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CASOS CONCRETOS DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 1 Descrição CASO CONCRETO: Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se: a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? Resposta: Não deverá ser acolhida a tese de defesa, tendo em vista que as obrigações são autônomas e cabe ao endossante de pagar como garantidor, o menor não é titular do titulo de crédito b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela? Resposta: Principio da autonomia, pois em cada obrigação os agentes são autônomos aos demais. Lei 57.663/66 – art. 7º e 17. QUESTÃO OBJETIVA 1: São princípios gerais dos títulos de crédito: a) literalidade, forma e causa. b) forma, causa e abstração. c) negociabilidade, anterioridade e literalidade. d) modelo, cártula e autonomia e) cartularidade, literalidade e autonomia QUESTÃO OBJETIVA 2: Quanto à classificação dos títulos de crédito, é incorreto afirmar: a) Quanto ao modelo, os títulos podem ser classificados como livres (letra de câmbio e nota promissória) e vinculados (cheque e duplicata). b) quanto à estrutura, os títulos se classificam como ordem de pagamento ou promessa de pagamento. c) como exemplo de ordem de pagamento, temos a letra de câmbio, e como promessa de pagamento a nota promissória. d) quanto às hipóteses de emissão, os títulos de créditos podem ser classificados em causais e não causais. e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não causais, visto que não dependem de causa específica para serem emitidos. DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 2 Descrição CASO CONCRETO: Fernando Lopes emite uma letra de câmbio em face de Luan e a favor de Eduarda, que a endossa em branco para Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, por sua vez, também endossa em preto para João. Este endossa em branco e repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para Eunice, e assim vai por Emerson e Vitor. Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso em preto. Diante disso: a) Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título. Resposta: Os obrigados pelo pagamento são o Fernando Lopes, Luan, Eduarda, Rebeca, Maria e Victor. b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor. Resposta: O principal efeito do endosso em preto é fazer com que titulo fique nominal e caso o portador queira transferi-lo obrigatoriamente deverá faze-lo por endosso. QUESTÃO OBJETIVA 1: No que se refere ao instituto do aval, assinale a alternativa correta: a) o aval tem exatamente os mesmos efeitos do endosso. b) em qualquer título de crédito, é vedado o aval parcial, conforme determina o artigo 897, parágrafo único do Código Civil. c) no caso das letras de câmbio, é permitido o aval parcial, por força de previsão em legislação especial. d) o aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as mesmas características. e) assim como a fiança, o aval admite benefício de ordem, ou seja, primeiramente a cobrança deve recair sobre o avalizado, e depois sobre o avalista. DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 3 Descrição CASO CONCRETO: (VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações: A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? Resposta: Em tese o aval dado por Bianca é valido, tendo em vista que é uma relação autônoma, conforme previsto no art 899 § 2º do CC “Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vicio de forma” B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? Resposta: Caio poderá cobrar o titulo 1º de Bianca e em 2º de João que endossou o titulo, Lei Uniforme 57.663/66 art. 15, 32 e 47 QUESTÃO OBJETIVA : (MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do débito: a) é ônus do credor b) é ônus do devedor c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício. d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Essa NÃO cai na prova Título Caso Concreto 4 Descrição CASO CONCRETO: (OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens. A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. Resposta: O avalizado é o Celso Ramos, tratam-se de avais simultâneos conforme Sumula 189 STF. Cada coavalista responderá pela sua cota parte. B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário? Resposta: O endossatário demandará apenas o valor correspondente ao dia 12/09/13, tendo em vista que a data da letra de cambio para pagamento em favor de Antonio Olinto quem esta sendo demandado é o Celso Ramos. QUESTÃO OBJETIVA: (TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas. (V ) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. (F ) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve em trinta e seis meses contados do dia em que ação pode ser proposta. (V) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção fundada em direito pessoal, na nulidade de sua obrigação e na falta de requisito necessário ao exercício da ação cambial. (V ) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus cooperados, um título de crédito de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico subjacente. Assinale a alternativa que apresenta sequência CORRETA. a) FVVF b) VFVV c) VVFF d) FFFV DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 5 Descrição CASO CONCRETO: Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente noBanco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões: a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria? Resposta: Não pelo principio da literalidade (todo ato contido no titulo deve conter o que esta descrito nele na forma nominal, ou seja, não tem a possibilidade de ajuizar ação em face de Maria) b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? Resposta: Lei 7357/85 - Art . 1º O cheque contêm: I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. QUESTÃO OBJETIVA: (TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. Nesse caso, a) Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um único endosso. b) o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de responsabilidade pelo seu pagamento. c) por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como cheque. d) José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento do título. e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado. Art. 912 CC DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 6 Descrição CASO CONCRETO: (TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida. Resposta: Face a mitigação do princípio da cartularidade para os títulos existentes apenas no meio virtual, e permitindo ao credor a execução de título de crédito desmaterializado (duplicata virtual) sem a necessidade de apresentação do documento original. A Lei 5.474/68, no artigo 15, estabelece a possibilidade da duplicata, quando concebida de forma não materializada, ser executada, quando tenha sido protestada por indicação; esteja acompanhado de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria ou da prestação de serviços; e o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite. O Código Civil em seu art. 889. “Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. (...) § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.” Com base estritamente nos dispostos da lei 5.474/68, haveria impossibilidade de se emitir uma duplicata virtual por decorrência do não colhimento da assinatura do emitente, a qual pelo requisito formal do titulo, expresso no artigo 2º da referida lei. Além disso, não estaria sendo atendido o requisito da cartularidade da duplicada, obstando assim uma possível execução cambial do credito. Pois não se teria o título em mãos e tão menos os demais documentos que são necessários a propositura da ação executória dependendo do aceite que foi dado. Bem como não seriam obedecidos todos os requisitos expostos no artigo 2º da lei 5474/68. Veja-se: a) Se for uma execução de duplicata com aceite ordinário (resulta da assinatura do comprador aposta no local apropriado da duplicata. Art. 7º, caput da lei 5474/68), basta a juntada do titulo. O protesto apenas será necessário quando for para executar um coobrigado e facultativo quanto ao devedor principal. b) Se for uma execução de duplicata com aceite por comunicação (resulta da comunicação, por escrito, ao vendedor, de seu aceite, quando da retenção da duplicata pelo comprador, devidamente autorizado pela instituição bancária cobradora), deve ser juntada aos autos a comunicação que foi enviada ao comprador relativa ao ace i te . c) Se for uma execução de duplicata com aceite por presunção (resulta do recebimento da mercadoria, com ou sem devolução do título ao vendedor, sem qualquer recusa formal), terá que ser juntado o instrumento de protesto e também o comprovante da entrega da mercadoria. Esses requisitos são condições da ação . Se faltar essa documentação na execução, ela será anulada." QUESTÃO OBJETIVA: (Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: a) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. b) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento. c) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento. d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. e) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título. DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 7 Descrição CASO CONCRETO: (TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de Papéis Ltda, com sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos materiais e moraisque pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização. Resposta: Contrato de representação Lei 4886/65 art. 27, alínea J“Do contrato de representação comercial, além dos elementos comuns e outros a juízo dos interessados, constarão obrigatoriamente: j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante não poderá ser inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação. QUESTÃO OBJETIVA: (ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia o uso de sua marca a outro, prestando-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos, mediante remuneração direta ou indireta, sem que fique caracterizado vínculo empregatício, tem-se um contrato de: a) compra e venda mercantil. b) comodato. c) franquia. d) corretagem. e) comissão mercantil.
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