Buscar

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNINTER – UNIVERSIDADE INTERNACIONAL
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - EAD
MARIA JOSIANE DE AGUIAR MARTINS
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MUCAMBO– CE
2018
UNINTER – UNIVERSIDADE INTERNACIONAL
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - EAD
MARIA JOSIANE DE AGUIAR MARTINS
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Artigo Científico apresentado à Universidade Internacional - UNINTER, como requisito parcial para a obtenção de título da Segunda Licenciatura em Pedagogia.
MUCAMBO – CE
2018
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MARIA JOSIANE DE AGUIAR MARTINS
RESUMO
Este trabalho tem como proposta de estudo apresentar uma visão sobre a importância do ensino-aprendizagem na vida da criança, como também, explanar sobre o valor que tem o desenvolvimento da autonomia na educação infantil. Essa abordagem será apresentada mediante uma exposição sobre o ensino aprendizado como fator social e familiar. A partir daí relacionaremos a vivencia professor-aluno neste processo de ensino e aprendizado. Assim, mostraremos que esse processo de ensino–aprendizado se concretiza quando é favorecido um desenvolvimento da autonomia do aluno. Veremos que essa autonomia é fator preponderante na interdependência do aluno. E por fim, enfatizaremos a importância dos jogos e brincadeira para o processo de ensino e aprendizado na educação infantil.
Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Jogos. Autonomia. Independência. 
1. Introdução
	Queremos neste trabalho remeter a importância do ensino e aprendizagem da educação infantil, destacando como essencial para o processo de expansão cognitivo da criança. Diante disso, versaremos sobre o desenvolvimento essencial da autonomia na educação infantil, como processo explorado no meio escolar e familiar, servindo de projeção para a realidade social da criança.
	Enfatizaremos dentro da metodologia do ensino–aprendizagem os fatores sociais e familiares como contribuintes dessa etapa da educação infantil. Destacaremos como se dá essa relação professor-aluno no seguimento da aprendizagem.
	Destacaremos sobre o desenvolvimento da autonomia da criança na educação infantil. Etapa essa, que será focalizada por meio da independência concedida à criança no ambiente familiar e escolar. Sendo que focalizaremos sobre o papel da família e da educação escolar como pilares fundamentais para o despertar da autonomia da criança dentro desse processo de mudanças. Pois o docente carrega essa missão de instruir e formar mediante a relação de liberdade e valores, concedidos no ensino à criança.
	Por fim, focalizaremos a importância dos jogos e das brincadeiras como fatores norteadores da autonomia na educação infantil. Relataremos sobre o significado que os jogos trazem para o aprendizado da criança, como também, como meio de favorecer um despertar de novas ideias. Assim, os jogos lúdicos trazem conhecimentos e gera curiosidade na descoberta de novas realidades na vida da criança.
	Este estudo foi desenvolvido mediante a inspiração de alguns estudiosos que deram seu tempo para mergulhar no mundo tão amplo e intenso que é a educação infantil, como processo de ensino constante. Dentre eles destacamos Kishimoto, Piaget e Kamii.
2. Desenvolvimento
2.1. O ensino aprendizagem como fator social e familiar
A aprendizagem é o que se absorve mentalmente ao longo do tempo por meio da experiência arquivada na memória e, aprender, é adquirir conhecimentos, é instruir-se; o ensino é o meio, o vínculo pelo qual se dá a aprendizagem. Por isso, que o fator que gera conhecimento é fruto do espaço e do tempo em que a criança está inserida. De tal forma, que a construção do aprender é construindo ao longo das relações social e familiar.
Assim, podemos entender que a educação da criança começa dentro da estrutura familiar como base primária de todo conhecimento. A partir dessa relação primeira com o saber, a criança começa a conhecer novos horizontes ao seu redor através das relações sociais na escola e na vizinhança com os colegas. Assim, neste entendimento, 
a educação não pode ser mais baseada em um fazer descompromissado, de realizar tarefas e chegar a um resultado igual à resposta que se encontra no final do livro texto, mas do fazer que leva ao compreender, segundo a visão piagetiana. (VALENTE, 1999, p. 31).
A Educação Infantil para Piaget (1997), é uma das fases de formação da criança que começa no berço familiar e vai dando continuidade na escola e no meio social em que habita. Após o alicerce da formação familiar, inicia-se a interação da criança principiante com novas descobertas para a vida. Consequentemente, isso requer que sejam atendidas em ambientes apropriados e com profissionais bem preparados. 
Por meio das atividades de aprendizagem, a criança é motivada a ir ao encontro do novo no ambiente escolar, para germinar conhecimentos e, o professor juntamente com a família, são os grandes responsáveis e mediadores desse processo. 
Para que a aprendizagem suceda é imprescindível que se funde em um ambiente onde o amoldamento afetuoso seja a condição primordial. E para isso, se faz necessário existir um intercâmbio entre o ambiente familiar e a escola como o segundo ambiente socializado. Mas segunda as orientações dos parâmetros curriculares nacionais:
[...] a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora [...]. (p. 15)
Por conseguinte, a criança necessitará sentir-se segura, acolhida e protegida por todos que abraçam este processo de aprendizagem; e para tanto, se faz necessário que todos: família, comunidade e escola, estejam sempre presentes. De tal modo, uma criança que cresce em um ambiente harmonioso tem toda possibilidade e facilidade de apreender todo este processo de conhecimento.
Assim sendo, para Kamii (1986), a aprendizagem apresenta-se como expressiva e de grande significado à medida que é direcionada para a realização do indivíduo que concretiza o aprendizado descobrindo a sua identidade como pessoa. Ela, por fim, está ligada à realidade existencial e cultural do estudante, de quem busca aprender, conhecer.
2.2. Relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem
O professor, eterno educador, é aquele que traz consigo uma bagagem de conhecimentos e grandes anseios a serem realizados com liberdade por meio do ensino-aprendizagem, ou seja, por meio da relação professor-aluno, onde todos ensinam e aprendem algo. O educador, portanto, tem como missão estimular o conhecimento e orientar a aprendizagem do aluno, que, como sujeito, vai "aprender a aprender", ou seja, compreender a construção da busca do conhecimento.
Todavia, o docente em sala de aula estabelece um vínculo de mediação e assim, pouco a pouco, vai despertando a autonomia em seus educandos. Além disso, é trabalho do professor permitir que a criança encontre referências para realizar as atividades dentro delas mesmas e não na figura do mestre. Mas segundo esses pensadores,
“Refletir sobre a educação pré-escolar implica levar em consideração a criança, como sujeito desejante, ativo, cognoscente, filiado a determinado grupo social e familiar e, portanto, um sujeito histórico, condicionado a determinantes socioculturais. Um sujeito singular em sua maneira de estar no mundo e de adaptar-se, ao mesmo tempo que precisa instrumentalizar-se para modificar e reconstruir sua própria realidade.” (AROEIRA; SOARES; E MENDES, 1996).
As atividades planejadas pelo educador devem ser feitas de forma cooperativa onde tanto professor quanto o aluno adotam uma atitude de pesquisador. Assim, os alunos trabalhandoem grupo, com a interferência provocativa do professor, compreenderão que é bem mais simples aprender com a participação e envolvimento de todos.
No contexto da visão de Kamii (1986), destaca que, na sala de aula, para que a autonomia possa ser brotada e desenvolvida na criança, depende em grande parte, da forma de desempenho e atuação do professor. Ele é, no entanto, responsável pelo desenvolvimento da criança e obtenção de sucesso e autoconfiança como elementos estruturais da autonomia e do conhecimento, em sala de aula.
Neste contexto, a relação professor e aluno passa a ser uma relação aberta, porque não é mais somente o professor que escreve, e sim o aluno que também passa a ser um elemento cooperativo no processo educacional. Esta relação se fundamenta na afeição, no sentimento e na afetividade de um para com o outro.
Por fim, é através de uma relação de respeito mútuo e colaboração entre docente e discente que se dá o desenvolvimento da criança como indivíduo autônomo e como sujeito construtor do seu próprio conhecimento. Desta forma, é o professor o grande responsável e colaborador na formação de indivíduos autônomos e facilitador da aprendizagem.
2.3-Independência e autonomia no desenvolvimento da criança
A Independência é a capacidade de resolver qualquer situação sem estar amarrado a outras pessoas, tais como: membros da família ou profissionais especializados. Já a autonomia vai além da independência, pois uma criança autônoma é capaz de optar e tomar decisões concernentes a seu mundo e a sua faixa etária. Portanto, a independência e a autonomia são essenciais na aprendizagem, pois significam amadurecimento.
Segundo Piaget (1997), os pais têm grande participação no processo de independência da criança, pois depende muito deles em fazer com que haja um ponto de equilíbrio entre a proteção e a liberdade na educação dos filhos. Se os hábitos de independência forem incentivados desde cedo, as crianças se tornarão adolescentes e, mais tarde, adultos mais responsáveis, resolvidos, organizados e bem sucedidos.
O desenvolvimento da autonomia é um processo de construção na vida da criança. Deste modo, ela pode ser um ser autônomo, com liberdade de expressão, porém consciente de que os outros também fazem parte dessa totalidade. No ponto de vista de Piaget a autonomia se dá quando a criança é capaz de interatuar, falar e expressar, ou seja, sair de seu isolamento, estabelecer relações cooperativas. Segundo Vygotsky: “o ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é essencial ao seu desenvolvimento”. (apud DAVIS e OLIVEIRA, 1993, p. 56)
Mas quando se relata sobre a independência da criança, queremos enfatizar não libertinagem da criança, no sentido de fazer tudo que quer e deseja, mas direcionamos para o sentido de gerar na realidade infantil o desenvolvimento e o êxito com relação as suas habilidades, como também, despertar para na criança a forma de organizar e administrar todo seu tempo, desde as atividades escolares, quanto os momento de lazer e diversão com os colegas. 
Entretanto, Werri (2001) afirma que temos que entender que a independência da criança é relutar e fundamental para que ela possa criar e desenvolver autonomia. Mas essa emancipação da criança deve dá-se de forma gradual e constante. Mas de fato, para que essa emancipação aconteça é preciso conceder à criança a oportunidade de poder fazer, ou seja, exercer sua liberdade com moderação.
Assim, a independência da criança consiste no poder criar e recriar e não no pegar as coisas prontas e cumprir. Quando já damos tudo prontinho para as crianças não estamos educando-as a construir a sua realidade nem seu caminho, mas estamos tornando-as dependentes, dos pais, dos avôs, dos professores etc.
Por isso, que independência é sinônimo de autonomia, em que favorecemos possibilidade de construir sua própria realidade e não entregar tudo pronto, pois até isso não educa criança. É por isso que muitos pais dizem que seus filhos são muito dependentes e não sabem viver sem a dependência deles. Isso porque foram condicionados e acostumados, desde cedo receber tudo nas mãos, e receberam instruções e ensino de como poderia fazer para ter e adquirir tais coisas, mas já deram tudo pronto. Repito, isso não gera autonomia, nem muito menos independência.
É mais que importante para o desenvolvimento da criança a autonomia, onde ela vai poder pensar por si mesma visando o melhor para si e para aqueles que estão ao seu redor. Assim, para ser autonomia é preciso exercer com liberdade suas ações. Para isso, os pais precisam quebrar essa proteção exageradas aos filhos e deixá-los andar um pouco para sua independência.
Diante disso, existem pessoas que ainda hoje, já casados e com filhos, mas que são totalmente dependentes dos pais para tudo. Isso acontece porque não receberam essa dose de autonomia para poder pensar, criar, construir e agir por si mesmo. Mas é claro, tem que ter o equilíbrio, nada de exagero, pois não é educativo prender demais a criança e nem soltar totalmente sem instruir em nada deixando fazer tudo que vem na mente.
É interessante observar que, a autonomia bem desenvolvida e vivenciada na infância ajudar nas fases posteriores à edificação de personalidade e de caráter equilibrado e saudável, possibilitando assim, a capacidade de resolver posteriores conflitos que possam surgir ao longo da existência.
	Mas para desenvolver essa personalidade equilibrada, a criança precisa ser guiada, conduzida e ensinada, isso não tira sua liberdade, nem perde sua autonomia, nem muito menos desequilibra a sua independência. Assim, as crianças para se desenvolver, é fundamental e necessário em primeiro lugar serem estimuladas e “provocadas” a realizarem coisas que não conseguem fazer sozinhas, desde o tomar um banho, vestir uma roupa, calçar o sapato, comer, etc. 
Contudo, diante de tudo isso é indispensável dentro da autonomia, educar a criança na possibilidade de poder realizar escolhas, mas não somente isso, mas também precisa ter a capacidade de poder realizar decisões. Todavia, além de tomar decisões e fazer escolha, acima de tudo necessita assumir as consequências de tudo isso, gerando na criança responsabilidade e compromisso em suas ações, pois tudo traz consequências. 
Para Wadsworth (1997), essa realidade de despertar na criança a possibilidade de tomar decisões e fazer escolhas, vai despertando a autonomia e modelando a personalidade mediante as relações sociais vigentes. Conquanto, a criança vai ganhando bagagem de conhecimento e determinação, pois se depara com os valore se as culturas, que proporcionam princípio e conceito do certo e errado, do verdadeiro e do falso.
Mediante os fatos, a autonomia da criança é desenvolvida através das vivencia e experiência que realiza no ambiente escolar, familiar e social. É notório perceber que, a partir do momento que a criança começa a se estruturar de forma emocional e física, ela começa tornar capaz de gerar e construir soa vontade própria, direcionada pela consciência.
2.4-O papel do docente na construção da autonomia da criança
	O docente desempenha um papel de extrema importância para o despertar da autonomia da criança, pois ele é um fator condutor de conhecimento e aprendizado. O professor é essa ponte do saber, em que irá conduzir ideias e desenvolver fatos novos na realidade da criança, estimulando os alunos a pensar, como também estimulando neles a curiosidade para criar novas realidade, de tal forma que brota na cabeça da criança a vontade de produzir e de ir em busca de investir o estranhamento para conseguir conquistar e modelar a realidade nova. 
	Contudo, a missão do educador é conduzir os alunos para desenvolvê-lo do pensamento racional, em que a criança começa a perguntar o porquê indo em buscar de novas descoberta das coisas que estão ao seu redor, como também daquelas que constantemente são martelada em sua mente. Assim, o alertar a curiosidade da criança ajuda a busca de entender e conhecer sua realidade, de forma a questionar e criticarcom aquilo que não agrada e não concorda.
2.5. Jogos e brincadeiras no processo de ensino–aprendizagem
Nesta unidade, iremos apresentar a importância dos jogos e brincadeira no processo de ensino e aprendizagem na educação infantil, tornando uma maneira mais lúdica e prazerosa de aprender. Isso favorece uma boa interação entre as crianças, e desperta o desenvolvimento de suas habilidades e curiosidades ao conhecimento.
É fundamental destacar que, as diversões, mediante os jogos e brincadeiras deverão brotar nas crianças, não como obrigação, como uma animação, em que as coisas acontecem de forma natural. Diante disso, as crianças começam a despertar e estabelecer regras e normas de convivência e de relacionamentos.
Essa realidade lúdica, desperta nas crianças, um desenrolar de sua imaginação, levando assim, a agir através do espaço e tempo gerado mediante as brincadeiras. A criança nesse momento vive seu mundo de sonhos e fantasias, passando também, a compreender do seu jeito a sua realidade. Dessa forma, conhecer o mundo dos sonhos e trazer esse mundo para a realidade é fundamental para a criança, que, por meio dos jogos já apreende a criar regras, normas, convivências, conflitos e relacionamentos.
Dessa maneira, os jogos e as brincadeiras favorecem e proporciona um ambiente de ensino e aprendizado, em que estabelece relações com as diversas realidades de mundo da criança. Mediante isso, as ações recreativas, criativas, divertidas, entreterias, passaram a fazer parte da educação das crianças como processo de construção de saberes. Mas segundo Kishimoto (1997, p. 50) fala que: “os jogos educativos, didáticos e brincadeiras, estão orientados para estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para o desenvolvimento do conhecimento escolar. São fundamentais para a criança por iniciá-la em conhecimentos e favorecer o desenvolvimento mental”.
Essas ferramentas dos jogos tornam-se mais interessantes e estimulantes para a criança chegar as ideias e conhecimentos das coisas. Entretanto, essa didática de aplicar o prazeroso no ensino, através das diversões lúdicas favorece uma dinamicidade na transmissão do conhecimento de forma criativa e interessante.
2.5.1. Definindo o significado sobre jogos e brincadeiras
	Quando expressamos o vocábulo jogo, cada pessoa pode interpretar de forma diferenciada, pois os jogos existem de maneira diversa e sendo cada um com sua finalidade específica. Dessa forma, há jogos que desperta para instigar a imaginação das crianças, como também tem outros que exige um trabalho coletivo, necessitando estabelecer regras e normas para conduzir a brincadeira. Por isso, segundo Kishimoto, o jogo é uma atividade estruturada que começa com regras claras e objetivas e de fácil compreensão. 
	Alguns estudiosos nos ajudarão a entender a importância e a contribuição dos jogos para o processo de ensino-aprendizagem das crianças. Assim, Kishimoto (1997, p. 33) destaca Gilles e Jacques, que direcionam três etapas de identificação dos jogos, sendo elas: “1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2. Um sistema de regras; e 3. Um objeto.” Na primeira etapa é explicitado que os jogos irão necessitar da linguagem comunicativa da realidade social, e que há um desempenho pragmático da linguagem, em que desenvolve. Assim, para Kishimoto, há um funcionamento prático da linguagem, que gera um composto de fatos ou atitudes, favorecendo um significado por meio das comparações.
	Segundo os estudiosos, é fundamental respeitar o uso corrente da linguagem de cada realidade de grupo social, por mais que muitas vezes não siga uma lógica coerente. No segundo nível, favorece identificar a estrutura de sequência do jogo em sua modalidade. Dessa forma, para Kishimoto (1997, p. 42) “(...) quando alguém joga, está executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo desenvolvendo uma atividade lúdica”. No terceiro nível, é destacado o jogo como objeto, que pé a forma como ele se materializa, de forma que, cada brincadeira é representada pela forma de um objeto.
	Na concepção de Kishimoto, o brinquedo é um fator que incentiva a representação, gerando a expressão de imagens que trazem aspectos e configurações da realidade. Por isso, por meio dos brinquedos, a criança é capaz de criar e trazer presente a realidade do dia a dia, como também, das coisas que estão ao seu redor. Assim, podemos afirmar que, um dos constitutivos objetivacional dos brinquedos é conceder a criança uma troca dos reais objetos, para que possa manusear.
 Por esse motivo, podemos afirmar que o brinquedo é o objeto que dá vida a brincadeira, conduzindo a criança ao despertar da imaginação, ou seja, trazendo do mundo mágico para a realidade concreta. Assim, a criança cria e recria através da fruição das ideias e despertando uma aguda criatividade para uma linguagem interpretativa das coisas, objetos e pessoas que os cerca.
2.5.2. Características trazidas pelo Jogo
	Existem diversas interpretações e entendimento com relação os jogos no processo de ensino e aprendizagem das crianças. Dentre as diversas formas de pensamento sobre os jogos, tem uma que afirma que os jogos, ao longo dos anos, surgiram de uma realidade do cotidiano até se tornar um exercício lúdico ao longo do tempo, sem perder a originalidade de sua identidade.
	Já na visão de Kishimoto, o jogo vem trazer como marca e característica fundamental, aquilo que gera prazer, ou seja, o jogo torna-se atraente e constante porque despertou na criança um prazer chamativo. Por isso afirma o autor: “Quando brinca a criança toma certa distância da vida cotidiana, entra no mundo imaginário”. (1997, p. 24)
	Mas na concepção de Oliveira, o jogo parte do principio da liberdade de ação do jogar, como também remete a divisão do jogo em espaço e tempo. Com isso, todo jogo ocasiona regras, que se manifesta e aquela que ficam ocultas. Dessa forma, o jogo passa a ser uma ação espontânea da criança, em que não tem como finalidade um resultado conclusivo, mas sim, tem como importância o processo transcorrido e vivenciado do jogo.
	Podemos compreender que, quando o professor utiliza o jogo em sala de aula, deve ter o pleno cuidado de não tornar a brincadeira como trabalho, mas deve ser conduzida como algo que instiga a diversão na criança. Pois deve entender que, quando a criança brinca, ela não vai estar preocupada em adquirir conhecimento, mas sim em sentir o prazer da descontração e animação. Dessa maneira, o jogo infantil deve ser escolhido pelas crianças não como imposição, mas como escolha livre e espontânea. 
Entretanto, podemos lembra que, quando o professor não dar a liberdade da criança escolher o que quer brincar, acabar gerando da brincadeira um trabalho cansativo e enfadonho. Mas na visão do autor destaca Kishimoto (2011, p. 30) “Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno. Predomina, neste caso, o ensino, a direção do professor”.
	Mediante o entendimento de Rau (2011), o brincar da criança é o despertar de uma imaginação que torna-se ação. Assim, o jogar através das brincadeiras e diversões despertar um alto grau de desenvolvimento educacional na etapa da inicial da criança. Contudo, segundo Rau,
uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré-escolar e é por meio dele que a criança se move cedo, além do comportamento habitual na sua idade. (RAU 2011 P. 58).
2.5.3. Aprendizagem em relação aos jogos
	Mesmo de forma descontraída e sem está preso as notas das atividades, os jogos despertam nas crianças um ensino de aprendizado, relacionando o lúdico com a realidade cotidiana. A neurociência explica que o aprendizado das crianças resulta do acolhimento e do intercambio de informações em relação ao meio em que a criança está inserida, com os diferentes e diversos centros nervosos do cérebro.
Diante disso, o meio em que a criançase insere, vem fornecer estímulos que são transformados, convertidos e modificados pelo sistema do córtex cerebral em sensações. Essas sensações evoluem e progridem para um estágio superior complexo, que por sua vez recebe o nome de percepção, ou seja, são imagens que vem energizadas e carregadas de informações e significados.
	Na verdade, o aprendizado chega através dos jogos, pois o estímulo vem de forma rápida e agiu relaciona e associar-se a saberes contidos no cérebro, de forma a evoluir progressivamente para percepção mais geral. Isso acontece porque as zonas secundárias e terciárias do córtex passa pelo processo de mutação, em que transforma as percepções em imagens sensoriais. Mas toda essa realidade predispõe a colaboração da linguagem interior, pois a linguagem está intimamente ligada à memória, de forma que ambas se relacionam e se completam.
	Entretanto, diante da realidade neuro-cerebral, encontramos um produto de assimilação que relaciona aprendizagem e pensamento, em que relaciona um desmembramento das coisas para realização de uma análise e a partir daí obter uma melhor compreensão dos fatos. Mas como fatores de facilitação da aprendizagem podemos destacar a motivação das descobertas, a curiosidade e alegrias das novas descobertas.
	Assim, podemos enfatizar que os jogos propiciam elementos de afetividades. E com isso, entendemos que o ensino-aprendizagem começa com os pequenos e curtos dados captados pelo sistema neuro-cerebral da criança, que chegam e geram informações e que a partir daí essas informações são percebidas por meio das reflexões e assimilações ocasionando assim, conhecimento do novo.
	É interessante notar que a criança não ver os jogos e as brincadeiras até seu três anos de idade como uma forma de adquirir conhecimento de algo, pois quando jogam, não percebem nessa ação qualquer diferença com o que os adultos consideram um trabalho. Mas quando completa quatro anos, nesta fase, a criança inicia um processo de compreensão da importância dos jogos e brincadeiras, sendo capaz de interpretar e obedecer as normas impostas pelos jogos.
Nesta fase, dos quatro para os cinco anos, é o momento em que a criança encontra prazer naquilo que faz, encontrando benefícios mediante os jogos e as brincadeiras. Diante disso, segundo Piaget, o jogo consegue colaborar para o despertar e desenvolver nas crianças as mais diversas formas de pensamentos na condição em que despertada a refletir sobre seus procedimentos e atitudes. Contudo Piaget afirma:
(...) ainda inicia suas pesquisas sobre o desenvolvimento moral na criança observando o comportamento delas frente aos jogos. Para ele os jogos sinalizam a moralidade humana por três razões: I – Representam uma atividade interindividual reguladora por certas normas que mesmo herdadas das gerações podem ser modificadas pelos membros do grupo de jogadores. II – Às vezes, as normas não possuem caráter moral, em si, o respeito a elas é, ele sim, moral e envolve questões de justiça e honestidade. III – O respeito provém de mútuos acordos entre os jogadores e não da mera aceitação de normas impostas por pessoas de fora à comunidade e jogadores.(PIAGET (1997, P.2)
Diante de tudo isso, não basta ter jogos eletrônicos e brincadeiras educativas, mas é fundamental ter profissionais qualificados que saibam interpretar e utilizar as reflexões que os jogos trazem, projetando para despertar nas crianças uma imaginação criativa e interpretativa dos fatos e acontecimentos no parâmetro educacional. Assim, o jogo passa a ser educativo a partir do momento que gera uma reflexão no aprendizado da criança. Segundo Oliveira, “o modo como ele é concebido e apropriado pelos professores infantis, todavia, revela alguns equívocos”. (OLIVEIRA, 2008, p.230).
	E o equívoco está no fato de muitos professores infantil apresenta o jogo, mas não mostra de fato o papel e o desempenho que o jogo representa, ou seja, deve ser mostrado o objetivo e a finalidade que se quer chegar com esses jogos. Por isso, Oliveira afirma que, 
Os que trabalham com a educação de crianças até 6 anos falam muitas vezes em jogo simbólico, sem, contudo, dar mostras de terem elaborado de um modo mais cientifico como ele ocorre e qual sua função no desenvolvimento humano. (OLIVEIRA, 2008, p. 230).
	Portanto, já que o jogo deve ser uma predisposição pessoal e autônoma da criança, as brincadeiras não devem ser impostas, mas despertadas nas crianças a vontade de jogar, de forma que não podem ser jogadas de qualquer maneira, mas que de fato apresente valores de relações culturais e social na realidade da criança. Contudo, o jogo como uma condição didática, deve ser planejado e previsto suas etapas, para que de fato possam provir seus resultados almejados.
3. Conclusão
	Mediante a educação podemos chegar a qualquer lugar do mundo, pois a mesma favorece ao indivíduo autoconhecimento de si e da realidade. Assim, com essa exposição do trabalho podemos notar a importância primária da educação na vida de nossas crianças, pois segundo o filósofo Kant, todas as pessoas precisam ser emancipadas, e, sem dúvida, a educação infantil é esse primeiro processo de liberdade da criança na construção de horizontes.
	Assim, a emancipação é a busca do autoconhecimento, é a saída da caverna de Platão, em que o indivíduo se encontra na obscuridade vivendo somente de sombra, e se engana ao pensar que é a realidade. Contudo, emancipar é desenvolver sua liberdade como vontade própria, sendo capaz de pensar e construir sua própria realidade.
	Por isso, vimos como essencial na vida da criança uma boa educação que favoreça autonomia, ou seja, um caminho que leva a sair da dependência dos pais e tutor para se deparar com a realidade lá fora. 
	Em suma, com uma educação de qualidade que ocasione ensino e conhecimento, podemos libertar nossas crianças da mediocridade, da passividade, da ignorância e da independência. É preciso, portanto, dá um salto para sair da caverna e conhecer a realidade, pois para isso é necessário autonomia.
	Contudo, com crianças autônomas, que não ficam presas nas “asas” dos pais, mas que sabem agir, construir e buscar, que sejam capazes de alçar voos teremos uma nova realidade de mundo, pois as crianças de hoje serão os adultos de amanhã.
4.Referências
AROEIRA, Maria Luísa Campos. Didática de pré-escola: vida criança: saber brincar e aprender / Maria Luísa C. Aroeira, Maria Inês B. Soares, Rosa Emília de A. Mendes. - São Paulo: FDT, 1996.
KAMII, Constance. A autonomia como finalidade da educação: implicações da teoria de Piaget. In: A criança e o número. Campinas, SP: Papirus, 1986.
KHISHIMOTO, TizukoMorchida. Jogo, brinquedos, brincadeiras e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais. 3.ª ed., vol. 1 – Introdução. Brasília: Secretaria da Educação Fundamental, 2001.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4ª ed. São Paulo, 2008.
PIAGET, Jean. O desenvolvimento do pensamento: equilibração das estruturas cognitivas. Lisboa: Dom Quixote,1997
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. 2ª ed. Curitiba, PR, Ibpex, 2011
VALENTE, J. A. .O Computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas: UNICAMP/NIED, 1999.
WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. São Paulo: Pioneira, 1997. 
WERRI, Ana Paula Salvador. RUIZ, Adriano Rodrigues. Autonomia como objetivo na educação. In: Revista Educação. Ano I, n.º 02. Bimensal. Maringá (PR): UEM, julho de 2001

Continue navegando