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Arritmia Cardíaca Disciplina: Fisiologia Humana Professora: Maria Paula mellito da Silveira acadêmicas: ALINE QUIRINO FERREIRA rACCHEli feldberg lazaro renata soares de lima 1 Definição Arritmia cardíaca é um distúrbio na formação ou na condução dos impulsos elétricos que fazem o coração pulsar e determinam o ritmo das batidas do coração, o que altera o ritmo dos batimentos cardíacos, fazendo-o bater muito rápido (taquicardia), muito lento (bradicardia) ou de forma irregular (palpitação ou disritmia). Em si mesma, ela não é uma doença cardíaca, mas um sintoma que pode ocorrer em várias doenças ou condições do coração. (ABCMED, 2014) 2 Tipos Fibrilação atrial (ou palpitação) Fibrilação ventricular Taquicardia sinusal multifocal Taquicardia paroxística supraventricular Taquicardia ventricular Obstrução do coração (ou obstrução atrioventricular) Doença do nódulo sinusal (ABCMED, 2014) Sintomas Peso ou dor no peito Batimentos cardíacos acelerados ou lentos Falta de ar Tonturas Desmaios Palidez Sudorese Confusão mental Fraqueza Pressão baixa (ABCMED, 2014) 4 Fisiopatologia A fisiopatologia das arritmias cardíacas envolve mecanismos diversos, relacionados à automaticidade na geração do impulso, pós-despolarização e disparo do automatismo e condução do impulso. Alteração do automatismo cardíaco Alteração na condução cardíaca Alteração simultânea do automatismo e da condução cardíaca. (CARNEIRO et al, 2012) Causas Infarto do miocárdio; Cardiomiopatia; Bloqueio das artérias coronárias; Hipertensão arterial; Diabetes; Hipertireoidismo; Alcoolismo; Consumo exagerado de cafeína; (ABCMED, 2014) Diagnóstico Eletrocardiograma; Holter de 24 horas; Ultrassonografia; (ABCMED, 2014) Tratamento Choque elétrico, cardioversão elétrica ou desfibrilação. Medicamentos Implantação de marca-passo artificial Cirurgia de cauterização ou ablação. (LIMA, 2018) Tratamento Fisioterapêutico A reabilitação cardíaca é dividida em 4 fases: FASE 1: paciente hospitalizado (UTI/quartos); FASE 2: reabilitação cardiovascular após a alta, realiza-se em centro de reabilitação; FASE 3: supervisão selecionada a pacientes de moderado a elevado risco; FASE 4: não supervisionada. Tratamento Fisioterapêutico AVALIAÇÃO IMPRESCINDÍVEL: Anamnese; Exame físico; Teste ergométrico – Quando possível; Identificar o desencadeamento de isquemia miocárdica, disfunção ventricular, arritmias cardíacas e distúrbios de condução atrioventricular; Determinação do consumo de oxigênio (VO2), frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD), no pico do esforço; Estratificação do risco cardiovascular (classes). Tratamento Fisioterapêutico – FASE 1 Pacientes hospitalizados após o evento cardiovascular Inicia desde as 48 horas posteriores ao evento agudo até a alta hospitalar. OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA: Prevenir perda de capacidade física; Promover o posicionamento adequado no leito; Evitar complicações respiratórias e tromboembólicas; Facilitar a alta precoce do paciente internado SINAIS E SINTOMAS DURANTE O EXERCÍCIO: Nessa fase a duração total dos exercícios devem ser em torno de 20 minutos, duas vezes ao dia. Durante o exercício, pode aparecer alguns sinais e sintomas, tais como: Fadiga; Dispneia; Cianose; Palidez; Náuseas; ↑ 20 bpm acima da frequência cardíaca de repouso; Pressão sistólica 200 mmhg acima dos níveis de repouso. ***INTERRUPÇÃO DO EXERCÍCIO*** Tratamento Fisioterapêutico – FASE 1 CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS (1º DIA PÓS-OPERATÓRIO) Sentar no leito com cabeceira elevada; Padrões ventilatórios (exercícios respiratórios); Reeducação diafragmática; Higiene brônquica; Estímulo da tosse (ativa, ativa assistida ou huffing); Exercícios ativo-assistidos ou ativo livres de MMII (flexão-extensão de quadril e joelho); (2x15) Exercícios ativo assistidos MMSS; Exercícios metabólicos de MMSS e II (3 min); (2º DIA PO) Sentar fora do leito (cadeira); (3º DIA PO) Deambulação pelo quarto e/ou corredor (verificar os SSVV e Borg); (4º DIA PO) Exercícios ativo resistidos manuais de MMII; Mini-agachamento; (5º DIA PO) Descida de escadas (1 lance, aproximadamente 15 degraus); (6º DIA PO) Subida e descida de escadas (1 lance, aproximadamente 15 degraus). Tratamento Fisioterapêutico – FASE 2 Programa precoce de pós hospitalização, supervisionada pelo fisioterapeuta; O período de exercícios pode ser iniciado 24h após a alta hospitalar, sempre considerando o estado clínico do paciente; Tem duração prevista de 3 a 6 meses, podendo em algumas situações se estender por mais tempo. OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Melhorar a capacidade funcional do paciente; Melhorar a função cardiovascular; Conseguir modificações dos fatores de risco; Conseguir recuperar a autoconfiança do paciente depois do evento cardíaco. FC: medida antes do aquecimento a cada 2 minutos, durante o condicionamento com carga, ultimo minuto do relaxamento; PA: medida no repouso, final do condicionamento e ao final da sessão; ESCALA DE BORG: medida na fase de condicionamento e final . SINTOMATOLOGIA: (Precordialgia, Palpitação, Dispneia, Tontura) ***PARAR O EXERCÍCIO*** Tratamento Fisioterapêutico – FASE 2 CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS AQUECIMENTO (5 A 15 MINUTOS) Alongamento estático: MMSS + MMII + coluna lombossacra; Exercícios aeróbicos de baixa intensidade; Caminhada de 3 a 5 minutos; Exercícios respiratórios. CONDICIONAMENTO (20 A 30 MINUTOS) Exercícios aeróbicos; Exercícios resistidos (iniciados gradativamente com cargas leves e ir progredido ao longo das sessões). RELAXAMENTO (5 A 10 MINUTOS) Exercícios respiratórios; Alongamento estático; Exercícios leves. CONTRA-INDICAÇÕES À PRÁTICA DE EXERCÍCIO Referências ABCMED, 2014. Arritmia cardíaca: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e possíveis complicações. Disponível em: https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/567802/arritmia-cardiaca-conceito-causas-sintomas-diagnostico-tratamento-evolucao-e-possiveis-complicacoes.htm. Acesso em: 18 set. 2018. CARNEIRO, B. V. et al. Arritmias: fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico. Revista de Medicina e Saúde de Brasília. Vol.1, n.2. Brasília, 2012. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rmsbr/article/view/3328/2070. Acesso em: 18 set. 2018. LIMA, A. L. Arritmia cardíaca tem cura?. Disponível em: https://www.tuasaude.com/arritmia-cardiaca-tem-cura/. Acesso em: 18 set. 2018. CRUZ, A.V.S.L. A Atuação do Fisioterapeuta em Programas de Reabilitação Cardíaca, 2012. HERDY, A.H. et al. Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular, Vol. 103, n.2, Supl. 1, 2014. MAIR, V.; YOSHIMORI, D.Y. Perfil da fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.15, n.4, p.333-8, 2008. MESQUITA, A. Cirurgia Cardíaca, 2014. GARDENGHI, G.; DIAS, F.D. Reabilitação cardiovascular em pacientes cardiopatas. Integração. 2007; 51:387-92.
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