Lei nº 12.619 nos custos do transporte rodoviário 
Considerando que essa legislação é exclusivamente brasileira, acredita-se que o 
seu impacto seja bastante forte e afete toda a cadeia logística, uma vez que a 
maioria dos produtos para consumo interno ou exportação, e até mesmo 
quando da importação, é realizado por via rodoviária. Assim, ao regular a 
jornada de trabalho e o tempo de direção, essa lei afeta a produtividade da 
atividade de transporte, sobretudo nas rotas de médias e longas distâncias. 
Cabe às empresas buscarem alternativas que possam minimizar os impactos no 
custo, repensando o planejamento de suas redes e o modelo de programação 
das rotas, evitando que as restrições em relação aos motoristas prejudiquem a 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 92 
utilização dos veículos e, consequentemente, o transporte dos produtos 
brasileiros. 
 
Análise da última década da logística no mundo e no Brasil: o que 
mudou? 
Esse assunto é bastante delicado e complexo. Para tratá-lo com o máximo de 
seriedade possível, resolvemos dividi-lo em duas partes: na primeira parte, 
vamos falar sobre a logística no mundo; na segunda, trataremos da evolução 
da logística no Brasil e das tendências para um futuro próximo. 
 
Sobre a logística no mundo, vimos que, a partir da década de 90, o ambiente 
de negócios tornou-se mais complexo. Fenômenos econômicos e sociais de 
alcance mundial estão reestruturando o ambiente empresarial. E a globalização 
da economia, alavancada pela tecnologia da informação e da comunicação, já é 
uma realidade. 
 
As chamadas novas tecnologias, bem como as novas formas de organização do 
trabalho, vêm alterando completamente os métodos tradicionais de gestão das 
empresas. 
 
A evolução das empresas em termos de modelos estruturais e tecnológicos, 
tendo as mudanças e o conhecimento como novos paradigmas, têm exigido 
uma nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados a uma realidade 
diferenciada e emergente. O grande desafio das últimas décadas têm sido a 
capacidade e a competência diária para empresas se adaptarem e levarem a 
todos os seus níveis hierárquicos e funcionais, da alta gerência ao piso de 
fábrica, a incorporação de novos modelos, métodos, técnicas, instrumentos, 
atitudes e comportamentos necessários a mudanças, inovações e à 
sobrevivência sadia e competitiva no mercado.No ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, as 
pessoas estão sentindo o reflexo dessas transformações. Seja pelas mudanças 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 93 
introduzidas internamente, seja pelas transformações no cenário externo (o 
declínio de antigas empresas “multinacionais” e o surgimento de novos 
competidores), o administrador de empresas enfrenta desafios totalmente 
novos. 
 
Essa realidade tem sido ampliada por inovações tecnológicas, transformações 
nas bases da concorrência, surgimento de novos modelos de gestão e 
mudanças significativas no perfil dos clientes e nas suas relações com as 
empresas fornecedoras de produtos e serviços. Esse enfoque tem gerado 
reflexos diretos sobre a gestão das empresas; faz-se necessário desenvolver a 
sensibilidade para perceber que as mudanças na gestão empresarial são um 
imperativo e não uma opção. 
 
As empresas líderes ocupam-se de uma crescente complexidade associada à 
expansão dos limites da logística, seja pela maior amplitude de requisitos do 
mercado, seja pela necessidade de desenvolvimento de um network global. Em 
virtude disso, essas empresas implantam estratégias desenhadas para 
monitorar, responder e gerenciar o referido nível crescente de complexidade. 
Pesquisas são realizadas constantemente por diversos países como Brasil, 
China, Rússia, Índia, Alemanha, Estados Unidos, França, Holanda e Reino 
Unido, a fim de se entender o caminho a ser seguido; sobre o tema disse Don 
Bowersox: “... a missão da logística é fazer mais com menos, até que se faça 
tudo com nada”. Enfim, temos assistido a uma corrida desenfreada para se 
vender mais e lucrar mais, com menos custo. 
 
Por outro lado, as empresas têm feito uso de canais de venda diferenciados 
(outlets, sites de leilões e compras on-line, lojas de antiguidades, reciclagem, 
etc.), até mesmo com o intuito de comercializar a venda de itens de 
temporadas passadas, usados em boas condições, com defeitos ou 
remanufaturados – itens de relevância cada vez maior na economia global. Esse 
mercado tem crescido rapidamente, tornando-se uma importante parcela das 
economias americana e brasileira. Na americana, por exemplo, cerca de 2,8 % 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 94 
do PIB vem do chamado “mercado secundário” – uma alternativa que auxilia na 
retenção de valor para os produtos que, de outra forma, seriam descartados, 
assim é aumentada a lucratividade do item e corroborada a construção de uma 
cadeia de suprimentos sustentável. 
 
Logística no mundo: principais alterações 
Para melhor representar as mudanças ocorridas na logística internacional, 
dividimos os países de acordo com a sua classificação: 
 
Países desenvolvidos (mercados maduros) 
Nos mercados maduros (Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão, podendo 
citar também os tigres asiáticos dos anos 80), a infraestrutura já tinha sido 
desenvolvida de acordo com as necessidades do crescimento (tudo funciona 
“perfeitamente”, desde simples compras pela internet, entregues com precisão, 
até transportes aéreo, ferroviário e rodoviário de pessoas e mercadorias); 
portanto, ocuparam-se em sofisticar mecanismos de controle e ferramentas de 
planejamento, para otimizar a utilização da boa infraestrutura existente e 
mitigar a falta de espaço, para crescer estruturalmente. 
 
Leitores óticos para acelerar a recepção e o despacho de mercadorias, sistemas 
de controle de tráfego automatizados em portos e aeroportos, equipamentos 
mais ágeis e com menor consumo de combustível na movimentação de 
insumos, treinamento de funcionários, e revisão de processos e procedimentos 
operacionais foram os mecanismos desenvolvidos para agilizar e baratear as 
operações logísticas nesses mercados. 
 
Países em desenvolvimento 
Nos demais países também verificamos uma preocupação com os avanços e as 
novas tendências na logística, embora sua evolução se dê de forma lenta. 
 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 95 
Características dos países em desenvolvimento: 
 Maior nível de serviços e uma maior interação com LSP (Logistic Service 
Provider) globais, no intuito de aprofundar os relacionamentos e também 
de mitigar os problemas nos fluxos internacionais; 
 Evolução dos sistemas de rastreamento, de análise de malhas e de 
roteirização; 
 O conceito de gestão integrada da cadeia de abastecimento ganhou mais 
relevância. Isso significa líderes de marketing e vendas na mesma mesa 
em que estão seus colegas de operações, supply chain e suprimentos, 
definição de necessidades do mercado e desenvolvimento de formas 
inovadoras de atendê-las. A cogestão da logística entre as indústrias de 
consumo e empresas de distribuição e varejo, embora lenta, progrediu 
com a utilização dos modelos CPFR e VMI; 
 Evolução do transporte marítimo, principalmente quando falamos de 
grandes quantidades. Assistiu-se à introdução de nova modelagem de 
tráfego concentrando grandes hubs no Panamá, na Jamaica e na China, 
bem como a introdução crescente de navios Post Panamax; 
 Surgiram várias entidades internacionais, como Council of Supply Chain 
Management Professionals (CSCMP), APICS (American Production and 
Inventory Control Society), entre outras, que impulsionaram o novo 
modelo (logística integrada) de integração de processos por toda a 
cadeia de suprimentos, sugerindo “redesenhos” nas operações e busca 
intensa por desempenhos satisfatórios ao longo de toda a supply chain; 
 A logística tornou-se um fator importante de competitividade, tendo sido 
criados grupos de discussões, cursos e formações acadêmicas. O tema 
passou a ser relevante, verificando-se a necessidade de preparar 
profissionais para ocupar os novos cargos desenhados para os novos 
desafios. 
 
Atualmente, a América do Norte, Europa e Ásia atingem resultados 
considerados ótimos em logística e serviços. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 96 
A logística no Brasil 
No Brasil, alguns problemas logísticos persistem há décadas. São eles: 
 Falta de infraestrutura, investimentos e programas adequados às 
necessidades do mercado em todos os modais de distribuição e 
transporte; 
 Conflito quanto ao real entendimento da dimensão da logística integrada 
internamente e externamente nas empresas; 
 Complexidade tributária e custos que norteiam o Brasil; 
 Exígua formação de recursos humanos especializados em logística. 
 
Em relação a conceitos, tecnologias e ferramentas, as coisas não mudaram 
muito nos últimos 10 anos, tanto no Brasil quanto no exterior. O que mudou foi 
a visibilidade da logística e da supply chain dentro das organizações, não 
apenas como área funcional, que cada vez mais participa das decisões 
estratégicas de igual para igual com marketing, vendas, etc., mas também 
como processo de negócio. O uso do termo supply chain com muito mais 
frequência mostra que a preocupação não está focada em operações de 
transporte e armazenagem. Não se fala mais do superespecialista que conhece 
todos os tipos possíveis de caminhões para transporte de cargas, mas do 
profissional com visão mais ampla de compras, planejamento da produção, 
processos produtivos, etc. 
 
Partindo desse princípio, surge o grande problema da supply chain na última 
década: ela ganhou visibilidade e importância, mas os profissionais 
conseguiram evoluir na mesma velocidade para acompanhar a nova situação? 
Diz o ditado que: “Um grande poder traz uma grande responsabilidade”. 
 
A supply chain ganhou na última década um grande poder e com ele uma 
grande responsabilidade. Todavia, a gestão da supply chain ainda é feita nabase do improviso na maioria dos casos; os recursos humanos que a operam 
não têm a formação específica e o conhecimento necessário para alavancarem 
o crescimento das empresas (isso representa muito mais do que controlar o 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 97 
caminhão que realiza um transporte de carga), embora muitas universidades já 
disponham de centros de pesquisa nesse segmento e cada vez mais se 
encontrem profissionais preparados. Hoje, as grandes empresas já têm seu VP 
(vice-presidente) de supply chain ou essa função se reporta diretamente ao 
CEO (chief executive officer – diretor executivo), porém a abordagem da 
logística continua fortemente centrada na redução de custos, enquanto o 
mundo evolui para a criação de valor. 
 
Embora o Brasil não tenha acompanhado a evolução global no que diz respeito 
à produtividade ampla empresarial (tendo nisso a logística um papel 
fundamental), pois não houve progressos significativos na infraestrutura de 
transportes, como, por exemplo, na China, Rússia e Índia, podemos sentir-nos 
orgulhosos porque evoluímos muito: empresas inovaram, investiram, e são hoje 
ícones de excelência, o que resulta, em boa parte, de o brasileiro ter, por 
característica, a criatividade. Isso tem sido usado para ultrapassar as barreiras 
impostas pela falta de infraestrutura e o sistema tributário do país. Houve um 
avanço grande nos últimos anos após a estabilização da economia e o 
crescimento gerado por ela, porém, ainda há muito trabalho para fazer. 
Continuamos com muitos projetos e poucas implantações. Muitas promessas e 
poucas realizações. 
 
Em gestão e operação, as empresas globais vêm acompanhando muito bem 
essa evolução, mas falta muito para as nacionais evoluírem, embora se possa 
afirmar que é a logística que oferece o maior ganho competitivo às empresas 
brasileiras; sem dúvida alguma, o Brasil encontra-se atrás dos países 
desenvolvidos e mesmo de alguns pares, como os países do BRIC, no que 
tange à infraestrutura. 
 
Vejamos o outro lado: o mercado, hoje estimado em R$300 bilhões, deve 
dobrar nos próximos cinco anos; no Brasil, ainda existe um enorme potencial a 
ser explorado. Apenas cerca de 5% das empresas tratam a logística com a 
importância devida, seja por meio de um departamento interno ou da 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 98 
contratação de um operador. No Japão e na Europa, por exemplo, esse índice é 
de 30%, e nos EUA é de 25%. 
 
Nesse contexto, as empresas verão a necessidade de investir na logística em 
busca de competitividade. Mantendo a estabilidade econômica, fundos 
brasileiros e estrangeiros investirão no segmento; logo, a logística no Brasil 
tende a ter um futuro promissor. 
 
Conclusão 
A infraestrutura logística do Brasil passará nos próximos anos por um período 
de transformação devido ao processo de concessões e privatizações. O país 
necessariamente dará um salto no plano dos investimentos, pela absoluta 
necessidade de criar nova capacidade, constituir ativos e responder às 
demandas da sociedade. 
 
O governo, além de aumentar o seu investimento em infraestrutura, deve 
preocupar-se com políticas públicas que eliminem a burocracia, diminuam e 
equacionem a carga tributária. Além disso, existe um gargalo enorme nos 
portos e aeroportos, a malha viária é deficiente e a ferroviária, por sua vez, é 
insuficiente. O Brasil não tem explorado todo o seu potencial logístico devido a 
esses problemas. Agora, o Brasil ou transforma ou se distancia cada vez mais 
do desenvolvimento. 
 
A área de recursos humanos voltada ao setor vem sofrendo alterações com a 
adoção de uma gestão profissionalizada, fortes investimentos em tecnologia e 
capacitação da mão de obra; mas, refletindo-se sobre o futuro, há cinco 
grandes tendências que devem ser observadas e equacionadas: 
 
1. O processo de terceirização da logística seguirá aumentando, 
principalmente em pequenas empresas. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 99 
2. Expansão do uso intensivo da tecnologia, tanto para gestão quanto 
automação de armazéns, eletrônica embarcada e comunicação veículo-
via-base, com redução de custos e ampliação dos serviços oferecidos. 
3. O crescimento das parcerias estratégicas. As contratações de serviços 
que evoluem para contratos logísticos e podem transformar-se em 
parcerias estratégicas. 
4. A sustentabilidade, principalmente dentro da visão de logística reversa e 
alavancada pela ótica das cadeias sustentáveis de suprimentos. A 
sustentabilidade, principalmente dentro da visão de logística reversa e 
alavancada pela ótica das cadeias sustentáveis de suprimentos. 
5. Os profissionais da área: cada vez mais, o diferencial das operações 
logísticas e de supply chain management (SCM) são os conhecimentos 
tecnológico e gerencial necessários para realizá-las; essa será a grande 
oportunidade do segmento. 
 
Embora o Brasil não tenha acompanhado a evolução global no que diz respeito 
à produtividade ampla empresarial (tendo nisso a logística um papel 
fundamental), pois não houve progressos significativos na infraestrutura de 
transportes, como, por exemplo, na China, Rússia e Índia, podemos sentir-nos 
orgulhosos porque evoluímos muito: empresas inovaram, investiram, e são hoje 
ícones de excelência, o que resulta, em boa parte, de o brasileiro ter, por 
característica, a criatividade. Isso tem sido usado para ultrapassar as barreiras 
impostas pela falta de infraestrutura e o sistema tributário do país. Houve um 
avanço grande nos últimos anos após a estabilização da economia e o 
crescimento gerado por ela, porém, ainda há muito trabalho para fazer. 
Continuamos com muitos projetos e poucas implantações. Muitas promessas e 
poucas realizações. 
 
Em gestão e operação, as empresas globais vêm acompanhando muito bem 
essa evolução, mas falta muito para as nacionais evoluírem, embora se possa 
afirmar que é a logística que oferece o maior ganho competitivo às empresas 
brasileiras; sem dúvida alguma, o Brasil encontra-se atrás dos países 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 100 
desenvolvidos e mesmo de alguns pares, como os países do BRIC, no que 
tange à infraestrutura. 
 
Vejamos o outro lado: o mercado, hoje estimado em R$ 300 bilhões, deve 
dobrar nos próximos cinco anos; no Brasil, ainda existe um enorme potencial a 
ser explorado. Apenas cerca de 5 % das empresas tratam a logística com a 
importância devida, seja por meio de um departamento interno ou da 
contratação de um operador. No Japão e na Europa, por exemplo, esse índice é 
de 30 %, e nos EUA é de 25 %. 
 
Nesse contexto, as empresas verão a necessidade de investir na logística em 
busca de competitividade. Mantendo a estabilidade econômica, fundos 
brasileiros e estrangeiros investirão no segmento; logo, a logística no Brasil 
tende a ter um futuro promissor. 
 
Atividade proposta 
Don Bowersox disse o seguinte: “a missão da logística é fazer mais com menos, 
até que se faça tudo com nada”. No mundo globalizado, as global players 
(empresas transnacionais) vêm tentando vender mais e ganhar mais com 
menos custo; isso posto, pergunta-se: 
• Elas estão conseguindo? 
• Se sim, o que estão fazendo para atingirem esse objetivo? 
 
Chave de resposta: Sim, estão conseguindo, por meio do uso de canais de 
venda diferenciados como outlets, sites de leilões e compras on-line, lojas de 
antiguidades, reciclagem, etc., e trabalhando com itens de temporadas 
passadas, usados em boas condições, com defeitos ou remanufaturados – 
aqueles que obtêm, cada vez mais, maior relevância na economia global, o 
chamado “mercado secundário”,retendo o valor para produtos que, de outra 
forma, seriam descartados. Além de aumentarem a lucratividade do produto, 
colaboram com a construção de uma cadeia de suprimentos mais sustentável. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 101 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os assuntos discutidos até agora, leia o artigo 
“Análise – Uma década de logística: o que mudou no período?”, 
disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
Para conhecer mais sobre o assunto, entre em nossa biblioteca 
virtual e baixe o artigo sobre a evolução do supply chain. 
 
 
Referências 
ARVIS, Jean-François. SG01 Infraestrutura Logística e a Prosperidade das 
Nações: desafios e oportunidades. Disponível em: 
http://www.ilos.com.br/ilos_2014/forum-internacional-de-supply-
chain/forum-internacional-de-supply-chain-edicao-2013/sessoes-
gerais/ Acesso em: 25 de set. 2014. 
MITI INTELIGÊNCIA. Soluções de inteligência no mercado. Disponível em: 
http://miti.com.br/web/solucoes-de-inteligencia-de-
mercado/analise-de-tendencias/. Acesso em: 01 de out. 2014. 
PORTAL ADMINISTRADORES. Gestão de fornecedores é vantagem para 
empresários. Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/gestao-de-
fornecedores-e-vantagem-para-empresarios/16401/. Acesso em: 01 de 
out. 2014. 
PORTAL LOGWEB. Análise - Uma década de logística: o que mudou no período? 
Disponível em: 
http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/noticia/25496/analise--
uma-decada-de-logistica-o-que-mudou-no-periodo/. Acesso em: 01 de 
out. 2014. 
PORTAL LOGWEB. Profissionais de logística: um mercado em constante 
mudança. Disponível em: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 102 
http://www.pentaxo.com.br/lernoticia.asp?cod=29. Acesso em: 01 de 
out. 2014. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Assinale a única resposta fora do contexto para o conceito de “tendências”: 
a) Evolução de informações. 
b) Concepção de leituras gerais. 
c) Dedução de fatos. 
d) Conversão para anotações específicas. 
e) Consolidação em uma dinâmica que pode concretizar possibilidades. 
 
Questão 2 
A análise de tendências contempla dados, fatos e insights potencializando 
linhas de pensamento e antecipando comportamentos, por meio de estudo de 
resultados e conceitos que auxiliam as marcas e as empresas em (assinale a 
única opção correta): 
a) Identificação de interesses de compras. 
b) Atenção do público-alvo. 
c) Antecipação a incidentes. 
d) Exploração da opinião pública. 
e) Panoramas evolutivos de marcas e empresas. 
 
Questão 3 
O conceito da análise de repercussão refere-se ao fato de, no universo 
corporativo, tudo poder ser impactante, positiva e negativamente. Portanto, 
mensurar e compreender esse processo pode ser decisivo para as próximas 
ações. A análise da repercussão baseia-se essencialmente (assinale a única 
opção correta): 
a) Mensuração, exposição e abrangência. 
b) Opinião, segmentação e conclusão. 
c) Identificação, direcionamento e estratégia. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 103 
d) Exposição, fortalecimento e engajamento de marcas. 
e) Relevância, influência e engajamento. 
 
Questão 4 
Pesquisas de mercado garantem a tomada de decisões direcionadas, baseadas 
em dados e informações que guiam estratégias corporativas para (assinale a 
única opção fora do contexto): 
a) Identificação de público-alvo. 
b) Identificação de panoramas de mercado. 
c) Mensuração de índices de aceitação e rejeição. 
d) Mensuração de interesses e expectativas sobre marcas e produtos. 
e) Identificação de campanhas de produtos específicos. 
 
Questão 5 
Os estudos sobre tendências e a sua análise também abrangem a logística 
porque o segmento não é visto somente como “transporte”, mas um processo 
integrado à cadeia produtiva. Uma das variáveis, ou fator, que mais impactou e 
continuará impactando as tendências logísticas no mundo é (assinale a única 
opção fora do contexto): 
a) Inovação tecnológica. 
b) Infraestrutura logística. 
c) Desenvolvimento econômico. 
d) Alterações na matriz energética. 
e) Impacto da Lei nº 12.619 nos custos do transporte rodoviário. 
 
Questão 6 
No ambiente de negócios, praticamente em qualquer lugar do mundo, as 
pessoas estão sentindo o reflexo das transformações, seja pelas mudanças 
introduzidas internamente, seja pelas transformações no cenário externo (o 
declínio de antigas empresas “multinacionais” e o surgimento de novos 
competidores). O administrador de empresas enfrenta desafios totalmente 
novos. Essa realidade tem sido ampliada por (assinale a única opção errada): 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 104 
a) Inovação tecnológica. 
b) Reflexos gerenciais. 
c) Transformações nas bases da concorrência. 
d) Surgimento de novos modelos de gestão. 
e) Mudanças significativas no perfil dos clientes. 
 
Questão 7 
As grandes empresas tem lidado com uma crescente complexidade associada à 
expansão dos limites da logística, seja pelo aumento de requisitos do mercado, 
seja pela necessidade de desenvolvimento de um ________ global. Complete a 
lacuna: 
a) Método 
b) Network 
c) Trabalho 
d) Gerenciamento 
e) Processo 
 
Questão 8 
Dentro da logística brasileira, temos problemas que persistem há décadas; 
dentre eles, apresentamos alguns, adiante. Sinalize aquele que não é mais um 
problema da atual logística brasileira: 
a) Falta de infraestrutura, investimentos e programas adequados às 
necessidades do mercado em todos os modais de distribuição e 
transporte. 
b) Conflito no real entendimento da dimensão da logística integrada interna 
e externamente nas empresas. 
c) Complexidade tributária e custos que norteiam o Brasil. 
d) Exígua formação de recursos humanos especializados em logística. 
e) Aplicação de conceitos, tecnologias e ferramentas. 
 
Questão 9 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 105 
O governo, além de aumentar o seu investimento em infraestrutura, deve 
preocupar-se com políticas públicas que eliminem a _______, e diminuam e 
equacionem a ___________. Complete as lacunas com uma das opções 
sugeridas: 
a) Burocracia/carga tributária 
b) Corrupção/educação 
c) Burocracia/logística 
d) Tributação/inovação tecnológica 
e) Corrupção/infraestrutura 
 
Questão 10 
A área de recursos humanos voltada ao setor vem sofrendo alterações com a 
adoção de uma gestão profissionalizada, fortes investimentos em tecnologia e 
capacitação da mão de obra; mas, pensado o futuro, há algumas “grandes 
tendências” que devem ser observadas e equacionadas: 
I. O processo de terceirização da logística. 
II. Expansão do uso intensivo da tecnologia. 
III. O crescimento das parcerias estratégicas. 
IV. A sustentabilidade. 
V. Os profissionais da área. 
Dentre as opções sugeridas, assinale a única que corresponde à verdade. Estão 
corretas as opções: 
a) I, II, III, IV, V 
b) I, II, III, IV 
c) I, II, III 
d) Somente a I 
e) Somente a I e a II 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 106 
Ad hoc: Algo (método, sistema, etc.) elaborado com um fim específico. 
Network: Rede de contatos que pode proporcionar valor a quem a possui. 
 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: O conceito de tendências enfatiza que: tendências não são 
deduções, elas fazem uso de informações do presente e dados do passado, 
para prepararem o futuro, podendo concretizar possibilidades. Assim sendo, a 
resposta fora do contexto é a opção que se apresenta como “dedução de 
fatos”. 
 
Questão 2- E 
Justificativa: A análise de tendências ajuda as empresas e as marcas, por meio 
da análise de fatos, dados e insigths, a identificarem e definirem interesses de 
consumo, áreas e segmentos, nichos de mercado e, inclusive, panoramas 
evolutivos de marcas e empresas. Enfim, para tanto, a única opção se encontra 
dentro do contexto da análise de tendências. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Na repercussão, é importante conhecer: a impressão da mídia, a 
abrangência de comentários, o percentual de exposição e a relevância dessa 
disseminação de conteúdo no ambiente on-line, considerando-se a concorrência 
e os consumidores. Partindo desse princípio, somente a opção “Mensuração, 
exposição e abrangência” corresponde à base da análise de repercussão. 
 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 107 
Questão 4 - E 
Justificativa: As pesquisas de mercado direcionam as decisões da empresa 
para a identificação do público-alvo, da mensuração de índices de aceitação e 
rejeição, mensuração de interesses e expectativas sobre marcas e produtos e 
também o lançamento de campanhas, não a identificação de campanhas de 
produtos específicos. Portanto, essa é a única opção que se encontra fora do 
contexto de pesquisa de mercado. 
 
Questão 5 - E 
Justificativa: Essa questão refere-se às variáveis e fatores que mais impactaram 
e ainda impactam as tendências logísticas no mundo. A opção “e. Impacto da 
Lei nº 12.619 nos custos do transporte rodoviário” está fora do contexto porque 
é uma variável exclusivamente brasileira, não mundial. 
 
Questão 6 - B 
Justificativa: O administrador no novo ambiente dos negócios enfrenta desafios 
devido às novas transformações internas e externas: novas tecnologias, 
concorrência, novos modelos de gestão, etc. No entanto, os reflexos gerenciais 
não se encontram no novo ambiente do mundo dos negócios. 
 
Questão 7 - B 
Justificativa: A complexidade do novo cenário logístico leva as empresas a se 
modernizarem e criarem novas ferramentas para entenderem os seus clientes, 
receberem opiniões e reclamações. O network é a resposta que completa a 
lacuna porque ele representa as redes criadas pelas empresas que lhes 
proporcionam valor. 
 
Questão 8 - E 
Justificativa: A aplicação de conceitos, tecnologias e ferramentas não é mais um 
problema das empresas de logística no Brasil: a grande maioria conhece e 
aplica conceitos, tecnologias e ferramentas. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 108 
Questão 9 - A 
Justificativa: Essa questão enumera as providências que o governo brasileiro 
deve tomar para o bom funcionamento da logística e o desenvolvimento do 
país. Dentro desse contexto e consideradas as opções de respostas oferecidas, 
a alternativa “Burocracia/carga tributária” é o único gabarito correto. 
 
Questão 10 - A 
Justificativa: Todas as opções apresentadas estão corretas porque, segundo a 
nossa aula, elas são as cinco tendências que devem ser observadas e 
equacionadas pela área de recursos humanos no campo da logística. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 109 
Introdução 
Nos últimos anos, muito se fala em globalização. Sabemos definir o que é 
globalização? Quais os impactos que ela tem causado no nosso dia a dia? E na 
gestão das empresas, será que ela também causou grandes alterações? 
 
Em nossas aulas, estudamos esse assunto indiretamente. Esta é a nossa última 
aula. Vamos aproveitá-la para fechar esse assunto conferindo os impactos e as 
interfaces na cadeia produtiva. Também abordaremos outro assunto não menos 
importante: como ficou o comércio internacional e como ele se integrou à 
logística, no contexto da globalização. 
 
Vamos começar? 
 
Objetivo: 
1. Apresentar o impacto e as interfaces da globalização na cadeia produtiva: 
outsourcing, estoque, transportes, etc. 
2. Comentar sobre as operações internacionais no mundo globalizado: os 
INCOTERMS (2010), as operações de importação e exportação e seus 
desdobramentos no contexto da logística. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 110 
Conteúdo 
Globalização 
Vamos iniciar nossa aula expondo o “conceito” de globalização: 
 
Será que existe de fato um conceito para globalização ou existem diversas 
teorias sobre esse fenômeno ou movimento que provocou transformações que 
causaram impactos na vida social, econômica, cultural, política, jurídica e 
religiosa de todos os povos do planeta? 
 
Na verdade, não há uma identificação dos experts com relação à teoria 
conceitual de globalização, mas pode ser entendida como um aumento das 
negociações (operações) entre os países, considerando investimentos externos, 
estruturas de mercado, organização da produção, tecnologia, comunicação e 
outras. 
 
Uma economia globalizada consiste em um fenômeno complexo, um 
neologismo pouco preciso, caracterizando-se diferentemente nas distintas 
esferas das relações econômicas internacionais – produtiva, comercial, 
tecnológica e monetário-financeira, não correspondendo, portanto, ao 
somatório das atividades internacionais devido ao envolvimento das múltiplas 
variáveis que dela fazem parte. 
 
A globalização causou impactos em todos os segmentos de um país e, 
consequentemente, na vida do seu povo. Não nos cabe analisar se os impactos 
foram todos positivos, todos negativos ou positivos e negativos ao mesmo 
tempo. O que necessitamos entender é que a globalização é uma realidade e 
necessitamos, como país e como povo, não só aprender a conviver com ela, 
mas aproveitar o que ela tiver de melhor. 
 
Desde a nossa primeira aula, estamos falando dos impactos da globalização na 
cadeia produtiva, se continuarmos falando sobre esse assunto (apesar de ele 
ser inesgotável) será redundância. Deve ser lembrado, no entanto, que para 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 111 
que haja uma maior eficiência na cadeia produtiva e, consequentemente, na 
logística, é necessário que toda a cadeia aja com integração, consolidando 
parcerias, otimizando e racionalizando processos internos e externos que 
facilitem os fluxos de materiais e informações. Vamos aproveitar esta aula para 
falarmos um pouco mais sobre o assunto, focando itens que ainda não foram 
trabalhados nas aulas anteriores, como por exemplo: Suplly Chain e o tipo de 
negócio. 
 
Suplly Chain e o tipo de negócio: Puxado (Pull System) ou 
Empurrado (Push System) 
Quando falamos em Just In Time, normalmente comentamos sobre a produção 
puxada e a produção empurrada. Dizemos que a produção é puxada (ou 
modelo de negócio reativo) quando produzir, seja qual for o produto, não 
necessita de estoque (conceito de estoque zero/reduzido/mínimo). A produção 
tem início quando o pedido do cliente (demanda) entra na fábrica, tendo como 
base a demanda real. O processo produtivo “puxa” as peças fabricadas no 
processo anterior, eliminando a programação das etapas do processo produtivo 
através do MRP. 
 
A produção empurrada (ou modelo de negócio preventivo) produz para 
estoque com base em uma previsão de demanda irreal (especulativa) para 
haver tempo para entregar o produto ao cliente. 
 
“Todo o processo pode (deve) ser subdividido em empurrado e puxado. A 
separação entre um ponto e outro é o ponto de entrada do pedido (do 
cliente).” 
 
Postponement (prorrogação) e as barreiras a sua implementação 
Comentamos sobre postponement quando falamos das estratégias 
competitivas. Na ocasião, dissemos que ele é a postergação da produção para 
atendimento ao cliente com o mínimo de erro, ou seja, trata-se de 
“customização” de produtos, conhecer a vontade e o desejodo cliente. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 112 
Algumas etapas da cadeia produtiva ficam em fase de espera até ser conhecida 
a demanda (pedido, a vontade do cliente). 
 
Para ficar mais claro, considere o exemplo da compra de um veículo. O cliente, 
quando vai comprar um carro, pode escolher a cor. Portanto, o carro só é 
pintado quando o pedido desse cliente chega com a indicação da cor escolhida. 
O carro pode estar pronto ou semipronto, aguardando somente a pintura, os 
acessórios etc... 
 
Postponement apresenta algumas barreiras em sua implantação devidas ao 
desconhecimento. Fala-se em postponement, mas ainda não existe um modelo 
para a sua implantação. As cadeias mais propícias a sua implantação são 
aquelas que têm processos produtivos modulares, produtos modulares e o 
projeto de cadeia de suprimento ágil. Há necessidade de fazer a viabilidade do 
projeto, medindo custos para avaliar o efeito conjunto de oportunidades de 
postponement para uma determinada situação, o que exige um pleno 
conhecimento da composição dos custos totais de sua cadeia de distribuição 
bem como uma boa noção dos trade-offs envolvidos entre os membros que a 
constituem. 
 
As vantagens da implementação do Postponement estão diretamente 
ligadas ao preço do produto, à variação da demanda e, principalmente, ao 
estoque. É mais fácil manter produtos em estoque semiacabados do que 
prontos, além, é claro, do atendimento à vontade específica do cliente... 
 
Outsourcing na cadeia produtiva 
Este assunto foi abordado quando estudamos o global sourcing, mas não 
podíamos deixar de mencionar o outsourcing como uma das práticas usuais na 
cadeia produtiva. Assim, de uma forma bastante simplificada, podemos dizer 
que o outsourcing, tal como o global sourging, é uma das formas de 
suprimento na cadeia produtiva, a chamada terceirização estratégica. As 
empresas podem terceirizar parte(s) do processo produtivo ou de serviços. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 113 
Por outro lado, este conceito simplista não deve limitar a visão à "terceirização", 
porque o outsourcing envolve a opção por uma relação de parceria e 
cumplicidade com um ou mais fornecedores da cadeia produtiva, enquanto a 
terceirização pode significar apenas um negócio, uma decisão operacional. O 
outsourcing deve ter como base a maximização do retorno dos investimentos 
em custos, qualidade, serviço e tempo de atendimento ao cliente final, 
liberando a empresa para o foco central da sua atividade fim. 
 
Vejamos alguns dos benefícios relacionados ao outsourcing: 
 Redução e controle de custos operacionais. 
 Liberação de recursos internos para outras atividades 
relacionadas ao foco central do negócio da empresa. 
 Redução do lead-time interno. 
 Redução no custo de produção. 
 
Os riscos não podem ser esquecidos, eles estão relacionados à competência 
técnica do fornecedor. Assim, podemos falar sobre: falhas no fornecimento, que 
podem gerar perda de credibilidade das empresas envolvidas junto ao 
mercado; e falta de capacitação para adaptação rápida às crescentes inovações 
tecnológicas do mercado global, que podem abrir espaço para os concorrentes. 
 
Estoque 
O estoque normalmente representa o segundo maior componente do custo 
logístico, depois do transporte. Os riscos associados à manutenção de estoques 
aumentam à medida que os produtos se aproximam do cliente, porque é maior 
o potencial do produto estar no local errado ou na forma errada e os gastos 
para a distribuição já terem sido realizados. 
 
A gestão do estoque não é uma tarefa simples na cadeia produtiva, a falta de 
estoque pode provocar a perda de vendas para o concorrente, mas por outro 
lado, a manutenção de estoques pode ocasionar outros riscos como: 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 114 
obsolescência, furtos, danos, além do custo de manutenção deles, que é 
diretamente influenciado pelo custo do capital investido. 
 
A especialização geográfica, o desacoplamento, o equilíbrio entre 
oferta e demanda e a proteção contra as incertezas do mercado e da 
economia, entre outras, devem estar presentes neste estudo. Assim, devem ser 
considerados: o estoque do ciclo de reabastecimento, o estoque de segurança e 
estoque em trânsito. 
 
O gerenciamento de estoque deve usar uma combinação da lógica reativa (pull 
system) e de planejamento (push system). Os métodos de planejamento de 
estoque oferecem o potencial para o gerenciamento de estoque eficaz porque 
aproveitam o aumento das informações e das economias de escala. A lógica 
adaptativa combina as duas alternativas dependendo do produto e das 
condições do mercado. A colaborativa, através do estoque em conjunto, 
oferece uma forma das partes da cadeia de suprimentos obterem uma maior 
eficiência e eficácia. 
 
• Especialização geográfica: permite o posicionamento geográfico ao longo 
de diversas unidades de produção e distribuição de uma empresa. Estoques 
mantidos em diferentes locais e etapas do processo de criação de valor 
permitem a especialização. 
 
• Desacoplamento: permite a economia de escala dentro de uma única 
instalação e que cada processo opere com eficiência máxima. 
 
• Equilíbrio entre oferta e demanda: equilibra o tempo decorrido entre a 
disponibilidade de estoque (fabricação, desenvolvimento ou extração) e o 
consumo. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 115 
• Proteção contra incertezas: evita a incerteza relacionada à demanda em 
excesso provocada por atrasos previstos ou inesperados no recebimento e no 
processamento de pedidos na entrega. É o chamado estoque de segurança. 
 
Embora a logística tenha feito progressos significativos na redução do estoque 
geral da cadeia de suprimentos, o estoque adequadamente distribuído 
gera valor e reduz o custo total. Como estratégia de marketing/fabricação 
específica, os estoques planejados e comprometidos para as operações só 
podem ser reduzidos a um nível coerente com o desempenho das quatro 
funções do estoque. Todos os estoques que ultrapassam o nível mínimo 
representam excesso de comprometimento. 
 
Transporte 
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a 
maior parcela dos custos logísticos na maioria das empresas, possui um papel 
fundamental no desempenho da distribuição e serviço ao cliente. Do ponto de 
vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o 
que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro da empresa. No 
Brasil, o transporte representa em torno de 35% do custo do produto. 
 
Em virtude da globalização e do consequente aumento das transações globais, 
uma nova forma de se executar o transporte vem sendo consolidada: o uso de 
um único transportador, com responsabilidade total sobre a carga ao longo de 
todo o percurso porta a porta (house to house ou door to door). Este 
procedimento é conhecido como transporte multimodal. Os grandes 
terminais internacionais para embarque e desembarque de mercadorias estão 
se transformando em HUBS, grandes portos e aeroportos internacionais, 
conectados por transbordo a outros de menor porte, com importância logística 
regional. 
 
Para compreendermos melhor o que estamos estudando, vamos relembrar que 
existem diversos modais de transporte: rodoviário, ferroviário, aéreo, 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 116 
hidroviário (aquaviário), aéreo e dutoviário (a mais recente modalidade de 
transporte de produtos). Vamos aproveitar para falar também sobre a 
classificação dos modais quanto ao número de veículos utilizados: 
 
UNIMODAL:O transporte é realizado utilizando somente um modal de 
transporte, portanto um único veículo e um único contrato de transporte. 
 
SUCESSIVO: A carga é transportada por um ou mais veículos da mesma 
modalidade, utilizando mais de um contrato de transporte. 
 
SEGMENTADO (Intermodal): A carga é transportada por um ou mais 
veículos de uma ou mais modalidades, em vários estágios, com diversos 
contratos de transporte (diversos transportadores). 
 
MULTIMODAL: O transporte é realizado em caráter sistêmico, por diversas 
modalidades de transporte (no mínimo duas), um único contrato de transporte 
(o OTM é o único responsável perante o dono da carga, emitindo o Combined 
Bill of Lading) e uma única apólice de seguro. Esta modalidade de transporte é 
regulamentada no Brasil pela Lei 9.611 de 19.02.98. O Brasil é signatário pleno 
da Convenção Internacional para o Transporte Multimodal de Cargas. 
 
Transporte e logística 
No transporte internacional, o OTM deve, obrigatoriamente, fazer a 
consolidação da carga, caso a mesma não esteja unitizada. 
 
Todo o Operador de Transporte Multimodal é automaticamente habilitado como 
Agente Consolidador. Porém, a maioria dos Transitários (Freight Forwarders) e 
os Non Vessel Operator - Common Carrier - NVOCC não são habilitados 
juridicamente a emitir o Conhecimento de Carga Multimodal (Combined Bill of 
Lading - CBL). 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 117 
Uma das importantes atividades da logística, inclusive a Internacional, é 
selecionar adequadamente os terminais para a saída e a chegada das 
mercadorias. O tempo de trânsito (transit time) internacional é um dos fatores 
importantes na competitividade, semelhante ao preço e à qualidade dos 
produtos. Entregas mais rápidas reduzem os estoques e os respectivos custos. 
O aumento do transit time prejudica a imagem das empresas, associando-as à 
ineficiência e a custos mais elevados, além de provocar: 
 
• Falta de estoque ou mesmo a paralisação de uma planta industrial quando se 
trata da importação de insumos; 
• Pagamento de multas contratuais pelo atraso no prazo de entrega a clientes, 
podendo até envolver a cobrança de lucros cessantes. 
 
Os portos e aeroportos são os terminais de integração entre as operações 
nacionais e internacionais de movimentação de cargas. Os grandes terminais 
internacionais que exercem o papel de concentradores e distribuidores de 
cargas são conhecidos como HUBS (ports ou airports). 
 
Um dos aspectos econômicos primordiais para o desenvolvimento de um HUB é 
a proximidade de zonas com forte intercâmbio na produção e consumo de 
produtos industrializados. 
 
A escolha do transporte deve levar em consideração três pontos primordiais, o 
chamado trinômio do transporte: quantidade, custo e tempo. Considerando 
que existe um trade-off entre o fator “quantidade” e o fator “custo”: quando 
aumenta a quantidade de produto transportado, tende a diminuir o custo 
unitário do frete. 
 
Outro assunto a ser considerado e estudado no transporte nacional, e, 
principalmente, no internacional, é o seguro das cargas. Fazer um transporte 
sem seguro é um risco que o dono da carga não deve correr. O conhecimento 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 118 
das classes de riscos a que as mercadorias transportadas estão sujeitas pode 
trazer economias e a possibilidade de realização de trade-offs nesse segmento. 
 
Logística integrada e comércio internacional 
Agora falaremos sobre os termos dos contratos internacionais (Incoterms – 
International Commercial Terms). 
 
Os INCOTERMS surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do 
Comércio - International Chamber of Commerce, com sede em Paris, 
interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo 
praticadas no comércio internacional, de forma a possibilitar a sua definição 
precisa em qualquer país. 
 
Os INCOTERMS constituem a base dos negócios internacionais e objetivam 
promover sua harmonia. Para acompanharem a dinamicidade do comércio 
internacional, sofrem atualizações, normalmente a cada dez anos. A última 
atualização foi em 2010, que passou a vigorar a partir de 01/01/2011, 
composta por onze termos. 
 
Esses modelos de contrato definem com precisão as obrigações que são da 
responsabilidade do vendedor (exportador) e do comprador (importador) nos 
contratos comerciais. Assim, antes de iniciar o planejamento do processo 
logístico internacional e a quantificação dos respectivos custos, analise 
atentamente qual foi a modalidade contratual negociada no contrato de compra 
e venda. 
 
São representados por siglas de três letras e simplificam os contratos de 
compra e venda internacional ao contemplarem os direitos e obrigações 
mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo 
de elaboração do produto. Por isso, são também denominados "cláusulas de 
preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o 
preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 119 
 
 
Atenção 
 Os Incoterms são divididos em quatro grupos: 
• Grupo E (partida – entrega nas instalações do exportador) – 
EXW; 
• Grupo F (transporte internacional não pago pelo exportador) – 
FCA, FAS e FOB; 
• Grupo C (transporte internacional pago pelo exportador) – 
CPT, CIP, CFR e CIF; 
• Grupo D (Delivery – entrega no país de destino pelo 
exportador) – DAT, DAP e DDP. 
Nos termos EXW, FCA, FAS, FOB, DAT, DAP e DDP, o local 
nomeado é o de entrega e onde ocorre a transferência da 
propriedade e do risco ao comprador. Nos termos CPT, CFR, CIP 
e CIF, o local nomeado difere do local de entrega. O local 
nomeado é aquele até onde o transporte é pago. O local de 
entrega, com transferência da propriedade e do risco, é no país 
do vendedor, definido pelas partes. 
Quanto aos modos de transporte, EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, 
DAP e DDP, podem ser utilizados para qualquer modalidade de 
transporte e o grupo FAS, FOB, CFR e CIF, somente podem ser 
utilizados no transporte aquaviário/hidroviário (marítimo, fluvial 
e lacustre). 
 
Significado Jurídico 
É importante observar que os INCOTERMS são de uso facultativo. Porém, ao 
serem definidos nos contratos, passam a ter força legal com o seu significado 
jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a 
elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 120 
É imprescindível que o profissional de logística domine os INCOTERMS, de 
forma a incluir todas as suas despesas no preço a ser combinado pela área 
comercial. 
 
EXW - Ex Work (na origem, local de entrega designado): Local de 
entrega é igual ao local designado, significando que riscos e custos transferem-
se do vendedor para o comprador no mesmo local, normalmente nas 
instalações do vendedor: fábrica, armazém, produção, etc... 
 
FCA - Free Carrier (livre no transportador, local de entrega 
designado): Local de entrega igual ao local designado, significando que riscos 
e custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local, 
normalmente na transportadora, designada pelo importador. 
 
CPT - Carriage Paid To (transporte pago até... local de destino 
designado): Local de entrega diferente do local de destino designado, 
significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador 
em locais diferentes. O produto é entregue ao importador no país de origem, 
em local por ele designado. Os riscos também são passados para o importador 
neste local, embora o exportador pague os custos(transporte internacional) até 
ao porto de destino. 
 
CIP - Carriage and Insurance Paid (transporte e seguro pago até... 
local de destino designado): Local de entrega diferente do local de destino 
designado, significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o 
comprador em locais diferentes. O produto é entregue ao importador no país de 
origem, em local por ele designado. Os riscos também são passados para o 
importador neste local, embora o exportador pague os custos (transporte 
internacional e seguro internacional) até ao porto de destino. 
 
DAT - Delivered At Terminal (produto entregue no terminal, no porto 
ou local de destino designado): Custos e riscos para o vendedor até, e 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 121 
inclusive, o descarregamento do veículo transportador. Local de entrega do 
produto no local de destino designado, significando que riscos e custos 
transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local, o terminal 
rodoviário, ferroviário, porto ou aeroporto no país de destino. 
 
DAP - Delivered At Place (produto entregue no local de destino 
designado): A mercadoria é entregue ao comprador no veículo transportador 
no destino designado, sem descarregamento. Isto pode ocorrer no navio ou em 
qualquer outro lugar designado pelo importador no país de destino. 
 
DDP - Delivered Duty Paid (produto entregue no destino designado, 
com “direitos” pagos): Local de entrega no local de destino designado, 
significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador 
no mesmo local, no país de destino. Neste termo o exportador é responsável, 
inclusive, pela nacionalização da mercadoria no país do importador, pagando 
todos os impostos (direitos). 
 
Transporte Aquaviário/Hidroviário (marítimo, fluvial e lacustre) 
 
FAS - Free Alongside Ship (produto livre no costado do navio, porto de 
embarque designado): Local de entrega no local designado, significando que 
riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local. 
Este local é junto ao navio, no porto de origem. 
 
FOB - Free On Board (livre a bordo do navio, porto de embarque 
designado): Local de entrega no local designado, significando que riscos e 
custos transferem-se do vendedor para o comprador no mesmo local. O 
produto é entregue dentro do navio no porto de origem. 
 
CFR - Cost and Freight (custo e frete, porto de destino designado): 
Local de entrega diferente do local de destino designado, significando que 
riscos e custos transferem-se do vendedor para o comprador em locais 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 122 
diferentes. O produto é entregue ao importador no porto do país de origem, 
dentro do navio. Os riscos também são passados para o importador neste local, 
embora o exportador pague os custos (transporte internacional) até o porto de 
destino designado pelo importador. 
 
CIF – Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete, porto de 
destino designado): Local de entrega diferente do local de destino 
designado, significando que riscos e custos transferem-se do vendedor para o 
comprador em locais diferentes. O produto é entregue ao importador no porto 
do país de origem, dentro do navio. Os riscos também são passados para o 
importador neste local, embora o exportador pague os custos (transporte 
internacional e seguro internacional) até ao porto de destino designado pelo 
importador. 
 
Operações internacionais 
Chegamos ao último item da nossa matéria. Aprendemos a importância da 
gestão da cadeia de suprimentos no mercado interno e internacional e como as 
global players ou as empresas transnacionais (o termo multinacional está em 
desuso) vêm aplicando esses conceitos no mercado interno e no internacional. 
 
Aprendemos também que um dos itens importantes é o povo, pois biótipo e 
cultura, não raras vezes, alteram a apresentação do produto ou suas 
características (são os chamados produtos bond culture), o que leva a gastos 
diferenciados dos mercados internos. Conhecer a cultura local e, o mais 
importante, adaptar os produtos a essa cultura, são necessidades da empresa 
transnacional. Quanto aos produtos free culture (aqueles que independem de 
influências culturais), podem ser negociados em qualquer parte do mundo sem 
esse custo adicional. 
 
Como as empresas escolhem os mercados onde vão colocar os seus 
produtos e qual a melhor forma de fazê-lo? 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 123 
Quanto aos mercados, elas podem optar pelos maduros, emergentes, em 
crescimento ou os classificados como plataformas. Essas decisões são próprias 
de cada empresa, elas definem a forma mais conveniente de se estabelecerem 
internacionalmente e em quais mercados. Observe algumas formas (modelos) 
que as empresas podem utilizar para colocar seus produtos no mercado 
internacional: 
 
Subsidiárias (Integrais) no Exterior: 
Empresa aberta em outro país, cuja empresa matriz detém 50% ou mais das 
suas ações. 
 
Quando não há incorporação, as empresas estrangeiras são denominadas filiais. 
Consome elevados recursos e oferece risco total, mas detém o controle das 
operações e do patrimônio em território estrangeiro. Exige boas relações 
governamentais e um forte comprometimento com o mercado local. Indicado 
para entrantes precoces nos mercados em crescimento. 
 
Joint Ventures: 
A empresa Transnacional compartilha o capital investido e os riscos de um novo 
negócio com uma empresa local de forma a dispor de uma maior escala 
operacional. Aumenta o conhecimento da legislação e peculiaridades locais. 
Permite maior acesso aos financiamentos e à rede de distribuição. Garante 
maior retorno do capital investido e possibilita um bom controle das operações 
gerando sinergia com o país anfitrião. 
 
Franquias (franchising ou franchise): 
Contratos com empresas locais para a cessão do direito de uso da 
sua marca, patente, infraestrutura, know-how e direito de distribuição exclusiva ou 
semiexclusiva de produtos ou serviços, sob o pagamento de royalties. Demanda 
poucos recursos e contorna barreiras protecionistas, dando acesso a mercados 
fechados. Gera receitas pequenas e favorece a formação de um concorrente 
local em potencial, com o risco de perda da marca nesse local. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 124 
 
Licenciamentos: 
O licenciamento é semelhante à franquia com a diferença de não envolver 
nenhuma assistência (somente a concessão de direitos) nem padrões do 
negócio. 
 
Exportação: 
Esta forma de inserção no mercado internacional pode ser realizada das 
seguintes formas: 
 Exportação Direta: requer traders ou implantação de um escritório local, 
tem comprometimento de recursos e mão de obra. A empresa tem total 
controle sobre o processo, mas com alta exposição e risco. 
 Exportação Cooperativa: A empresa faz acordos para uso da rede de 
distribuição de terceiros no país-alvo. Exige pouco investimento, mas 
assegura algum controle sobre o processo. Este método é indicado para 
empresas que não têm experiência no mercado internacional. 
 Exportação Indireta: A empresa usa tradings ou corretores que atuem no 
mercado-alvo. Não exige investimento, mas a empresa não tem controle 
sobre o processo. 
 
Fusões e Aquisições: 
O novo entrante se funde ou adquire uma empresa já existente no local 
começando a operar de imediato. Corre o risco do choque cultural, compra de 
fábricas obsoletas, dívidas trabalhistas e xenofobia. É uma das opções mais 
indicada para entrantes tardios no mercado internacional. 
 
Regimes aduaneiros especiais 
Ao longo das nossas aulas, falamosde exportação, de importação de 
internacionalização de empresas e das formas mais usuais de fazê-lo. Os 
países, em geral, dão apoio aos importadores e, principalmente, aos 
exportadores, as empresas que distribuem os produtos nacionais no exterior e 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 125 
contribuem para manter positivo o saldo da balança comercial. Não poderia ser 
diferente no Brasil. 
 
Esse apoio pode ser sob a forma de legislação relacionada a procedimentos que 
facilitem as importações e as exportações, pode ser sob a forma de tributação 
(redução, isenção ou suspensão de impostos) ou ainda sob a forma de 
armazenagem na zona primária ou na zona secundária. Essas últimas 
disposições, no Brasil, são chamadas de regimes aduaneiros especiais. 
 
A Receita Federal, sob determinadas situações específicas, para fomentar 
negócios em algum setor econômico, isenta ou suspende temporariamente, os 
tributos incidentes sobre as importações. Portanto, antes de compor as 
planilhas de custo relativas à importação, é importante analisar esses aspectos. 
Observe para conhecer os tipos de regimes aduaneiros especiais. 
 
Trânsito Aduaneiro Especial: 
Iniciamos com este regime porque é ele que permite o transporte de 
mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território 
aduaneiro com suspensão do pagamento de tributos. Aplica-se a operações de 
importação e exportação em curso e tráfego de mercadorias estrangeiras. 
 
Exemplo: A empresa XYZ, localizada em Brasília, importou uma mercadoria 
para ser usada em Brasília, mas chegou através do Porto de Santos. 
Desembaraçando esta mercadoria em Santos pagará o ICMS de São Paulo, mas 
em Brasília, a alíquota do ICMS é inferior à do estado de São Paulo. Como a 
mercadoria será consumida (usada) em Brasília, é mais conveniente que ela 
seja desembaraçada neste estado. A mercadoria está sob controle aduaneiro, 
ou seja, ainda não foi nacionalizada, então se faz necessária uma autorização 
especial para o transporte que se chama DTA – Declaração de Trânsito 
Aduaneiro. Sempre que houver necessidade de deslocar uma mercadoria nestas 
condições, será utilizado este regime aduaneiro. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 126 
Entreposto Aduaneiro: 
Utilizado na importação e na exportação, permite a armazenagem em local 
alfandegado com suspensão do pagamento dos tributos, sob controle fiscal. 
 
Na exportação, o regime classifica-se como comum ou extraordinário. Na 
modalidade comum, a mercadoria pode permanecer no regime pelo prazo de 
um ano, prorrogável por mais um ano, e na modalidade extraordinário o prazo 
de permanência no regime é de 90 dias. 
 
Na importação, permite a armazenagem em recinto alfandegado de uso público 
ou em feiras, congressos, ou outros eventos realizados em recinto alfandegado 
para este fim. A mercadoria pode permanecer no regime por um ano, 
prorrogável por mais um ano ou pelo prazo estabelecido para alfandegamento 
do recinto do evento. 
 
O recinto alfandegado que tenha sido credenciado para realizar atividades de 
industrialização denomina-se: aeroporto industrial, plataforma portuária 
industrial ou porto seco industrial, de acordo com o tipo de mercadoria 
importada. 
 
Depósito Alfandegado Certificado – DAC: 
Permite a realização de uma exportação sem a transferência física imediata da 
mercadoria para o exterior, mediante a emissão de um contrato denominado 
DUB (Delivery Under Customs Bond) e entrega da mercadoria em local 
alfandegado autorizado a operar o regime, designado pelo importador. 
Enquanto a mercadoria se encontrar sob o regime, estão suspensos todos os 
impostos referentes à operação, inclusive o ICMS. 
 
Este regime pode antecipar o recebimento da exportação pela segurança que 
transmite ao importador. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 127 
Depósito Afiançado – DAF: 
Permite o estoque, com suspensão dos impostos de mercadorias importadas 
sem cobertura cambial, destinadas à manutenção e reparo de embarcações e 
aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional, de empresas 
autorizadas a operarem neste ramo. Pode ser utilizado para provisões de bordo 
de empresas estrangeiras e para empresas estrangeiras que operem no 
transporte rodoviário. 
 
Depósito Especial – DE: 
O importador pode estocar no seu estabelecimento insumos importados sem 
cobertura cambial, com suspensão do pagamento dos impostos. A mercadoria 
pode ficar neste regime pelo prazo de 5 anos, a contar da data do seu 
desembaraço, na importação. 
 
Este regime permite às empresas dos setores de transportes (não incluindo o 
rodoviário), infraestrutura e outros, bem como às empresas de logística, um 
sistema semelhante ao Just In Time, proporcionando-lhes uma diminuição nos 
seus custos operacionais. 
 
Depósito Franco: 
Permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado 
para atender ao fluxo comercial de países limítrofes com terceiros países. Sua 
concessão é celebrada através de Acordo ou Convênio Internacional firmado 
pelo Brasil. Alguns Depósitos Francos: Belém/Peru, Corumbá/Bolívia, 
Manaus/Equador, Paranaguá/Paraguai e Bolívia, Porto Velho/Bolívia, Rio 
Grande/Paraguai e Santos/Bolívia e Paraguai. 
 
Drawback: 
Podemos definir drawback como o retorno do saque; no caso do regime, 
retorno dos impostos pagos em parte ou no todo, quando da importação ou 
compra no mercado interno, de produtos (matérias-primas, insumos, peças, 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 128 
equipamentos, embalagens) que serão objeto de beneficiamento para serem 
exportados. 
 
O drawback tem como objetivo incentivar as exportações, tornando os preços 
dos produtos mais competitivos no mercado internacional (através da redução 
dos impostos). A economia é uma cadeia, logo, todos os segmentos produtivos 
são envolvidos no processo, gerando emprego e, consequentemente, riqueza. 
 
O drawback pode ser concedido para produtos que serão submetidos a 
operação que se caracterize como beneficiamento, industrialização, 
transformação, montagem, renovação, condicionamento, acondicionamento ou 
reacondicionamento com alteração do produto e agregação de valor. 
 
A princípio, todos os produtos passíveis de importação podem utilizar este 
regime. Não é permitido o seu uso para petróleo e seus derivados. 
 
O drawback funciona em três modalidades: 
 Suspensão – Esta modalidade diz respeito à aquisição no mercado 
interno ou à importação de forma combinada ou não, de mercadoria 
para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser 
exportado, com suspensão dos tributos exigíveis na importação e na 
aquisição no mercado interno. 
 Isenção – Refere-se à importação de mercadoria equivalente em 
qualidade e quantidade à utilizada no beneficiamento, fabricação, 
complementação ou acondicionamento do produto exportado, com 
isenção dos tributos exigíveis. Esta modalidade é utilizada como uma 
reposição de estoque dos produtos importados e já exportados. 
 Restituição – Esta modalidade refere-se à restituição total ou parcial dos 
impostos que incidiram sobre a importação de mercadoria 
posteriormente exportada após beneficiamento ou fabricação, etc... 
Nesta modalidade, não há reposição de estoque e, sim, restituição dos 
tributos. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 129 
 
O drawback tem prazo de validade de um ano, prorrogável por mais um ano, a 
contar da data de deferimento do Ato Concessório. 
 
Entreposto Industrial sob Controle Informatizado- RECOF: 
Permite a aquisição no mercado internoou externo de mercadorias, com ou 
sem cobertura cambial, com suspensão do pagamento de impostos, sob 
controle aduaneiro informatizado (software desenvolvido pelo beneficiário que 
possa ser inteligado aos controles da RFB e gere relatórios mensais das 
mercadorias), a serem submetidas a processo de industrialização, 
beneficiamento, transformação ou montagem de produtos destinados à 
exportação. 
 
Caso os produtos venham a ser vendidos no mercado interno (em parte ou na 
sua totalidade), será obrigatório o recolhimento dos impostos. 
 
Atualmente, está restrito à indústria automotiva, aeronáutica, informática, 
telecomunicações, semicondutores e componentes de alta tecnologia para 
eletrônica, informática e telecomunicações. A RFB determina as mercadorias 
passíveis de admissão neste regime e dita outras medidas e exigências para 
uso do mesmo. Este regime é um incentivo às exportações, embora os 
incentivos sejam atribuídos às mercadorias importadas. 
 
Loja Franca: 
Este regime concede ao estabelecimento localizado na zona primária de porto 
ou aeroporto alfandegado a permissão para vender mercadoria nacional ou 
estrangeira, aos passageiros em viagem internacional, com pagamento em 
moeda nacional ou estrangeira (espécie, cheque-viagem, cartão de crédito). Os 
bens vendidos nas lojas francas ou free shops são importados obrigatoriamente 
em consignação. 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 130 
RECOM – Importação de Insumos Destinados à Industrialização por 
Encomenda de Produtos Classificados nas Posições 8701 a 8705 da 
NCM: 
As empresas podem importar, sem cobertura cambial, insumos destinados à 
industrialização por encomenda, de veículos rodoviários, por conta e ordem de 
pessoas jurídicas encomendantes, domiciliadas no exterior, com pagamento do 
II, mas com suspensão do IPI. 
 
O objetivo deste regime é atrair as montadoras de veículos, um dos maiores 
segmentos da indústria. 
 
REPETRO – Exportação e Importação de Bens Destinados às 
Atividades de Pesquisa e lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás 
Natural: 
Este regime, como o próprio nome indica, tem o objetivo de desonerar os 
investimentos nas atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás 
natural. Tem sido e continua sendo um grande impulso à produção nacional, 
contribuindo para a autossuficiência do país neste setor energético. 
 
Os bens listados pela RFB podem entrar no país através de três regimes 
especiais ou da combinação, entre eles: 
 
Através do Regime de Admissão Temporária para serem utilizados diretamente 
neste setor produtivo. 
 
Uso da Exportação Ficta: 
Processo de exportação normal, porém as mercadorias não deixam o território 
nacional. Devem ser entregues no local combinado com o importador, no Brasil, 
entrando em seguida no regime de Admissão Temporária. 
 
Uso do Regime Especial denominado Drawback Suspensão - Compra de 
produtos ou insumos no mercado externo ou nacional, que serão utilizados na 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 131 
fabricação de bens a serem exportados no regime de Exportação Ficta e, em 
seguida, enquadrados no regime de Admissão Temporária. 
 
Este regime é utilizado na importação de plataformas e outros equipamentos 
destinados à indústria petrolífera. 
 
REPEX – Importação de Petróleo Bruto e seus Derivados: 
Como o próprio nome indica, este regime suspende o pagamento dos impostos 
na importação do petróleo bruto e seus derivados. O regime é extinto quando é 
comprovada a exportação de produto com as mesmas especificações de origem 
nacional ou importada. Este regime pode e deve ser utilizado no equilíbrio do 
mercado interno: importação de petróleo leve e exportação de petróleo pesado, 
por exemplo. 
 
Reporto – Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à 
Ampliação da Estrutura Portuária: 
Possibilita aos beneficiários (operador portuário, concessionário de porto 
organizado, empresa de dragagem, concessionário de recinto alfandegado de 
zona secundária e outros), a aquisição de máquinas, equipamentos e outros 
bens, com suspensão de tributos, de forma a reduzir os custos de investimento 
em ativo imobilizado e, assim, reequipar e modernizar a área portuária 
nacional. 
 
Regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas especiais 
Foram criados para atender a determinadas situações econômicas peculiares de 
polos regionais, através da desoneração de impostos, implementada por 
políticas de desenvolvimento e crescimento econômico para esses polos. 
 
Áreas de Livre Comércio – ALC: Constituem áreas de livre comércio de 
importação e de exportação as que, sob regime fiscal especial, são 
estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas 
fronteiriças específicas da região norte do país e de incrementar as relações 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 132 
bilaterais com os países vizinhos. São configuradas por limites que envolvem, 
inclusive, os perímetros urbanos dos municípios de Tabatinga (AM), Guajará-
Mirim (RO), Boa Vista e Bonfim (RR), Macapá e Santana (AP) e Brasiléia, com 
extensão para o município de Epitaciolândia, e Cruzeiro do Sul (AC). 
 
A entrada de produtos estrangeiros nas áreas de livre comércio será feita com 
suspensão do pagamento dos impostos de importação e sobre produtos 
industrializados, que será convertida em isenção quando os produtos forem 
destinados a: consumo e venda internos, beneficiamento, em seu território, de 
pescado, recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal, 
piscicultura, agropecuária, agricultura, instalação e operação de atividades de 
turismo e serviços, estocagem para comercialização no mercado externo e 
outras. 
 
Zona Franca de Manaus – ZFM: É uma área de livre comércio de importação 
e de exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade 
de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário, 
dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros 
consumidores de seus produtos. 
A entrada de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus, destinadas 
a seu consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive 
beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústrias e 
serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação, será 
isenta dos impostos de importação e sobre produtos industrializados. 
 
Entreposto Internacional da ZFM – EIZOF: O regime de entreposto 
internacional da Zona Franca de Manaus é o que permite a armazenagem, com 
suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras importadas 
e destinadas à: 
 Venda por atacado para a Zona Franca de Manaus e para outras regiões 
do território nacional; 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 133 
 Comercialização na Zona Franca de Manaus, na Amazônia Ocidental ou 
nas áreas de livre comércio de matérias-primas, produtos intermediários, 
materiais secundários e de embalagem, partes e peças e demais 
insumos, importados e destinados à industrialização de produtos na Zona 
Franca de Manaus; mercadorias nacionais destinadas à Zona Franca de 
Manaus, à Amazônia Ocidental, às áreas de livre comércio ou ao 
mercado externo e mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus e 
destinadas aos mercados interno ou externo. 
 
Zona de Processamento de Exportação – ZPE: Caracterizam-se como 
áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação 
de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializadosno 
exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do 
balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do 
desenvolvimento econômico e social do país. 
 
As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de 
processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento 
do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da 
COFINS-Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do 
adicional ao frete para renovação da marinha mercante. 
 
Atividade proposta 
Imagine que uma produtora brasileira de cachaça, sem experiência no comércio 
internacional, tenha sido convidada a expor seus produtos na França, durante o 
ano França-Brasil. Logo na primeira semana, recebeu alguns pedidos de 
cachaça. Muito apreensivo, o dono da empresa procurou um consultor na área 
de comércio internacional que o aconselhou a negociar com o cliente de forma 
que a sua primeira exportação fosse realizada no INCOTERM Ex-Work. 
 
a. Por que a escolha para a primeira exportação recaiu sobre o INCOTERM Ex-
Work? 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 134 
b. Quando é usado o Ex-Work, o exportador agrega valor ao preço do produto 
nacional? 
 
Chave de resposta: 
a) Porque o exportador não tinha experiência nesta atividade e, neste 
INCOTERM, a responsabilidade dele é mínima. 
b) Não, o preço do produto é composto somente pelos custos fixos e variáveis 
mais o percentual de lucro da operação. 
 
Referências 
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qualificação: algumas considerações críticas. Disponível em: 
http://www.cefetsp.br/edu/eso/globalizacao/desafioqualificacao.ht
ml. Acesso em: 28 set. 2014. 
GIMENEZ, Ana Maria Nunes. A globalização e seu impacto na 
flexibilização das condições de trabalho. Disponível em: 
http://www3.unifai.edu.br/pesquisa/publica%C3%A7%C3%B5es/a
rtigos-
cient%C3%ADficos/professores/bacharelados/globaliza%C3%A7%
C3%A3o-e-seu-impacto-na. Acesso em: 28 set. 2014. 
SANTOS, Iracema. Eficiência logística e seus impactos financeiros. 
Disponível em: < 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/eficiencia-
logistica-e-seus-impactos-financeiros/57765/. Acesso em: 28 set. 2014. 
VASCONCELOS, Y. L. et al. Reflexos da globalização: uma análise das 
formas de inserção no mercado de trabalho. Disponível em: < 
http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/39/1.5_reflexos_da_globalizac
ao_uma_analise_das_formas_de_insercao_no_mercado_de_trabalho.
pdf. Acesso em: 28 set. 2014. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 135 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
“Todo o processo pode ser subdividido em ________ e _________. A 
separação entre um ponto e outro é o ponto de entrada do pedido (do 
cliente).” 
Complete as lacunas com a única opção correta: 
a) Operacional/financeiro 
b) Físico/virtual 
c) Empurrado/puxado 
d) Real/especulativo 
e) Empurrado/especulativo 
 
Questão 2 
O outsourcing deve ter como base a maximização do retorno dos investimentos 
em custos, qualidade, serviço e tempo de atendimento ao cliente final, 
liberando a empresa para o foco central da sua atividade fim. Um dos 
benefícios apontados ao outsourcing é: 
a) Gerar perda de credibilidade das empresas envolvidas junto ao mercado 
internacional. 
b) Abrir espaço para os concorrentes. 
c) Liberação de recursos internos para outras atividades relacionadas ao 
foco central do negócio da empresa. 
d) Aumento do lead-time interno. 
e) Redução na resposta às inovações tecnológicas do mercado global. 
 
Questão 3 
Neste modal o transporte é realizado em caráter sistêmico, um único contrato 
de transporte (o OTM é o único responsável perante o dono da carga, emitindo 
o Combined Bill of Lading) e uma única apólice de seguro. Marque a única 
opção que corresponde à modalidade de transporte descrita na questão: 
a) Sucessivo 
b) Segmentado 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 136 
c) Unimodal 
d) Multimodal 
e) Intermodal 
 
Questão 4 
A gestão do estoque não é uma tarefa simples na cadeia produtiva, a falta de 
estoque pode provocar a perda de vendas para o concorrente, mas por outro 
lado, a manutenção de estoques pode ocasionar outros riscos como: 
obsolescência, furtos, danos, além do custo de manutenção dos mesmos, que é 
diretamente influenciada pelo custo do capital investido. Quais os fatores e 
variáveis devem ser considerados na gestão dos estoques? Marque a única 
opção errada. 
a) Especialização geográfica 
b) Desacoplamento 
c) Equilíbrio entre oferta e demanda 
d) Desequilíbrio das forças econômicas 
e) Proteção contra as incertezas do mercado 
 
Questão 5 
Outro assunto a ser considerado e estudado no transporte nacional, e, 
principalmente, no internacional, é o _____________________. O 
conhecimento das classes de riscos a que as mercadorias transportadas estão 
sujeitas pode trazer economias e a possibilidade de realização de trade-offs 
neste segmento. 
a) Pagamento de tributos 
b) Controle dos caminhões 
c) Tamanho dos navios 
d) Gerenciamento dos hub ports 
e) Seguro das cargas 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 137 
Questão 6 
Os INCOTERMS são uma ferramenta essencial ao comércio internacional. Neste 
contexto, marque a opção correta para a seguinte hipótese: O vendedor 
transfere a propriedade da mercadoria ao comprador dentro do navio, afretado 
por ele, no porto do país de origem. 
a) EXW 
b) CPT 
c) FOB 
d) CIP 
e) FCA 
 
Questão 7 
Os INCOTERMS surgiram em 1936, quando a _______________________, 
com sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que 
vinham sendo praticadas no comércio internacional, de forma a possibilitar a 
sua definição precisa em qualquer país. Preencha a lacuna com a única opção 
correta. 
a) Câmara de Comércio Internacional 
b) Agência de Apoio ao Exportador 
c) Câmara de Comércio Exterior 
d) Associação Latino Americana para Desenvolvimento e Integração 
e) Agência Multilateral do Comércio 
 
Questão 8 
A internacionalização das empresas pode ser realizada através de traders ou 
abertura de escritórios locais com grande comprometimento de recursos e mão 
de obra. Nesta forma de internacionalização, a empresa tem controle total 
sobre o processo, mas alta exposição e risco. Assinale a única opção correta 
relativa a esse contexto: 
a) Exportação consignada 
b) Exportação direta 
c) Exportação temporária 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 138 
d) Exportação indireta 
 
Questão 9 
Um empresário brasileiro importa quadros de bicicletas, monta-as, colocando os 
pneus e os acabamentos em geral comprados no mercado interno, embala-as e 
exporta-as para Angola, seu principal mercado desse produto. Na importação, 
ele usa um regime especial que lhe permite desembaraçar os quadros sem 
pagar os impostos. Na realidade, os impostos ficam suspensos até efetuar a 
exportação de todas as bicicletas. Nas opções abaixo, marque a única que 
identifica essa operação: 
a) Repetro 
b) Drawback 
c) Repex 
d) Admissão Temporária 
e) Reporto 
 
Questão 10 
O Repetro, como o próprio nome indica, tem o objetivo de desonerar os 
investimentos nas atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás 
natural. Tem sido e continua sendo um grande impulso à produção nacional, 
contribuindo para a autossuficiência do país neste setor energético. Fazem 
parte deste regime a _________________, a ________________ e o regime 
aduaneiro especial denominado __________________.Complete as lacunas com uma das opções abaixo: 
a) Exportação em Consignação/Exportação para Beneficiamento/Depósito 
Franco 
b) Importação para Beneficiamento Ativo/Importação em 
consignação/RECOF 
c) Admissão Temporária/Exportação Ficta/Drawback Suspensão 
d) Exportação em Consignação/ Admissão Temporária/ RECOF 
e) Exportação para Beneficiamento/ Exportação Ficta/ Drawback Suspensão 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 139 
Combined Bill of Lading — CBL: Conhecimento de transporte utilizado na 
multimodalidade, emitido pelo OTM. 
 
Consolidação: Emissão de um conhecimento de embarque (Master), por parte 
do transportador, englobando diversos lotes de carga de diferentes 
embarcadores. Estes lotes são acondicionados em uma unidade de carga (o 
contêiner, por exemplo) e individualmente identificados por documentos 
emitidos pelo agente consolidador (Houses). 
 
Desconsolidação: Processo inverso ao da consolidação (o agente 
consolidador consolida a carga no porto de embarque e desconsolida-a no porto 
de descarga). 
 
OTM: Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como 
principal para a realização do transporte multimodal de cargas, da origem até o 
destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros. 
 
Unitização: Emissão de um conhecimento de embarque (Master), por parte do 
transportador, englobando um único lote de carga de um único embarcador, 
acondicionado em uma unidade de carga, por exemplo, o contêiner. 
 
Aula 4 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Segundo a matéria apresentada, “empurrado – puxado” é a única 
alternativa correta. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 140 
Questão 2 - C 
Justificativa: De acordo com o texto sobre o outsourcing, “Liberação de 
recursos internos para outras atividades relacionadas ao foco central do 
negócio da empresa” é a única opção correta. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Multimodal é a única opção que atende à definição do modal 
descrita na questão. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: A opção “Desequilíbrio das forças econômicas” está errada porque 
não atende aos fatores e variáveis considerados na gestão dos estoques. 
 
Questão 5 - E 
Justificativa: De acordo com a matéria estudada e as opções sugeridas, “seguro 
das cargas” é a única que atende à questão proposta. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, “FOB” é o único termo que atende a 
esta questão. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A Câmara de Comércio Internacional é a responsável pela 
compilação, atualização e divulgação dos INCOTERMS. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, “Exportação direta “ é a única que 
responde a esta questão. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: Entre as opções sugeridas, Drawback é o único regime especial 
que atende a esta questão. 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 141 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: Das opções sugeridas, “Admissão Temporária/Exportação 
Ficta/Drawback Suspensão” é a única opção que atende à composição do 
Drawback. 
 
 
 
 LOGÍSTICA INTEGRADA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS 142 
Maria da Luz Iria Melo é Bacharel em Relações Internacionais e Pós-
Graduada em Docência pela Universidade Estácio; Doutoranda em Ciências 
Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, com larga 
experiência em petróleo, comércio e logística internacional. Desde 2005 
gerencia sua própria empresa, CECEX-Consultoria em Energia e Comércio 
Exterior, atuando na área de consultoria e treinamento. Professora da 
Universidade Estácio de Sá, da Universidade Federal Fluminense (UFF), da 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto Brasileiro 
de Petróleo (IBP), da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), da 
Fundação de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX). Participa do projeto da 
Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) para divulgação e ensino de Regimes 
Especiais Aduaneiros. Conteudista de diversas matérias em cursos online de 
diversas instituições. Colunista da Revista Intermarket, editada bimestralmente, 
com mais de 60 artigos publicados. 
Currículo Lattes: href="http://lattes.cnpq.br/7180958241085314" 
http://lattes.cnpq.br/7180958241085314

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