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economia mercantilismo e fisiocracia

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Universidade Federal do Piauí – UFPI
Centro de Ciências Humanas e Letras
Departamento de Economia
Introdução à Economia – Química
Professora: Caroline Rodrigues de Sousa
Aluna: Clarissa Bernardo de Oliveira Lima
Atividade I
Discorra sobre o mercantilismo. Explicando o seu contexto histórico, suas principais características e quem o mercantilismo beneficiou ou procurou beneficiar. (0,5)
Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas que foram aplicadas na Europa durante o período da Idade Moderna. Essa prática ficou marcada principalmente pela grande intervenção do estado na economia e durou por aproximadamente três séculos. Nesse contexto histórico, observamos a relevante associação entre os Estados nacionais, que buscavam meios de fortalecer seu poder político, e a classe burguesa responsável pelo empreendimento das atividades comerciais. Essa experiência de longo prazo teve grande importância para a acumulação primitiva de capitais. Os reis, recebendo apoio da burguesia mercantil, passaram a assumir o controle da economia nacional com o objetivo de trazer fortalecimento para o poder central, além de obter recursos para que seja possível fazer a expansão do comércio. Além disso, os governos eram controladores da economia, estabelecendo monopólio sobre as atividades mercantis e manufatureiras. A burguesia recebia em dinheiro o pagamento do governo, sendo favorecida pela concessão exclusiva, comprando por preço inferior tudo que os colonos produziam, e podiam vender por um valor superior para os colonos. A possibilidade de intervenção do Estado na economia era uma questão delicada no interior das monarquias nacionais europeias. Muitas vezes, as ações do governo iam de encontro com costumes outrora estabelecidos ou exigiam a quebra dos privilégios de determinados grupos sociais e econômicos. Sendo uma experiência de longo prazo, o mercantilismo abriu portas para a criação de uma economia capitalista integrada internacionalmente.
Discorra sobre a fisiocracia. Explicando o seu contexto histórico, suas principais características e quem a fisiocracia beneficiou ou procurou beneficiar. (0,5)
Fisiocracia é o nome dado à primeira escola de economia científica, surgida no século XVIII, onde o sistema econômico era visto como um organismo regido por leis inerentes ao cosmo. Nesta escola econômica desenvolveu-se a ideia da terra como fonte de toda a riqueza. Foi desenvolvida pelos fisiocratas a ideia central de governo da natureza e de liberdade de ação, em oposição aberta às complexas regulamentações governamentais que estavam por trás do mercantilismo. A escola fisiocrática, ao contrário do mercantilismo, estava concentrada na elaboração de uma explicação da vida econômica, e apesar de sua breve duração, e de certa proximidade cronológica com a escola clássica econômica. A escola Fisiocrática defende o liberalismo econômico alcançado com a não intervenção do Estado na economia. Assim, a economia seria governada pela ordem natural. Em consequência dessa linha, surge a expressão "laissez-Faire, laissez-Fasser", que significa "deixar fazer, deixar passar". O pensamento fisiocrata reduz a sociedade a três classes: a classe produtora, a classe dos proprietários e a classe estéril.
A classe agrícola é a responsável pelo cultivo da terra. É composta por produtores, arrendatários e camponeses. Já a classe dos proprietários, como o nome diz, é compreendida pelos donos da terra, que se sustentam da renda gerada pela classe agrícola. A classe estéril é integrada por todos os cidadãos que se ocupam de outras atividades diferentes da agricultura.
Os fisiocratas também defendiam a teoria do excedente, produzindo riquezas acima da demanda. Esse ponto está entre as principais críticas à Escola Fisiocrata que, segundo Marx, explora o trabalhador assalariado para obter renda, a chamada mais-valia.
 A fisiocracia como teoria científico-econômica teve vida bastante curta, de pouco mais de trinta anos, e foi uma ciência econômica exclusivamente francesa, pois todos os seus simpatizantes eram franceses.

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