Questões Bioquímica e Histologia/Citologia - Medicina Prova UFBA Transferencia

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INSTRUÇÕES
Para a realização das provas, você recebeu este Caderno de Questões, uma Folha de
Respostas para as Provas I e II e uma Folha de Resposta destinada à Redação.
1. Caderno de Questões
• Verifique se este Caderno de Questões contém as seguintes provas:
Prova I: BIOLOGIA CELULAR — Questões de 01 a 35
Prova II: BIOQUÍMICA — Questões de 36 a 70
Prova de REDAÇÃO
• Qualquer irregularidade constatada neste Caderno de Questões deve ser imediatamente
comunicada ao fiscal de sala.
• Nas Provas I e II, você encontra apenas um tipo de questão: objetiva de proposição simples.
Identifique a resposta correta, marcando na coluna correspondente da Folha de Respostas:
V, se a proposição é verdadeira;
F, se a proposição é falsa.
2. Folha de Respostas
• A Folha de Respostas das Provas I e II e a Folha de Resposta da Redação são pré-identificadas.
Confira os dados registrados nos cabeçalhos e assine-os com caneta esferográfica de TINTA
PRETA, sem ultrapassar o espaço próprio.
• NÃO AMASSE, NÃO DOBRE, NÃO SUJE, NÃO RASURE ESSAS FOLHAS DE RESPOSTAS.
• Na Folha de Respostas destinada às Provas I e II, a marcação da resposta deve ser feita
preenchendo-se o espaço correspondente com caneta esferográfica de TINTA PRETA. Não
ultrapasse o espaço reservado para esse fim.
• O tempo disponível para a realização das provas e o preenchimento das Folhas de Respostas é
de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos.
ATENÇÃO: Antes de fazer a marcação, avalie cuidadosamente sua resposta.
LEMBRE-SE:
¾ A resposta correta vale 1 (um), isto é, você ganha 1 (um) ponto.
¾ A resposta errada vale −0,5 (menos meio ponto), isto é, você não ganha o ponto e ainda
tem descontada, em outra questão que você acertou, essa fração do ponto.
¾ A ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero). Você não
ganha nem perde nada.
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 ESTAS PROVAS DEVEM SER RESPONDIDAS PELOS CANDIDATOS
 AOS SEGUINTES CURSOS:
• MEDICINA
• ODONTOLOGIA
PROVA I — BIOLOGIA CELULAR
QUESTÕES de 01 a 35
INSTRUÇÃO:
Para cada questão, de 01 a 35, marque na coluna correspondente da Folha de
Respostas:
V, se a proposição é verdadeira;
F, se a proposição é falsa.
A resposta correta vale 1 (um ponto); a resposta errada vale −0,5 (menos meio
ponto); a ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero).
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QUESTÕES de 01 a 05
A missão fundamental de todos os vírus é replicar e propagar-se e, sobretudo,
persistir no ambiente do anfitrião ao qual eles se tornaram adaptados. Vírus
variam com relação a mecanismos pelos quais eles alcançam seus objetivos.
Essa variação reflete-se não só nos mecanismos básicos de entrada nas células,
síntese de proteínas virais, síntese de ácidos nucleicos virais, montagem do
virion e saída, mas também com relação a estratégias básicas pelas quais eles
contornam os enormes recursos da célula hospedeira e do organismo multicelular
para bloquear totalmente a replicação viral [...]. A evolução de funções codificadas
no genoma viral reflete uma acomodação fundamental entre replicação e
propagação, bem como a persistência da população humana. Uma replicação e
disseminação que mata o hospedeiro não permitirá a sobrevivência do vírus.
(ARVIN; CAMPADELLI-FIUME; MOCARSKI, 2007).
Com base nas informações do texto, pode-se afirmar:
Questão 01
As estratégias de replicação e propagação dos vírus dependem do tipo de ácido nucleico
que constitui o seu genoma.
Questão 02
Populações virais, como populações de organismos celulares, são submetidas à seleção
natural.
Questão 03
A ocorrência de doenças virais letais para a espécie humana resulta de um grande período
de co-evolução entre os humanos e os vírus causadores dessas doenças.
Questão 04
Os recursos da célula infectada para bloquear os vírus incluem a síntese de proteínas
inibidoras da replicação do genoma viral e o desencadeamento da apoptose.
Questão 05
Mecanismos de reparo próprios das enzimas que replicam RNA conferem a estabilidade
genômica característica dos retrovírus.
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QUESTÕES de 06 a 10
A figura esquematiza aspectos da dinâmica de elementos do citoesqueleto, destacando
a resposta a um estímulo ambiental.
Com base na análise da figura e nos conhecimentos sobre funções dos elementos do
citoesqueleto, pode-se afirmar:
Questão 06
A conversão de pequenas subunidades solúveis em grandes polímeros filamentosos é
irreversível.
Questão 07
A figura exemplifica a formação de filamentos intermediários, caracterizados pela grande
instabilidade estrutural.
Questão 08
A formação de elementos do citoesqueleto ocorre por automontagem, dispensando uma
fonte exógena de energia.
Questão 09
O ciclo de polimerização e despolimerização de elementos do citoesqueleto tem grande
significado biológico para organismos eucarióticos.
Questão 10
Sinais ambientais que podem desencadear o rearranjo de filamentos de actina incluem
fontes de nutrientes e estímulos mecânicos.
QUESTÕES de 16 a 20
Quando sozinhas, as cianobactérias são pequeninos organismos fotossintéticos
flutuando no mar. Mas quando unem forças formando correntes e depois esteiras,
aos milhões, elas podem se tornar uma ameaça. Em pouco tempo, as bactérias
mudam a cor da superfície do mar e até suavizam trechos afetados pelo vento.
Um estudo sobre as cianobactérias previu que o aumento na temperatura marítima
poderia ajudar as já populosas bactérias a aumentar seu território em mais de
10%. [...] As cianobactérias são onipresentes. Elas lançam oxigênio o bastante
na atmosfera para ditarem a atual mistura de gases que respiramos. Elas também
competem por nutrientes como nitrogênio e fósforo. (LAURSEN, 2012, p. 14).
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre as cianobactérias e seu
metabolismo energético, pode-se afirmar:
QUESTÕES de 11 a 15
[...] Já se sabe que a ouabaína é produzida pelo corpo humano nas glândulas
suprarrenais. [...] Ela está incluída no grupo dos digitálicos, ou similares,
substâncias oriundas da dedaleira (Digitalis purpurea) e que são usadas como
cardiotônicos para o tratamento de arritmia e insuficiência cardíaca. [...] O efeito
cardiotônico da ouabaína ocorre porque essa droga inibe a ação da Na+,
K+-ATPase. [...] Em 2007, descobriu-se que a ouabaína também estimula o
crescimento celular no sistema cardiomotor, o desenvolvimento de novas células
no sistema nervoso e também é capaz de ativar mecanismos de apoptose. [...]
Resultados experimentais mostraram que a ouabaína induz a ativação de um
fator de transcrição chamado NF-kB, que parece ter duas funções nas doenças
neurodegenerativas: quando ativado nos neurônios, promove sua proteção; já
nas células da glia, o NF-kB modula a sinalização inflamatória. (FURTADO, 2012,
p. 57).
Considerando-se essas informações e os conhecimentos sobre a dinâmica celular
associada aos efeitos da ouabaína, pode-se afirmar:
Questão 11
A Na+,K+-ATPase é uma proteína em estrutura quaternária, inserida na membrana plasmática
e envolvida em transporte ativo primário.
Questão 12
A inibição da Na+,K+-ATPase pela ouabaína mantém inalteradas as concentrações dos íons
Na+, K+, e Ca++ no citossol.
Questão 13
Mecanismos de apoptose incluem a extrusão de material citoplasmático, resultando em um
processo inflamatório.
Questão 14
Fatores de transcrição, como o NF-kB, atuam no núcleo das células, modulando a expressão
gênica.
Questão 15
As funções de nutrição e proteção dos neurônios, exercidas pelas células da glia, incluem
sua ação direta na transmissão do impulso nervoso, secretando neurotransmissores.
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Questão 16
A condição de organismos procariotos justifica a exclusãodas cianobactérias do grupo das
algas.
Questão 17
As cianobactérias liberam, no processo celular que introduz a energia nos ecossistemas, o
oxigênio proveniente da fotólise da água.
Questão 18
Os pigmentos fotossintetizantes presentes no centro de reação dos fotossistemas das
cianobactérias diferem, radicalmente, daqueles presentes nas membranas tilacoidais dos
eucariotos autótrofos.
Questão 19
Os produtos finais da fase clara da fotossíntese, ATP e NADPH, serão utilizados em reações
de redução e fosforilação no ciclo de Calvin, resultando na síntese de trioses fosfatadas.
Questão 20
As cianobactérias compartilham, com os demais procariotos, a capacidade de fixar nitrogênio
atmosférico, universalizando a independência em relação ao meio ambiente.
QUESTÕES de 21 a 24
A figura esquematiza dois momentos no metabolismo celular associado ao trânsito de
moléculas de glicose através da membrana plasmática.
A análise da figura e os conhecimentos sobre sinalização e resposta celular permitem
afirmar:
Questão 25
O tamanho do genoma expresso em número de pares de bases do DNA revela, em todos os
casos, o ganho em complexidade biológica.
QUESTÕES de 25 a 29
A figura apresenta uma comparação do tamanho do genoma na escala evolutiva.
Considerando-se as informações apresentadas e os conhecimentos sobre a
organização e a evolução dos genomas, pode-se afirmar:
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Questão 21
Os receptores da insulina, bem como a GLUT4, são proteínas sintetizadas por ribossomos
ligados ao Retículo Granular.
Questão 22
RNAs mensageiros com informação para a síntese de proteínas integrais de membrana
possuem, próximo à sua extremidade 5’, um conjunto de códons sinalizadores que indicam
a destinação final do produto da síntese.
Questão 23
A proliferação de unidades de GLUT4 na superfície da célula resulta da importação dessas
proteínas, que são sintetizadas em outras unidades celulares e transportadas para as
células-alvo.
Questão 24
O tráfego de vesículas contendo receptores para a insulina até a superfície celular depende
da associação entre as membranas vesiculares e certos elementos do citoesqueleto, com
gasto de energia metabólica.
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Questão 26
A complexidade do genoma, em Mycoplasma e E. coli, é revelada pelo grande número de
repetições de sequências nucleotídicas.
Questão 27
A aquisição de mecanismos de compactação do material genético em eucariotos reduz a
ocorrência de danos ao DNA, enquanto proporciona a contenção no espaço nuclear.
Questão 28
A diferença de tamanho genômico entre anfíbios e aves reflete a aquisição de grande
número de novas sequências de nucleotídeos nesse último grupo.
Questão 29
O grande tamanho de genomas em alguns protistas e vegetais, por exemplo, não expressa,
necessariamente, uma grande quantidade de DNA codificante.
QUESTÕES de 30 a 35
Para aqueles que ainda duvidam da universalidade da seleção natural, até o
câncer serve de exemplo. Um estudo recente (New England J. Medicine, março
de 2012) mostrou que, no mesmo tumor, há células com genomas diferentes. Mal
comparando, é como se, em um tumor, houvesse grande “biodiversidade”. [...]
Grandes trechos de um cromossomo são trocados por trechos de outros, e com
isso as células passam a exibir um comportamento atípico, se comparadas a
células normais. Devido ao acúmulo de erros, nem todas as células tumorais são
viáveis. O desajuste em relação ao microambiente em que se encontram leva
grande parcela à morte. No entanto, algumas sobrevivem à pressão seletiva que
se estabelece e, ao se replicar, geram clones de células não apenas bem ajustadas
ao meio, mas também refratárias aos sinais que normalmente controlam o
crescimento celular. (RUMJANEK, 2012, p. 19).
Com base nas informações do texto e nos conhecimentos sobre o ciclo celular e sua
regulação, pode-se afirmar:
Questão 30
A população de células de um tumor é heterogênea do ponto de vista genético, decorrente
de eventos, como mutações gênicas e rearranjos cromossômicos.
Questão 31
Em células tumorais, o ciclo celular é longo, caracterizado por uma grande duração da
interfase.
Questão 32
A demanda energética de células em divisão justifica o uso preferencial de fermentação,
como processo de obtenção de energia.
Questão 33
As células cancerosas, como toda célula eucariótica, replicam o seu material genético a
partir de um único ponto de origem na molécula de DNA, o ori C.
Questão 34
O comportamento atípico de células em que ocorreram trocas de grandes segmentos de
cromossomos reflete a importância da posição dos genes no processo de regulação da
expressão gênica.
Questão 35
Componentes extramembranosos da superfície celular atuam no reconhecimento de sinais
cuja decodificação resulta na supressão das divisões celulares.
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PROVA II — BIOQUÍMICA
QUESTÕES de 36 a 70
INSTRUÇÃO:
Para cada questão, de 36 a 70, marque na coluna correspondente da Folha de
Respostas:
V, se a proposição é verdadeira;
F, se a proposição é falsa.
A resposta correta vale 1 (um ponto); a resposta errada vale −0,5 (menos meio
ponto); a ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero).
Questão 36
A glicina é o menor dos 20 aminoácidos padrão encontrados nas proteínas e tem um único
isômero óptico, já que possui apenas um átomo de carbono assimétrico na molécula.
Questão 37
Os aminoácidos glutâmico e aspártico são chamados de aminoácidos ácidos, porque
possuem uma carboxila no grupamento R lateral da cadeia, além do grupo α-carboxílico, e
eles podem doar prótons a uma solução aquosa dependendo do pH dela.
Questão 38
A metionina, a cistina e a cisteína são aminoácidos sulfurados, sendo que a metionina é
formada a partir da ligação covalente entre os átomos de enxofre de duas moléculas de
cistina.
Questão 39
O ponto isoelétrico de um aminoácido corresponde ao valor de pH em que esse aminoácido
se encontra 50% protonado e 50% desprotonado, tendo, portanto, uma carga elétrica líquida
igual a zero.
Questão 40
A fórmula estrutural representa o aminoácido arginina que é o aminoácido
mais básico, devido à presença do grupamento guanidino (pK=12,5) na
cadeia lateral que, em pH fisiológico, se encontra carregado positivamente.
Questão 41
O número de estereoisômeros de um aminoácido pode ser calculado a partir da fórmula
I = 2n, em que n representa o número de átomos de carbono assimétricos ou quirais presentes
na molécula.
Questão 43
A estrutura primária de uma proteína é caracterizada pela sequência dos aminoácidos na
cadeia polipeptídica, ligados entre si por ligações entre o grupo α-carboxílico de um
aminoácido e o grupo α-amino de outro aminoácido, seguindo a mensagem codificada
pelo DNA.
Questão 44
A queratina, presente na pele, é uma proteína fibrosa que apresenta uma estrutura
secundária em folha β-pregueada, mantida por ligações de hidrogênio entre grupos R laterais
de aminoácidos que a constituem.
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QUESTÕES de 43 a 46
Questão 42
O aminoácido representado, a lisina (pK1 = 2,2, pK2 = 9,2, pK3 = 10,5),
quando submetido a uma eletroforese em pH = 7,0, migra para o polo
positivo.
Com base na figura que representa os níveis estruturais das proteínas e na relação
entre a estrutura e as propriedades dessas moléculas, pode-se afirmar:
Níveis estruturais das 
moléculas proteicas 
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Questão 45
Todas as proteínas apresentam estrutura primária, que determina os níveis secundário e
terciário, resultantes das interações entre grupos R laterais dos aminoácidos, de acordo
com a sua organização na cadeia linear polipeptídica.
Questão 46
Os níveis estruturais primário,secundário e terciário de uma proteína são destruídos por
aquecimento a altas temperaturas, caracterizando o fenômeno da desnaturação proteica,
que resulta na perda irreversível da atividade biológica.
Questão 47
Uma proteína que apresente um ponto isoelétrico em pH=8,0, submetida a uma cromatografia
em uma coluna catiônica, poderá ser desligada da resina, usando-se um tampão eluente
com pH= 6,0.
Questão 48
Proteínas em solução aquosa podem ser separadas por adição de um sal neutro, como o
sulfato de amônio, por efeito salting out, caracterizado pela interação crescente das moléculas
de proteínas entre si e pela diminuição de sua interação com as moléculas de água.
Questão 49
Proteínas podem ser separadas por eletroforese em gel de poliacrilamida, na presença de
dodecil sulfato de sódio (SDS), e migram do polo negativo para o positivo e vice-versa, com
mobilidade relativa proporcional à massa molecular e à sua carga.
Questão 50
A especificidade das enzimas por seu substrato é tão elevada que pode determinar uma
seleção entre compostos que diferem muito pouco, como isômeros D e L, por exemplo, para
serem transformados em produtos.
Questão 51
As reações catalisadas por enzimas apresentam uma velocidade maior do que aquelas em
sua ausência, porque essas proteínas são capazes de aumentar a energia de ativação
para a formação do complexo intermediário entre reagentes e produtos.
QUESTÕES de 52 a 54
A figura representa a variação da velocidade
de uma reação enzimática em função da concentração
de substrato.
Da análise do gráfico e com base nos
conhecimentos sobre as enzimas, pode-se afirmar:
Questão 55
Na célula mutante, apesar do valor do KM, para a enzima em estudo, ter sido alterado, a
reação enzimática atingirá a mesma velocidade inicial máxima observada na célula normal.
Questão 56
O gráfico mostra que a mutação causada na célula bacteriana levou a um melhor
desempenho da enzima, já que, para uma mesma concentração de substrato, a velocidade
inicial atingida na célula normal é menor do que na célula mutante.
UFBA – 2012 – Vagas Residuais – Bioquímica – 12
Questão 52
A velocidade inicial da reação enzimática varia linearmente com a concentração de substrato
até que o sítio ativo da enzima esteja completamente saturado e, a partir desse ponto, a
velocidade máxima da reação diminui.
Questão 53
No gráfico, o valor de KM significa a concentração de substrato necessária para que seja
atingida a metade da velocidade inicial máxima, uma característica da afinidade da enzima
pelo seu substrato.
Questão 54
Uma vez atingido o ponto representado por Vmax, a reação enzimática passa a ser uma
reação de ordem zero, significando que, mesmo que se dobre a concentração de enzima na
reação, a velocidade se manterá constante.
QUESTÕES 55 e 56
Para responder a essas questões, considere o gráfico que representa a evolução de
uma reação enzimática em dois tipos de células bacterianas, uma normal e outra mutante.
Observando-se a variação da velocidade da reação em função da concentração de
substrato nos dois tipos de células, pode-se afirmar:
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Questão 57
Entre os carboidratos mais comuns presentes na dieta humana estão a glicose, que é uma
cetohexose e a frutose, uma aldohexose, ambas contendo seis átomos de carbono na
molécula.
Questão 59
Existe um número maior de aldohexoses do que de cetohexoses na natureza, porque as
primeiras possuem mais átomos de carbono assimétricos ou quirais na molécula, o que faz
com que tenham um número maior de estereoisômeros naturais.
Questão 58
A sacarose — açúcar obtido da cana-de-açúcar e da beterraba — é um dissacarídeo
constituído de um resíduo de glicose e um de frutose, ligados por ligação glicosídica
α(1 → 2), o que faz com que esse carboidrato não reaja com o reativo de Benedict.
Questão 60
Questão 61
Polissacarídeos podem ter uma função biológica estrutural, como é o caso da celulose, ou
uma função de reserva energética, o caso do amido, ambos homopolissacarídeos constituídos
por resíduos de glicose, encontrados nas células vegetais.
As estruturas representadas correspondem aos dois anômeros da D-glicose, sendo que
a I representa o anômero β, e a II, o anômero α, devido à posição da hidroxila ligada ao
átomo de carbono envolvido na ligação hemiacetálica.
Questão 62
A figura representa a estrutura da lactose, o açúcar do leite, que é um dissacarídeo formado
por dois resíduos de glicose e que não tem poder redutor, portanto, dará uma reação
negativa com o reativo de Benedict.
QUESTÕES de 67 a 69
Com base na análise da figura, que representa esquematicamente a membrana
plasmática, destacando seus constituintes, e nos conhecimentos sobre estrutura e funções
da membrana, pode-se afirmar:
Questão 64
Os ácidos graxos, lipídios simples encontrados nas gorduras animais e nos óleos vegetais,
são compostos anfipáticos, porque possuem um grupo acil com caráter polar e uma longa
cadeia hidrocarbonada alifática, com caráter apolar.
Questão 65
Indivíduos obesos acumulam, no tecido adiposo, os glicolipídios, que são constituídos de
um resíduo de glicerol ligado a dois resíduos de ácidos graxos e a um grupo fosfato, e que
possuem função de reserva energética para o corpo humano.
Questão 66
A figura representa a estrutura de um glicocerebrosídeo,
presente em células do sistema nervoso, que é constituído
de uma porção de esfingomielina, ligada a um resíduo de
monossacarídeo.
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Questão 63
Os glicosaminoglicanos são heteropolissacarídeos, formados por resíduos de
monossacarídeos ácidos ligados a monossacarídeos aminados, alternadamente, na cadeia
polissacarídica, e estão presentes, como constituintes da matriz extracelular, no tecido
conjuntivo.
Questão 67
Os fosfolipídios da membrana celular formam a bicamada que separa os ambientes intra e
extracelulares, de forma seletiva e semipermeável, fazendo contato com o meio aquoso,
através dos grupamentos fosfato, e isolando do contato com a água as cadeias hidrofóbicas
dos ácidos graxos.
Questão 68
A fluidez da membrana está relacionada à composição dos fosfolipídios da bicamada, sendo
que aquelas mais ricas em ácidos graxos saturados nos fosfolipídios e com mais colesterol
têm maior fluidez.
Questão 69
O movimento de flip-flop dos fosfolipídios da bicamada da membrana celular, fazendo com
que eles mudem da superfície externa para a interna das células e vice versa, pode ocorrer
livremente, já que os grupamentos fosfato atravessam com facilidade a bicamada lipídica.
Questão 70
O colesterol, tão temido quando se acumula no sangue, é um importante lipídio esteroide,
com função estrutural nas membranas celulares e com função como precursor na biossíntese
dos hormônios sexuais masculinos e femininos.
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PROVA DE REDAÇÃO
INSTRUÇÕES:
— se afastar do tema proposto;
— for apresentada em forma de verso;
— for assinada fora do local apropriado;
— apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;
— for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade;
— apresentar texto incompreensível ou letra ilegível.
Os textos a seguir devem servir como ponto de partida para a sua Redação.
• Escreva sua Redação com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e
legível.
• Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.
• O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Questões.
• Na Folha de Resposta, utilize apenas o espaço a ela destinado.
• Será atribuída a pontuação ZERO à Redação que
I.
— Quanto ainda há de Jorge Amado na Bahia de hoje?
Resposta:
— Muito e pouco. A literatura amadiana é movida por um pensar e reinventar a Bahia.
Mestiçagem, sincretismo, é a Bahiade suas páginas. E é uma Bahia real. Jorge Amado não
traduz uma Bahia que não existe. Mas existem várias Bahias. E Jorge começou a escrever
na primeira metade do século passado. Havia uma necessidade e até uma urgência de
mapear e entender o que se via. No entanto, nenhuma cultura é estática. O que se vê
também muda. Não existe uma identidade única, nem definitiva, pois se trata de um processo
dinâmico. [...]
LEITE, Gildeci. “Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.” MUITO. Revista Semanal do Grupo A Tarde. Salvador, n. 204,
p. 8. 26 fev. 2012. Entrevista dada a Eron Rezende, Grupo A Tarde.
II.
O tema da identidade cultural é muito mal resolvido no campo da Antropologia e no
campo da Sociologia. A gente tem, às vezes, até uma certa rejeição à maneira como a
questão da identidade é colocada. Na Antropologia, nós falamos de identidade de uma
maneira sempre relacional, opositiva, chamando atenção para contrastes, chamando atenção
para um jogo constante de oposições que ligam grupos entre si, e negamos muito a ideia de
que haja uma substância de um grupo social que o caracteriza de uma vez por todas. Não
acreditamos, por exemplo, numa coisa como baianidade, como uma essência, como uma
coisa já dada: numa coisa como brasilidade, que escape ao jogo das oposições que nós
UFBA – 2012 – Vagas Residuais – Redação – 17
fazemos entre nossas características e características outras. Eu não gosto muito de abordar
a temática da identidade cultural, porque, em nome da identidade cultural, se fala muita
bobagem. [...]
SERRA,Ordep. Identidade e reflexão crítica. In: Carnaval e identidade cultural na Bahia, hoje. Seminários de Carnaval (2.:
1998: Salvador, Ba.) Seminários de Verão II. Folia universitária/Pró-Reitoria de Extensão da UFBA. Salvador, 1999.
PROPOSTA: A partir das ideias contidas nos fragmentos apresentados, produza um texto
argumentativo-dissertativo, analisando criticamente a ideia de que
“Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.”
OBSERVAÇÕES:
— Discuta a questão da baianidade vinculada à problemática da cultura nacional e à existência, ou
não, de uma singularidade.
— Embase seus argumentos em conhecimentos e reflexões sobre a Bahia de ontem e a de hoje.
R A S C U N H O
UFBA – 2012 – Vagas Residuais – Redação – 18
UFBA – 2012 – Vagas Residuais – 19
REFERÊNCIAS
Questões de 01 a 05
ARVIN, A.; CAMPADELLI-FIUME, L.; MOCARSKI, E., et al. Hipervírus humanos: Biologia,
terapia e imunoprofilaxia. Cambridge: Cambridge University Press; 2007. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK47362>. Acesso: 5 maio 2012. Adaptado.
Questões de 11 a 15
FURTADO, F. Ouabaína no cérebro. Ciência Hoje, v. 49, n. 291, São Paulo: SBPC, abr.
2012. Adaptado.
Questões de 16 a 20
LAURSEN, L. O florescer das bactérias azuis. Scientific American Brasil, ano 10, n. 120.
São Paulo: Duetto, maio 2012. Adaptado.
Questões de 30 a 35
RUMJANEK, F. Tumor evolutivo. Ciência Hoje, v. 49, n. 292, São Paulo: SBPC, maio. 2012.
Fontes da ilustrações
Questões de 06 a 10
ALBERTS, B., et al. Biologia molecular da célula. Tradução Ana Maria Beatriz Gorini da
Veiga. et. al, 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 910.
Questões de 21 a 24
DIABETES MELLITUS tipo 2. Disponível em: <http://diabetesunb.blogspot.com.br/2011/05/
diabetes-tipos_06.html>. Acesso em: 5 maio 2012. Adaptada.
Questões de 25 a 29
ALBERTS, B., et al. Op. cit. p. 33.
	capa2012_CAD10.pdf
	Página 1