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Introdução aprendizagem locomotora

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APRENDIZAGEM LOCOMOTORA
É importante que, desde o nascimento, as crianças sejam bastante estimuladas e recebam uma boa quantidade de informação motora. Afinal, com base nessas informações, a criança monta todo o seu repertório motor.
Por isso, nesta aula, compreenderemos as fases desse desenvolvimento – desde a infância até a senescência.
Fases do desenvolvimento motor
Para dar início a nosso estudo, vamos conhecer as fases do desenvolvimento motor propostas por Gallahue (2013): 
Modelo de Desenvolvimento de Gallahue
Como você percebeu, essas fases obedecem à seguinte divisão:
Movimentos reflexos( a partir da 8ª semana de vida intrauterina até o 4º mês após o nascimento): Nesta fase, os movimentos tem natureza reflexiva- controlada inconscientemente- e são necessários a sobrevivência do ser humano.
Movimentos rudimentares (de 1 a 2 anos): nesta fase, há predomínio dos movimentos rudimentares, que correspondem as primeiras formas de movimentos voluntários- aqueles que permitem o controle postural, a manipulação e a locomoção.
Movimentos fundamentais ( de 2 a 7 anos): nesta fase, ao adquirir uma serie de movimentos, a criança amplia sua atuação no ambiente. Ela passa por mudanças graduais, que podem leva-la a atingir formas de movimentos bem eficientes e comparáveis a execução de movimentos do adulto. Em outras palavras, a criança tem menor índice de rendimento, pois este depende de capacidades que so são desenvolvidas após o crescimento.
Combinação dos movimentos fundamentais ( dos 7 aos 12 anos): nesta fase, a capacidade de combinação e execução dos movimentos melhora. O nível que a criança atinge depende das fases anteriores- principalmente a aquisição do padrão maduro de movimentos fundamentais. Aqui, a criança seleciona, também, as formas de combinação mais eficientes, o que facilita a transposição par aa fase seguinte.
Movimentos culturalmente determinados ( dos 13 anos em diante): nesta fase, os níveis de desenvolvimento motor que podem ser atingidos tem limite. Há uma melhora relativa do domínio das habilidades especificas com continuo refinamento o que possibilita sua utilização em tarefas motoras mais complexas.
Depois que as crianças alcançam o estágio maduro de um padrão motor fundamental, poucas alterações ocorrem – aquelas relativas à precisão, à exatidão e ao controle motor.
Vamos observar, de agora em diante, o comportamento motor em diferentes fases do desenvolvimento.
Nascimento
As relações afetivas, sociais e motoras dos jovens influenciam diretamente os processos de:
Crescimento
Aquele que inclui aspectos biológicos quantitativos, como a hipertrofia e a hiperplasia celular.
Maturação: Aquele evidenciado pelo fenômeno biológico qualitativo e que se relaciona com o amadurecimento das funções de diferentes órgãos e sistemas (MASSA; RÉ, 2010).
Desenvolvimento: Aquele que representa a interação entre as características biológicas individuais (crescimento e maturação) com o meio ambiente ao qual o sujeito é exposto durante a vida (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR, 2009).
Esses processos estão relacionados e ocorrem, de forma contínua, durante todo o ciclo de vida. Desse modo, as aquisições motoras de crianças e de adolescentes não podem ser compreendidas de forma exclusivamente biológica ou ambiental (RÉ, 2011).
Processos de crescimento, maturação e desenvolvimento Esses processos estão relacionados e ocorrem, de forma contínua, durante todo o ciclo de vida. Desse modo, as aquisições motoras de crianças e de adolescentes não podem ser compreendidas de forma exclusivamente biológica ou ambiental (RÉ, 2011). A partir do nascimento, inicia-se uma complicada relação entre o bebê e o ambiente que o cerca. As estruturas neurológicas já estão razoavelmente bem formadas, o que possibilita um complexo interacional do bebê com seu entorno. Como decorrência do amplo repertório funcional para a interação com o ambiente, as relações afetivas e sociais – principalmente com os pais – devem ser bem estabelecidas. Assim, observamos que, desde o nascimento, o bebê já é capaz de sentir e começar a formar as primeiras impressões perceptuais e afetivas com o ambiente que o cerca, que serão fundamentais para seu futuro desenvolvimento. A atividade motora do recém-nascido é bem ativa, mas desordenada e sem finalidade objetiva. Nesta fase, os membros são movimentados, de modo assimétrico, a todo momento. Alguns reflexos são próprios dessa idade e ocorrem em praticamente todos os bebês, mas são inibidos nos meses subsequentes, devido, principalmente, ao amadurecimento do cerebelo e do córtex frontal. Dessa forma, surgem os movimentos voluntários e mais bem organizados, como a locomoção, a manipulação de objetos e o controle postural (MALINA; BOUCHARD; BAROR, 2009). Por isso, é fundamental que o bebê seja exposto a estímulos motores adequados a seu nível de desenvolvimento. 2 Esse conjunto de relações com o mundo deixa clara a interferência que o ambiente exerce no desenvolvimento humano, o que é essencial para a estruturação e a organização do sistema nervoso quanto aos aspectos emocionais, cognitivos e motores.
Infancia: Vamos analisar, agora, o crescimento e desenvolvimento do sistema neural (TENNER, 1962; RÉ, 2011):
Esta curva neural apresenta uma evolução (dimensional e funcional) muito rápida no início da vida, de modo que, por volta dos 3 anos de idade, o cérebro e as estruturas relacionadas já atingiram, aproximadamente, 70% de seu tamanho na idade adulta.
Essa elevada taxa de evolução biológica possibilita uma rápida aquisição da capacidade de organização e de controle de movimentos – principalmente quando acompanhada de experiências motoras adequadas.
Puberdade
Durante a puberdade (aproximadamente dos 11 aos 16 anos de idade), ocorrem diversas alterações morfológicas e funcionais que interferem diretamente no envolvimento e na capacidade de desempenho esportivo.
A puberdade é um período dinâmico do desenvolvimento marcado por rápidas mudanças no tamanho e na composição corporal.
Os principais fenômenos dessa fase são:
O pico de crescimento em estatura;
A maturação biológica (amadurecimento) dos órgãos sexuais e das funções musculares (metabólicas);
As grandes transformações no corpo – com importantes diferenças entre os gêneros.
Meninos: O pico de cresci mento em estatura ocorre aproximadamente aos 14 anos de idade, com grandes variações individuais ( normal entre 12 e 16 anos ).
Por volta de seis meses após esse crescimento, acontece o pico de ganho de massa muscular, diretamente associado a elevação do hormônio testosterona.
Esse ganho de massa e o amadurecimento das funções musculares proporcionam um aumento na capacidade metabólica, que, por sua vez, tende a elevar os índices de força, velocidade e resistência- especialmente se houver estímulos motores adequados.
Meninas: O pico de crescimento em estatura ocorre por volta dos 12 anos e apresenta consideráveis variações em relação a idade cronológica ( entre 10 e 14 anos) ( MALINA, BOUCHARD, BAR- OR, 2009)
Após esse crescimento, acontece a menarca, diretamente associada a elevação da procucao de hormônios femininos. Entretando, não há ganho acentuado de massa muscular, uma vez que não há elevação significativa na produção de testosterona. (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR,2009)
Assim, as meninas aumentam o percentual de gordura corporal- principalmente na região dos seios e dos quadris- o que não favorece a execução de habilidades motoras
Gênero masculino
Em geral, os jovens que apresentam maturação biológica precoce (antes dos 13 anos de) possuem maior capacidade metabólica e tamanho corporal em comparação a seus pares de mesma idade cronológica, com ritmo maturacional normal (entre 13 e 14 anos) ou tardio (após os 14 anos) (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR, 2009; RÉ et al, 2005).
Vale destacar a transitoriedade desse fenômeno biológico, relacionado ao ritmo de crescimento e à maturação individual. Nesse caso, é possível utilizar medidas que permitem estimar a idade biológica.
Entre osprocedimentos aplicados para tal estimativa, podemos citar (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR, 2009):
VOCÊ SABIA?
As maturações dental e esquelética são mais fidedignas do que a sexual e a morfológica. Entretanto, devido a sua complexidade, a seu custo relativamente elevado e à dificuldade de sua aplicação em larga escala, elas têm sido pouco utilizadas. Por isso, as maturações sexual e morfológica ganham mais atenção da literatura.
Tanner (1962) observou que existe uma relação razoavelmente linear entre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (no caso masculino, o surgimento da pilosidade pubiana e o aumento dos genitais) e o estágio de maturação biológica em que o jovem se encontra.
Na prática, isso significa que um adolescente precoce para o desenvolvimento das características sexuais secundárias também será precoce em sua curva de crescimento de estatura.
Em outras palavras, quanto mais adiantado o desenvolvimento genital, mais adiantado e próximo da estatura adulta o sujeito estará, e vice-versa.
Assim, os meninos precoces tendem a atingir a estatura adulta mais cedo e, em contrapartida, a apresentar valores médios de estatura adulta inferiores a meninos tardios (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR, 2009).
A partir da relação entre a curva de crescimento e o desenvolvimento de genitais, Tanner (1962) propôs a classificação em cinco estágios indicativos da maturação biológica. São eles (RÉ, 2011):
G1: estagio 1: sem pelos ( estagio infantil)
G2- Estagio 2: pequena quantidade de pelos longos, finos e esparsos, lisos ou levemente encaracolados localizados na base do pênis.
G3 estagio 3: Perlos mais escuros, mais grossos e mais encaracolados, localizados na junção do púbis.
G4- estagio 4: pelos mais grossos que cobrem uma área maior do que a G3
G5- estagio 5 Pelos mais espalhados que cobrem uma área maior (estagio adulto).
Normalmente, os meninos atingem a fase de pico de crescimento em estatura e de ganho de massa muscular no estágio 4. Logo, nessa fase, deve-se iniciar o treinamento, visando diretamente a um amplo desenvolvimento das capacidades de força, velocidade e resistência (MALINA; BOUCHARD; BAR-OR, 2009).
Antes disso, principalmente até o estágio 2, o treinamento precisa ter grande ênfase na coordenação motora.
Apesar da validade e da importância do acompanhamento da maturação biológica por meio do desenvolvimento de pilosidade pubiana e de genitais, a maturação sexual é um processo contínuo, que apresenta limitações quando avaliado como uma variável discreta (dividida em estágios de 1 a 5).
Além disso, em uma pequena parcela da população, nem sempre, a idade biológica e os estágios de maturação sexual ocorrem em períodos iguais. Sendo assim, outros indicadores do processo de maturação biológica devem ser utilizados aqui, como o acompanhamento da curva de crescimento.
Gênero feminino
Diferentemente dos meninos, as meninas com maturação biológica precoce (antes dos 12 anos de idade) não apresentam uma vantagem transitória no desempenho esportivo. Isso ocorre, fundamentalmente, em função da composição corporal.
Isso não significa que a menina tenha uma queda no desempenho após a menarca. É comum observar uma evolução do desempenho motor feminino após o pico de crescimento em estatura e a menarca – especialmente se houver um envolvimento adequado em atividades físicas ou esportivas desde idades anteriores.
As mesmas estratégias apresentadas para a estimativa da idade biológica no gênero masculino podem ser utilizadas no gênero feminino (maturação sexual, morfológica, dental e esquelética).
Em relação ao estudo de Tanner (1962), no gênero feminino, são consideradas as características sexuais secundárias relacionadas ao aumento da pilosidade pubiana e do volume dos seios, com uma classificação que também ocorre em cinco estágios de maturação biológica (RÉ, 2011).
São eles:
M1- estagio 1: O mamilo tem pequeno relevo, e o seio ainda é plano (estagio infantil)
M2- estagio 2: Aumento do diâmetro da aureola (estagio do broto mamário), maior relevo do mamilo do que em M1, e o seio tem uma pequena elevação (inicio da puberdade).
M3- estagio 3: a aureola e os seios são maiores do que em M2- similar ao seio adulto pequeno.
M4- estagio 4: a aureola e o mamilo se sobressaem sobre o seio. Algumas garotas não apresentameste estagio e vao direto do M3 para o M5
M5 – estagio 5: Somente o mamilo se sobressai, e a aureola toma a forma do seio (estagio adulto).
P1- estagio 1: sem pelos ( ewstagio infantil);
P2: estagio 2: pequena quantidade de pelos finos e esparsos, lisos ou levemente encaracolados localizados ao redor dos grandes lábios.
P3- estagio 3: Pelos mais escuros, mais grossos, e mais encaracolados, localizados na juncao do púbis.
P4- estagio 4: Pelos mais grossos que cobrem uma área maior do que a P3
P5- estagio 5: pelos mais espalhados que cobrem uyma área ainda mairo (estagio adulto).
Normalmente, as meninas atingem a fase de pico de crescimento em estatura no estágio 3 ou 4 de desenvolvimento dos seios. Esse crescimento não é acompanhado de um pico no ganho de massa muscular.
As mesmas limitações descritas no gênero masculino em relação ao método proposto por Tanner (1962) são válidas para o gênero feminino, o que inclui o acompanhamento das curvas de crescimento.
VOCÊ SABIA?
Após o nascimento, a massa muscular de um recém-nascido corresponde a cerca de 25% do peso corporal, progredindo para 50% quando o indivíduo atinge a idade adulta.
A puberdade é a fase em que ocorre a taxa máxima de desenvolvimento, equivalente a um aumento de 10 vezes na produção de testosterona.
As células adiposas começam a se formar na fase fetal. A partir do nascimento, elas correspondem a mais ou menos 10% a 12% do peso corporal, evoluindo para 15% nos homens e para 25% nas mulheres quando atingem a fase adulta.
Tais células parecem aumentar durante a vida do indivíduo, surgindo em maior quantidade nas mulheres devido ao estrogênio, que provoca uma elevação dos depósitos de gordura, além do desenvolvimento das mamas e do crescimento do quadril.
Metabolismo
A capacidade de as crianças sustentarem um exercício supramáximo por mais de 30 segundos é menor do que a dos adultos. Isso se deve a uma redução da atividade enzimática glicolítica.
• A enzima piruvato desidrogenase (reguladora da glicólise) corresponde a cerca de um terço da quantidade encontrada em adultos.
• A atividade de outra enzima (lactato desidrogenase) aumenta gradativamente com a idade, à medida que se aproxima da puberdade. Devido a essa menor atividade em crianças, há menor concentração de lactato – tanto em atividades máximas quanto em submáximas.
Considerando todos os fatores citados anteriormente, podemos inferir que, em crianças, a capacidade de gerar energia para trabalhos de alta intensidade por meio do metabolismo anaeróbio é bem menor quando comparada com a dos adultos.
• Na puberdade, essa capacidade de geração de energia aumenta, em função da melhora na atividade enzimática (FARINATTI, 1995).
• Os níveis de ATP e CP na fibra muscular parecem ser iguais em crianças e em adultos. Entretanto, pouco adianta ter a mesma quantidade se não há enzimas suficientes para realizar o transporte.
Conforme se aproxima da puberdade, a enzima fosfocreatinase (CPK) bem como todas as outras responsáveis por potencializar a ação do metabolismo anaeróbico aumentam sua quantidade, o que ocasiona um melhor desempenho do metabolismo anaeróbico.
“Fica claro que a criança compensa uma menor capacidade anaeróbia através de um sistema aeróbio mais eficiente no que toca à prontidão com que torna a energia disponível.” (FARINATTI, 1995)
Concluímos, assim, que a criança é um ser eminentemente aeróbio, pois não necessita de estímulos longos para sobrecarregar esse sistema. Por isso, estímulos relativamente curtos e com variação de intensidade podem ser úteis, visto que são capazes de tornar a sessão de treino mais agradável para essa faixa etária.
Sistema cardiorrespiratório
O tamanho docoração está diretamente relacionado ao tamanho do corpo. Por isso, as crianças têm coração menor. A frequência cardíaca costuma ser alta em repouso (80-100 bpm), aparentemente como resultado do volume sistólico reduzido em relação ao tamanho corporal.
Devido a uma menor resistência periférica – que, por sua vez, aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos ativos –, em crianças, os valores atingidos pela pressão arterial em repouso e em exercícios submáximos são menores quando comparados a indivíduos adultos.
Um menor coração e um menor volume de sangue geram um menor volume de ejeção, que tem como consequência uma maior frequência cardíaca e um menor débito cardíaco durante o exercício (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2004).
Os gráficos a seguir apresentam essa relação entre crianças e adultos, demonstrando tal comportamento: 
Quanto à potência aeróbica, ao longo da idade, ocorre um aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) em termos absolutos. Esse aumento está intimamente relacionado ao crescimento da massa muscular.
Se considerarmos o VO2máx corrigido por indicadores de massa muscular, não haverá aumento com a idade em crianças e em adolescentes.
Crianças e atividade física
O crescimento não se dá de forma contínua, e os segmentos esqueléticos possuem diferentes épocas de desenvolvimento. Na puberdade, ocorre: aceleração do crescimento, aumento dos níveis de testosterona, diferenciação das fibras lentas e rápidas, distinção entre os sexos (antropometria e massa muscular) e menarca (inicio da menstruação).
O metabolismo basal nas crianças é 20% maior quando comparado ao dos adultos.
O excesso de atividade física pode contribuir, de forma negativa, para o crescimento. Mas uma programação com treinamento físico e controle alimentar pode contribuir para o desenvolvimento pleno da potencialidade geneticamente determinada.
A sensibilidade dos tecidos é proporcional a sua velocidade de envelhecimento. O treinamento proporciona maior liberação do hormônio do crescimento, que diminui com o passar dos anos.
Efeitos do hormônio do crescimento
Aumento da síntese proteica;
Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo;
Diminuição da utilização de glicose do organismo;
Estimulo ao crescimento ósseo.
Durante a última década, o aumento da obesidade em crianças e em adolescentes é atribuído, em grande parte, à inatividade física.
Quando persistem até a vida adulta, a obesidade e a inatividade física estão associadas a um maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras doenças relacionadas à saúde (ACSM, 2003).
A prescrição de exercícios para crianças e adolescentes deve ser individualizada, com base no nível de maturidade, no estado médico, no nível de perícia e nas experiências prévias com a prática de exercícios (ACSM, 2003).
Nas crianças pequenas, a ênfase deve ser dirigida ao jogo ativo, ao divertimento e as atividades recreativas que envolvem períodos contínuos de atividades.
Em crianças maiores, sugere-se a realização de 20 a 30 minutos de exercícios pelo menos 3 vezes por semana para obter maiores benefícios e gerar mais adaptações.
As atividades para crianças têm de ser variadas e englobar o trabalho da maior quantidade de grupos musculares possíveis, além de incluir a sustentação do peso corporal, o controle do peso, a aptidão cardiorrespiratória e o conteúdo mineral dos ossos (AMERICAN, 2003).
Benefícios da atividade física regular
Incentivo ao crescimento longitudinal (do osso em comprimento) e circunferencial ( em espessura dos ossos);
Controle do peso corporal;
Aumento da forca muscular e da flexibilidade;
Maior resistência cardiorrespiratória;
Queda dos níveis de colesterol e de triglicerídeos no plasma;
Prevencao de doenças cardiocirculatórias;
Diminuicao da ansiedade e do estresse;
Aumento da autoestima e da autoeficacia;
Divertimento ou prazer;
Interação social;
Desenvolvimento das habilidades básicas
Desenvolvimento de hábitos saudáveis para a vida toda;
Potencialização da capacidade de desempenho nos esportes e nas atividades recreativas.
Crianças podem – e devem – ser submetidas a um programa individualizado de exercícios que desenvolvam a força e a aptidão cardiorrespiratória.
Mas esse programa precisa seguir algumas diretrizes. São elas (ACSM, 2003):
1. Todas as atividades de treinamento de força têm de ser supervisionadas e monitoradas por profissionais devidamente treinados.
2. Por mais forte ou maduro que possa parecer, o indivíduo é fisiologicamente imaturo.
3. No início, o enfoque necessita ser direcionado ao aprendizado da técnica de execução para todos os movimentos e exercícios, acompanhando a aplicação gradual do peso.
4. Sugere-se a realização de movimentos de amplitude plena com a participação de múltiplas articulações.

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