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Professor Mestrando Marco Antonio Patologia Aplicada em Tomografia Computadorizada Patologia derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral Conhecimento Dentro da tomografia o HD (hipótese diagnóstica), indicada pelo médico solicitante é o que determinará o protocolo a ser empregado, pois esta hipótese indica a suspeita de uma determinada patologia, o técnico/tecnólogo é o responsável pelo protocolo a ser empregado, sendo assim o deve ter o conhecimento das patologias a serem estudadas e suas abreviações. Patologia Aplicada Abreviações INDICAÇÕES A tomografia computadorizada é um recurso utilizado em medicina para o diagnóstico das patologias de todo os segmentos do corpo humano. Inicialmente utilizada, em 1973, apenas para doenças do crânio, posteriormente, em 1976, passou a ter sua utilização também nas patologias do tórax, abdômen, membros e coluna. No crânio. Podem ser feitos exames especiais para as doenças do encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico), das órbitas, ouvidos (externos, médios e internos), seios da face, base do crânio e sela túrcica (com especial ênfase para a glândula hipófise). Cobrindo todas as solicitações das especialidades médicas inerentes a patologias associadas a estes segmentos anatômicos. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA No tórax, avalia-se, através da TC, as doenças dos pulmões, mediastino, o arcabouço costal e os grandes vasos (particularmente a artéria aorta torácica). No abdômen e pelve, são pesquisadas as doenças dos rins, fígado, baço, pâncreas, cadeia linfática, anexos ovarianos, útero, bexiga, próstata e as grandes artérias, particularmente a aorta abdominal, renais e ilíacas. Nos membros superiores e inferiores, buscando-se as patologias ósseas, propriamente ditas, e as doenças das articulações e da musculatura. Doenças arteriais dos membros inferiores podem também ser investigadas. No pescoço, pode-se investigar doenças arteriais, musculatura, cadeia ganglionar, glândulas e, em particular, a tireóide. Com relação a coluna vertebral, pode-se fazer exames da coluna cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea, para a pesquisa de lesões ósseas, articulares, radiculares (em particular hérnias de disco) e da própria medula espinhal. Para diagnóstico de doenças do crânio, coluna, membros superiores e inferiores, tórax e pescoço, o paciente deve apresentar-se para exame com, pelo menos, três horas de jejum. O paciente não deve suspender sua medicação habitual, mas deve manter as três horas de jejum solicitadas. O motivo do jejum prende-se ao fato que um paciente, ao realizar um exame de TC, pode estar sujeito ao uso do contraste iodado, durante a realização do mesmo. Eventualmente, um dos efeitos colaterais deste contraste é náusea. Com o estômago cheio, esta náusea pode-se transformar em vômitos, o que torna o exame bastante desagradável. Não ocorrendo tal evento, isto é, vômitos, o paciente pode se alimentar imediatamente após a realização do exame. PREPARAÇÃO PARA O EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Para a realização de exames do abdômen e pelve, o paciente deve manter-se por seis horas de jejum visto que além do contraste iodado endovenoso ele deve, também, ingerir pequena dose de contraste por via oral para delinear o estômago e os intestinos, o que faz com que o exame alcance uma qualidade bastante superior. A ingestão de pequena quantidade de contraste, contudo, não impede que o paciente possa ter uma alimentação normal, logo à seguir. Em qualquer das condições, os contrastes injetados são metabolizados pelo fígado e excretados em, no máximo, 24 horas. Crianças pequenas podem necessitar de anestesia, pois o exame requer imobilidade total. Nestes casos, o serviço fornecerá todas as informações necessárias aos pais ou responsáveis pela criança. Extremos casos de claustrofobias em adultos, embora raríssimos, podem também necessitar de auxílio de um anestesiologista. Gestantes não devem realizar exames de TC antes do fim do terceiro trimestre de gravidez. Marca-passos, implantes, DIUs, não contra-indicam a realização do exame. Pacientes com insuficiência renal podem realizar exames de TC apenas sem contraste. CONDIÇÕES ESPECIAIS Pacientes com história prévia de alergia aos compostos iodados também não devem realizar exames com contraste e pacientes portadores de asma brônquica devem receber cuidados especiais para a realização de exames contrastados. Pacientes em uso de medicação em geral não estão impedidos de se submeter ao exame, à exceção de diabéticos que os utilizam. Neste caso, o paciente deve suspender a medicação pelo menos três dias antes, para poder fazer exame com contraste. O estudo da cabeça dentro da tomografia computadorizada é utilizada para o estudo da calota craniana na avaliação das descontinuidades e o estudo do encéfalo na pesquisa de diversas patologias, o estudo do crânio e encéfalo tem como principais indicações os seguintes itens: TCE (Trauma Crânio Encefálico) Hematomas cerebrais Meningites Parasitas (neurocistocircose) Acidentes vasculares (AVC/AVE isquêmicos e hemorrágicos) Processos expansivos entre outros. Crânio e encéfalo O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, em conseqüência de um trauma externo, resultando em alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou de funcionamento físico, tem como principal causa os acidentes de trânsito, mas pode resultar de agressões físicas, quedas e lesões por arma de fogo entre outras e é a principal causa de seqüelas e de mortes nos pacientes politraumatizados. TCE TCE Os Hematomas cerebrais são quase sempre posteriores aos TCE, são extremamente graves e necessitam de um atendimento rápido e preciso porque o acúmulo de sangue causa rápida hipertensão intracraniana e hérnias, são emergências que exigem pronto diagnóstico e esvaziamento cirúrgico. Há três localizações mais frequentes: o espaço extradural (entre a dura-máter e o osso); o espaço subdural (entre a dura-máter e a aracnóide); e localizações intracerebrais. Obs: Os hematomas intracerebrais ou intraparênquimatoso podem ser facilmente confundidos com um AVCH por pessoas sem um conhecimento adequado em imagens. Hematoma epidural (ou extradural) em sua localização mais frequente, a nível do lobo temporal, entre o osso e a dura-máter. Deve-se à ruptura da artéria meníngea média, geralmente por uma fratura do osso temporal. A artéria corre na face externa da dura-mater, alojada num sulco da tábua interna do osso, a fratura pode pinçar ou cortar a artéria, originando o hematoma. Hematomas cerebrais Hematomas cerebrais Os hematomas subdurais (HSD), são encontrados na convexidade cerebral. Como o espaço subdural é virtual, mas potencialmente amplo, esses hematomas podem ser volumosos, cobrindo todo um hemisfério em forma de lente biconvexa, podem ser bilaterais. A origem mais comum dos hematomas subdurais é a ruptura de veias tributárias do seio sagital superior, estas correm no espaço subaracnóideo, mas atravessam o espaço subdural rumo ao seio, são calibrosas, de paredes delgadas e podem romper-se por acelerações ou desacelerações bruscas no plano sagital, em que sofrem estiramentos. A velocidade de formação do hematoma é variável de horas a dias inicialmente o sangue se coagula, mas vai lentamente se fluidificando , os hematomas subdurais agudos podem causar hipertensão intracraniana elevada e hérnias. Hematomas cerebrais Hematomas cerebrais Hematomas cerebrais O AVC (acidente vascular cerebral) tem vários nomes: o mais correto é AVE (acidente vascular encefálico), mas também pode ser chamado de infarto cerebral, isquemia cerebral, trombose cerebral ou o popular derrame cerebral, ele pode ser isquêmico e hemorrágico. Isquemia- É a falta de suprimento de sangue para algum tecido orgânico. Toda vezque a circulação de sangue não é suficiente para o funcionamento das células, ocorre a isquemia. É um processo reversível se tratado a tempo. O AVEI então, nada mais é que um infarto de uma região do cérebro, causado por um trombo que se forma em uma artéria cerebral, ou por um êmbolo formado em algum lugar do corpo que viaja na corrente sanguínea até se alojar em uma artéria do cérebro. AVC/AVE Imagem Craniana por SPETCT
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