Buscar

PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
Introdução 
A família é a base da sociedade, e no ramo do Direito é estudada desde o nascimento até a morte. Pelo entrelaçamento das relações estabelecidas, tanto pessoais como patrimoniais é de grande importância este estudo. A presente pesquisa tem como objetivo estudar e esclarecer como ocorre a formação de uma nova família, através do método mais utilizado no Brasil, e por sua vez indiscutível quanto à validade e seus efeitos, o casamento civil. Neste trabalho todas as formalidades serão expostas, bem como o ato em si acontece, com o intuito de que uma nova família seja formada. Dentre os fins do matrimônio podemos observar a instituição de família matrimonial, a procriação dos filhos, a legalização das relações sexuais, a prestação do auxílio mútuo, o estabelecimento de deveres patrimoniais ou não entre os cônjuges, a atribuição do nome ao cônjuge. 
O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador.
Deve ser instruído com os seguintes documentos:
·        Certidão de nascimento ou documento equivalente.
·        Autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra.
·        Declaração de suas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar.
·        Declarações do estado civil, do domicílio e da resistência atual dos contratantes e de seus pais, se forem conhecidos.     
·        Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou de registro da sentença de divórcio.
Os interessados em realizar o casamento devem procurar o Cartório de Registro Civil da cidade de seu domicilio de um deles com os documentos exigidos.
HABILITAÇÃO          
A habilitação será feita perante o oficial de Registro Civil e, após a audiência do Ministério Público será homologada pelo juiz.
EDITAL
Estando em ordem a documentação, o oficial fará o edital, que será fixado durante quinze dias no Registro Civil da cidade de ambos os noivos, e obrigatoriamente será publicado na imprensa local.  
Havendo urgência, a autoridade competente, poderá dispensar a publicação.
INVALIDADE E CAUSAS SUSPENSIVAS
É dever do oficial do Registro esclarecer aos noivos dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Veja tópico Impedimentos para o Casamento.
Tanto os impedimentos quanto às causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
NOTA DA OPOSIÇÃO
O oficial do Registro dará aos noivos ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Podem os noivos requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra oponente de má fé.
FORMALIDADES
Cumprido todas as formalidades e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do Registro fará o certificado de habilitação.
A eficácia da habilitação será de noventa dias a contar da data em que foi feito o certificado.
Base: Código Civil artigo 1.525 a 1.532.
Nos termos do at. 1.525, do Código Civil Brasileiro, o requerimento para habilitação matrimonial será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou por outro que o represente, este com poderes especificados em procuração por instrumento público, onde o processo de habilitação será instruído com os seguintes documentos:
I- certidão de idade ou prova equivalente;
II- autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III- declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhece-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV- declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V- certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, trânsita em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
A prova da idade é necessário, pois somente se admite casamento de homens e de mulheres maiores de 16 (dezesseis) anos (art. 1.517, Código Civil). Ressalta-se que existe limitação quanto ao regime de bens se qualquer dos nubentes for maior de 60 (sessenta) anos, devendo nesse caso ser adotado o regime de separação obrigatória de bens (art. 1.641, Código Civil). A prova de idade será feia mediante certidão de nascimento dos nubentes.
O processo de habilitação de pessoa menor de 18 (dezoito) anos deverá conter prova da anuência de seus pais ou tutor, ou prova de emancipação. Na hipótese de nubentes menores cujos pais estejam ausentes, não deverá ser feito o registro sem o necessário e competente alvará judicial de suprimento de consentimento. Em relação ao incapaz, sob tutela, a autorização estará sujeita à autorização do curador, mas caso o curador de um incapaz negar, injustamente, o consentimento, dever-se-á providenciar o suprimento judicial dessa denegação.
Nos termos do ensinamento de Maria Helena Diniz, in Código de Processo Civil anotado, São Paulo: Saraiva, p.1.023, no processo de habilitação de casamento se exige a declaração de duas testemunhas, parentes ou estranhas, que atestem conhecer os noivos, afirmando que entre eles inexiste qualquer impedimento matrimonial.
Com o objetivo de evitar casamento de pessoas já casadas, mister se faz, pelo nubente, em caso de viuvez, divórcio ou anulação de casamento, que se comprove tal estado.
No requerimento de habilitação de casamento, qualquer dos nubentes pode manifestar o desejo de acrescentar ao seu o sobrenome do outro. (art. 1.565, § 1º, Código Civil Brasileiro).
Após a autuação do pedido com os documentos, o Oficial do Registro Civil mandará afixar edital de proclamas em local ostensivo de sua serventia, bem como fará publicá-los na imprensa local, se houver (art.67, §1º, Lei n. 6.015/1973). O edital de proclamas será afixado durante 15 (quinze) dias (art. 1.527, Código Civil).
Abre-se exceção quanto à obrigatoriedade de publicação de proclamas no caso de urgência, como por exemplo, grave enfermidade, viagem inadiável, podendo o juiz, após a ouvida do Ministério Público,bem como apresentados os documentos exigidos pelo art. 1.525 do Código Civil, dispensar tal publicação (art. 1.527, parágrafo único).
É importante frisar que o Oficial de Registro Civil deve esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento (art. 1.528, Código Civil).
Durante a habilitação de casamento, após decorrido o prazo de edital de proclamas, o Oficial do Registro Civil deverá certificar, nos autos, a regularidade todos os papéis e documentos, antes da remessa ao Ministério Público, o qual dando o parecer favorável encaminhará para o juiz, que homologará o processo de habilitação, caso entenda ter sido preenchido todas as formalidades (art. 1.526, Código Civil).
Cabe lembrar que os nubentes podem, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver (art. 1.639, Código Civil Brasileiro).
Por fim, resta dizer que a eficácia da habilitação de casamento será de 90 (noventa) dias, a contar da data em que foi extraído o certificado (art. 1.532, Código Civil Brasileiro).
A celebração do casamento civil é gratuita, porém o processo de habilitação tem custo. Escolhido o dia, horário e local da cerimônia pelos contraentes e o presidente do ato (juiz de paz) estando de acordo, realiza-se a celebração do casamento civil. Nela deverão estar presentes os noivos, as testemunhas, o oficial de registro e o juiz de paz. A celebração pode ser realizada na sede do cartório, em salões de festa, em residências, Igrejas, ou qualquer lugar dentro da comarca. As portas deverão ficar abertas pois a cerimônia é pública, de modo anão obstar o acesso de qualquer pessoa que possa eventualmente trazer alguma notícia de impedimento. Dado início a celebração, o juiz de paz faz uma introdução (opcional), qualifica os nubentes (opcional) e indaga os nubentes se é de livre e espontânea vontade contrair o matrimônio (obrigatório). Os nubentes, por sua vez, devem expressar palavras afirmativas, como por exemplo: sim, eu aceito, é de livre e espontânea vontade (obrigatório). Após isso, deve o juiz de paz sacramentar o casamento pronunciando o art 1.535 do CC: “de acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados” (obrigatório). Em seguida é lavrado o assento de casamento que deve ser assinado pelo juiz de paz, pelos nubentes, pelas testemunhas e pelo oficial de registro (obrigatório). O assento de casamento deverá preencher os requisitos exigidos do art 1.536 do CC . Feito isso o ato será finalizado. Caso um dos nubentes não afirme ser de livre e espontânea vontade, expresse algum tipo de dúvida, ou faça qualquer tipo de brincadeira o casamento civil é suspenso, só podendo ser realizado novamente no dia seguinte.
Se ninguém apresentar impedimento e se o oficial não descobrir, no processo de habilitação, algum daqueles impedimentos que lhe cabe opor de ofício, certificará aos pretendentes que estão habilitados para casar, em prazo de caducidade previsto em lei, de modo que a não-realização do enlace, nesse interregno, impõe se renove o processo de habilitação.
Os regimes de bens presentes em nossa legislação e os fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento devem ser explicados aos nubentes pelo oficial do registro. 
Os impedimentos e as causas suspensivas, quando opostos, deverão ser em declaração escrita e assinada pelo opositor. As provas ou a indicação de onde possam ser obtidas devem estar anexadas a declaração. A declaração juntamente com o arcabouço probatório será então encaminhada aos nubentes que poderão fazer prova contrária aos fatos, podendo responsabilizar civilmente e penalmente o oponente mentiroso ou de má-fé.
Ou seja: Se após o prazo de 15 dias não houver oposição de impedimentos matrimoniais, o oficial do Registro deverá passar uma certidão declarando que os nubentes estão habilitados para casar dentro dos noventa dias imediatos (CC, arts. 1.531 e 1.532)
AS EXCEÇÕES À SOLENIDADE NA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
MOLÉSTIA GRAVE: Quando um dos nubentes encontrar-se acometido de moléstia grave e houver a urgência na celebração do casamento o celebrante do ato, ou seu substituto legal, irá onde o doente estiver. Duas testemunhas alfabetizadas deverão presenciar as núpcias. Este termo depois de lavrado deverá ser registrado e arquivado no respectivo registro civil dentre cinco dias.
CASAMENTO IN EXTREMIS, NUNCUPATIVO, DE VIVA VOZ OU EM IMINENTE RISCO DE VIDA: Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias.
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes.
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no Livro do Registro dos Casamentos.
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
Não podemos esquecer: Qual será o regime de casamento dos nubentes? Tendo havido pacto o do pacto, se não o de comunhão parcial.
CONCLUSÃO
Conforme exposto o casamento civil é de suma importância para formação da família, sendo o método mais tradicional do ordenamento jurídico brasileiro. Se analisado o trabalho apresentado, nota-se que as formalidades exigidas não são difíceis de ser cumpridas e que o processo de habilitação é um meio pelo qual podem ser impedidos alguns tipos de fraudes e situações indesejadas no ordenamento jurídico. O intuito desse estudo foi deixar claro para a população que não convive no meio jurídico os prazos e documentos necessários para o casamento, tendo em vista que na prática existem muitas dúvidas quanto a isso. 
A conclusão que se chega é a de que o casamento consiste num negócio jurídico complexo, que exige o cumprimento de alguns requisitos para sua validade. Como exposto, é sabido que não atendidos a tais requisitos o casamento é nulo.
REFERÊNCIAS
SWENSSON, Walter Cruz, et al. Lei dos registros públicos anotada. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2003.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2002.
DINIZ, Maria Helena. Código civil anotado. 9º ed. rev e atual, de acordo com o novo Código Civil. São Paulo: Saraiva, 2004.

Continue navegando