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PET_Sistemas_Economicos

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1 
 
 
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 
PLANO DE ESTUDO TUTORADO 
COMPONENTE CURRICULAR: Sistemas Econômicos 
NOME DA ESCOLA: Escola Estadual Djanira Rodrigues de Oliveira 
ALUNO: 
TURMA: Administração - Módulo I TURNO: Noite 
MÊS: Agosto/2021 TOTAL DE SEMANAS: 4 
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8 
PROFESSORA: Alexandre Henrique Miranda Rosas 
E-MAIL: alexandrehmrosas@gmail.com WhatsApp: 98376-1554 
 
DICA PARA O ALUNO QUER SABER MAIS? 
Caro(a) estudante, 
 
A suspensão das aulas em virtude da propagação do COVID-19 foi 
uma medida de segurança para sua saúde. Mas, não é motivo para 
que você deixe de estudar e aprender sempre, lembrando que você 
inicia uma nova etapa da Educação Básica, que é a Educação 
Profissional. Dessa forma, você: 
 
1. Receberá Plano de Estudos Tutorado de cada um dos 
componentes curriculares. 
2. Terá acesso aos conceitos básicos da aula. 
3. Realizará algumas atividades. 
4. Precisará buscar informações em diferentes fontes. 
5. Deverá organizar o seu tempo e local para estudar. 
 
Anotar é um exercício de seleção das 
ideias e de maior aprendizado, por isso… 
(1) Ao anotar, fazemos um esforço de 
síntese. Como resultado, duas coisas 
acontecem. Em primeiro lugar, quem 
anota entende mais, pois está sempre 
fazendo um esforço de captar o âmago 
da questão. Repetindo, as notas são 
nossa tradução do que entendemos do 
conteúdo. 
(2) Em segundo lugar, ao anotar, nossa 
cabeça vaga menos. A disciplina de 
selecionar o que será escrito ajuda a 
manter a atenção no que está sendo 
dito ou lido, com menos divagações 
ou preocupações com outros 
problemas. Quando bate o sono ou o 
tédio, é a melhor maneira de retomar a 
atenção. 
 
Caro(a) estudante, busque anotar sempre o 
que compreendeu de cada assunto 
estudado.Não fique limitado aos textos 
contidos nas aulas. Pesquise em outras 
fontes como: livros, internet, revista, 
documentos, vídeos etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(EXEMPLO DE TEXTO A 
SER INSERIDO) 
 
mailto:alexandrehmrosas@gmail.com
 
2 
 
 
 
AGOSTO/2021 
 
Prolegômenos ao Capitalismo 
 
O feudalismo foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa 
Ocidental entre os séculos V a XV, durante a Idade Média. Baseava-se em grandes 
propriedades de terra, chamadas de feudos, que pertenciam aos senhores feudais, e 
a mão de obra era servil. 
Com a queda do Império Romano do Ocidente e a invasão dos povos bárbaros entre 
os séculos IV e V, a Europa atravessou um período de ruralização, isto é, os 
moradores da cidade se deslocaram para o campo, fugindo da instabilidade 
provocada pela movimentação dos bárbaros. 
A partir do século XV, o feudalismo entrou em crise por conta das mudanças ocorridas 
na Europa, como os renascimentos cultural, urbano e comercial. 
O que é feudalismo? 
De acordo com Jacques Le Goff, um dos principais estudiosos da Idade Média, o 
feudalismo é “um sistema de organização econômica, social e política baseado 
nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados 
— os senhores —, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de 
dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com 
que viver”. 
O feudalismo foi um modelo social e econômico que vigorou dos séculos V ao XV, na 
Europa Ocidental, e que marcou profundamente a Idade Média. Esse modelo era 
baseado na terra e, por meio dela, constituíam-se a atividade econômica e a estrutura 
social. 
Os feudos eram grandes propriedades de terra onde se baseavam as relações 
sociais e econômicas durante a Idade Média. 
Origem do feudalismo 
A origem do feudalismo está na crise que provocou a queda do Império Romano do 
Ocidente. No século III, por conta da crise econômica provocada pela falta de 
escravizados e das invasões germânicas, os romanos abandonaram as cidades e 
migraram para o campo com o objetivo de encontrar proteção e trabalho. Dessa 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/idade-media.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/crise-imperio-romano.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/crise-imperio-romano.htm
 
3 
 
 
AGOSTO/2021 
forma, surgiam os colonatos, nos quais aqueles que encontravam abrigos no campo 
trabalhavam para o seu senhor. 
O surgimento dos reinos germânicos, no século V, contribuiu para aprofundar o 
processo de ruralização europeia. Além desse movimento de saída das cidades 
para o campo, o enfraquecimento do poder político contribuiu para o surgimento do 
feudalismo. 
Características do feudalismo 
• Sociedade feudal 
Uma das causas da queda do Império Romano do Ocidente foi a invasão bárbara. Os 
povos que estavam fora dos limites do grande império atravessaram as suas 
fronteiras e adentraram no território, alcançando Roma. A capital do império foi 
saqueada pelos bárbaros. Essa ação violenta e a desestruturação do Império Romano 
fizeram com que os moradores das cidades fugissem para o campo em busca de 
proteção e trabalho. 
Nessa transição entre a queda do Império Romano, ocorrida no século IV d.C., e o 
início da Idade Média, observa-se a ruralização da Europa, ou seja, as cidades 
perderam suas forças para o campo. Os senhores feudais, os donos dos feudos, 
tornaram-se poderosos por conta da valorização as terras. Enquanto os 
imperadores concentravam poderes nos tempos de domínio romano, no feudalismo, 
o poder foi descentralizado nas mãos desses senhores donos das terras. 
A Igreja Católica se fortaleceu nesse período ao fazer alianças com os reis bárbaros 
que instalaram seus domínios na Europa. Dessa forma, os povos pertencentes a esses 
reinos foram convertidos ao cristianismo, e o papa se tornou poderoso não somente 
nos assuntos celestiais, mas também políticos. Iniciava-se a tradição, que se 
estendeu até o século XIX, dos papas coroarem os novos reis, uma cerimônia que 
marcava a aproximação da Igreja com o poder político. 
O clero se tornou uma classe social poderosa e atuante na formação da mentalidade 
medieval. A crença se baseava na força divina contra o maligno e na negação do fiel 
sobre os prazeres mundanos em busca da salvação da sua alma. A cultura clássica 
ficou guardada nos mosteiros para ser preservada das invasões, e os monges 
copistas tiveram papel importante na reprodução desses escritos. 
A ruralização europeia promoveu o fortalecimento dos nobres. A nobreza era 
formada pelos senhores feudais, por cavaleiros que garantiam a segurança dos 
 
4 
 
 
 
AGOSTO/2021 
feudos e por outros donos de terras. Nessa classe social se desenvolveu a fidelidade 
entre suseranos e vassalos. Os suseranos eram aqueles que concediam terras e 
outros favores aos vassalos, e estes, em troca, deveriam retribuir o favor quando 
solicitados. Essa fidelidade era uma característica dos povos bárbaros e que foi 
incorporada nas relações sociais feudais. Fazia-se uma cerimônia para tornar público 
o acordo firmado. 
Ao contrário da Idade Antiga, quando a mão de obra era escravizada, durante o 
período medieval, a mão de obra era servil. Os servos eram a maioria da população 
e originários daqueles que fugiram das invasões bárbaras e se abrigaram nos 
feudos. Em troca de moradia e proteção, os servos trabalhavam para os senhores 
feudais e para a sobrevivência deles mesmos e de suas famílias. A eles cabiam 
inúmeras exigências, cobranças sobre os usos dos utensílios pertencentes ao senhor 
feudal, a entrega de parte da produção, o dízimo para a Igreja. 
A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a minoria que estava no topo 
da pirâmide social (nobres e clero) era sustentada pela classe de maior tamanho e 
a única que trabalhava, a dos servos. Era uma sociedade estamental, que não 
permitia a mobilidade social, conforme um ditado da época: “Existem aqueles que 
lutam (nobres), aqueles que rezam (clero) e aqueles que trabalham (servos)”. 
Os cavaleiros eramnobres que guerreavam durante a Idade Média. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/classe-social.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/idade-antiga.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/mobilidade-social.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/clero.htm
 
5 
 
 
 
AGOSTO/2021 
 
• Economia feudal 
A economia durante a Idade Média era basicamente agrária, o que não significa 
afirmar que o comércio tenha desaparecido. Durante a Antiguidade Clássica, o mar 
Mediterrâneo foi o principal local do comércio marítimo. Com a expansão árabe a 
partir do século VII d.C., o Mediterrâneo foi conquistado por esse povo, e os europeus 
ocidentais não tinham alternativa a não ser a agricultura. Além disso, com a fuga das 
cidades para o campo, a terra se valorizou. 
A prática agrícola exigia cuidado com a terra. Para isso, os servos que trabalhavam 
nela utilizavam instrumentos como o arado e a força dos animais domesticados. Uma 
técnica para manter a fertilidade do solo era a rotação das terras. Enquanto uma 
porção do terreno era utilizada, a outra porção ficava de repouso e era utilizada na 
plantação seguinte, enquanto a utilizada anteriormente ficava de repouso. Com isso, 
aumentou-se a produção e, consequentemente, a população. 
• Política feudal 
No início do período medieval, os reis germânicos tentaram manter a unidade 
territorial do Império Romano. Os reis germânicos eram chefes políticos e militares, 
pois atuavam à frente dos seus soldados em momentos de guerra. O poder secular 
estava ligado ao poder religioso, por isso a Igreja Católica tinha grande influência na 
política medieval. Com a queda do império carolíngio, a unidade territorial se desfez 
e o poder se descentralizou entre os senhores feudais. Cada feudo se 
autogovernava, estabelecendo sua própria política. 
Concessão de terras 
Com a ruralização da Europa, as terras se valorizaram e se tornaram moedas de troca. 
O rei carolíngio, Pepino, o Breve, cedeu grande quantidade de terras para a Igreja 
Católica, mais especificamente na região central da Península Itálica. Surgiam assim 
os Estados Pontifícios, que eram territórios pertencentes ao papa e que vigoraram 
até a Unificação Italiana, em meados do século XIX. O atual território do Vaticano, em 
Roma, é o que restou desses Estados e só foi reconhecido pelo governo italiano após 
a assinatura do Tratado de Latrão, na década de 1920. 
A doação de terras não se restringiu apenas aos monarcas da Alta Idade Média. Quem 
obtivesse algum terreno fazia questão de doá-lo ao clero no intuito de que tal ação 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/agricultura.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-romano.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-carolingio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-carolingio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-carolingio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/imperio-carolingio.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/unificacao-italiana.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/alta-idade-media.htm
 
6 
 
 
 
AGOSTO/2021 
seria retribuída na eternidade. Dessa forma, de doação em doação, a Igreja se 
tornou dona de uma grande quantidade de terras durante o período medieval. Se 
ela já detinha o poder espiritual, também exercia enorme poder sobre a terra. 
Outra forma de concessão de terras era mediante acordos de fidelidade. As relações 
sociais na Idade Média eram caracterizadas dessa forma. O vassalo era o 
proprietário de terra que a cedia para um suserano em troca da sua fidelidade. 
Essa concessão era feita mediante contrato celebrado em evento público, com toda 
pompa e a presença de um bispo para assegurar a sua validade e a sua execução. 
Crise do feudalismo 
A crise do feudalismo começou a partir do século XII, quando mudanças na 
sociedade europeia colocaram em xeque as estruturas do feudalismo. As cidades 
voltaram a surgir após séculos de abandono, desde os tempos das invasões bárbaras. 
Houve o aumento populacional ocorrido no ano 1000, também chamado de “ano da 
paz de Deus”, por conta da queda significativa nas guerras medievais. Com 
o aumento demográfico, a produção agrícola também se expandiu, exigindo maior 
trabalho dos servos e o uso de técnicas mais avançadas para atender a demanda. 
Outro fator que transformou a sociedade europeia foram as Cruzadas. Inicialmente 
eram expedições religiosas que se dirigiam até o Oriente para resgatar os locais 
sagrados para os cristãos e que estavam nas mãos dos islâmicos. No entanto, essas 
expedições ganharam outras dimensões ao trazerem para a Europa Ocidental 
produtos orientais, como as especiarias. 
O comércio retomava suas atividades após mais de um milênio de predomínio 
agrícola. O mar Mediterrâneo voltava a receber expedições comerciais que 
interligavam o Ocidente com o Oriente. As cidades italianas de Gênova e Veneza 
fizeram acordos comerciais com os islâmicos a fim de manter a abertura do 
Mediterrâneo para essa nova onda comercial. 
Surgia nesse contexto a burguesia, uma classe social formada por comerciantes 
que enriqueceram com as trocas comerciais de produtos orientais. Ao redor dos 
feudos se formavam as feiras, que faziam as negociações dos produtos; instalava-se 
os primeiros bancos para fazer as conversões monetárias, e as moedas voltavam a 
circular no Ocidente. 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/crise-feudalismo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/cruzadas.htm
 
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AGOSTO/2021 
Após séculos de domínio eclesiástico sobre a produção cultural, o período final do 
feudalismo marcou a retomada o cientificismo, ou seja, da pesquisa científica no 
estudo sobre a natureza. Temendo represálias da Igreja, muitos cientistas faziam 
seus experimentos às escondidas. O humanismo começava a se fortificar na Europa, 
um movimento cultural que valorizava o ser humano e toda sua potencialidade. 
Mesmo mantendo as temáticas religiosas, as produções artísticas no final da Idade 
Média apontavam para as expressões de traços humanos na pintura e escultura. 
Essas mudanças na Europa Ocidental são chamadas de renascimento. O europeu 
da transição da Idade Média para a Idade Moderna buscava fazer renascer os 
princípios humanistas que caracterizaram a cultura clássica greco-romana. O 
teocentrismo, Deus no centro do Universo, cedia lugar para o antropocentrismo, o 
ser humano como centro e principal medida de todas as coisas. 
A crise do feudalismo não foi apenas pela retomada dos valores greco-romanos. 
A peste negra foi uma doença altamente infecciosa e que se alastrou por toda a 
Europa, matando 1/3 da população. Com o excesso de trabalho e desejosos por sair 
dos feudos e mudar de vida nas cidades, os servos de revoltaram contra os seus 
senhores, encerrando um período de mais de um milênio de obrigações e apego à 
terra. 
Os reis começaram a ganhar força política ao liderarem as tropas militares que 
abafaram as revoltas servis e atuaram na linha de frente das guerras entre os 
primeiros reinos europeus, como a Guerra dos Cem Anos, um conflito envolvendo a 
França e a Inglaterra. De chefes militares, os reis ganhavam poderes políticos e 
começavam a se tornar monarcas absolutistas, característica dos reinos modernos. 
Veja também: Invasões normandas – incursões vikings no reino dos francos e na 
Inglaterra atual 
Resumo sobre o feudalismo 
• O feudalismo foi um modelo econômico e social, baseado na terra e na 
relação de fidelidade entre homens, que durou ao longo de toda a Idade 
Média. 
• A origem do feudalismo está no final do Império Romano, quando surgiram 
os colonatos — terras onde os romanos buscavam abrigo e, em troca, 
trabalhavam para os seus donos. 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/humanismo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/renascimento-cultural.htmhttps://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/renascimento-cultural.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/peste-negra.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-dos-cem-anos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/invasoes-normandas.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/invasoes-normandas.htm
 
8 
 
 
AGOSTO/2021 
• Características do feudalismo: política descentralizada, economia rural e 
sociedade estamental. 
• Concessão de terras acontecia dentro da relação de fidelidade entre os 
homens, na qual o suserano concedia uma porção de terras para um 
vassalo. 
• A crise feudal se deu por conta das mudanças na Europa provocadas pelos 
renascimentos cultural, urbano e comercial. 
 
ECONOMIA MEDIEVAL OU ECONOMIA DA IDADE MÉDIA 
A Idade Média (500 a 1000 d.C) abriu uma nova era para a humanidade. Uma outra concepção 
de vida deu a largada com o cristianismo, que floresceu com a queda do Império Romano. Seus 
ensinamentos, a partir da legalização por um decreto do ano 311, assinado pelo Imperador 
Constantino, passaram a ser disseminados por toda a Europa. 
Foi nessa época, que as igrejas e os mosteiros tornaram-se poderosos. A igreja tornou-se o 
maior agente de perpetuação da cultura de disseminação do saber e de desenvolvimento 
administrativo. Como o pensamento cristão condenava a acumulação de capital (riqueza) e a 
exploração do trabalho, a opção da igreja, então, foi pelo retorno à atividade rural. Diante dessa 
situação o que de fato aconteceu foi que a igreja, através de seus conventos e mosteiros, acabou 
tornando-se proprietária de grandes áreas de terra. A terra transformou-se na riqueza por 
excelência. Nasceu, assim, o regime feudal, caracterizado por propriedades nas quais os 
senhores e os trabalhadores viveram do produto da terra ou do solo. Neste período embora fosse 
o rei quem dirigia o Estado, ele não possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a 
autoridade máxima era a do senhor da gleba (os proprietários ou arrendatários) e onde 
labutavam* os servos (os trabalhadores). 
Capitalismo 
O capitalismo é um sistema econômico e social baseado no direito à propriedade privada, 
no lucro e na acumulação de capital. 
A palavra capital vem do latim capitale e significa "cabeça", no qual faz alusão às cabeças 
de gado, ou seja, uma das medidas de riqueza nos tempos antigos. Atualmente, capital 
está relacionado diretamente com o dinheiro ou crédito. 
Também conhecido como economia de mercado, o capitalismo opera através das leis da 
livre iniciativa, da livre concorrência e das leis da oferta e da procura. 
Surgiu no século XV, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a partir da 
decadência do sistema feudal e do nascimento de uma nova classe social, a burguesia. 
O sistema capitalista se consolidou a partir das revoluções burguesas ocorridas nos 
séculos XVII e XVIII e, da revolução industrial, que instituiu um novo modo de produção. 
 
 
9 
 
 
 
AGOSTO/2021 
Características do capitalismo 
Capitalismo é o sistema socioeconômico predominante no mundo contemporâneo. O seu 
principal objetivo é obter lucros e o acúmulo de riquezas. 
O sistema capitalista surgiu em meados do século XV, substituindo o Feudalismo que 
imperava durante a Idade Média. Com este novo modelo, emergia a burguesia, a produção 
de capital, a desigualdade social, entre outras características que começaram a marcar o 
capitalismo. 
Confira alguns dos principais aspectos que definem este sistema político-econômico que 
domina o mundo era da Globalização: 
1. Obtenção de lucro e a acumulação de riquezas 
Este é o principal objetivo do capitalismo: obter riquezas. O lucro é proveniente dos 
valores acumulados a partir do trabalho coletivo fornecido pelas empresas privadas e 
desempenhado pelo proletariado (trabalhadores). 
Para que o lucro seja sempre positivo, os donos dos meios de produção (capitalistas) 
adotam medidas de contenção de custos, como fornecedoras e matérias-primas mais 
baratas. 
Descubra as diferenças entre o Capitalismo e o Socialismo. 
2. Trabalhadores são assalariados 
O trabalho assalariado é outra das principais características desse sistema 
socioeconômico. Os trabalhadores (proletariado) tem o direito por lei de receber uma 
remuneração em troca da sua força de trabalho. 
O salário começou a se tornar mais comum durante o período conhecido por Capitalismo 
Industrial (a partir de meados do século XVIII). Até então, a servidão e a escravidão eram os 
dois sistemas com maior presença no mundo, refletindo os costumes praticados durante a 
Idade Média (Feudalismo) 
No sistema capitalista contemporâneo, os proletários representam a grande maioria, que 
dependem dos salários pagos fixamente pelos capitalistas (donos das propriedades 
privadas). 
Os assalariados, por sua vez, usam este dinheiro para adquirir produtos e serviços de 
outros capitalistas, fazendo com que o sistema se movimente constantemente. 
3. Predominância da propriedade privada 
No sistema capitalista, os sistemas produtivos pertencem a uma pessoa ou a um grupo, de 
maneira geral. Estes são bens particulares ou áreas de utilização individual. 
 
10 
 
 
Existe também dentro do sistema capitalista as chamadas empresas estatais, que em tese 
são de administração do Estado. Mas, devido às intensas crises econômicas, muitas delas 
acabam por ser privatizadas, ou seja, vendidas para empresas privadas. 
4. Estado intervém pouco no mercado (Economia de Mercado) 
Esta é a livre iniciativa de regulamentar o mercado capitalista, com pouca ou sem 
intervenção do Estado. Este processo é realizado através da chamada lei da oferta e da 
procura, onde os preços dos produtos são determinados de acordo com a procura pelos 
consumidores e a quantidade deste em oferta. 
Para obter um melhor lucro, as empresas precisam oferecer produtos de qualidade com 
preços acessíveis. Neste sentido, a concorrência é outro fator resultante desta lei da oferta 
e da procura, pois ela amplia as opções de compra, o que faz com que os preços possam 
baixar. 
5. Divisão entre classes sociais 
Considerada a característica mais polêmica do sistema capitalista, a divisão de classes 
determina dentro do processo de trabalho coletivo, o lado que detém o poder e o lucro e o 
lado de quem trabalha para a produção deste lucro. 
De um lado está uma minoria denominada capitalista, representada pelos donos dos 
meios de produção e de capitais e do outro lado a maioria chamada proletários, pessoas 
que vendem sua força de trabalho em troca de um salário que garanta saúde, 
alimentação, transporte, lazer, etc. 
Este é o ponto principal da divisão de classes, pois nem sempre o capitalista oferece uma 
remuneração adequada e suficiente para atender todas as necessidades básicas dos 
trabalhadores. 
Saiba mais sobre o Capitalismo e o que é ser Capitalista. 
6. Crescimento da desigualdade social 
Por fim, a desigualdade entre as classes sociais pode se tornar abissal, fazendo com que 
hajam grupos detentores de muita riqueza, enquanto outros vivendo em extrema pobreza. 
A desigualdade social é um dos frutos mais problemáticos do capitalismo. Essa 
disparidade costuma estar associada ao desnivelamento na economia do país, ou seja, 
quando este não é capaz de garantir condições básicas para a garantia de um padrão de 
vida de qualidade para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
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AGOSTO/2021 
Origem do capitalismo 
O capitalismo surgiu na Europa Ocidental devido às mudanças ocorridas no sistema 
feudal. Com a centralização do poder nas mãos do rei e da ascensão da burguesia a partir 
do comércio e da circulação de mercadorias. 
O surgimento de novas técnicas de fabricação e o aumento da urbanização possibilitaram 
a mudança do modo de produção e permitiram o barateamento e o melhor atendimento 
às demandas de mercadorias. 
 
O Banqueiro e sua esposa, de Marinus van Reymerswaele, de 1539 
 
 
A melhoriados meios de transporte, principalmente o marítimo, possibilitou a chegada 
desses produtos a territórios distantes e o estabelecimento de rotas comerciais. 
Desde então, o capitalismo sofreu uma série de transformações, mas manteve sua base 
fundamental e características principais. 
Para Adam Smith, um dos principais pensadores do liberalismo, o sistema capitalista é o 
único que pode funcionar por ter como base a necessidade natural dos indivíduos de 
atender os seus interesses próprios. 
O auto-interesse seria guiado por uma mão invisível que conduziria à melhoria das 
condições de vida da sociedade como um todo. 
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, 
mas da consideração que ele tem pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas 
ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem 
obter. 
 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/adam-smith/
 
12 
 
 
AGOSTO/2021 
Assim, o sistema preza pela redução da intervenção do Estado na economia, para que o 
próprio mercado possa regular as suas relações. 
 
Fases do Capitalismo 
Podemos dizer que o capitalismo está dividido, historicamente, em três fases. São elas: 
• Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) 
• Capitalismo Industrial ou Industrialismo 
• Capitalismo Financeiro ou Monopolista 
 
Capitalismo Comercial 
O pré-capitalismo ou capitalismo comercial, chamado também de mercantilismo, vigorou 
dos séculos XV ao XVIII. 
Nesta época, a Europa passa pela transição do feudalismo para o capitalismo. A terra deixa 
de estar associada diretamente ao poder e se torna um bem, podendo ser vendido como 
qualquer mercadoria. 
Assim, o intuito principal do capitalismo comercial estava no acúmulo de capital através do 
comércio, da balança comercial favorável (vender mais do que consome) e da conquista de 
colônias. 
Capitalismo Industrial 
O Capitalismo Industrial ou Industrialismo surgiu com a Revolução Industrial no século 
XVIII, a partir da transformação do sistema de produção. 
Nesse caso, houve a mudança no modo de fabricar produtos manufaturados. Antes, cada 
produto era feito de maneira artesanal, em pequenas quantidades. Nesse modo, a 
demanda era anterior à produção. 
Com o surgimento do motor a vapor e de máquinas mais elaboradas, passa-se para 
grandes escalas de produção. A oferta dos produtos passa a ser anterior à demanda, 
cresce a necessidade de criar um mercado consumidor. 
Desta maneira, o Capitalismo Industrial enfoca no desenvolvimento do sistema fabril de 
produção. Este vai necessitar mais mão de obra e desta maneira surge a classe operária. 
Capitalismo Financeiro ou Monopolista 
Por fim, o capitalismo financeiro, iniciado no século XX, consolidado com a Primeira Guerra 
Mundial, vigora até os dias atuais. 
O capitalismo financeiro está fundamentado nas leis dos bancos, das empresas e das 
grandes corporações por meio do monopólio industrial e financeiro. 
Por isso, essa terceira fase do capitalismo é conhecida 
como Capitalismo Monopolista Financeiro. Importante ressaltar que as indústrias e os 
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AGOSTO/2021 
comércios ainda lucram, porém, são controlados pelo poderio econômico dos bancos 
comerciais e de outras instituições financeiras. 
Poucas e grandes empresas passaram a dominar o mercado através de trusts, holdings e 
cartéis. 
Baseado no fenômeno da globalização, alguns estudiosos defendem a teoria de que o 
capitalismo já está numa nova fase de desenvolvimento, denominada de capitalismo 
informacional. 
MERCANTILISMO 
Com a propagação do Novo Mundo (inclusive o Brasil nas Américas), com o crescimento e o 
desenvolvimento das cidades, as fisionomias social, política e econômica tão 
profundamente moldadas na Idade Medieval, sofrerem profundas transformações. Novos 
conceitos surgiram no campo do comércio e da produção. Na mesma proporção em que se 
enfraquecia o pensamento religioso, operava-se uma forte centralização política, ocorrendo 
a criação das nações modernas e das monarquias absolutas, germes do capitalismo. 
A prática mercantilista predominou até o início do século XVII, dando como base 
fundamental ao comércio o aumento das riquezas. Neste cenário ocorreu uma reação 
contra os excessos do absolutismo e das regulamentações. Tivemos então a fase do 
mercantilismo* em decorrência do crescimento do capitalismo comercial, representando, 
com o capitalismo industrializado no início do século XVIII, a Economia. 
O mercantilismo foi um regime de nacionalismo econômico que fazia da riqueza o principal 
fim do Estado. Assinalou, na história econômica da humanidade, o início da evolução dos 
Estados modernos e das novas concepções sobre os fatos econômicos, notadamente sobre 
a riqueza. 
A finalidade principal do Estado, no entender dos mercantilistas, era de se encontrar os 
meios necessários para que o respectivo país adquirisse a maior quantidade possível de 
ouro e prata. Os mercantilistas pretendiam disciplinar a indústria e o comércio, de forma a 
favorecer as exportações em detrimento das importações, ou seja, procuravam manter a 
balança comercial favorável. 
O Brasil-Colônia foi influenciado pelo ideal mercantilista, e pelo regime do exclusivo 
comercial utilizado pelo Império Português. Somente com a chegada de D. João VI ao Brasil 
é que foram eliminadas as restrições mercantilistas, permitindo-se a instalação de indústrias 
nativas e o comércio direto com as demais nações. 
 
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14 
 
 
 
ESCOLA FISIOCRATA 
“Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que significa “poder da natureza”. Os fisiocratas não 
acreditavam que uma nação pudesse se desenvolver mediante, apenas, o acúmulo de 
metais preciosos e estímulos diretos ao comércio; acreditavam ser necessário também o 
investimento em produção. Não na produção industrial (ou comercial), mas na produção 
agrícola, pois somente nessa eram possíveis a geração e a ampliação de excedentes. 
Agora que você já sabe o significado do termo fisiocrata, saberia dizer qual o objetivo da 
investigação dos fisiocratas? Isso mesmo! O objeto da investigação dos fisiocratas é o 
sistema econômico em seu conjunto, sendo este conjunto regido por uma ordem natural, à 
semelhança da ordem que rege a natureza física. 
Na Escola Fisiocrata tivemos um grupo de economistas franceses do século XVIII que 
combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, uma Teoria do Liberalismo 
Econômico. As teses do liberalismo econômico foram criadas para combater o 
mercantilismo. A Teoria Liberal pressupõe a emancipação da economia de qualquer dogma 
externo a ela mesma, no qual todos os agentes econômicos são movidos por um impulso 
de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma 
ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a 
sociedade. ou seja, podemos entender, desde já, que o pensamento fisiocrático é uma 
resposta direta, ou uma reação, ao mercantilismo. 
François Quesnay (1694–1774), médico da corte de Luís XV e de Madame de Pompadour, foi 
o fundador da escola fisiocrata, com a publicação na França, em 1758, do livro Tableau 
Economique, em que apresenta a primeira análise sistêmica da formação de uma economia 
no formato macro. François Quesnay tem uma grande importância na economia e foi o mais 
influente representante da escola fisiocrata. Dentre as características da escola fisiocrata 
podemos destacar: comércio baseado no regime do exclusivo comercial (metrópole e 
colônia) e monopólio do Estado na regulamentação das atividades comerciais. 
Os fisiocratas concedemà ordem da natureza uma economia inteiramente de mercado 
(capitalista), na qual cada um trabalha para os demais, ainda que acredite que trabalhe 
apenas para si mesmo. 
Os fisiocratas acreditavam que as economias obedeciam a leis naturais. O Quadro 
Econômico proposto por Quesnay influenciou os estudos macroeconômicos e quantitativos 
na ciência econômica. É importante destacarmos ainda a elevada menção que os fisiocratas 
atribuíam à ordem natural decorrente da estrutura econômica francesa por volta de meados 
do século XVIII. Tratavase de uma economia predominantemente agrícola, sendo a terra 
propriedade de caráter eminentemente senhorial. 
 
 
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O capitalismo já se desenhava na agricultura, e existia uma classe bem definida de 
arrendatários (pessoas que arrendavam as terras dos senhores para trabalhar). Também 
existiam muitos camponeses (pequenos agricultores) em boa parte do país. Do confronto 
entre a agricultura capitalista e a camponesa, obtivemos a superioridade da agricultura 
capitalista em termos da capacidade produtiva. Naturalmente, isso levava à crença de que 
agricultura baseada na produção capitalista (e não mais no fundamento do feudalismo), 
baseada na capacidade empresarial dos arrendatários burgueses (lembre-se disso!), 
constituía a mais avançada e a mais desejável das formas de produção. 
O único trabalho produtivo dos fisiocratas é o trabalho agrícola. E está na terra o poder de 
dar origem a um produto líquido que se liga, fundamentalmente, à renda fundiária. Talvez, 
nesse ponto, resida grande limitação teórica dos fisiocratas, na medida em que 
consideravam apenas produtivo o trabalho agrícola. 
Como observamos, para os fisiocratas, a sociedade é governada por leis naturais 
semelhantes às que existem na natureza. Portanto, o Estado, não deve intervir nesta ordem 
natural. Com isso, conforme dito antes, criticavam o intervencionismo estatal do 
mercantilismo e defendiam a posição liberal do Estado, com frases que ficaram na história: 
laissezfaire e laissez-passer (deixai fazer e deixai passar). 
Liberalismo 
No século XVIII, com as mudanças produzidas nos sistemas políticos e econômicos, surgem 
vários teóricos que pretendem explicar o funcionamento da economia, por conseguinte, 
do capitalismo. 
Desta maneira, surgem duas correntes: 
• Liberalismo: defende que a interferência do Estado deve ser mínima, 
encarregando-se apenas de regular a economia, cobrar impostos e cuidar do bem-
estar dos cidadãos. 
• Anti-liberalismo ou intervencionista: entende que a economia deve ser planejada 
a partir do Estado, que fixaria preços, estabeleceria monopólios e regulações. 
 
 
Liberalismo Econômico 
O liberalismo econômico é uma doutrina surgida no século XVIII e seu principal 
representante é o escocês Adam Smith (1723 -1790). 
O liberalismo econômico defende a não-intervenção do Estado na economia, a livre-
concorrência, do câmbio-livre e da propriedade privada. 
Resumo 
O liberalismo econômico surgiu quando os Estados Nacionais estavam se constituindo. 
Assim, um grupo de pensadores criticava o que eles consideravam uma excessiva 
intervenção do Estado na economia, deixando pouco espaço para a livre-iniciativa. 
 
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AGOSTO/2021 
Os liberais rebatiam as ideias do mercantilismo e dos fisiocratas que defendiam o controle 
do Estado na economia através de monopólios, altos impostos e proteção aos grêmios de 
profissões. 
Assim, o liberalismo econômico se caracteriza pela não intervenção do Estado na 
economia, à defesa da propriedade privada e a livre concorrência. 
 
“Laissez Faire, Laissez Passer” 
A expressão em francês “laissez faire, laissez passer” (Deixai fazer, deixai passar) resume 
um princípio caro aos liberais que defendem a liberdade econômica. 
Para os liberais, o indivíduo é o agente econômico e, por este motivo, o Estado não deve 
interferir nas atividades econômicas com muitas regras. Se há algum desajuste, o próprio 
mercado o corrigirá naturalmente, ou seja, é autorregulador. 
Cabe ao Estado, no liberalismo, a manutenção da ordem, a preservação da paz e a 
proteção à propriedade privada. 
Livre Concorrência 
A livre concorrência engloba a liberdade para o comércio produzir, fixar preço e controlar a 
qualidade da produção. O próprio mercado, com sua lei de oferta e procura, ajustaria a 
demanda e o valor das mercadorias, sem necessidade de interferência estatal. 
O câmbio livre, por sua vez, tem como objetivo a queda das tarifas alfandegárias que 
levam ao protecionismo. 
Vantagem Comparativa 
Nesta corrente, cada país deveria se especializar somente nos artigos que tivessem a 
capacidade de produzir em vantagem na comparação com outras nações. 
Seria uma espécie de divisão internacional do trabalho, com cada país mantendo a 
tradição produtiva que lhe cabe. 
Exemplo: no país X é possível plantar trigo e soja. No entanto, o rendimento da soja é 
muito mais elevado que o do trigo. Desta maneira, o país X deveria desistir de plantar trigo 
para se dedicar apenas a plantação de soja. 
No século XVIII, contudo, quando existiam as colônias, o liberalismo afirmava que alguns 
países deveriam fornecer somente produtos agrícolas, enquanto a outros competiriam os 
bens industrializados. 
Pensadores do Liberalismo 
O século XVIII que viu surgir o liberalismo político e a Revolução Francesa foi cheio de 
pensadores que defendiam a liberdade no campo econômico e político. 
 
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Adam Smith (1723-1790) A Riqueza das Nações 1776 
 
O pensamento liberal foi defendido por Adam Smith, considerado como o pai do 
liberalismo e fundador da escola clássica. 
podemos afirmar que as ideias de Smith correspondiam aos anseios do poder da 
burguesia, e, como um liberal, ele defendia: 
• a mais ampla liberdade individual; 
• o direito inalienável à propriedade; 
• a livre iniciativa e a livre concorrência; 
• a não-intervenção do Estado na economia. 
 
Entretanto, para Smith (1981), o Estado deveria ter três funções: 
• proteger a sociedade da violência e da invasão de outras sociedades independentes; 
• proteger, na medida do possível, todo membro da sociedade da injustiça e da 
opressão de qualquer de seus membros ou oferecer uma perfeita administração da 
justiça; 
• e fazer e conservar certas obras públicas, e criar e manter certas instituições públicas, 
cuja criação e manutenção nunca despertariam o interesse de qualquer indivíduo ou 
de um grupo de indivíduos, porque o lucro nunca cobriria as despesas que teriam 
esses indivíduos, embora, quase sempre, tais despesas pudessem beneficiar e 
reembolsar a sociedade como um todo. 
Na sua análise histórica e sociológica, Smith acreditava que, embora os indivíduos pudessem 
agir de forma egoísta e estritamente em proveito próprio, existia uma “mão invisível”, 
decorrente da providência divina, que levava esses conflitos à harmonia. Assim podemos 
dizer que a “mão invisível” era o próprio funcionamento sistemático das leis naturais. 
O fundamento no pensamento smithiano é o fato de haver indicado quase todos os 
problemas que viriam a ser objetos de reflexão científica subsequente. 
 
 
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Da mesma forma os filósofos e economistas ingleses Thomas Robert Malthus e David 
Ricardo expandiram as ideias do liberalismo econômico. 
Thomas Malthus (1776-1834) 
Thomas Robert Malthus estudou o crescimento das populações e a capacidade dos 
recursos naturais para mantê-las. Desta maneira, acredita que os recursos crescem em 
proporções aritméticas e a população cresce em proporções geométricas. 
Assim, guerras, desastres naturais e epidemias funcionariam como um regulador das 
necessidades de consumo em consonância com o tamanho da população. 
O pensamento de Malthus foi publicado em 1798, na obra "Ensaio Sobre o Princípio da 
População". 
David Ricardo (1772-1823) 
O filósofo inglês David Ricardo expôs a teoria da vantagemcomparativa onde defendia 
que o comércio internacional deveria ser dividido conforme a possibilidade de cada país. 
Desta maneira, as transações seriam justas e não haveria necessidades de barreiras 
alfandegárias. 
Transpondo essa teoria para as empresas, Ricardo afirma que as empresas também 
encontram vantagens competitivas quando diferenciam produtos e serviços, possuem o 
monopólio do mercado ou encontram políticas favoráveis aos negócios. 
Críticas 
O liberalismo econômico será duramente criticado no século XIX pelo marxismo que 
declarava que o liberalismo era o culpado pela concentração de riqueza da burguesia e a 
pobreza da classe operária. 
Igualmente, ele vai perder força após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando as 
economias nacionais tiveram que ser reorganizadas a partir do Estado. Nesta época, a 
escola econômica que predominou foi o keynesianismo. 
Neoliberalismo 
As ideias liberais voltaram nos anos 80 e 90 quando foram renomeadas de neoliberalismo. 
Defendia-se privatização, a diminuição dos funcionários públicos e a abertura do mercado 
interno. Foram aplicadas em todo mundo, inclusive no Brasil, no governo de Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
 
 
 
 
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Críticas 
O liberalismo econômico será duramente criticado no século XIX pelo marxismo que 
declarava que o liberalismo era o culpado pela concentração de riqueza da burguesia e a 
pobreza da classe operária. 
Igualmente, ele vai perder força após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando as 
economias nacionais tiveram que ser reorganizadas a partir do Estado. Nesta época, a 
escola econômica que predominou foi o keynesianismo. 
Neoliberalismo 
As ideias liberais voltaram nos anos 80 e 90 quando foram renomeadas de neoliberalismo. 
Defendia-se privatização, a diminuição dos funcionários públicos e a abertura do mercado 
interno. Foram aplicadas em todo mundo, inclusive no Brasil, no governo de Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questinonários: 
01. (FAAP) Durante grande parte da Idade Média, a Europa Ocidental viu definhar 
lentamente as atividades comerciais, a ponto de quase desaparecerem. Cite dois fatores 
que causaram o atrofiamento do comércio nesse período: 
02. (FUVEST) Politicamente, o feudalismo se caracterizava pela: 
a) atribuição apenas do Poder Executivo aos senhores de terras; 
b) relação direta entre posse dos feudos e soberania, fragmentando-se o poder central; 
c) relação entre a vassalagem e suserania entre mercadores e senhores feudais; 
d) absoluta descentralização administrativa, com subordinação dos bispos aos senhores 
feudais; 
e) existência de uma legislação específica a reger a vida de cada feudo. 
 
03. (UNIP) O feudalismo: 
a) deve ser definido como um regime político centralizado; 
b) foi um sistema caracterizado pelo trabalho servil; 
c) surgiu como conseqüência da crise do modo de produção asiático; 
d) entrou em crise após o surgimento do comércio; 
e) apresentava uma considerável mobilidade social. 
04. (PUC) A característica marcante do feudalismo, sob o ponto de vista político, foi o 
enfraquecimento do Estado enquanto instituição, porque: 
a) a inexistência de um governo central forte contribuiu para a decadência e o 
empobrecimento da nobreza; 
b) a prática do enfeudamento acabou por ampliar os feudos, enfraquecendo o poder 
político dos senhores; 
c) a soberania estava vinculada a laços de ordem pessoal, tais como a fidelidade e a 
lealdade ao suserano; 
d) a proteção pessoal dada pelo senhor feudal a seus súditos onerava-lhe as rendas; 
e) a competência política para centralizar o poder, reservada ao rei, advinha da origem 
divina da monarquia. 
05. (UNIP) Sobre o feudalismo, assinale a alternativa correta: 
a) A economia era dinâmica, monetária e voltada para o mercado. 
b) A sociedade era móvel, permitindo a ascensão social. 
c) O poder político estava centralizado nas mãos de um monarca absolutista; 
d) A mão-de-obra básica era formada por trabalhadores escravos. 
e) As principais obrigações devidas pelos trabalhadores eram a corvéia e a talha. 
 
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06. (SANTA CASA) A Alta Idade Média (séculos V – XI) tem como uma de suas 
características singulares, que a define historicamente: 
a) o desaparecimento dos reinos germânicos do Ocidente; 
b) a consolidação e generalização do trabalho servil; 
c) a organização das Cruzadas para combater os infiéis do Islão; 
d) o desenvolvimento – com posterior centralização – do poder real; 
e) o Renascimento Comercial, que reestruturou a vida econômica feudal. 
07. (MACK) Marque a correspondência errada: 
a) Corvéia – imposto em trabalho. 
b) Talha – imposto em produtos. 
c) Banalidades – imposto em produtos. 
d) Vintém – imposto em produtos. 
e) Mão-morta – imposto em produtos. 
08. (MED. SANTOS) Quanto às relações entre suseranos e vassalos: 
a) senhor e servo eram categorias semelhantes a suseranos e vassalos; 
b) o servo prestava homenagem ao senhor feudal; 
c) o senhor feudal concedia o benefício ao vassalo; 
d) as obrigações entre vassalos e suseranos eram recíprocas; 
e) o juramento de fidelidade podia ser rompido a qualquer momento. 
09. (FUVEST) 
“Empunhando Durandal, a cortante, 
O rei tirou-a da bainha, enxugou-lhe a lâmina, 
Depois cingiu-a em seu sobrinho Rolando 
E então o papa a benzeu. 
O rei disse-lhe docemente, rindo: 
Cinjo-te com ela, desejando 
Que Deus te dê coragem e ousadia, 
Força, vigor e grande bravura 
E grande vitória sobre os infiéis.” 
(La Chanson d’Aspremont) 
A que ritual medieval se refere o texto? Qual o significado desse ritual? 
10. (UFRN) Os acontecimentos abaixo constituem as características principais do 
feudalismo, exceto: 
a) Ausência de poder centralizado. 
b) As cidades perdem sua função econômica. 
c) Instauração da relação vassalagem / suserania. 
 
22 
 
 
d) Comércio internacional intenso. 
e) Organização do trabalho com base na servidão. 
11. O mercantilismo foi uma doutrina econômica que vigorou na Europa entre os séculos 
XV e XVIII. Foi predecessora do liberalismo e, até certo ponto, sua antagonista. É correto 
afirmar que o mercantilismo era 
A) contra o protecionismo aduaneiro. 
B) contra o controle do governo sobre a economia. 
C) contra o Estado absolutista. 
D) a favor da acumulação de metais preciosos. 
E) a favor da liberdade de comércio, principalmente entre as colônias e outros países. 
12. A expansão marítima europeia, ocorrida nos séculos XV e XVI, deu-se sob a égide do 
Mercantilismo, como sistema político-econômico que tem, entre seus pressupostos 
teóricos básicos: 
A) a organização da sociedade pelos moldes feudais. 
B) a composição política a partir das cidadesestados. 
C) a existência de um governo forte e centralizado que controla a economia. 
D) a subordinação da política a uma economia monetária. 
E) a supervalorização da agricultura como fonte principal de riqueza. 
13. (UEL PR/2001) “[O indivíduo], orientando sua atividade de tal maneira que sua produção 
possa ser de maior valor, visa apenas o seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros 
casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte 
de suas intenções. (…) Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes 
promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona 
realmente promovê-lo.” 
(SMITH, A. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 379-380). 
Sobre o liberalismo, considere as seguintes afirmativas: 
I – O liberalismo econômico, cujos princípios, como o livre comércio, a propriedade privada 
e a lei de mercado, favoreceram o desenvolvimento do capitalismo, teve em Adam Smith 
um de seus principais fundadores. 
II – A sistematização das análises econômicas no livro História da riqueza das nações 
contribuiu para a definição da economia como ciência. 
III – No trecho acima, Adam Smith denunciou os malesdo individualismo e do egoísmo 
econômico. 
 
23 
 
 
IV – A “mão invisível” citada por Adam Smith é uma metáfora que pode ser substituída pela 
definição liberal de mercado. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
 
14. (UFTM MG/2005) No livro A Riqueza das Nações, Adam Smith (1723-1790) lançou as 
bases do liberalismo econômico, cujas características são 
a) a agricultura como fonte de riqueza do país e a livre empresa. 
b) o livre mercado e as restrições à propriedade privada. 
c) a intervenção do Estado na economia e o livre comércio. 
d) o trabalho como fonte de riqueza e a liberdade de concorrência. 
e) a liberdade de produção e o protecionismo alfandegário. 
 
15. (UEM PR/2006) A respeito do Liberalismo Econômico, assinale o que for incorreto: 
a) O livro de Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776), é a base teórica principal do 
capitalismo liberal. 
b) O Liberalismo opõe-se teoricamente ao Mercantilismo. 
c) Mesmo tendo algumas diferenças teóricas, a visão de Adam Smith se somava à Fisiocracia 
na defesa do livre comércio. 
d) A frase Laissez paire, laissez passer, le monde va de lui-même (Deixai fazer, deixai passar, 
que o mundo anda por si mesmo) expressa o pensamento do Liberalismo. 
e) As teses liberais de Adam Smith serviram de inspiração, inclusive, para os regimes 
fascistas que floresceram na Europa no século XX. 
 
16. (FATEC SP/2006) Adam Smith, teórico do liberalismo econômico, cuja obra, Riqueza das 
Nações, constitui o baluarte, a cartilha do capitalismo liberal, considerava 
a) a política protecionista e manufatureira como elemento básico para desenvolver a 
riqueza da nação. 
b) necessária a abolição das aduanas internas, das regulamentações e das corporações 
então existentes nos países. 
c) a propriedade privada como a raiz das infelicidades humanas, daí toda a economia ter de 
ser controlada pelo Estado. 
d) a terra como fonte de toda a riqueza, enquanto a indústria e o comércio apenas 
transformavam ou faziam circular a riqueza natural. 
e) o trabalho como fonte de toda a riqueza, dizendo que, com a concorrência, a divisão do 
trabalho e o livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas.

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