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Bem estar animal

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BEM ESTAR ANIMAL
Acadêmica de Zootecnia: Vivian Natalia Kaufert
INTRODUÇÃO
A preocupação com o bem-estar animal está cada vez mais presente na cadeia produtiva da carne, seja por exigência do consumidor seja por uma conscientização que vem crescendo aos poucos sobre a importância do tema para a produção de carne de qualidade e segurança alimentar.
Pouca gente sabe, porém, que a preocupação com o bem-estar animal é muito antiga e consta em textos escritos há mais de 4 mil anos.
RUTH HARRISON
“Cinco Liberdades”, que permitem avaliar a propriedade, a indústria e o manejo, quanto ao respeito e bem-estar dos animais:
• Liberdade Fisiológica – ausência de fome e sede (alimentação = quantidade + qualidade);
• Liberdade Ambiental – ausência de desconforto térmico ou físico (instalações e ou edificações adaptadas);
• Liberdade Sanitária – ausência de injúrias e doenças (física ou moral)
• Liberdade Comportamental – possibilidade para expressar padrões de comportamento normais. O ambiente deve permitir e oferecer condições;
• Liberdade Psicológica – ausência de medo e ansiedade. O animal não deve ser exposto a situações que lhe provoquem angústia, ansiedade, medo ou dor.
TEMPLE GRANDIN
Baseado em uma história real, o filme conta a trajetória de sucesso de Temple Grandin, que atualmente é professora de Ciência Animal da Universidade do estado do Colorado e especialista em manejo de bovinos, métodos de abate humanitário e bem-estar animal. Uma referência mundial em história de vida e profissionalismo.
TEMPLE GRANDIN
Temple Grandin – uma jovem autista  –  é levada por sua mãe para a fazenda da tia, com o intuito de integrar a jovem com o campo, animais e consequentemente, um alívio aos pontos negativos que o autismo trazia para ela na cidade. Assim, neste lugar, Grandin – um tanto arredia com as pessoas em sua volta -, começa a observar o modo como os trabalhadores lidam com a criação do gado que existe na fazenda: desde a alimentação até o abate.
Em um desses momentos que soam meio excêntricos, Grandin cria uma espécie de objeto,  baseado no tronco de contenção – hoje usualmente utilizado com o gado -, apelidada de “Máquina do Abraço”. Como não gosta de ser tocada por ninguém, nem mesmo pela mãe, a personagem sente a necessidade de se sentir protegida nos momentos de angústia e medo. Dessa forma sempre que se sente acuada, ela recorre a “Máquina do Abraço” a fim de se acalmar.
Apesar das limitações do autismo, Temple Grandin possui uma inteligência incomum, tendo uma facilidade intrínseca para lidar com áreas que envolvam planejamento, aritmética e geometria.
MÁQUINA DO ABRAÇO
TEMPLE GRANDIN
Entretanto, quando a jovem volta para a cidade, para ingressar na faculdade de engenharia, a personagem não consegue estabelecer um bom relacionamento com seus colegas – que muitas vezes a “zombavam” pelo seu modo de vestir e agir -, porém ao meio destes desencontros, Grandin ganha a amizade de uma garota cega,  que se torna a única pessoa em que ela deposita alguma confiança.
TEMPLE GRANDIN
Lá também conhece um professor que acredita no seu grande potencial e a incentiva a investir em um curso voltado para a agropecuária.
Nesta caminhada, Temple Grandin passa por muitas dificuldades e preconceitos, por ser uma mulher e autista. Mas, com um espírito único de fazer acontecer e conhecer características e temperamento dos animais, bem como instalações e procedimentos de manejo, ela se veste de homem para poder adentrar em uma área frigorífica e desenvolver suas habilidades e desejos revolucionários na agropecuária.
TEMPLE GRANDIN
Assim, após muitas pesquisas e experimentos, Grandin desenvolve um projeto direcionado para o manejo do gado até chegar à fase do abate. As técnicas criadas por ela, a torna uma especialista bastante conhecida nos EUA e posteriormente no mundo.
Vale ressaltar que, Grandin deu palestras em diversos países, contando um pouco de sua história e de como o autismo não se tornou uma barreira invencível para que pudesse chegar onde chegou.
MATEUS PARANHOS
Mateus Paranhos da Costa é formado em Zootecnia na Universidade Estadual Paulista (1981), tem especialização em Comportamento Animal pela Universidade de São Paulo (1986), mestrado em Zootecnia na Universidade Estadual Paulista, doutorado em Psicobiologia na Universidade de são Paulo (1995) e pós-doutorado em Bem-Estar Animal na Universidade de Cambridge (1999).
MATEUS PARANHOS
Ele tem trabalhado em bem-estar de animais de produção desde início dos anos 80. Em 1986, ele obteve uma posição permanente na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, campus de Jaboticabal, onde leciona Etologia e Bem-Estar Animal. Ele tem se dedicado ao desenvolvimento de muitos projetos de pesquisa e extensão com o objetivo de promover o bem-estar animal no Brasil e em outros países da América Latina. Devido ao seu trabalho na promoção do bem-estar animal no Brasil, ele foi nomeado quatro vezes (de 2013 a 2016) pela Revista Dinheiro Rural, como uma das 100 pessoas mais influentes do agronegócio brasileiro. Ele tem mais de 80 artigos científicos publicados. 
ARIOSVALDO ZANELA
Na visão de Ariovaldo Zanella, doutor em Bem-Estar Animal pela Universidade de Cambridge (Inglaterra), os grandes benefícios da zootecnia de precisão é “liberar o produtor de tarefas que demandam mão de obra, reduzir o número de horas investidas em tarefas para ter mais tempo para a gestão da propriedade e também para facilitar o diagnóstico precoce de enfermidades, doenças e condições que comprometem o bem-estar dos animais”. Para ele, “este bem-estar não pode ser feito com ferramentas antiquadas, hoje há tecnologias de sensores altamente desenvolvidas, como uso de drones para identificação de carrapatos, que são fundamentais para promover estratégias eficientes de intervenção”. 
OBRIGADA PELA ATENÇÃO

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