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GEL048 – Paleontologia Aula 6: Paleoecologia Paleobiogeografia Sumário 2 • Paleoecologia – Conceitos – Aplicações • Paleobiogeografia – Biogeografia: conceitos e divisões – Paleobiogeografia: conceitos e aplicações – Aspectos que dificultam a Paleobiogeografia – Dispersão X Vicariância Paleoecologia • Área da Paleontologia que tem como objetivo recuperar dados ecológicos de ecossistemas e organismos do passado, através do registro fóssil e geológico • Paleoecologia de Ecossistemas – Características abióticas: clima, relevo, nutrientes, etc. – Características bióticas: vegetação, teia trófica, particionamento ecológico, etc. • Paleoecologia de Organismos – Paleossinecologia interações ecológicas – Paleoautoecologia características biológicas • Dificuldade Registro fóssil e Tafonomia 3 Paleoecologia • Tem como base os princípios e métodos da Ecologia – Ecologia de Populações – Ecologia de Comunidades – Ecologia Numérica – Ecologia de Paisagens – Autoecologia + Atualismo • Os dados ecológicos são extraídos dos fósseis/rochas através da Tafonomia, Sedimentologia, Geoquímica e Morfologia Funcional 4 5 6 Em apenas 50 cm = diversos grupos de dinossauros, angiospermas, gimnospermas, crocodilomorfos, pterossauros e peixes É o ecossistema do Cretáceo mais bem preservado!!! 7 8 Paleoecologia • Os dados sobre os fósseis e geologia permitem a identificação de muitos parâmetros ecológicos • Eventualmente, reconstruções artísticas são feitas 9 Paleoecologia • Paleoautoecologia: – Os organismos como representantes de sua espécie – Como estes reagem aos fatores ambientais bióticos e abióticos – Estudo da adaptabilidade a um biótopo – Morfologia, Etologia, Fisiologia – Migrações e relações ecológicas intraespecíficas e interespecíficas 10 Paleoecologia • Os dados paleoautoecológicos são inferidos em 3 etapas (quando possível): 1. Interpretação funcional da morfologia/anatomia/fisiologia 2. Analogia como espécies viventes Atualismo 3. Contexto sedimentar e a distribuição dos fósseis da espécie estudada • Ex: Mesossauro (um “réptil” primitivo) do Permiano da Bacia do Paraná 11 1. Interpretação funcional da Morfologia – Corpo hidrodinâmico – Aumento do número de falanges – Indícios de forte musculatura abdominal e caudal – Membranas interdigitais (fóssil!) – Muitos dentes, longos e delgados – Crânio alongado – Cauda longa 12 2. Analogia com espécies viventes Gavial 13 3. Contexto sedimentar e registro fóssil 14 • Da paleoautoecologia é possível tirar diretamente conclusões paleoambientais 15 Paleoecologia • As informações da autoecologia de uma espécies são importantes por: – Determinar características próprias da espécie • Morfologia • Fisiologia • Comportamento – Servir de ponto de partir para o estudo da Paleossinecologia 16 Paleoecologia • Paleossinecologia: estudo das Paleocomunidades – Distribuição – Abundância – Demografia – Relações ecológicas Tudo isso a partir do registro fóssil! • A principal barreira para o estudo da Paleossinecologia é o próprio registro fóssil Falho e Tendencioso (alterado pela Tafonomia) 17 18 Paleoecologia • Uma Análise Paleoecológica é feita utilizando diversas ferramentas quanto mais dados, mais completa a análise – Estratigrafia – Taxonomia – Background ecológico – Nível de transporte (autóctone, etc.) – Sedimentologia e Tafonomia inferência ambiental – Biomecânica – Análise geoquímica 19 Paleoecologia • Todos esse atributos tendem a diminuir efeitos da perca de dados pelo professo de fossilização • Permitem uma reconstrução mais detalhada 20 Paleoecologia • Os principais problemas na Análise Paleoecológica: – Comparações com representantes atuais Apesar de efetivo, não 100% – Registro incompletos Teia/Relações ecológicas incompletas – Artefatos tafonômicos Possíveis alterações em dados autoecológicos – Mistura temporal Ecossistemas separados temporalmente tem seus elementos misturados – Tendência de se coletar só os melhores espécimes Detalhes sempre são perdidos 21 Paleoecologia • Uniformitarismo/Atualismo e Analogias – No estudo paleoecológico, uma das etapas é a comparação com elementos da biota atual, e extrapolar os dados para “análogos ecológicos” em associações fósseis – O Uniformitarismo não é 100% cautela acima de tudo! • Ex: – Uso de comunidades de bivalves modernos como análogos de comunidades de braquiópodes do paleozóico – Modernos corais (cnidários) X Corais rugosos (bivalves) 22 Paleoecologia 23 24 25 Reconstruções Paleoecológicas 26 Reconstruções Paleoecológicas 27 Reconstruções Paleoecológicas • Importante: Estrutura de Comunidades atuais Base para o entendimento de paleocomunidades 28 Reconstruções Paleoecológicas 29 Reconstruções Paleoecológicas • Oviraptorossauro: sem dentes, curto pneumático e com a musculatura da mandíbula muito desenvolvida. A análise da biomecânica do seu crânio sugere que a mandíbula foi projetada para quebrar objetos duros, como conchas 30 Reconstruções Paleoecológicas 31 Reconstruções Paleoecológicas 32 Reconstruções Paleoecológicas 33 Reconstruções Paleoecológicas 34 Reconstruções Paleoecológicas 35 Reconstruções Paleoecológicas 36 Reconstruções Paleoecológicas 37 Reconstruções Paleoecológicas 38 Reconstruções Paleoecológicas 39 Reconstruções Paleoecológicas 40 Reconstruções Paleoecológicas 41 42 43 44 Reconstruções Paleoecológicas 45 Reconstruções Paleoecológicas 46 Reconstruções Paleoecológicas 47 Reconstruções Paleoecológicas 48 Reconstruções Paleoecológicas 49 Reconstruções Paleoecológicas 50 Reconstruções Paleoecológicas 51 Reconstruções Paleoecológicas 52 Reconstruções Paleoecológicas 53 Reconstruções Paleoecológicas 54 Evolução das Reconstruções Paleoecológicas 55 Paleobiogeografia 56 Paleobiogeografia • Biogeografia – Estudo da distribuição geográficas dos organismos Estabelece a distribuição e Explica o porquê dessa distribuição • Diretamente relacionada à – Ecologia: fatores ecológicos de distribuição – Geologia: fatores históricos (geológicos) de distribuição 57 Paleobiogeografia • Biogeografia Ecológica: – Estuda os fatores ambientais/ecológicos que determinam a distribuição dos organismos – Estuda os mecanismos que mantêm ou modificam essa distribuição • Biogeografia Histórica: – Estuda a distribuição espacial e temporal dos organismos, como conseqüência de fatores históricos – Estuda os mecanismos históricos que explicam a distribuição das espécies • Na prática: sobreposição de fatores ecológicos e históricos na distribuição das espécies 58 Paleobiogeografia • Paleobiogeografia – Estuda a distribuição de organismos fósseis Reconstrução dos padrões de distribuição geográfica de espécies extintas Explicar os padrões segundo processos históricos • Paleobiogeografia Biogeografia Histórica – Estuda os processos históricos na distribuição de espécies extintas Biogeografia Histórica – Uma vez que evidências ecológicas são difíceis de serem totalmente esclarecidas Biogeografia Ecológica – Requer: • Sistemática bem desenvolvida • Conhecimento dos eventos geológicos 59 60 Distribuição Espécies atuais X Espécies fósseis Recente Fóssil 61 62 63 64 Paleobiogeografia 65 • Alguns conceitosde Biogeografia: – Endêmico X Cosmopolita – Reinos Biogeográficos • Áreas geográficas com grande quantidade de taxa endêmicos, limitas por barreiras biogeográficas • Barreira Biogeográfica qualquer obstáculo à dispersão – Abiótica / Biótica – Barreiras: • Terrestre: mares, rios, montanhas, desertos, etc. • Aquático: variação de salinidade, temperatura, O2, etc. 66 67 Paleobiogeografia • Paleobiogeografia reconhecimento de Paleobarreiras 68 Paleobiogeografia • Paleobiogeografia reconhecimento de Paleobarreiras 69 70 71 Paleobiogeografia • Paleobiogeografia Biogeografia Histórica de taxa extintos • Resolve questões biogeográficas de espécies fósseis • Dá base para estudos biogeográficos de linhagens que permanecem até hoje • Ex: Biogeografia Histórica de Aves está relacionada a Paleobiogeografia de Dinossauros Terópodes 72 73 Paleobiogeografia • A Paleobiogeografia tem como base metodológica a Biogeografia Histórica – Área de Endemismo – Reinos Biogeográficos – Dispersão X Vicariância – Métodos: Biogeografia Filogenética, Pan-biogeografia, etc. • Um bom estudo Paleobiogeográfico requer – Um bom estudo sistemático e filogenético do grupo de estudo – Conhecimentos dos eventos geológicos à época dos eventos determinantes da distribuição das espécies 74 75 76 Paleobiogeografia 77 Paleobiogeografia 78 Paleobiogeografia 79 • Orthogenysuchus e Mourasuchus/Purussaurus Orthogenysuchus Mourasuchus Purussaurus Paleobiogeografia 80 • Orthogenysuchus e Purussaurus/Mourasuchus 81 82 83 84 Paleobiogeografia 85 BC C 1. Um evento de dispersão: China Brasil 2. Dois eventos de dispersão: China Brasil Brasil China Paleobiogeografia • O estudo da Paleobiogeografia é dificultada por: – Hipótese Filogenética pouco suportada Erro na seqüência de eventos evolutivos – Eventos geológicos não reconhecidos Erro no reconhecimentos de eventos de dispersão/vicariância barreiras não conhecidas – Artefatos Tafonômicos • Diagênese problemas na sistemática do grupo • Retrabalhamento problemas nas idades dos fósseis 86 Paleobiogeografia • Ocorre também fenômenos como resultado da Deriva Continental: – Efeito Arca de Noé Espécies viventes – Efeito Barco Funeral Viking Espécies fósseis • Ex: Sub-continente Indiano 87 Paleobiogeografia • Duas fases são reconhecidas na história biogeográfica de um grupo: – Mobilismo: os organismos tendem a se dispersar por uma área geográfica até se depararem com barreiras restritivas – Imobilismo: após a distribuição ter se estabilizado, os organismos estariam dependentes de algum evento dinâmico na área Transposição de uma barreira biogeográfica Formação de uma nova barreira biogeográfica 88 89 90 Importante • Dispersão: – Cada evento é único, relacionado à distribuição de uma população ou espécie – Cada espécie apresenta barreiras biogeográficas diferentes – Explica um caso específico de distribuição biogeográfica • Vicariância: – Explica padrões biogeográficos de escala global – Cada evento está relaciona à distribuição de uma grande quantidade de espécies • A melhor ferramenta para explicar a distribuição de um grupo é um bom Registro Fóssil • Além do conhecimento dos eventos geológicos e a relação desses eventos na distribuição de grupos fósseis e atuais 91 92 Distribuição de Tapiridae (antas) 93 Distribuição de Tapiridae (antas) 94 95 Marsupiais Métodos de Biogeografia Histórica • Biogeografia Filogenética • Pan-biogeografia • Biogeografia Cladística • Análise de Componentes • Árvores Reconciliadas • Etc., etc., etc... 96 GEL048 – Paleontologia Sumário Paleoecologia Paleoecologia Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Paleoecologia Paleoecologia Paleoecologia Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Paleoecologia Paleoecologia Slide Number 18 Paleoecologia Paleoecologia Paleoecologia Paleoecologia Paleoecologia Slide Number 24 Slide Number 25 Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Slide Number 42 Slide Number 43 Slide Number 44 Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Reconstruções Paleoecológicas Evolução das Reconstruções Paleoecológicas Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Slide Number 60 Distribuição�Espécies atuais X Espécies fósseis Slide Number 62 Slide Number 63 Slide Number 64 Paleobiogeografia Slide Number 66 Slide Number 67 Paleobiogeografia Paleobiogeografia Slide Number 70 Slide Number 71 Paleobiogeografia Slide Number 73 Paleobiogeografia Slide Number 75 Slide Number 76 Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Slide Number 81 Slide Number 82 Slide Number 83 Slide Number 84 Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Paleobiogeografia Slide Number 89 Slide Number 90 Importante Slide Number 92 Distribuição de Tapiridae (antas) Distribuição de Tapiridae (antas) Slide Number 95 Métodos de Biogeografia Histórica
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