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1 
 
 
 
 
 
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2 
EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO 
 
INTRODUÇÃO 
 
Como decorrência do princípio da legalidade, aplica-se, em regra, a lei penal vigente ao tempo da realização do 
fato criminoso (“tempus regit actum” . )
 
Excepcionalmente, no entanto, será permitida a retroatividade da lei penal para alcançar os fatos passados, desde 
que benéfica ao réu. 
É possível que a lei penal se movimente no tempo: extra-atividade da lei penal. 
 
EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO 
Extra-atividade da lei penal. 
 
TEMPO DO CRIME 
 
Quando (no tempo) um crime se considera praticado? 
1- TEORIA DA ATIVIDADE: 
2- TEORIA DO RESULTADO: 
3- TEORIA MISTA / UBIQUIDADE: 
 
 “Art. 4º C.P. - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado.” 
 
 PRINCÍPIO DA COINCIDÊNCIA / CONGRUÊNCIA / SIMULTANEIDADE: OBS.1:
O tempo do crime, EM REGRA, marca a lei que vai reger o caso concreto. OBS.2: 
 
SUCESSÃO DE LEIS NO TEMPO 
 
A é a da lei penal, regra geral irretroatividade somente quando lei posterior for mais benéfica excetuada (retroati-
. vidade)
 
 
 
1- SUCESSÃO DE LEI INCRIMINADORA (“NOVATIO LEGIS” INCRIMINADORA) 
 
 
 
 
 
 
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3 
 “Art. 1º C.P. - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” 
 
Ex.: 
 
 
2- “NOVATIO LEGIS IN PEJUS” / “LEX GRAVIOR” 
 
 
 
Lei nova que de qualquer modo prejudica o réu. 
“Art. 1º C.P. - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” 
 
Ex.: 
 
 
 OBS.: Sucessão de lei mais grave no crime continuado e no crime permanente
Súmula 711 STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigên-
cia é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.” 
 
Conclusão: 
Sobre a súmula, Paulo Queiroz aponta que, tratando-se do crime continuado, a aplicação da lei mais grave a toda 
a cadeia de delitos é inconstitucional e inverte-se a lógica da continuidade delitiva, em que o último delito é havido 
como continuação do primeiro. O agente, ao invés de responder por vários crimes em concurso material, deve 
responder por um único delito, o mais grave, se diversos, com aumento de um sexto a dois terços. Portanto, os 
crimes subsequentes só têm relevância jurídico-penal para efeito de individualização judicial da pena: escolha da 
pena mais grave (quando diversas as infrações) e fixação do respectivo aumento, pois o primeiro crime prevalece 
sobre todos os demais como se estes simplesmente não existissem, exceto para efeito de aplicação da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3- “ABOLITIO CRIMINIS” 
 
 
 
Revogação de um tipo penal pela superveniência de lei descriminalizadora. 
“Art. 2º, ‘caput’ C.P. – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.” 
 ATENÇÃO! Trata-se de desdobramento lógico do princípio da intervenção mínima
 
Ex.: 
 
 
NATUREZA JURÍDICA DA “ABOLITIO CRIMINIS” 
1ªC: 
2ªC: 
 
CONSEQUÊNCIAS DA “ABOLITIO CRIMINIS” 
a) Faz cessar a execução penal: Lei abolicionista não respeita coisa julgada. 
 
 # E o art. 5º, XXXVI, C.F./88?
“Art. 5º, XXXVI CF - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;” 
R: 
 
b) Faz cessar os efeitos penais da condenação: Os efeitos extrapenais são mantidos (arts. 91 e 92 C.P.) 
Ex1.: Reincidência? 
Ex.2: Reparação do dano? 
 
4- “NOVATIO LEGIS IN MELLIUS” / “LEX MITIOR” 
 
 
 
 
Lei que de qualquer modo favorece o réu. 
Art. 2º, parágrafo único, C.P. - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
 
 
 
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 Ex.: 
 
 
# Depois do trânsito em julgado quem é o juiz competente para aplicar a lei mais benéfica? 
Prova objetiva: 
Prova escrita: 
1ªC: 
2ªC: 
 
SÚMULA 611 STF 
“Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais 
benigna.” 
 
 
 
 
# É possível a aplicação de lei mais benéfica durante o seu período de “vacatio legis”? 
1ªC: 
2ªC: 
 
STJ: (...) Não poderia o Tribunal de origem aplicar a minorante do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, de 23/8/06, uma 
vez que a norma não estava em vigor quando do julgamento do recurso acusatório, que se deu em dentro do 
prazo da vacatio legis. 7. Ordem denegada (STJ, HC 100.692/PR, 5.ª T., j. 15.06.2010, rel. Min. Arnaldo Esteves 
Lima, DJe 02.08.2010). 
 
# Para beneficiar o réu, admite-se a combinação de leis penais? 
 
 
 
 
 
 
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6 
1ªC: 
2ªC: 
 
O STJ sumulou entendimento vedando a combinação: 
“É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, 
na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a 
combinação de leis” (súmula 501). 
 
# Como proceder em caso de dúvida sobre qual a lei mais benéfica? 
 
5- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA 
 
 
 
ATENÇÃO! Não se confunde com “ abolitio criminis”
 
 
 
Ex.: 
 
 
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA 
Art. 3º, C.P. – “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.” 
 
LEI TEMPORÁRIA / LEI EXCEPCIONAL 
(Art. 3º CP) 
 
LEI TEMPORÁRIA: 
LEI EXCEPCIONAL: 
 
CARACTERÍSTICAS: leis temporária e excepcional 
1- Autorrevogabilidade 
São leis autorrevogáveis (“leis intermitentes”). 
 
 
 
 
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Consideram-se revogadas assim que encerrado o prazo fixado ou cessada a situação de anormali-(temporária)
dade . (excepcional)
 
2- Ultra-atividade 
São leis ultra-ativas (alcançam os fatos praticados durante a sua vigência, ainda que revogadas). 
 
 ATENÇÃO! Trata-se de hipótese excepcional de ultra-atividade maléfica
Ex.: 
Lei 12.663/12 (Lei da Copa) 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES PENAIS 
Utilização indevida de Símbolos Oficiais 
 
Art. 30. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da 
FIFA: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. 
 
Art. 34. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante representação da FIFA. 
 
Art. 36. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. 
 
OBS: A doutrina observa que, por serem de curta duração, se não tivessem a característica da ultra-atividade, 
perderiam sua força intimidativa. 
 
 ATENÇÃO:
 
ART. 3º C.P: (IN)CONSTITUCIONALIDADE 
1ªC: O art. 3º é de duvidosa constitucionalidade, posto que exceção à irretroatividade legal que consagra a C.F., 
não admite exceções, possui caráter absoluto. A extra-atividade deve ser sempre em benefício do réu. 
 
2ªC: O art. 3º não viola o princípio da irretroatividade da lei prejudicial. Não existe sucessão de leis penais. Não 
existe tipo versando sobre o mesmo fato sucedendo lei anterior. Não existe lei para retroagir. 
 
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL NO CASO DE NORMA PENAL EM BRANCO 
 
1ªC: A alteração do complemento da N.P.B. deve sempre retroagir, desde que mais benéfica para o réu. 
 
2ªC: A alteração na norma complementadora, mesmo que benéfica, é irretroativa (a norma principal não é 
revogada com a simples alteração de complementos). 
 
3ªC: Só tem importância a variação da norma complementar na aplicação retroativa da N.P.B. quando esta 
provoca uma real modificação da figura abstrata do direito penal, enão quando importe a mera modificação de 
circunstância que, na realidade, deixa subsistente a norma penal. 
 
4ªC: A alteração de um complemento na N.P.B. homogênea terá efeitos retroativos, se benéfica. 
Quando se tratar de N.P.B. heterogênea, a alteração mais benéfica só ocorre quando a legislação complementar 
não se reveste de excepcionalidade (se excepcional, não retroage). 
 
EXEMPLOS ELUCIDATIVOS: 
 
Ex.1: Art. 237 C.P. - “Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade 
absoluta: 
Pena - detenção, de três meses a um ano.” 
 
Ex.2: Art. 33 Lei 11.343/06 (lei de drogas) - “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, 
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar:” 
 
 
 
 
 
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Ex.3: Lei nº 1.521/51 - art. 2º, inciso VI (crimes contra a economia popular) – “Art. 2º. São crimes desta natureza: 
VI - transgredir tabelas oficiais de gêneros e mercadorias, ou de serviços essenciais, bem como expor à venda ou 
oferecer ao público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços, por preço superior ao tabelado (...) 
 
LEI INTERMEDIÁRIA 
 
RETROATIVIDADE DA JURISPRUDÊNCIA 
 
 
 
- A CF/88, se refere somente à retroatividade da lei (proibindo-a quando maléfica e incentivando-a quando benéfi-
ca). 
- O CP também só disciplina a retroatividade da lei (não da jurisprudência). 
- O entendimento que prevalece é o de que a extra-atividade só se refere à lei, não se estendendo à jurisprudên-
 cia.
 
 Para Paulo Queiroz deve ser proibida a retroatividade desfavorável da jurisprudência e aplicada a ATENÇÃO: 
retroatividade benéfica, autorizando revisão criminal. 
 
 Não se pode negar a da quando dotada de (Súmula CUIDADO! retroatividade jurisprudência efeitos vinculantes 
vinculante, ADI, ADC, ADPF). 
 
 
FORÇA GALERA!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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