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A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo Max Weber

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FACULDADE CENECISTA DE JOINVILLE
 CURSO DE DIREITO
 Professor: Beline MeurerFACULDADE CENECISTA DE JOINVILLE
CURSO DE DIREITO
Professor: Fernando de Lima
Disciplina: Linguagem Jurídica 
Turma: Direito - B - Matutino
Aluna: Virginia Madalena de Oliveira 
 Disciplina: Sociologia Geral e Jurídica
 Turma: 1ºB – Matutino 
 Aluna: Virginia Madalena de Oliveira
 Assunto: Resenha Crítica 
A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo – Max Weber
A obra inicia apresentando estatísticas de composição religiosa a respeito dos trabalhadores protestantes que por sua vez acabam sendo mais especializados e habilitados tecnicamente em relação aos outros. Afirmando também que a maioria das cidades economicamente desenvolvidas, do velho império aderiu ao protestantismo no século XVI. Resultados de tais circunstâncias que ainda se notam nos dias atuais, porém sua indagação histórica é; Porque o desenvolvimento econômico esta vinculado a uma revolução dentro da igreja. Quanto a isso, o que se pode pensar é que a revolução implicou em uma duvida quanto à santidade das tradições religiosas, iniciando uma nova forma de controle da igreja sobre a vida quotidiana. 
Outro fato importante, como justificativa dos protestantes nas posições de proprietários na moderna vida econômica é entendido simplesmente como resultado da maior riqueza material herdada por eles. No entanto nem tudo pode ser explicado por esse caminho. Um fenômeno que pode ser levado em consideração e a diferença no tipo de educação superior que católicos e protestantes proporcionam aos seus filhos. Os católicos optam o tipo de aprendizagem oferecida pelos ginásticos humanísticos, sendo essa uma das razões que leva ao baixo engajamento dos católicos nas empresas capitalistas, em outras palavras, estão propícios a permanecer em suas oficinas, enquanto os protestantes são atraídos para posições administrativas. A partir disto, pode-se entender que as peculiaridades adquiridas do meio e principalmente a educação influenciam na escolha da ocupação. Devido a suas crenças religiosas os protestantes mostraram uma tendência para desenvolver o racionalismo econômico. 
Porém o principal ponto de vista de Weber, esta voltado para o âmbito espiritual, ou seja, católicos e protestantes buscavam a salvação divina, porém cada qual com suas crenças religiosas. Para os protestantes a salvação é algo predestinado, sendo assim independe das ações cotidianas. Para eles a salvação era garantida por Deus, porém não cabe ao homem saber quais eram os escolhidos. Ainda assim adotavam algumas normas de conduta religiosa, também conhecida como a ética protestante, pelo fato da teoria da predestinação os protestantes adotam ideias da qual diz respeito ao sucesso na vida, do mundo real, acreditavam que o individuo que era prospero recebia a gloria divina, ou seja, é um sinal de salvação. Porém a sua riqueza deve ser produzida de forma que agrade a Deus, e não a vida humana. Desta forma percebe-se que a ética protestante está baseada principalmente no acumulo de trabalho, e não no consumo. O individuo que trabalha, acumula capital e prospera será aquele salvo. Já para a ética católica, são ações do homem que vão ou não garantir sua salvação, podendo também ser purificado de seus pecados através da confissão, ou seja, situação que independia do trabalho. Seguindo a linha de raciocínio de Max Weber a ética baseada no acumulo de trabalho é determinante para o desenvolvimento do capitalismo. A limitação do consumo é combinada com as atividades que buscam a riqueza, tendo como resultado prático, o acumulo de capital, as restrições em relação aos gastos serviram para aumentar a renda, que possibilita o investimento produtivo do capital. Essa grande época religiosa do século XVII, foi acima de tudo, uma forma de conscientizar o enriquecimento monetário através da plenitude da graça de Deus. Um dos elementos fundamentais do capitalismo é a conduta racional baseada na ideia de vocação.
Citações
“Mais notável ainda é um fato que explica parcialmente a menor proporção de católicos entre os trabalhadores especializados na moderna indústria. Sabe se que as fábricas arregimentaram boa parte de sua mão de obra especializada entre os jovens artesãos; contudo, isso é muito mais verdadeiro para os diaristas protestantes que para os católicos”. (p. 13)
“O Católico é mais quieto, tem menor impulso aquisitivo; prefere uma vida a mais segura possível, mesmo tendo menores rendimentos, a uma vida mais excitante e cheia de riscos, mesmo que esta possa lhe proporcionar a oportunidade de ganhar honrarias e riquezas”. (p. 14)
“No tocante à coisa mais importante da vida para o homem do tempo da Reforma a sua salvação eterna, era ele forçado a seguir sozinho seu caminho para encontrar um destino que já fora determinado para ele e para a eternidade”. (p. 45)
“Esta linha de pensamento, que foi trabalhado nas Igrejas Reformadas e nas seitas com clareza sempre crescente, de regresso à doutrina da salvação pelo trabalho. E embora seja justificado o protesto dos acusados contra a identificação de sua posição dogmática com a doutrina católica, esta acusação foi, certamente, feita com razão, se por ela entendermos as conseqüências sobre a vida cotidiana do cristão mediano da Igreja Reformada. Talvez nunca tenha existido uma forma mais intensa de valorização religiosa do agir ético do que aquela que o Calvinismo induzia em seus adeptos. Mas o que é importante para o significado prático desse tipo de salvação pelo trabalho, deve ser procurado no conhecimento das qualidades particulares que caracterizaram seu tipo de conduta ética, e o diferenciaram da vida diária do cristão mediano da Idade Média”. (p. 51)
 
	 A numeração das páginas está diferente da edição oficial, pois trata de um e-book que contem 87 páginas. A Resenha e as Citações foram feitas de acordo com o mesmo. Acessado em 12/06/2014. 
http://www.nesua.uac.pt/uploads/uac_documento_plugin/ficheiro/8db98cff48151daf946fe625988763bfb0737c7e.pdf

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