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Direito Civil Para Concursos FGV Vol.2 ( você Aprende)

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Assuntos da Rodada 
Direito Civil 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: vigência e revogação da norma, 
conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento de lacuna jurídica. Pessoa 
Natural: conceito, capacidade e incapacidade, começo e fim, direitos da 
personalidade. Pessoa Jurídica: conceito, classificação, começo e fim de sua existência 
legal, desconsideração. Bens: das diferentes classes de bens. Fatos Jurídicos. Negócio 
Jurídico: conceito, classificação, elementos essenciais gerais e particulares, elementos 
acidentais, defeitos, nulidade absoluta e relativa, invalidade. Ato Jurídico lícito. Ato 
ilícito. Prescrição e Decadência. Obrigações: modalidades das obrigações, transmissão, 
adimplemento, extinção e inadimplemento. Contratos em geral; preliminares e 
formação dos contratos. Transmissão das obrigações. Adimplemento das obrigações. 
Responsabilidade civil. Direitos Reais: disposições gerais; Da Propriedade; Da 
Superfície; Do usufruto; Do Uso; Do Direito do Promitente Comprador. 
 
 
 
Rodada #2 
Direito Civil 
 
Professora Elisa Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
2 
Recados importantes! 
 NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro site. Não 
apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. 
 A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele 
sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do curso, à responsabilidade 
reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 
9.610/98. 
 Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para o 
perfeito aproveitamento do treinamento. 
 Você pode fazer mais questões desta disciplina no nosso teste semanal ONLINE. 
 Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da 
Turma Elite (35) 99106 5456. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
3 
a. Teoria em Tópicos 
 
1. Pessoas. 
 Você já reparou que o Direito Civil dá uma atenção especial para as pessoas, 
sejam naturais ou jurídicas? Isso acontece porque esses seres são considerados a 
razão e a finalidade, direta ou indireta, de todas as instituições jurídicas. 
 Assim, as pessoas são os sujeitos dos direitos subjetivos e possuem, como 
característica básica, a personalidade. 
 Abra o seu Código e vamos estudar. Juntos, rumo à posse! 
 
2. Personalidade. 
 A doutrina analisa a personalidade sob dois prismas. 
 O primeiro é aquele que afirma que a personalidade é um pressuposto jurídico 
(é uma qualidade) conferido ao ser humano e a outros entes (pessoas jurídicas), em 
virtude do qual eles são considerados titulares de direitos e deveres na esfera jurídica. 
 Repare que é uma concepção muito semelhante com a capacidade de gozo e de 
direito, que nós veremos ao longo da aula. 
 Já para o segundo sentido, a personalidade está muito mais relacionada com a 
pessoa natural. Uma vez que ela seria o complexo dos atributos e das características 
da pessoa humana, tendo por base o respeito ao princípio fundamental da dignidade 
humana, conforme o art. 1º, III, da CF. 
 
3. Início da personalidade da pessoa natural. 
3.1. Conceitos e generalidades. 
 A personalidade da pessoa física (humana, natural) começa do nascimento com 
vida e permanece ao longo de toda a sua existência. Percebeu que ninguém perde a 
personalidade ao longo da vida, não é? 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
4 
 A lei fala de nascimento com vida. Mas quando se dá isso? O nascimento ocorre 
quando o bebê é separado do ventre materno: independentemente do formato 
humano, independentemente da viabilidade do ser, independentemente do tipo de 
parto adotado. 
 O fundamental é que seja desfeita aquela unidade biológica, de forma a 
constituírem dois corpos (mãe e filho), mesmo que ainda não tenha sido cortado o 
cordão umbilical. 
 A constatação do nascimento com vida depende da averiguação de que a 
criança tenha respirado. Tradicionalmente, essa constatação é feita pelo exame clínico 
chamado docimasia hidrostática de Galeno. Logo, se o bebê respirou, ele viveu, 
mesmo que tenha falecido em seguida. Nesta situação, dois assentos serão lavrados: o 
de nascimento e o de óbito. 
 
FOCO NESSE PONTO! 
 Quando o legislador definiu o início da personalidade, ele tinha a chance de fixá-
la a partir do momento da concepção ou do nascimento com vida, sendo que existe 
fundamentação doutrinária para ambas correntes. 
 Pessoal, a chance de que isso seja cobrado no dia da prova é muito grande! 
Portanto, quero toda a sua atenção. 
 
3.2. Teorias sobre o início da personalidade. 
Assim, temos três teorias sobre o início da personalidade. Vejamos o gráfico: 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
5 
 Teoria Concepcionista. 
A teoria concepcionista, apregoada por Teixeira de Freitas e Clóvis Beviláqua, 
sustenta que a personalidade jurídica se inicia com a concepção, apenas adquirindo 
capacidade, a partir do nascimento com vida. 
Ou seja, o nascituro já tem personalidade desde a concepção, conquanto alguns 
direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento, uma vez que ele é 
uma pessoa e, portanto, sujeito de direitos. Isso já foi cobrado em provas!!! 
 
 Teoria natalista. 
 A teoria natalista, adotada tanto pelo Código de 1916 quanto pelo de 2002, 
assevera que o início da personalidade se dá a partir do nascimento com vida, 
resguardando os direitos do ser em formação. 
 
 Teoria da personalidade condicional. 
 Já a teoria da personalidade condicional prega que o nascituro é uma pessoa 
condicional, visto que a aquisição da personalidade encontra-se sob a dependência de 
uma condição suspensiva, qual seja: o nascimento com vida. 
 Nesse trilho, a teoria da personalidade condicional é considerada um 
desdobramento da natalista, visto que também parte do pressuposto de que a 
personalidade tem início com o nascimento com vida. 
 
TOME NOTA! 
 Atualmente, prevalece o entendimento de que o nascituro é aquele que está 
para nascer, é o feto em gestação. 
Já o natimorto é aquele que não se encontra com vida quando sai do corpo 
materno. 
 Por mais que o art. 2º do Código Civil tenha adotado a teoria natalista, os 
direitos do nascituro foram reconhecidos desde a concepção. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
6 
Nessa esteira, o Enunciado 1 do CEJ aduz que a proteção conferida ao nascituro 
alcança o natimorto no que tange aos direitos da personalidade, tais como nome, 
imagem e sepultura. 
 
4. Fim da personalidade. 
4.1. Conceito. 
 O fim da personalidade, nos termos do Código Civil, ocorrerá com o advento da 
morte (natural ou presumida) que estudaremos a seguir. 
 
4.2. Morte natural. 
 Conforme o art. 6º do CC, a morte natural será a responsável tanto pelo término 
da existência da pessoa natural, como pelo fim da personalidade e a sua prova se dará 
por meio do atestado de óbito. 
 
4.3. Comoriência. 
 A comoriência acontece quando duas ou mais pessoas (que são reciprocamente 
herdeiras umas das outras) morrem ao mesmo momento, sem que se possa indicar 
com precisão se uma morte antecedeu a outra. 
Isso, normalmente, ocorre em acidentes de avião entre pai e filho, ou em 
acidente automotivo, etc. 
 Assim, para fins de sucessão, a lei adotou a presunção da morte simultânea. 
Logo, não ocorre a sucessão entre os comorientes, conforme o art. 8º do CC. 
 
PEGADINHA! 
Vamos às nossas “pegadinhas”? 
Caso 01: 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
7 
Se dois ou mais indivíduos falecerem namesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presume-se que morreu 
primeiro o mais velho. Errada! 
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. Certa! 
Caso 02: 
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presume-se que morreu 
primeiro o cônjuge varão. Errada! 
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. Certa! 
 
4.4. Efeitos decorrentes do fim da personalidade. 
 Com o fim da personalidade, nós podemos verificar os principais efeitos: 
a) O poder familiar é extinto; 
b) O matrimônio é desfeito; 
c) A sucessão é aberta; e 
d) Os contratos personalíssimos são extintos. 
 No entanto, a morte não representa o completo aniquilamento do falecido. Isso 
porque deve ser resguardada a imagem, a intimidade e a privacidade do morto, sob 
pena de indenização e outras sanções previstas em lei. Nessa linha, o Código Penal 
reprime os crimes contra os mortos, conforme os arts. 209 a 212. 
 
4.5. Morte presumida. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
8 
 
 
4.5.1. Morte presumida sem decretação de ausência. 
 A morte presumida sem decretação de ausência está prevista no art. 7º do CC. 
 Com efeito, o legislador (sabendo que o procedimento de decretação de 
ausência é complexo e demorado e que certos casos apresentam fortes evidências do 
óbito) inseriu no Código Civil de 2002 uma modalidade de procedimento mais simples 
para a declaração do falecimento com a fixação da data provável do óbito através de 
sentença. 
 Assim, a morte será declarada, sem decretação de ausência: 
a) Depois de esgotadas as buscas e averiguações, quando for extremamente 
provável o óbito de quem estava em perigo de vida. Por exemplo: acidente 
de avião que desapareceu no mar. 
b) Depois de esgotadas as buscas e averiguações, quando durante a guerra, uma 
pessoa desaparecer ou for feita prisioneira e não for encontrada até dois 
anos (preste atenção nesse prazo!) após o término do conflito. 
 
4.5.2. Morte presumida com declaração de ausência. 
 A matéria sobre morte presumida com declaração de ausência está tratada nos 
arts. 22 a 39 do CC. 
 Ela ocorre quando a pessoa desaparece sem deixar notícia e também sem ter 
deixado um representante ou um procurador com mandato de administração de seus 
bens. 
 Repare que nessa situação, ao contrário da morte presumida sem decretação de 
ausência, a pessoa desaparecida não corria perigo de vida. 
5. Ausência. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
9 
5.1. Conceito e generalidades. 
 A ausência é um estado de fato que ocorre quando um indivíduo (consciente ou 
inconscientemente) desaparece do seu domicílio, sem enviar qualquer notícia. 
 Então, a declaração de ausência e a nomeação de curador demandam que: 
a) O indivíduo tenha desaparecido sem deixar notícia; 
b) O indivíduo não tenha deixado um representante ou um procurador com 
poderes para administração dos bens; e 
c) O indivíduo deixou um procurador, mas ele não pode ou não quer continuar 
cuidando daqueles interesses. 
 Preenchidos esses requisitos, a sentença que declarar a ausência da pessoa 
natural deverá ser submetida ao registro público. 
 Deixa-se em negrito que o juiz, ao nomear curador, fará a sua escolha na ordem 
legal estrita e sucessiva do art. 25 do CC. Isso significa que o juiz só poderá escolher o 
próximo, na falta ou no caso de impossibilidade do anterior. Vejamos a seguir a 
ordem de preferência: 
 
’ 
 Agora, vamos analisar esse trâmite. Vamos lá! 
 A nomeação do curador será feita pelo juiz que lhe conferirá os poderes e 
deveres, conforme as circunstâncias do caso. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
10 
 Em seguida, se o magistrado declarar a ausência, os bens do ausente serão 
arrecadados e ficarão sob a responsabilidade do curador nomeado. 
 Entretanto, se o ausente não possuir bens, não será necessária a longa espera 
por toda a tramitação da demanda; sendo possível, para tanto, a simples justificação 
judicial. 
 Depois da arrecadação dos bens, serão publicados editais durante um 1, de 2 
em 2 meses (atenção especial para com esse prazo) para anunciá-la e para chamar 
o ausente. 
 Desse modo, a curadoria dos bens do ausente termina com o retorno do 
ausente, ou com o comparecimento de seu procurador ou de quem o represente. 
 Por sua vez, a certeza da morte do ausente, importará no registro do óbito, na 
data provada ou provável, em registro público, e culminará com os efeitos do fim da 
personalidade. 
 Por fim, depois de 1 ano da declaração da ausência (olha o prazo!), da 
arrecadação dos bens (sendo publicados editais, de dois em dois meses, convocando o 
ausente e se ainda assim ele não aparecer) autoriza-se a abertura da sucessão 
provisória. 
 
5.2. Sucessão provisória 
 A abertura da sucessão provisória demanda o preenchimento dos seguintes 
requisitos: 
a) Declaração judicial da ausência; e 
b) Lapso temporal mínimo de 1 ano da declaração ou de 3 anos quando o ausente 
deixou representante ou procurador. 
 
 As partes legítimas para requerer a sucessão provisória são: 
a) O cônjuge não separado judicialmente; 
b) Os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
11 
c) Os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; e 
d) Os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
 
 Além disso, se após o prazo de 1 ou 3 anos, conforme o caso, não houver 
interessados na sucessão provisória, cabe ao Ministério Público requerê-la ao juiz 
competente. Inteligência do §1º do art. 28 do Código Civil. 
 A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá 
efeitos após 180 dias da publicação na imprensa. 
 Ultrapassado esse lapso, será possível proceder à abertura de testamento, se 
houver, e ao inventário e à partilha de bens. 
 Ademais, pensando na segurança dos bens do ausente, temos que observar a 
seguinte peculiaridade: 
 Para os herdeiros que não sejam os descendentes, ascendentes ou o cônjuge, a 
imissão na posse demanda a prévia garantia, mediante penhores ou hipotecas, 
correspondentes ao valor do quinhão. 
 Durante o trâmite da sucessão provisória, é possível que seja comprovada a 
morte real do ausente e a sua data respectiva. 
Nesse caso, a lei civil determina que será considerada aberta a sucessão na data 
apurada e em favor de quem possuía direito naquela época. 
 Outra possibilidade que pode acontecer, ao longo do trâmite da sucessão 
provisória, é o aparecimento daquele indivíduo que estava ausente. 
 Assim, os bens deverão retornar ao seu antigo dono, cessando as vantagens dos 
imitidos na posse. 
No entanto, se ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, ele 
perderá, em favor dos sucessores provisórios, a parte que lhe caberia nos frutos e 
rendimentos. 
Por fim, alguma considerações finais e imporantes: 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
12 
a) Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou 
hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína, conforme art. 31, 
CC/02. 
b) Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e 
passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes 
e as que de futuro àquele forem movidas, conforme art. 32, CC/02. 
 
5.3. Sucessão definitiva.Após dez anos do trânsito em julgado da sentença concessiva da abertura da 
sucessão provisória, os interessados poderão requerer a sucessão definitiva e o 
levantamento das cauções prestadas. 
 
DESPENCA NA PROVA! 
 Se o ausente tinha 80 anos de idade quando desapareceu e já faz 5 anos das 
últimas notícias dele, os interessados poderão requerer a sucessão definitiva e o 
levantamento das cauções prestadas. 
 
Em continuidade, se nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, o 
ausente aparecer, ou algum herdeiro descendente ou ascendente, qualquer deles terá 
direito de receber os bens no estado em que se encontram, ou os sub-rogados, ou o 
preço recebido pelas alienações. 
 Mas se nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, o ausente (ou 
algum herdeiro descendente ou ascendente) não aparecer; os bens serão 
incorporados ao patrimônio do Município ou do Distrito Federal, conforme eles se 
localizem nestas circunscrições. Se os bens estiverem situados em Território, os bens 
passarão para o domínio da União. 
 
6. Capacidade. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
13 
6.1. Espécies de capacidade. 
 Sendo o ser humano um sujeito de direitos e deveres, a capacidade é 
considerada a medida da sua personalidade. Vejamos as espécies de capacidade: 
 
 
6.1.1. Capacidade de direito ou de gozo. 
 A capacidade de direito ou de gozo é a aptidão comum conferida a toda pessoa 
para ser sujeito de direitos e deveres (art. 1º, do CC). 
 
6.1.2. Capacidade de fato ou de exercício. 
 Já a capacidade de fato ou de exercício é a aptidão conferida para o exercício 
pleno dos atos da vida jurídica. 
Portanto, toda pessoa possui capacidade de direito, mas nem toda pessoa 
possui capacidade de fato. 
 
6.1.3. Capacidade plena. 
A capacidade plena é a soma da capacidade de direito com a de fato. 
NOTA! 
Capacidade plena = capacidade de direito + capacidade de fato. 
 
7. Incapacidades. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
14 
7.1. Incapacidade relativa e absoluta. 
 
Na incapacidade absoluta, a pessoa é impedida de praticar, por conta própria, 
qualquer ato da vida jurídica. Portanto, a lei indica o seu representante. 
 Já na incapacidade relativa, o indivíduo participa do ato, mas deve estar assistido 
por alguém. 
MEMOREX! 
- O relativamente incapaz é assistido. Para tanto lembrem-se de RIA: 
R = relativamente 
I = incapaz 
A = assistido 
- O absolutamente incapaz é representado. Para tanto lembrem-se de AIR: 
A = absolutamente 
I = incapaz 
R = representado. 
 Destaca-se que somente os menores de 16 anos (menores impúberes) são 
considerados absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. 
Nessa linha, os negócios jurídicos, praticados diretamente por eles, são considerados 
nulos de pleno direito, com base no art. 166, I, do CC. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
15 
 Vejamos o quadro comparativo entre as espécies de incapacidade. 
São absolutamente incapazes: 
Art. 3º, CC/02: 
São relativamente incapazes: 
Art. 4º, CC/02: 
Os menores de 16 anos. Os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos. 
 Os ébrios habituais e os viciados em 
tóxico. 
 Aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua 
vontade. 
 Os pródigos. 
 
7.2. Maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (menores púberes). 
 Em relação aos maiores de 16 e menores de 18 anos (menores púberes), o 
legislador fixou a maioridade civil em consonância com a maioridade penal e eleitoral. 
 Nos termos do art. 171, I, do CC, o negócio jurídico praticado pelo relativamente 
incapaz, sem a participação do seu assistente, será anulável. 
 No entanto, atentem-se para o fato de que o relativamente incapaz não pode se 
esquivar de cumprir com a sua obrigação sob o fundamento da menoridade, quando, 
no decurso do negócio jurídico, ele alegou ser maior ou ocultou a sua idade. 
 
7.3. Ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de 
discernimento reduzido. 
 Com base em pesquisa médico-psiquiátrica, o atual Código de Processo Civil 
introduziu os ébrios habituais (alcoólatras ou dipsômanos), os viciados em tóxicos 
(toxicômanos) no rol dos relativamente incapazes. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
16 
 Preste muita atenção aqui! Esse rol (dos relativamente incapazes) também 
apresentava os deficientes mentais de discernimento reduzido, mas eles foram 
excluídos por força da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
 A moderna interpretação do inciso III do art. 4º do CC, com base nas 
modificações trazidas pela Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) 
assevera que a expressão “aqueles que, por causa transitória ou permanente, não 
puderem exprimir sua vontade” é genérica e suficiente para incluir todos aqueles que 
o juiz averiguar a necessidade de curatela, mas sem estigmatizar a pessoa portadora 
de deficiência. 
 
7.4. Pródigos. 
 Os pródigos são aqueles indivíduos compulsivos que dilapidam o seu 
patrimônio, mediante gastos injustificáveis. 
 Nesse caso, o magistrado delimitará a esfera do exercício da curatela, que, regra 
geral, diz respeito à prática de atos da vida civil atrelados ao âmbito patrimonial. 
 
7.5. Cessação da incapacidade. 
 A cessação da incapacidade se dá aos 18 anos, quando a pessoa se torna apta 
para praticar todos os atos e negócios da vida jurídica. 
 
8. Emancipação. 
8.1. Conceito. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
17 
 Nos termos do art. 5º do CC, além do implemento de idade, a incapacidade 
relativa cessa por força da emancipação, a qual tem o condão de extinguir o poder 
familiar, conforme o art. 1.635, II, do CC. 
Notadamente, a emancipação não afasta a incidência do Estatuto da Criança e 
do Adolescente. Inteligência do Enunciado 530 do CJF. 
 
8.2. Modalidades de emancipação. 
 
 Nessa senda, são modalidades de emancipação: 
a) Emancipação voluntária por outorga dos pais; 
b) Emancipação judicial por sentença do juiz; 
c) Emancipação legal pelo casamento; 
d) Emancipação legal por emprego público efetivo; 
e) Emancipação legal por formação em curso superior; e 
f) Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial e pela existência de 
relação de emprego (economia própria). 
 
8.3. Emancipação voluntária por outorga dos pais. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
18 
 O maior de 16 anos e menor de 18 poderá alcançar a plena capacidade por 
outorga de ambos os pais, ou de apenas um deles na falta do outro. 
 A concessão deverá ser dada mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial. Nessa linha, o art. 89 da Lei 6.015/73 
exige escritura pública. Depois de ser devidamente registrada, a emancipação não 
poderá ser revogada, uma vez que é irretratável. 
 Então, se os pais resolvem emancipar voluntariamente o filho, menor 
púbere, eles não podem se arrepender, após um desentendimento familiar e 
revogar o ato. Ok? Isso já foi cobrado em provas! 
 
8.4. Emancipação judicial por sentença do juiz. 
 O maior de 16 anos e menor de 18, sujeito à tutela, poderá alcançar a plena 
capacidade por sentença judicial, sendo que, necessariamente, o tutor será ouvido. 
 Assim, se Luana, uma menor púbere, resolver pedir aos seus tutores que a 
emancipe e se eles concordarem com a emancipação, isso deverá ser feito através 
da via judicial. 
 Muito importante ainda dizer que tanto a emancipação por concessão dos pais, 
como a emancipação por sentença judicial, somente produzirão efeitos após o 
competente registro, conforme o parágrafo único do art. 91 da Lei dos Registros 
Públicos.8.5. Emancipação legal pelo casamento. 
 Nos termos do art. 1.517 do CC, conquanto a idade nupcial mínima seja de 18 
anos, admite-se o matrimônio com a autorização dos pais desde que o menor conte 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
19 
com 16 anos. Celebrado o casamento, cessará, automaticamente, a incapacidade do 
menor de 18 anos. 
 
8.6. Emancipação legal por emprego público efetivo. 
 A emancipação legal por emprego público efetivo é difícil de ser verificada. No 
entanto, a doutrina interpreta esse dispositivo para incluir todos os casos que 
envolvam cargos ou empregos públicos, desde que haja nomeação de forma definitiva. 
Nessa senda, estão afastados os casos de serviços temporários ou de cargos 
comissionados. 
 
8.7. Emancipação legal por formação em curso superior. 
 A emancipação legal por formação em curso superior é rara de ser verificada. 
De toda forma, é imperioso ressaltar que a doutrina não admite a formação em curso 
de magistério. 
 
8.8. Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial e pela existência 
de relação de emprego. 
 A emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial e pela existência de 
relação de emprego demanda que o menor com 16 anos completos tenha economia 
própria, a qual é entendida como a percepção de remuneração suficiente para o 
sustento próprio e o de sua família. 
 
9. Direitos da Personalidade. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
20 
9.1. Conceito. 
 O Código Civil de 2002 passou a tratar dos direitos da personalidade entre os 
seus artigos 11 a 21 através de um rol meramente exemplificativo. 
Neste sentido informa o Enunciado 274 da IV Jornada de Direito Civil: Os direitos 
da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são 
expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1.°, III, da 
Constituição Federal. 
 Assim, os direitos da personalidade “são direitos subjetivos da pessoa de 
defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio 
corpo vivo ou morto, corpo alheio, vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou 
morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, 
artística e literária) e sua integridade moral (honra, recato, segredo pessoal, 
profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social)1. 
 
9.2. Cessação de ameaça ou lesão aos direitos da personalidade. 
 Segundo o art. 12 do Código Civil, pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, 
a direito da personalidade, bem como reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei. 
Assim, em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida 
prevista no art. 12 do CC o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, 
ou colateral até o quarto grau - cessação de ameaça ou lesão aos direitos da 
personalidade. 
 
1
 DINIZ, Maria Helena. Código Civil anotado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2010 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
21 
Portanto, estão legitimados a requerer que cesse a ameaça ou a lesão ao direito 
da personalidade (e reclamar perdas e danos e outras sanções) do morto: 
a) O cônjuge sobrevivente; e 
b) Qualquer parente em linha reta ou colateral até o 4º grau. 
PEGADINHA! 
Quando as provas cobram o conteúdo do § único do art. 4º do CC/02, elas 
tendem a nos “pregar algumas peças”, algumas pegadinhas. E como é essa 
“pegadinha”? 
Bem assim: 
Caso 01: 
Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral 
até o terceiros grau. Errado! 
Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral 
até o quarto grau. Certo! 
Caso 02: 
Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo exclusivamente o cônjuge sobrevivente. Errado! 
Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista 
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral 
até o quarto grau. Certo! 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
22 
9.3. Proteção aos direitos da personalidade das pessoas jurídicas. 
 Nos termos, do art. 52 do CC, aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a 
proteção aos direitos da personalidade. 
Nesse sentido, confere-se a proteção ao nome, à imagem, à honra (objetiva), ao 
segredo profissional, dentre outros. 
Por sinal, e isso é importante, a Súmula 227/STJ assevera que: "A pessoa 
jurídica pode sofrer dano moral". 
 
9.4. Intransmissibilidade, imprescritibilidade e irrenunciabilidade dos direitos 
das personalidade. 
 Os direitos da personalidade são direitos subjetivos fundamentais, absolutos 
(erga omnes), intransmissíveis, irrenunciáveis, imprescritíveis e se acham fora do 
comércio. Inclusive, não podem ser penhorados e nem adquiridos pela usucapião. 
Além disso, o seu exercício não pode sofrer limitação voluntária, salvo nos casos 
previstos em lei. 
Por fim, conforme Enunciado 4 da 1ª Jornada de Direito Civil do CJF: O exercício 
dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja 
permanente nem geral. 
 
9.5. Proteção à integridade física. 
A proteção à integridade física implica na proibição à disposição do próprio 
corpo, quando esta importar em diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
23 
No entanto, admite-se uma exceção, qual seja: a disposição, por pessoa capaz, 
de tecidos, órgãos e partes do corpo para fins de transplante ou tratamento, na forma 
da Lei 9.434/97. 
 Em relação à integridade física, ainda, admite-se a disposição gratuita do corpo, 
no todo ou em parte, para depois da morte, desde que seja com intuito científico 
ou altruístico. Contudo, tal ato de disposição pode ser revogado a qualquer tempo 
pelo doador. 
 Por fim, em caso de cirurgia ou tratamento médico, para assegurar a 
inviolabilidade do corpo humano, exige-se a autorização espontânea e consciente do 
paciente, ou de seu representante, se tal for incapaz. Portanto, ninguém pode ser 
constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção 
cirúrgica. 
PEGADINHA! 
Mais algumas “pegadinhas”, mas desta vez relacionadas aos artigos 13 e 15 do 
CC/02. Vejamos: 
Caso 01 – art. 13: 
É permitido o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Errado! 
Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. Certo! Ou seja, a regra consiste na proibição da disposição do próprio corpo 
quando importar a diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons 
costumes. A exceção fica por conta da exigência médica. 
Caso 02 – art. 14, caput: 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
24 
É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição onerosa do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Errado! 
É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Certo! 
Caso 03 – art. 14, parágrafo único: 
O ato de disposição pode ser livremente revogado assim até antes do 
casamento. Errado! 
O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Certo! 
Caso 04 – art. 15O indivíduo pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Errado! 
Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica. Certo! 
 
9.6. Utilização da imagem alheia. 
 A divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição 
ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e 
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais. 
 Excepcionalmente, poderão ser autorizadas se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública. 
DESPENCA NA PROVA! 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
25 
Em relação ao morto ou ausente, são partes legítimas para requerer a proteção 
do art. 20 do CC o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes - utilização da imagem 
alheia. 
 Ademais, depreende-se da análise do art. 20, que o legislador visou proteger a 
proteção da produção intelectual, a honra, a imagem e também o interesse contra 
exploração comercial. 
 No que concerne à honra, há que se considerar tanto a honra subjetiva 
(autoestima), como a honra objetiva (repercussão social da honra). 
 Em relação à imagem, essa pode ser entendida como o direito relativo à 
reprodução gráfica (retrato, desenho, filmagem, etc.) do indivíduo, o qual pode ser 
denominado como imagem-retrato. 
 Por outro lado, o direito à imagem também pode ser visto como o conjunto de 
atributos cultivados pela pessoa e reconhecidos pela sociedade (repercussão social). 
Trata-se da imagem-atributo. 
 Por fim, por força da ADI 4815, o Supremo Tribunal Federal, julgou procedente o 
pedido formulado na ação direta para dar interpretação conforme a Constituição aos 
artigos 20 e 21 do Código Civil, sem redução de texto, para, em consonância com os 
direitos fundamentais à liberdade de pensamento e de sua expressão, de criação 
artística, produção científica, declarar inexigível o consentimento de pessoa biografada 
relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo igualmente 
desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de seus 
familiares, em caso de pessoas falecidas. 
 
9.7. Nome. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
26 
9.7.1. Conceito. 
Ao lado da capacidade, o nome é um atributo da personalidade com proteção 
específica constante entre os arts. 16 a 19 do CC, bem como na Lei 6.015/1973. Trata-
se da designação mediante a qual o indivíduo é identificado no âmbito da família e da 
sociedade. 
Ademais, o direito ao nome é um direito da personalidade, ao lado de outros, 
como o direito à vida, à honra, à liberdade, etc. 
Cuida-se, portanto, de um direito inalienável, irrenunciável, indivisível e 
imprescritível. 
Ressaltando que conforme a Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/1973): “O 
interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, 
pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique 
os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa”. 
 
9.7.2. Elementos do nome. 
 O nome, em sentido amplo, é formado por elementos: 
a) Fixos: 
i. Prenome; e 
ii. Sobrenome. 
b) Contingentes: 
i. Agnome; e 
ii. Pseudônimo. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
27 
9.7.2.1. Prenome. 
 O prenome é o nome próprio conferido para pessoa podendo ser simples 
(Lucas, João) ou composto (Carlos Eduardo, Paulo Henrique). 
Tal pode ser livremente escolhido pelos pais. No entanto, os oficiais do registro 
civil não registrarão nomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. 
 
9.7.2.2. Sobrenome. 
 Por seu turno, o sobrenome, patronímico ou apelido de família é a designação 
que identifica a origem da pessoa, a sua filiação, sendo, assim, transmissível por 
sucessão. 
 
9.7.2.3. Pseudônimo. 
 De outra banda, o pseudônimo (nome artístico) é uma designação diversa do 
nome civil, usado por alguém, licitamente, para se projetar em determinado círculo. 
Por exemplo: Sílvio Santos (Senor Abravanel). 
 
9.7.2.4. Agnome. 
O agnome diferencia as pessoas da mesma família que possuem o mesmo 
prenome e sobrenome. Exemplo: Filho, Neto, Sobrinho, etc. 
 
9.7.3. Proteção ao nome. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
28 
 Nos termos dos art. 16 a 19 do Código Civil, todos têm direito ao nome, o qual 
não poderá ser utilizado por outrem em publicações ou representações vexatórias, 
ainda que não haja intenção de difamação. 
Ademais, não se pode empregar o nome alheio, sem autorização, em 
propaganda comercial. Finalmente, o pseudônimo receberá a mesma proteção 
conferida ao nome, desde que adotado para fins lícitos. 
 
9.8. Estado civil. 
9.8.1. Conceito. 
 O estado civil consiste na qualificação jurídica da pessoa atribuída em 
consonância com os seus vínculos fundamentais na coletividade e com as suas 
condições próprias. 
 
9.8.2. Aspectos do estado da pessoa natural. 
 Nesse sentido, a doutrina apresenta três aspectos do estado da pessoa natural, 
quais sejam: 
a) Estado político: cuida da nacionalidade, da naturalidade e da cidadania; 
b) Estado individual: relacionado ao sexo, à idade e à capacidade civil da pessoa 
natural; e 
c) Estado familiar: versa sobre as relações de parentesco da pessoa, bem como 
sobre a sua situação conjugal. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
29 
9.8.3. Características. 
 Notadamente, o estado civil possui as seguintes características básicas: 
a) Indivisibilidade (o estado civil é uno; a pessoa é solteira ou casada, nacional ou 
estrangeira). 
b) Indisponibilidade (o estado civil não admite renúncia ou transação). 
c) Imprescritibilidade (o estado civil não está sujeito aos efeitos do tempo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
30 
b. Mapas mentais 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
33 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
34 
c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 01 – 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL 
SUPERIOR – ADVOGADO. 
De acordo com o Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa 
a) com a concepção. 
b) com o nascimento com vida. 
c) aos 14 anos de idade. 
d) aos 16 anos de idade. 
e) aos 18 anos de idade. 
 
QUESTÃO 02 – 2015 – FCC - SEFAZ-PE - JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO 
DO TESOURO ESTADUAL - CONHECIMENTOS GERAIS. 
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei 
a) não mais põe a salvo os direitos do nascituro, porque admitido o aborto de 
anencéfalos. 
b) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e permite que, por 
testamento, seja chamada a suceder prole eventual de pessoas indicadas pelo 
testador, ainda que estas não tenham nascido ao abrir-se a sucessão. 
c) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e da prole eventual de 
pessoas vivas. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
35 
d) põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro, mas, desde a entrada em 
vigor do Código Civil atual, não mais permite seja aquinhoada por testamento prole 
eventual de qualquer pessoa. 
e) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e permite que, por 
testamento, seja chamada a suceder prole eventual de pessoas indicadas pelo 
testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão.QUESTÃO 03 – 2015 – FCC - MPE-PB - TÉCNICO MINISTERIAL – SEM ESPECIALIDADE. 
Personalidade é 
a) a capacidade de exercer os atos da vida civil. 
b) a legitimidade processual de estar em juízo. 
c) a capacidade especial para determinado negócio jurídico. 
d) o conjunto dos caracteres da pessoa humana. 
 
QUESTÃO 04 – 2014 – FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO. 
Alexandre, casado com Maria, viajava a serviço em uma embarcação que desapareceu 
em um rio caudaloso, tendo, provavelmente, naufragado durante uma tempestade. 
Neste caso, Maria 
a) nada poderá requerer, porque o requerimento da declaração de morte presumida é 
privativo do Ministério Público, salvo para obtenção de benefício previdenciário, desde 
que encerradas as buscas e averiguações. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
36 
b) poderá requerer a declaração de ausência de seu cônjuge, cuja sucessão definitiva 
só se abrirá depois de cinco anos do desaparecimento, exceto para fins 
previdenciários, que se considerará imediatamente aberta. 
c) poderá requerer, desde logo, a declaração de ausência e a abertura da sucessão 
definitiva, dispensando-se o prazo que a lei estabelece a partir da abertura da 
sucessão provisória, porque extremamente provável a morte de seu cônjuge. 
d) deverá requerer ao Juiz competente a abertura da sucessão provisória e somente 
depois de dez anos de passada em julgado a sentença que a conceder ou se o 
desaparecido contar oitenta anos de idade, após cinco anos do desaparecimento, 
poderá abrir-se a sucessão definitiva, exceto para fins previdenciários, em que o prazo 
será de apenas seis meses. 
e) poderá requerer a declaração de morte presumida de seu cônjuge, sem decretação 
de ausência, depois de esgotadas as buscas e averiguações e a sentença deverá fixar a 
data provável do falecimento. 
 
QUESTÃO 05 – 2013 – FCC - AL-RN - Analista Legislativo. 
A família Silva viajava de ônibus para a cidade de Mossoró quando um grave acidente 
aconteceu e o ônibus que levava a família colidiu frontalmente com um caminhão. 
Neste acidente faleceram o casal Fabiano e Carla, bem como a mãe de Carla, Gabriela, 
o avô de Fabiano, Silvio e a irmã mais velha de Carla, Soraya. Considerando que 
Gabriela possuía doença crônica no coração e que Carla estava sentada no banco da 
frente do ônibus, não se podendo averiguar qual dos comorientes precedeu aos 
outros, 
a) presumir-se-á que Gabriela faleceu primeiro. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
37 
b) presumir-se-á que Silvio faleceu primeiro. 
c) presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
d) presumir-se-á que Carla faleceu primeiro. 
e) será averiguada a expectativa legal de vida de cada familiar judicialmente. 
 
QUESTÃO 06 – 2013 – FCC - MPE-MA - TÉCNICO MINISTERIAL - EXECUÇÃO DE 
MANDADOS. 
Paulo é soldado do exército brasileiro e, após uma declaração de guerra entre o Brasil 
e outro país da América do Sul, é deslocado para o local de confronto e feito 
prisioneiro pelas tropas inimigas. Neste caso, Paulo terá declarada a sua morte 
presumida, independentemente de declaração de ausência, se não for encontrado até 
a) um ano após o término da guerra. 
b) dois anos após o término da guerra. 
c) três anos, independentemente do término da guerra. 
d) quatro anos após o término da guerra. 
e) quatro anos, independentemente do término da guerra. 
 
QUESTÃO 07 – 2013 – FCC - TJ-PE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE 
REGISTROS. 
No tocante à ausência, é correto afirmar que 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
38 
a) a sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeitos 
noventa dias após sua publicação pela imprensa, a partir dos quais se procederá à 
abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o 
ausente fosse falecido. 
b) a declaração de morte presumida pressupõe necessariamente a decretação da 
ausência. 
c) arrecadados os bens do ausente, de imediato poderão os interessados requerer que 
se declare a ausência e que se abra provisoriamente a sucessão. 
d) pode-se requerer a sucessão definitiva se houve prova de que o ausente conta 
oitenta anos de idade e que de cinco anos datam as últimas notícias dele. 
e) os imóveis do ausente só poderão ser alienados por ordem judicial, podendo porém 
seu curador gravá-los livremente, em prol de uma administração eficiente dos bens. 
 
QUESTÃO 08 – 2013 – FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO 
DE MANDADOS. 
Analise a seguinte situação hipotética: O Brasil declara guerra contra uma Força 
Revolucionária Boliviana que atua na fronteira de nosso país, especialmente 
envolvendo desmatamento da Amazônia e tráfico de entorpecentes. O Brasil destaca 
um grupo de mil soldados para a missão e, durante a guerra, os Soldados Milton e 
Davi, do Exército Brasileiro, são capturados pela Força Revolucionária Boliviana e 
desaparecem. Neste caso, para ser declarada a morte presumida dos soldados Milton 
e Davi, do Exército Brasileiro, sem decretação de ausência é necessário que eles NÃO 
sejam encontrados até 
a) dois anos após o término da guerra. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
39 
b) um ano após o término da guerra. 
c) cinco anos após o término da guerra. 
d) três anos após o término da guerra. 
e) seis meses após o término da guerra. 
 
QUESTÃO 09 – 2013 – FCC - MPE-CE – TÉCNICO MINISTERIAL. 
Para o Código Civil brasileiro, a personalidade civil: 
a) extingue-se quando a pessoa, mesmo que por causa transitória, não puder exprimir 
sua vontade. 
b) inicia-se com o nascimento com vida. 
c) é atributo exclusivo das pessoas físicas. 
d) abrange, para todos os efeitos, o nascituro. 
e) é extensível aos animais. 
 
QUESTÃO 10 – 2012 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – 
ADAPTADA. 
É correto afirmar que 
a) não existe hipótese de comoriência em nosso direito civil. 
b) os nascituros não têm direitos reconhecidos pela lei antes de seu nascimento com 
vida. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
40 
c) se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar 
se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-á simultaneamente 
morto o mais velho. 
d) a morte presumida só será declarada, em nosso direito civil, com a decretação da 
ausência da pessoa. 
e) a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
41 
d. Revisão 2 
 
QUESTÃO 11 – 2016 – FCC - PGE-MT - ANALISTA – BACHAREL EM DIREITO. 
Janaina, por causa permanente, não pode exprimir a vontade. De acordo com o Código 
Civil, trata-se de pessoa que 
a) possui personalidade, mas é relativamente incapaz para os atos da vida civil, tal 
como se dá com os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
b) não possui personalidade, sendo absolutamente incapaz para os atos da vida civil. 
c) possui personalidade mas é absolutamente incapaz para os atos da vida civil, tal 
como ocorre com os menores de dezesseis anos. 
d) possui personalidade e capacidade plena, podendo praticar todos os atos da vida 
civil. 
e) possui personalidade mas é absolutamente incapaz para os atos da vida civil, tal 
como ocorre com os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
QUESTÃO 12 - 2015 – FCC – MANAUSPREV - ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – 
ADMINISTRATIVA. 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil, cessando a incapacidade para os menores:I. pelo casamento. 
II. pelo exercício de emprego público efetivo. 
III. pela colação de grau em curso de ensino médio. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
42 
De acordo com o ordenamento jurídico vigente, está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) II. 
b) I. 
c) I e II. 
d) III. 
e) I e III. 
 
QUESTÃO 13 – 2015 - FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA. 
Camila possui 17 anos e passará a exercer emprego público efetivo no mês que 
vem. Considerando que ela completará 18 anos no dia 1 de Abril de 2016 e que 
está com casamento marcado para o dia 21 de Dezembro de 2015, neste caso, de 
acordo com o Código Civil brasileiro, sua incapacidade civil cessará 
a) somente com o casamento. 
b) apenas quando ela completar 18 anos. 
c) com o exercício de emprego público efetivo. 
d) em trinta dias a contar da data do seu casamento. 
e) com a autorização judicial necessária para o seu casamento. 
 
QUESTÃO 14 – 2012 - FCC - TRT - 6ª REGIÃO (PE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
43 
Cessa a incapacidade para os menores 
a) somente pelo casamento. 
b) pelo exercício de cargo público de provimento em comissão. 
c) com 14 anos completos, se tiver emprego, ainda que como aprendiz, mas desde que 
tenha economia própria. 
d) somente pela emancipação, concedida pelos pais e desde que homologada pelo 
Juiz. 
e) pela existência de relação de emprego, desde que, em função dele, o menor com 16 
anos completos tenha economia própria. 
Resposta: E 
 
QUESTÃO 15 - 2009 - FCC - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA. 
Sendo o ser humano sujeito de direitos e deveres, nos termos do disposto no art. 
1o do Código Civil, pode-se afirmar que: 
a) capacidade se confunde com legitimação. 
b) todos possuem capacidade de fato. 
c) capacidade é a medida da personalidade. 
d) não existe mais de uma espécie de capacidade. 
e) a capacidade de direito é sinônimo de capacidade limitada. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
44 
QUESTÃO 16 - 2007 – FCC - TRE-MS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA. 
De acordo com o Código Civil, cessará para o menor a incapacidade civil pela 
emancipação a partir dos dezesseis anos completos, 
a) pela concessão de um dos pais, na falta do outro, mediante procedimento de 
jurisdição voluntária, até final homologação judicial. 
b) pela concessão de ambos os pais, mediante instrumento público, devidamente 
homologado pelo juiz. 
c) pela concessão de ambos os pais, mediante instrumento particular, 
independentemente de homologação judicial. 
d) por concessão do tutor, mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial. 
e) por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor estiver sob o regime da tutela. 
 
QUESTÃO 17 – 2006 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA. 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil,: 
I. pelo casamento. 
II. pelo exercício de emprego público efetivo. 
III. pela colação de grau em curso de ensino médio. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
45 
De acordo com o ordenamento jurídico vigente, está correto o que se afirma APENAS 
em 
a) II. 
b) I. 
c) I e II. 
d) III 
e) I e III. 
 
QUESTÃO 18 – 2016 - MPE-PR - MPE-PR - PROMOTOR SUBSTITUTO – ADAPTADA. 
Assinale a alternativa incorreta: 
a) Os ébrios habituais e os viciados em tóxico são relativamente incapazes. 
b) São relativamente incapazes os pródigos. 
c) Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade são relativamente incapazes. 
d) São absolutamente incapazes os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento. 
 
QUESTÃO 19 – 2016 – IADHED - PREFEITURA DE ARAGUARI – MG - PROCURADOR 
MUNICIPAL. 
A respeito do que dispõe o Código Civil vigente, assinale a opção correta: 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
46 
a) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de dezesseis anos e os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
b) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos e os que, mesmo por 
causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; 
c) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de dezesseis anos e os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade; 
d) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil apenas 
os menores de 16 anos. 
 
QUESTÃO 20 – 2016 – CESPE - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA. 
Com base nas disposições do Código Civil, assinale a opção correta a respeito da 
capacidade civil. 
a) Os pródigos, outrora considerados relativamente incapazes, não possuem restrições 
à capacidade civil, de acordo com a atual redação do código em questão. 
b) Indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido é 
considerado relativamente incapaz. 
c) O indivíduo que não consegue exprimir sua vontade é considerado absolutamente 
incapaz. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
47 
d) Indivíduos que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática dos atos da vida civil são considerados absolutamente 
incapazes. 
e) Somente os menores de dezesseis anos de idade são considerados absolutamente 
incapazes pela lei civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
48 
e. Revisão 3 
 
QUESTÃO 21 - 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL 
SUPERIOR - ANALISTA ADMINISTRATIVO. 
Um indivíduo chamado Restos Mortais de Oliveira requereu ao juiz da Comarca 
onde residia, Cidade de Tiradentes, a mudança de seu nome, passando a chamar-
se João de Oliveira. Chegando à Capital do Estado, onde passou a residir, 
encontrou dificuldades para a obtenção de crédito no mercado, em virtude da 
existência de inúmeros homônimos com títulos protestados. Requereu, então, 
novamente, a mudança de seu nome, ao qual acrescentou o apelido materno 
Gomes, passando a chamar-se João Gomes de Oliveira. Tornou-se, posteriormente, 
um escritor famoso, adotando o pseudônimo “Railander”. Neste caso hipotético, 
a) o pseudônimo não é protegido por lei, independente da atividade exercida. 
b) a alteração de prenome é sempre possível, mediante mera declaração de vontade, 
desde que realizada judicialmente. 
c) não é possível o acréscimo de mais um apelido de família ao sobrenome. 
d) a primeira alteração solicitada pelo indivíduo ocorreu em seu prenome. 
e) o nome da pessoa pode ser utilizado por terceiros em publicações que a exponham 
ao desprezo público, desde que não haja intenção difamatória. 
 
QUESTÃO 22 - 2015 - FCC - TRE-SE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA. 
No tocante aos direitos da personalidade, considere: 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
49 
I. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis. 
II. Em regra, o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária. 
III. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica. 
IV. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representaçõesque a exponham ao desprezo público, exceto quando 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e IV. 
b) I, II e III. 
c) III e IV. 
d) I e IV. 
e) I e III. 
 
QUESTÃO 23 - 2015 - FCC - TCM-GO - PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE 
CONTAS. 
Quanto aos direitos da personalidade, 
a) sua indisponibilidade é absoluta, por não serem passíveis de transmissão a nenhum 
título. 
b) seu exercício, como regra, pode sofrer limitação voluntária, por ser personalíssimo. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
50 
c) são eles objeto de rol taxativo, limitando-se aos que foram expressamente 
mencionados e disciplinados constitucionalmente e no atual Código Civil. 
d) embora sejam eles, em regra, personalíssimos, e portanto intransmissíveis, tem-se 
que a pretensão ou direito de exigir a sua reparação pecuniária, em caso de ofensa, 
quando já ajuizada ação, transmite-se aos sucessores do ofendido. 
e) não são passíveis de penhora, seja quanto aos direitos em si, seja quanto a seus 
reflexos de ordem patrimonial, por não serem passíveis de cessão. 
 
QUESTÃO 24 - 2015 - FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA. 
Considere: 
I. Intransmissível. 
II. Irrenunciável. 
III. Exercício com limitação voluntária. 
IV. Prescrição quinquenal. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, com exceção dos casos previstos em lei, 
no tocante aos direitos da personalidade, aplicam-se as características indicadas 
em 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) I, II, III e IV. 
d) II, III e IV, apenas. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
51 
e) I e II, apenas. 
 
QUESTÃO 25 – 2015 – FCC - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO. 
Em se tratando de morto, para exigir que cesse a ameaça ou a lesão a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, 
a) terão legitimação o cônjuge sobrevivente, os parentes afins na linha reta e os 
parentes na linha colateral sem limitação de grau. 
b) não há legitimado, porque essa ação é personalíssima. 
c) somente o Ministério Público terá legitimação, porque a morte extingue os vínculos 
de afinidade e de parentesco. 
d) terá legitimação o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta ou 
colateral até o quarto grau. 
e) terão legitimação somente o cônjuge ou companheiro sobrevivente e os parentes 
em linha reta. 
 
QUESTÃO 26 – 2015 – FCC - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA. 
Considere a seguinte situação hipotética: O candidato X faleceu em acidente terrestre 
quando estava em campanha eleitoral no percurso da cidade Z para a cidade V. De 
acordo com o Código Civil brasileiro, terá legitimação para exigir que cesse eventual 
ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade do candidato falecido 
a) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral, 
independente do grau. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
52 
b) o cônjuge sobrevivente, apenas. 
c) qualquer parente em linha reta até o terceiro grau, apenas. 
d) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto 
grau. 
e) qualquer parente em linha reta ou colateral até o terceiro grau, apenas. 
 
QUESTÃO 27 – 2015 – FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - Área Judiciária. 
Prevê o Código Civil brasileiro a possibilidade de se exigir que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito da personalidade. Em se tratando de morto, terá legitimação para 
requerer esta medida o cônjuge sobrevivente ou qualquer parente em linha reta 
a) ou colateral até o quarto grau. 
b) independentemente do grau. 
c) ou colateral até o terceiro grau. 
d) ou colateral até o segundo grau. 
e) ou colateral independentemente do grau. 
 
QUESTÃO 28 – 2015 – FCC - TCM-GO - AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO. 
Os direitos da personalidade. 
a) por serem personalíssimos, em nenhum caso haverá a transmissão por herança de 
seus efeitos patrimoniais. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
53 
b) quando lesados, são passíveis de perdas e danos somente por parte do ofendido, 
em caso de morte não se transmitindo essa legitimidade a nenhum herdeiro. 
c) como regra, são suscetíveis de expropriação, podendo ser penhorados e adquiridos 
pela usucapião. 
d) são intransmissíveis e irrenunciáveis, bem como em regra ilimitados por ato 
voluntário. 
e) são sempre inatos, isto é, inerentes à natureza humana e nascidos com seu titular, 
não podendo sofrer limitação quanto a seu exercício. 
 
QUESTÃO 29 - 2014 - FCC - TJ-AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA E 
ADMINISTRATIVA. 
Com objetivo científico, Adão decidiu dispor de todo o seu corpo para depois da 
morte. De acordo com o Código Civil, tal ato é 
a) válido, podendo ser revogado apenas se houver sido praticado gratuitamente. 
b) inválido, pois o corpo humano, mesmo morto, não pode ser tratado como objeto de 
disposição. 
c) válido, tenha sido praticado gratuita ou onerosa- mente, não podendo ser revogado. 
d) válido, desde que feito gratuitamente e podendo ser revogado a qualquer tempo. 
e) inválido, pois a disposição do corpo morto somente pode ocorrer para fins de 
transplante. 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
54 
QUESTÃO 30 - 2013 - FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO 
DE MANDADOS. 
No tocante aos direitos da personalidade, 
a) nenhuma pessoa pode ser constrangida a submeter- se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou intervenção cirúrgica. 
b) é irrevogável o ato de disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, 
para depois da morte. 
c) a ameaça ou a lesão a eles não se estendem aos mortos, por serem personalíssimas. 
d) como regra geral, os direitos da personalidade são passíveis de livre transmissão e 
renúncia. 
e) é sempre possível a comercialização de partes do próprio corpo, se com a 
disposição não houver diminuição permanente da integridade física do doador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
55 
f. Normas comentadas 
 
CÓDIGO CIVIL DE 2002 – CC/02. 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas 
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
(a personalidade civil consiste em um conjunto de atributos – nome, estado, 
domicílio - que têm por escopo individualizar e identificar uma pessoa). 
 Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, 
de 2015) (Vigência) 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei 
nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa 
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
56 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, oupor sentença 
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se 
esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão 
definitiva. 
(com a morte – real ou presumida -, cessam para a pessoa seus direitos e 
deveres. Além e extinguir a sua personalidade). 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a 
sentença fixar a data provável do falecimento. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
57 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. 
Art. 9o Serão registrados em registro público: 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o 
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a 
filiação; 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o 
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a 
filiação; 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício 
sofrer limitação voluntária. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
58 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas 
em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha 
reta, ou colateral até o quarto grau. 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os 
bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de 
transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita 
do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a 
qualquer tempo. 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e 
o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando 
não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda 
comercial. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
59 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que 
se dá ao nome. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou 
à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, 
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser 
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais. (Vide ADIN 4815) 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes 
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento 
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815) 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, 
se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os 
bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o 
ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o 
mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, 
conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito 
dos tutores e curadores. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
60 
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado 
judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será 
o seu legítimo curador. 
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais 
ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer 
o cargo. 
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do 
curador. 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele 
deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os 
interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a 
sucessão. 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram 
interessados: 
I - o cônjuge não separado judicialmente; 
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua 
morte; 
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só 
produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que 
passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário 
e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
61 
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na 
sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente. 
§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário 
até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão 
provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida 
nos arts. 1.819 a 1.823. 
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a 
conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em 
títulos garantidos pela União. 
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão 
garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecasequivalentes aos 
quinhões respectivos. 
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a 
garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam 
caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que 
preste essa garantia. 
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua 
qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse 
dos bens do ausente. 
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por 
desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. 
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão 
representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as 
ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
62 
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório 
do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os 
outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, 
segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e 
prestar anualmente contas ao juiz competente. 
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi 
voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e 
rendimentos. 
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, 
justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do 
quinhão que lhe tocaria. 
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do 
falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos 
herdeiros, que o eram àquele tempo. 
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de 
estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela 
imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a 
entrega dos bens a seu dono. 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a 
abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão 
definitiva e o levantamento das cauções prestadas. 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o 
ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da 
sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
63 
haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu 
lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos 
bens alienados depois daquele tempo. 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não 
regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados 
passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas 
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em 
território federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
64 
g. Gabarito 
 
1 2 3 4 5 
B E D E C 
6 7 8 9 10 
B D A B E 
11 12 13 14 15 
A C C E C 
16 17 18 19 20 
E C D D E 
21 22 23 24 25 
D E D E D 
26 27 28 29 30 
D A D D A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
65 
h. Breves comentários às questões 
 
QUESTÃO 01 – 2016 – FCC - PREFEITURA DE TERESINA – PI - TÉCNICO DE NÍVEL 
SUPERIOR – ADVOGADO. 
De acordo com o Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa 
a) com a concepção. 
b) com o nascimento com vida. 
c) aos 14 anos de idade. 
d) aos 16 anos de idade. 
e) aos 18 anos de idade. 
Item B certo, pois conforme art. 2º, CC/2002: A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Resposta: B 
 
QUESTÃO 02 – 2015 – FCC - SEFAZ-PE - JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO 
DO TESOURO ESTADUAL - CONHECIMENTOS GERAIS. 
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei 
a) não mais põe a salvo os direitos do nascituro, porque admitido o aborto de 
anencéfalos. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
66 
b) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e permite que, por 
testamento, seja chamada a suceder prole eventual de pessoas indicadas pelo 
testador, ainda que estas não tenham nascido ao abrir-se a sucessão. 
c) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e da prole eventual de 
pessoas vivas. 
d) põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro, mas, desde a entrada em 
vigor do Código Civil atual, não mais permite seja aquinhoada por testamento prole 
eventual de qualquer pessoa. 
e) põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro e permite que, por 
testamento, seja chamada a suceder prole eventual de pessoas indicadas pelo 
testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão. 
Item E certo, pois conforme art. 2º, CC/2002: A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Ademais, conforme informa 1799, I, CC/02: 
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: 
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que 
vivas estas ao abrir-se a sucessão; 
Resposta: E 
 
QUESTÃO 03 – 2015 – FCC - MPE-PB - TÉCNICO MINISTERIAL – SEM ESPECIALIDADE. 
Personalidade é 
a) a capacidade de exercer os atos da vida civil. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
67 
b) a legitimidade processual de estar em juízo. 
c) a capacidade especial para determinado negócio jurídico. 
d) o conjunto dos caracteres da pessoa humana. 
Item D certo, pois a personalidade é o pressuposto jurídico que confere a um ser o status de 
pessoa. Ou seja, é o pressuposto jurídico dado ao ser humano e a outros entes (pessoas 
jurídicas), em virtude do qual se tornam capazes, podendo ser titulares de direitos e deveres 
na esfera jurídica. Assim, pelo fato de ser dotada de personalidade, a pessoa é considerada 
o elemento subjetivo das relações jurídicas. 
Resposta: D 
 
QUESTÃO 04 – 2014 – FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO. 
Alexandre, casado com Maria, viajava a serviço em uma embarcação que desapareceu 
em um rio caudaloso, tendo, provavelmente, naufragado durante uma tempestade. 
Neste caso, Maria 
a) nada poderá requerer, porque o requerimento da declaração de morte presumida é 
privativo do Ministério Público, salvo para obtenção de benefício previdenciário, desde 
que encerradas as buscas e averiguações. 
b) poderá requerer a declaração de ausência de seu cônjuge, cuja sucessão definitiva 
só se abrirá depois de cinco anos do desaparecimento, exceto para fins 
previdenciários, que se considerará imediatamente aberta. 
c) poderá requerer, desde logo, a declaração de ausência e a abertura da sucessão 
definitiva, dispensando-se o prazo que a lei estabelece a partir da abertura da 
sucessão provisória, porque extremamente provável a morte de seu cônjuge. 
 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
 
68 
d) deverá requerer ao Juiz competente a abertura da sucessão provisória e somente 
depois de dez anos de passada em julgado a sentença que a conceder ou se o 
desaparecido contar oitenta anos de idade, após cinco anos do desaparecimento,

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