Buscar

Oliveira construção civi

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
O PAPEL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO 
DESENVOLVIMENTO REGIONAL 
 
 
 
Valeria Faria Oliveira 
valeriabonacin@live.com 
Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade de Taubaté (UNITAU) 
Rua Daniel Danelli, s/n - 12060-440, Taubaté-SP - Brazil 
 
Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira 
edsonaaqo@gmail.com 
Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade de Taubaté (UNITAU) 
Rua Daniel Danelli, s/n - 12060-440, Taubaté-SP - Brazil 
 
 
 
RESUMO. O artigo objetiva analisar a importância da Indústria da Construção Civil, organização 
do espaço e sua variável no desenvolvimento regional, de modo que o setor econômico venha 
contribuindo para a economia favoravelmente. O setor da construção civil é uma tendência 
crescente no país e grande geradora de consumidores de espaço. O ajuste físico e locacional 
dividido entre os proprietários fundiários, promotores imobiliários e o estado participam 
diretamente como autores na regulação do uso do solo e movimentos sociais urbanos econômicas 
com satisfação para a recuperação econômica e a potencialidade das várias situações de ajustes 
econômicos. Além do que, a construção civil é aporte no planejamento territorial e urbano. O 
espaço urbano é uma característica da regionalização do espaço com o intuito de contribuir para a 
organização do espaço. Esse artigo não pretende garantir-se em estudo profundo do setor, 
tampouco aprofundar-se na solução de problemas. A intenção é adequar o conhecimento 
disponível, criando possibilidades de estudos futuros. 
 
Palavras-chave: Gestão. Desenvolvimento Regional. Construção Civil. Planejamento Urbano. 
Economia. 
 
 
THE ROLE OF CIVIL CONSTRUCTION INDUSTRY ORGANIZATION IN THE AREA AND 
REGIONAL DEVELOPMENT 
 
ABSTRACT. The article aims to analyze the importance of the Civil Construction Industry, 
organization of space and variable in its regional development, so that the economic sector will 
contribute positively to the economy favorably. The section of the building site is a growing 
tendency in the country for the economical activities with satisfaction for the economical recovery 
and the potentiality of the several situations of economical adjustments. In addition, the building 
site is contribution in the territorial and urban planning. The urban space is a characteristic of the 
regionalization of the space with the intention of contributing for the organization of the space. That 
article doesn't intend to guarantee in deep study of the section, either to deepen in the solution of 
problems. The intention is to adapt the available knowledge, creating possibilities of future studies. 
 
Keywords: Management. Regional development. Civil construction. Urban planning. Economy. 
 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
1. INTRODUÇÃO 
 
A construção civil nos últimos anos constitui num dos setores da atividade econômica em 
desenvolvimento. Tais movimentos vem de encontro com movimentos ocorridos no século XX, a 
combinação de fatores relacionados a crise fiscal e previdenciária do Estado, movidos pelo 
advento da Terceira Revolução Industrial que desencadeou severas transformações fizeram 
surgir por meio de relações sociais de produção até a reprodução do cotidiano ou seja, meios de 
produção e família, com isso surge as novas redes socioespaciais globalizando a vida social 
(SANTOS, 1997). 
A preocupação com o futuro das cidades, incluindo nesse contexto população, desperta para 
a fragilidade de reorganização e rediferenciação territorial, dessa expansão urbana e produtiva e a 
influencia desse crescimento das cidades. 
Existe confusão dos papeis de assumir uma postura sobre a sociedade urbana com o 
processo de mudança social (FARIA, 1991) deixando de lado o valor social. 
A construção civil e o desenvolvimento econômico estão intrinsecamente ligados, a indústria 
da construção promove incrementos capaz de elevar o crescimento econômico. Isso ocorre 
principalmente pela proporção do valor adicionado total das atividades, como também pelo efeito 
multiplicador de renda e sua interdependência estrutural (TEIXEIRA, 2O1O). 
As tratativas da indústria da construção civil como parte fundamental para o crescimento e 
desenvolvimento econômico de um país ficam relegadas a um segundo plano. Nesse sentido 
serão abordados os aspectos que concerne de forma relevante para o desenvolvimento regional 
analisando o conteúdo histórico envolvendo o viés para o planejamento urbano e as influências 
dos atores no processo. 
 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
 
A história da construção civil fundamenta-se na perspectiva de várias tendências e mudanças 
para o setor da indústria, porque é uma prioridade na alocação dos recursos escassos da 
economia e fortalecimento do setor social devido a grande geração de empregos. 
A Construção Civil é caracterizada como atividades produtivas da construção que envolve a 
instalação, reparação, equipamentos e edificações de acordo com as obras a serem realizadas. 
O Código 45 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do IBGE, 
relacionam as atividades da construção civil como as atividades de preparação do terreno, as 
obras de edificações e de engenharia civil, as instalações de materiais e equipamentos 
necessários ao funcionamento dos imóveis e as obras de acabamento, contemplando tanto as 
construções novas, como as grandes reformas, as restaurações de imóveis e a manutenção 
corrente. Para a compreensão da indústria e a construção civil utilizar-se-á a teoria de Keynes, a 
qual fundamenta na orientação e a participação da indústria. 
A teoria Keynesiana fortalece na orientação de que a dinâmica da indústria de construção 
compreende a economia do setor. A realidade do setor econômico vigência-se na apropriação das 
práticas de investimento do setor com o intuito de gerir e propagar as mudanças e tendências de 
um setor que ajusta o processo de crescimento econômico. 
Conforme destaca Scherer (2007), a indústria da construção possui as suas especificidades 
macroeconômicas, em que as variáveis das tendências e expectativas empresariais contribuam 
para o desenvolvimento estável, e um sistema financeiro com políticas de crédito favoráveis para 
o desempenho do homem, sendo esta fundamentada na geração de produto emprego. A 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
abordagem enfoca a demanda agregada, a qual integra as decisões de investimento que é 
combinada com a economia, indústria e social. 
Os bens de produtos ou serviços constitutivos pela demanda faz com haja a possível 
quantidade de geração dos bens e serviços, os quais fazem relação de proposições eficazes que 
demanda a organização da produção. 
Na perspectiva de Finkel (1997), a influência significativa do Estado é como demandante de 
produtos e serviços finais prestados pela construção. Em consonância as despesas e os demais 
recursos que são determinados para a garantia da produção contribuem para a prática da 
cidadania. 
O desenvolvimento econômico de nosso país tem contribuído para o fortalecimento da 
economia devido a disponibilização do crédito, taxas de juros o que favorece os investimentos do 
setor. Para a indústria o governo interfere com a alocação dos recursos tais como os 
investimentos de crédito e as permissões para a construção, ou seja, a liberação do capital e as 
negociações para a organização das atividades propostas. 
A construção civil no país é crescente e infereo desenvolvimento econômico para a 
construção civil e a geração de emprego, portanto, é uma atividade que encontra relacionada a 
diversos fatores do setor que contribui para o desenvolvimento regional, a geração de empregos e 
mudanças para a economia, ou seja, a elevação PIB e tendo em vista seu considerável nível de 
investimentos e seu efeito multiplicador sobre o processo produtivo. 
O Gráfico 1 apresenta como a construção civil tem representado as evidências dos principais 
fatores de que a construção nos últimos anos em nosso país tem contribuído para a economia. 
 
 
Gráfico 1 - PIB Brasil e Construção Civil. 
Fonte: IBGE 2012. 
 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
Com dados concisos percebe-se que a Construção brasileira retomou nos anos recentes o 
seu importante papel na receita do desenvolvimento. Após décadas de baixo investimento em 
infraestrutura e em habitação, o país reencontrou sua rota de progresso e, para isso, não poderia 
prescindir do nosso setor para a formação de capital e para a promoção de qualidade de vida da 
população. A impulsão da construção civil é uma característica das tendências que a cada dia 
vem sendo aprimorada para garantir o crescimento do setor de modo sustentável a geração de 
empregos e o aquecimento do setor em relação aos vários agentes que são englobados para a 
organização do espaço em relação a construção civil. 
Com as transformações que as áreas urbanas e os espaços regionais vêm sofrendo com o 
processo contemporâneo conhecido como globalização, fizeram surgir uma Nova Geografia 
Econômica (NGE), formada por Paul Krugman, Macashita Fujita e Anthony Venables, que põe o 
antigo sistema das teorias sobre as hierarquias de Christaller (1933) e Lösch em prova, discutindo 
sua real eficácia (RUIZ, 2006). 
A conclusão desses autores é categórica: essas abordagens não apresentam uma teoria 
consistente sobre como os agentes (empresas, trabalhadores e consumidores) se dispersam e se 
organizam no espaço. Afirmam que a falha dessas teorias seria a falta de uma teoria geral que 
explica a microorganização espacial dos agentes. Nenhum desses citados tradicionais modelos de 
economia regional e suas recentes interpretações teria seus microfundamentos completamente 
desenvolvidos. A NGE propõe completar essa lacuna apresentando uma "teoria geral da 
economia no espaço". (RUIZ, 2006, p.144) 
Corrêa (2000) alia o espaço urbano como uma forma organizada no contexto espacial ou 
simplesmente o espaço urbano fragmentado, conceituando espaço urbano como fragmentado e 
articulado, formando um conjunto de símbolos e campo de lutas. 
 
Planejar e organizar é uma forma de prevenir problemas urbanos quando nos referimos a 
habitação e o acelerado avanço nesse crescimento populacional exige atenção especial no que 
concerne a estruturação da organização espacial e as teorias influenciam diretamente essa 
estrutura. 
O vasto horizonte de negócios segue promissor para a cadeia produtiva da construção civil, 
pois além da mesma proporcionar mão de obra para a sociedade, contribui para o processo de 
regionalização do espaço em que é mantida a estrutura e infraestrutura daqueles que a cerca com 
o intuito de garantir as mudanças em relação a este setor, o qual centraliza nos serviços e nas 
tendências das indústrias do setor da construção civil. 
 
 
2.1. Teoria da Localização de Walter Christaller 
 
Os estudos sobre as teorias desenvolvidas no campo da economia urbana e regional 
resgatam estudos iniciados desde o século XIX por economistas e geógrafos alemães, como 
Johann Heinch von Tunner, Walter Christaller, Alfred Weber e August Lösch, que recomendaram 
padrões de organização de redes de cidades (tomadas como lugares centrais) e de localização de 
industrias e atividades primárias e terciárias e amplidão das várias áreas de mercado. As 
dimensões foram reduzidas vislumbrando uma ordem disciplinaria (CORRÊA, 1995). 
A organização dos centros urbanos é fator que é acrescido num ambiente de conquistas das 
cidades, porque é preciso manter uma relação da dimensão da terra e o exercício de conquistas 
que dinamizem a propriedade urbana como uma ordem espacial qualificada (CORRÊA, 1997). 
A análise da localização urbana na concepção de Walter Christaller colaborou com a criação 
da hierarquia dos centros urbanos, onde se divide em duas forças: a primeira parte do 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
espairamento territorial rural e a segunda é a concentração permanente unindo bens e serviços no 
mesmo território. 
A criação da hierarquia de centros urbanos se distingue quando ocorre mais e variados 
serviços comercializados como lugares superiores e enquanto nos lugares inferiores essa 
frequência é menor, e lugar central como complementares, e essa centralidade é dada pelo lugar 
onde a concentração de serviços proporciona maior bem-estar aos que ali convivem. Surgem 
então o principio da organização das redes urbanas, advinda da relação da quantidade de 
aglomerados e suas dimensões. 
A formação das redes urbanas forma conjuntos de centros urbanos onde estão relacionados 
entre si. Neste contexto, a regionalização é fator a ser observado e destacado para que a 
localização seja um dos principais pontos para o espaço nas variáveis de concentração dos 
centros urbanos. Repensar a teoria das localidades centrais de forma mais eficaz, não fugindo da 
origem de Christaller, porém de forma mais eminente (CORRÊA, 1997). 
A identidade do lugar cada vez mais dependente e construída no plano do mundial faz com 
que, atualmente, a historia do lugar passe cada vez mais pela historia compartilhada que se 
produz além dos limites físicos do lugar, isto é de sua situação especifica. Assim a Situação muda 
na trama relativa das relações que ele estabelece com os outros lugares no processo em curso de 
globalização que altera a situação dos lugares porque relativiza o sentido da localização 
(CARLOS, 2007). 
A disputa entre espaço lugar e sustentabilidade se torna foco para discussões acerca das 
prioridades, onde os atores sociais fazem parte como produto de seu trabalho, o lugar tem sua 
configuração para bens e serviços e a sustentabilidade como espaço fragmentado. 
A sociedade encontra inserida no território, alguns são proprietários e, assim, o lugar torna 
ponto de referencia para que se tenha o conhecimento da localização, ou seja, o espaço a ser 
ocupado em diferentes áreas. 
O desenvolvimento do setor da construção civil em relação às atividades terciárias encontra 
relacionado aos equipamentos terciários que integra a localização e acessibilidade para os bens e 
serviços básicos que favorecem o exercício de mudanças e práticas que validam a economia dos 
atores. 
O crescimento do setor econômico também enfoca a economia de escala e a determinação 
da região em relação a economia do mercado e dos setores que a mesma encontra inserida 
porque a renda per capita é fator relevante para a economia de mercado e o desenvolvimento 
regional. 
A alta produtividade e a melhoria da garantia do emprego são fontes propulsoras e 
determinantes para o equilíbrio dos espaços e das regiões, ou seja, que os mesmos sejam 
ocupados adequadamente. A região é ocupada em tempo hábil e consonante com as práticas de 
ordens econômicas. 
Segundo O’Sullivan (2000), a teoria dos lugares centrais caracteriza-se por observar o 
número, tamanho que as cidades ocupam em determinada região, sendo que, identificar a 
possibilidade do desenvolvimento e a garantia da distribuição do espaço de modo adequado 
fundamenta-se nos princípios da regularização do setor. 
Para a teoria dosLugares Centrais a localização de cada setor é conjugada com a região, o 
espaço que a mesma ocupa e a consonância das variáveis que agregam o espaço demarcado 
pelo setor. 
A área central de acordo com Corrêa (1995, p. 5) “constitui no foco principal da cidade e suas 
inferências, ou seja, as atividades comerciais, de serviço, gestão pública e privada, dos terminais 
de transportes inter-regionais e intra-urbanos e a paisagem que é inserida nas cidades”. 
A cidade é o importante centro urbano que ocupa as partes centralizadas e as aglutinações 
das atividades que são relacionadas com o intuito de caracterizar e evidenciar que os setores das 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
cidades são fundamentais para a concentração dos ciclos de participação do homem em sua 
formação. 
O desenvolvimento urbano é determinado na dimensão da cidade e a região que insere para 
que cada conjunto urbano torne um sistema. Neste sentido, a construção civil cada vez mais é 
relacionada com os fatores de desenvolvimento regional, a geração de empregos e mudanças 
para a economia, ou seja, a elevação do PIB. 
 
Corrêa (2000) avalia o espaço urbano como o conjunto de diferentes usos da terra justaposto 
entre si. Tais usos definem áreas, como: o centro da cidade, local de concentração de atividades 
comerciais, de serviço e de gestão; áreas industriais e áreas residenciais, distintas em termos de 
forma e conteúdo social, área de lazer e, entre outras, aquelas de reserva para futura expansão. 
Este conjunto de usos da área é a organização espacial da cidade ou simplesmente o espaço 
urbano: fragmentado e articulado, reflexo e condicionante social, um conjunto de símbolos e 
campo de lutas. É assim a própria sociedade em uma das dimensões aquela mais aparente, 
materializada nas formas espaciais. 
 
2.2. Urbanização e Organização do Espaço na Era Contemporânea 
 
 A organização territorial advém das transformações tecnológicas e das industrias, criando 
a necessidade de surgir um espaço urbano. Essa nova conquista fragmentada do território, tende 
a conformar um tecido urbano esgarçado (LEFEBVRE, 1968). 
 Os processos gerais configuram urbano como cidade simplesmente e com isso seguir um 
viés de entendimento mais amplo direcionado ao regional ou territorial, o urbano tende alcançar 
uma dimensão territorial englobando múltiplos setores dispersos com uma grande diversidade. 
 As transformações socioespaciais na distribuição de atividades produtivas e da população, 
definidas espacialmente como meio de desenvolvimento urbano, tem como autores responsáveis 
á ação: o Estado na luta pela hegemonia, o setor Imobiliário, classe em concorrência e em defesa 
dos próprios interesses e da capitalização da Agricultura na classe de produção. 
 A ação dessas três lógicas, tendem a gerar um novo padrão de liberação da força de 
trabalho, que foge ao esquema clássico de manter a classe reduzida, forte no capitalismo, 
fazendo com que força trabalho torne-se sazonal e alteração as aglomerações urbanas para 
periferias urbanas pequenos aglomerados.(SANTOS, 1993, p.52). 
 Com esse acirramento o setor imobiliário gera a valorização do solo tanto em áreas 
urbanas, como rurais, obtendo a inversão de papeis entre população rural que vai para áreas 
urbanas, quanto a população urbana que vai para áreas rurais, garantindo a sobrevivência e a 
mobilidade espacial da força de trabalho. 
 Os modelos desenvolvidos por Von Thünnen, Weber, Lösch e Christaller, se tornam 
engessados em relação a mobilidade do trabalho, resultando numa instabilidade das 
configurações espaciais e regionais, quando se observa a falta de infraestrutura sociais e físicas, 
imóveis e estáveis, mínimo para garantir a mobilidade ágil e com baixo custo. 
 Giddens (1989, p. 297) relaciona o espaço e a urbanização, ao afirmar que "o espaço não 
é uma dimensão vazia ao longo da qual agrupamentos sociais vão sendo estruturados, mas dever 
ser considerado em função do seu envolvimento na constituição de sistemas de interação". 
 O aumento a dissolução entre o rural e o urbano acontece quando diminui a necessidade 
de diversas pessoas trabalharem num mesmo local, inclina-se a urbanização assumindo uma 
forma disseminada em segmentos dispersos e conquista dessa maneira a escala do território. 
 De acordo com Corrêa (1995), essa fragmentação responsabiliza os autores sociais no 
consumo do próprio espaço, onde o espaço é reflexo da sociedade, além de ser um produto 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
social, ou seja, resultado de ações acumuladas através do tempo, e engendradas por agente que 
produzem e consomem o espaço. 
 Segundo Santos (2006), as novas ou variadas possibilidades interpretativa correspondem 
á maneira como as cidades foram se desenvolvendo nesse período. No passar desse século as 
cidades transformaram-se no maior e mais complexo objeto geográfico produzido pelo homem. 
As formas de interpretar a cidade e a problemática espacial urbana variaram muito no 
transcorrer do século XX e em meio a tendências ligadas a homogeneização e redução das 
diferenças geográficas existe uma contraposição á visão quase exaltada das teorias do dualismo 
econômico, dos pós de desenvolvimento de Perroux e das teorias da localização neoclássicas, 
que custearam e alimentaram diversas praticas de planejamento no sentido de superar as 
desigualdades inter-regionais, em especial as presunções de Perroux. 
A ênfase da fragmentação territorial tem importância, porem deve ser inserida na perspectiva 
do avanço da globalização. O espaço social, a existência previa de infraestruturas, de núcleos 
urbanos com força de trabalho disponível, de serviços e equipamentos tornam-se um elemento a 
ser considerado no desenvolvimento inter-regional. (SOJA, 1993). 
Soja (1993) acata que a historia do capitalismo, da urbanização e da industrialização, da crise 
e da reestruturação, da acumulação e da luta de classes torna-se necessária e centralmente, uma 
geografia histórica localizada. 
Tais condicionantes remetem diretamente na mobilidade espacial do capital e do trabalho e 
ao desenvolvimento desigual e combinado histórica e geograficamente, útil na ampliação para 
própria reprodução do capitalismo. 
 
 
3. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
O artigo originado da pesquisa completa tem como objetivo apresentar uma contribuição 
significativa ou original em relação a um determinado conhecimento, segundo normas 
metodológicas próprias. Com este tipo de trabalho se consegue organizar as observações e 
informações que possam comunicar resultados (HOSS; HOSS, 2002). 
O presente trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica exploratória, utilizando-se 
de livros que abordam o assunto; e, para melhor compreensão da pesquisa, associado aos dados 
obtidos da Indústria da Construção Civil. 
Ressalta-se que uma aplicação de caso é uma ferramenta que serve para compreender e 
possibilitar a formulação de hipóteses e questionamentos na pesquisa, além de contribuir de 
forma significativa para a compreensão de fenômenos ou fatos a serem elaborados e 
desenvolvidos (VERGARA, 2000). 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Ao estudar o desenvolvimento da Indústria da Contração Civil deve-se contextualizar o lugar 
suscita-se que seu objetivo é apenas achar que é lugar seria um território, mas promulgamos a 
globalização e ultrapassamos essa definição, ao ponto de conceituar o lugar como forma externa 
ou informacional pensando especificamente no lugar determinado. (SANTOS, 2006). 
Carlos (2007) analisa o lugar como cidadão-identidade-lugar,componente essencial para 
existência do lugar, as habilidades cotidianas, como ir ao supermercado, caminhar, ir a uma banca 
de jornal, criam laços existenciais que o definem como lugar. 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
A condição que os atores se impõem para que haja um lugar vai além do espaço físico, 
depende da necessidade e da evolução global para otimizar as atividades cotidianas do individuo, 
surgindo às conexões entre um lugar e outro, deixando para segundo plano o lugar como fonte de 
apreciação e descanso, imprimindo a existência das simbioses. 
Por outro lado o conceito território abrange várias áreas como ciência política, geografia e a 
antropologia. Nesse caso aborda-se o conceito baseado em que nomeia o território como sendo 
parte do espaço: 
Nesse sentido, o território é por nós entendido como fruto e condição ele mesmo da 
territorialização. É substantivado por territorialidades, ou, por obras e relações, formas e 
conteúdos, considerando-se uma abordagem a partir do pensamento lefebvriano sobre a 
produção do espaço geográfico (SAQUET, 2005, p. 13885). 
Souza (2000) destaca a formação do território com pequenas habitações, lavouras, pontes, 
rodovias, obras publicas ou privadas que envolvam entre si e sejam elas políticas, culturais, 
econômicas ou sociais, mas que constitua redes onde o processo de construção seja do, e no, 
espaço. São vários os diagnósticos pautados no conceito de território, fundindo-se entre em 
tempo e espaço. O ordenamento territorial é a concretização das políticas e ações resultantes do 
planejamento urbano. 
O planejamento urbano é fator determinante para a urbanização dos centros e das cidades, 
os quais são produtos da luta do homem em relação a renovação urbana e uma nova concepção 
de que o espaço urbano atende a todos, por isso, deve manter a organização das cidades. 
 
 
4.1. O Espaço Urbano 
 
O espaço urbano refere-se ao uso das terras nas cidades de modo a garantir um espaço para 
todos, ou seja, o modo da estruturação do espaço regional e as funções de grupos que atendam 
as conexões sociais e de infraestrutura. 
Conforme salienta Corrêa (1995), o espaço urbano é construído pelos proprietários das 
indústrias, os fundiários, imobiliários, Estado e os grupos sociais excluídos. A estruturação do 
espaço urbano para o uso da construção civil é fator que necessita de um planejamento e da 
organização da regionalização com o intuito de favorecer uma ambiência de que o espaço urbano 
é parte da produção da terra para favorecer as mudanças em relação às estruturas da terra. 
O setor imobiliário segundo Corrêa (2000) trata dos conjuntos dos agentes que realizam 
parcialmente ou totalmente os financiamentos, estudo técnico, construção ou produção física do 
imóvel, comercialização e a transformação do capital em mercadoria no capital e a habilitação no 
todo. 
O objetivo do setor imobiliário além do financeiro consiste em manter a venda do imóvel, de 
modo que este ofereça rentabilidade aos gestores e os demais componentes das atividades que 
são exercidas do local. Quanto à construção esta é direcionada de acordo com a necessidade da 
sociedade, ou seja, alguns setores imobiliários atuam na construção de apartamentos, outros 
casas, ou seja, de acordo com o setor/bairro em que o setor imobiliário encontra inserido. 
O setor imobiliário conforme destaca Corrêa (2000), possui uma relação significativa quanto 
ao espaço e a urbanização porque correlacionam as variáveis do bairro, a terra, a produção, a 
acessibilidade e o Estado enquanto agente das mudanças de promotores da segregação 
territorial. 
O Estado também é uma importante fonte de instrumento para a relação do espaço urbano 
porque atua no direito de desapropriação e precedências na compra de terra; nas 
regulamentações do uso do solo, controle do preço da terra, atuação dos impostos, investimentos 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
de atividades do espaço para a infra-estrutura demonstrada quanto a eficácia da locação do 
espaço urbano e os materiais que são alocados para o processo de construção (CORRÊA, 1998). 
A regularização do espaço, ou seja, a organização de como este é fundamentado em práticas 
e tendências quanto aos recursos e ajustes de melhorias do setor da construção de modo que a 
regionalização encontre em equilíbrio torna evidente que as mudanças favorecem a participação 
de recursos que atendam aos investimentos do setor. 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Durante o estudo, diversas carências de dados foram verificadas como dados 
controvertidos entre fontes, especialmente a condição do setor imobiliário e estudos sobre as 
questões de urbanização. 
Esse artigo não pretende garantir-se em estudo profundo do setor, tampouco aprofundar-
se na solução de problemas. A intenção é adequar o conhecimento disponível, criando 
possibilidades de estudos futuros. 
A construção tem sido uma das atividades de grande potencia para a garantia do setor 
econômico no país, porque além de oferecer emprego, as indústrias do setor vêm expandindo, e, 
assim, os investimentos são direcionados para garantir o crescimento econômico com os devidos 
ajustes para a integração da regionalização do espaço em que as atividades são inseridas. 
Cada cidade possui suas peculiaridades e são desenvolvidas de acordo com a organização 
do espaço que ela mantém para garantir a sustentabilidade e as evidencias da composição de 
uma organização demográfica quanto às práticas em relação às trocas dos valores e o uso da 
terra como elemento que articula a reconfiguração do espaço urbano, ou seja, a alocação 
adequada deste espaço disponível que é estabelecido e que favorece no desempenho da 
economia em relação as novas dinâmicas de produção que fazem parte do fortalecimento 
econômico. 
O processo de expansão urbana e os espaços ganham em complexidade, de modo a ocorrer 
a fragmentação, decorrentes do surgimento dos espaços de consumo e com isso a polarização 
das indústrias e comércios, uma vez que estas áreas tornam-se conhecidas pelos consumidores 
por agrupar determinado tipo de comércio e serviço. 
Com isso grande movimentação que existe no setor da indústria da construção civil no país 
condiz na expectativa de crescimento devido as recorrentes alterações espaciais na configuração 
de espaços e sua organização. 
Portanto, as dinâmicas envolvidas na discussão do objeto de estudo em questão são muitas e 
envolvem a estruturação interna da cidade, desde a nova localização de comércios e serviços e 
as tendências de criação de habitações horizontais e verticais, a especulação imobiliária, 
segregação urbana e também medidas geradas pela gestão municipal. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – CBIC. Disponível em: 
<www.cbic.org.br>. Acesso em 19 de novembro de 2012. 
 
______. Informativo econômico: Brasília: CBIC, 2011. Disponível em: 
<www.abicdados.com.br/file/textos/064.pdf Acesso em: 04 de agosto de 2012. 
 
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Labur Edições, 2007. 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
 
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Espaço Urbano: Novos Escritos sobre a Cidade. São Paulo: 
Labur Edições, 2007. 
 
CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo. Editora Ática, 1995. 
 
______. A rede urbana. São Paulo: Ática, 1998 
 
______. Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. 
 
______. Região e organização espacial . São Paulo. Editora Ática, 2000.FARIA, Vilmar. Dimensões da urbanização dispersa e proposta metodológica para estudos 
comparativos: uma abordagem socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras. In: OJIMA, 
Ricardo. Urbanização. São Paulo: Ática, 1991. 
 
FARIA, Vilmar. O processo de urbanização no Brasil.. São Paulo: Xamã, 1991. 
 
FINKEL, Gerald. The economics of the construction industry. New York, London, England: 
M.E. Sharpe: ARMONK, 1997. 
 
GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 
 
HOSS, R. L. H.; HOSS, O. Metodologia da pesquisa científica: iniciação científica. UNIVEL – 
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Cascavel, 2002. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censos demográficos dos anos 
de 2000 a 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 
 
LEFEBVRE, H. O direito e a cidade. São Paulo: Documentos, 1968. 
 
O’ SULLIVAN, Arthur. Introdução à Economia: Princípios e Ferramentas. São Paulo: Prentice 
Hall, 2004. 
 
______. Urban Economics. 4. ed. New York: McGraw-Hill, 2000. 
 
RUIZ, Ricardo Machado. Economia regional urbana: políticas regionais na nova geografia 
economia. Belo Horizonte: UFMG, 2006. 
 
 SCHERER, Flávia Luciane. A consolidação de empresas brasileira de construção pesada em 
mercados externos. Belo Horizonte: UFMG, 2007. 
 
SAQUET, Marcos Aurélio. A relação espaço-tempo e a apreensão do movimento em estudos 
territoriais. In: Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina. 20 a 26 de março. São 
Paulo: USP, 2005. 
 
SANTOS, Milton. A Natureza do espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora 
da Universidade de São Paulo, 2006. 
 
 
 
 
 
 
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012 
ISBN 978-85-62326-96-7 
_______. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993. 
 
_______. Espaço e método. São Paulo: Ed. Nobel, 1997. 
 
SOJA, Eward W. Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica. 
Rio de Janeiro: Zahar, 1993. 
 
SOUZA, Álvaro José de, Org. Paisagem território região: em busca da identidade/Organização 
de Álvaro Jose de Souza Edson elo Clemente de Souza, Lourenço Magnomi Júnior. Cascavel: 
Edunioeste, 2000. 
 
TEIXEIRA, Luciene Pires. Desempenho da construção brasileira. Belo Horizonte: UFMG, 2010. 
 
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 
2000.

Continue navegando