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�PAGE � SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3 2 HOMEM,CULTURA E SOCIDADE...........................................................................4 2.1 BIGAMIA FATO SOCIAL........................................................................................4 2.1.1 CARACTERÍSTICAS DOS FATOS SOCIAIS.....................................................5 3 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL.....................................................6 3.1 POLIGAMIA...........................................................................................................6 4 DIREITO CIVIL- PESSOAS E BENS.......................................................................7 4.1 CAPACIDADE CIVIL PLENA..............................................................................7 4.1.1 EMANCIPAÇÃO..............................................................................................8 4.1.1.1 NEGÒCIO JURÍDICO......................................................................................9 5 TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL..............................................10 5.1 DA NULIDADE.....................................................................................................10 5.1.1 A Quantidade de Filhos no Brasil.......................................................10 6 DIREITO PENAL -PARTE GERAL.........................................................................11 6.1 LEGITIMA DEFESA.............................................................................................11 14 CONCLUSÃO �2 1REFERÊNCIAS �3 1APÊNDICES �4 �� INTRODUÇÃO A bigamia só ocorre quando um indivíduo casado sob a égide da lei realiza um novo casamento com os mesmos trâmites legais do anterior, sabendo que aquele ainda é válido, ou seja, a bigamia só é crime se os dois casamentos forem no civil e ainda válidos no mesmo espaço de tempo. É importante esta compreensão pois para o senso comum basta o relacionamento poligâmico para achar que o individuo já está cometendo crime de bigamia, algo totalmente descabido no meio jurídico. Destarte a união estável e o simples casamento religioso não, têm valor legal para incriminar um indivíduo que por ventura as realize mais de uma vez. Nas culturas que praticam a monogamia conjugal, bigamia é o ato de entrar em um casamento com uma pessoa, enquanto ainda é legalmente casada com outro. A bigamia é um crime na maioria dos países ocidentais, e quando isso ocorre, nesse contexto, muitas vezes nem o primeiro nem o segundo cônjuge está ciente do outro. Nos países onde existem leis para a bigamia, o consentimento de um dos cônjuges antes não faz diferença para a legalidade do segundo casamento, que geralmente é considerado nulo. Homem, cultura e sociedade 2.1 BIGAMIA FATO SOCIAL Para Durkheim, o objeto de estudo de um sociólogo é o que ele chamou de fato social. Fato social é tudo o que é coletivo, exterior ao indivíduo e coercitivo. Eles têm existência própria e não dependem daquilo que um indivíduo faz em particular. Ele atribui três características que caracterizam os fatos sociais. É a partir desses elementos que a sociedade impõe sobre o indivíduo um padrão de comportamento. Um fato que reúna essas características é denominado social e pode. Um exemplo claro disso é o matrimônio. Na sociedade ocidental não se aceita a bigamia, faz parte do nosso patrimônio cultural o homem ter uma única mulher e vice-versa. Então, quando um indivíduo é flagrado em um relacionamento fora do matrimônio é punido pela sociedade de diversas formas, como: o isolamento do meio social em vive, a rejeição por parte dos filhos e familiares, etc . Então podemos dizer que o casamento e a constituição de uma família são fatos coletivos ou gerais, pois existem pela vontade da maioria de um grupo ou de uma sociedade. 2.1.1 CARACTERÍSTICAS DOS FATOS SOCIAS - Coercitivo, que é exterior e que esteja generalizado. Durkheim afirma que os fatos sociais são aqueles que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a adaptar-se às regras da sociedade em que vivem. Nem sempre utilizava a força física. Interiorização de normas e regras, que são socialmente construídas e que pensamos que são escolhas pessoais. -Exterioridade dos fatos sociais, os que atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente; as regras sociais, os costumes, as leis, já existem antes do nascimento das pessoas, são elas impostas por mecanismo de coerção social, como a educação. - Generalidade, os fatos sociais manifestam sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, como as formas de habitação, de comunicação, os sentimentos e a moral . 3 Resposabilidade Ambiental 3.1 POLIGAMIA Se a cultura brasileira fosse poligâmica em que o casamento entre um homem e três ou mais mulheres é permitido, a situação do caso concreto em questão não seria considerada um ato ilícito. A relação entre um homem e duas mulheres é referida geralmente como bigamia, e a relação entre uma mulher e vários homens recebe o nome de poliginia ou poliandria. O termo tem origem na língua grega, e é a combinação das palavras polis (muitos) e gamos (matrimônio). No reino animal, a poligamia se refere à relação onde os animais estabelecem mais de um vínculo sexual no período de reprodução. Nos dias atuais, mesmo considerada prática ilegal na maioria dos países, é perfeitamente legal ter várias esposas em mais de 50 países, e em outros 20, a poligamia não está incluída nas leis, mas é culturalmente aceita. Apesar disso, no mundo todo, a poligamia está evidente desuso, a devido à influência da cultura moderna ocidental e de ideias da noção de igualdade entre os sexos. Somado a isso, há ainda o efeito da influência do cristianismo, que condena a prática por considerá-la pecado, já que vai contra o sacramento do Matrimônio. No catolicismo a poligamia é equiparada ao adultério, e entra em contradição com a igual dignidade do homem e da mulher. Certas religiões, com destaque para alguns grupos mórmons e os muçulmanos aceitam naturalmente a poligamia. De fato, boa parte dos países que seguem a lei islâmica, a sharia, permite oficialmente a prática. O Alcorão permite ao homem ter até quatro cônjuges, limite que foi "copiado" por boa parte das legislações favoráveis à prática. Dentro da filosofia islâmica, a lógica é de que o homem é polígamo por natureza, enquanto que a mulher possui a tendência de permanecer com um só parceiro. Assim, para evitar uma situação hipócrita de relações extraconjugais, a poligamia é considerada como natural dentro das comunidades de religião muçulmana. Mas considerando que a nossa cultura é monogâmica, o caso concreto em questão foge totalmente do padrão pela ética brasileira. direito civil- pessoas e bens CAPACIDADE CIVIL Os menores de dezesseis anos são tidas como absolutamente incapazes para exercer atos na vida civil, porque devido à idade não atingiram o discernimento para distinguir o que podem ou não fazer que lhes, é conveniente ou prejudicial Por isso para a validade dos seus atos, será preciso que estejam representados por seu pai, por sua mãe, ou por tutor. A capacidade de direito é comum a toda pessoa humana, só se perde com a morte. Já a capacidade de fato, só algumas pessoas a têm, e está relacionada com os exercícios dos atos vida civil. Existem três tipos de capacidade: a capacidade de direito ou de gozo; a capacidade de fato ou de exercício; e a capacidade plena, que é a soma da capacidade de direito com a de fato. A capacidade de direito é comum a toda pessoa humana, só se perde com a morte. Já a capacidade de fato, só algumas pessoas a têm, e estárelacionada com os exercícios dos atos vida civil. Ou seja, toda pessoa possui capacidade de direito, mas não necessariamente a capacidade de fato. Uma pessoa física pode adquirir a capacidade de fato ao longo de sua vida, tanto como pode perdê-la. Mas como adquiri-la? A regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato quando: – ao completar 18 (dezoito) anos; – pela concessão dos pais (emancipação); – pelo casamento; – pelo exercício de emprego público efetivo; – pela colação em curso de ensino superior; – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. EMANCIPAÇÃO Utilizada por muitos genitores como estratégia para gerir patrimônio e abrir empresas, a emancipação de menores de idade entre 16-17 anos pode ocorrer em Cartório ou na Justiça. O assunto está ligado com o conceito jurídico de "capacidade", que é a possibilidade de exercer certos atos e por eles ser responsável. Ela se subdivide em dois tipos: · Capacidade de direito é a aptidão para adquirir direitos e obrigações. É inerente a toda pessoa, qualquer que seja a sua idade ou estado de saúde. · Capacidade de fato é a capacidade para exercer pessoalmente/por ato próprio os atos da vida civil, e pode sofrer limitação pela idade ou estado de saúde, pois é preciso discernimento, não estar interdito. Teoricamente, a pessoa passa a ter discernimento ao alcançar a maioridade (18 anos). Antes da maioridade, as pessoas são consideradas incapazes. Abaixo de 16 anos a incapacidade é absoluta (impossível praticar pessoalmente qualquer ato jurídico, contando com um representante para realizá-los), e entre 16-18 anos é relativa (possível praticar ato jurídico pessoalmente, desde que auxiliado por um assistente). A emancipação não faz com que o menor de idade seja considerado maior. É uma forma de antecipar tão somente a aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Poderá, portanto, casar, prestar fiança e assinar contratos de forma independente, razão pela qual é também muito utilizada por pais de menores que vão residir em outra cidade para fazer faculdade ou trabalhar como modelo, por exemplo. Uma vez que o adolescente não passa a ser considerado maior de idade, ele continua com as benesses existentes para os menores, como prioridade em internação hospitalar e responsabilidade criminal através de ato infracional, não crime, ou seja, não interfere no Direito Penal. Da mesma forma, não será permitido ao menor tirar carteira de motorista e frequentar locais não permitido a menores, como boates. NEGOCÍO JURÍDICO As nulidades são as causas da invalidade do casamento; elas definem a ineficácia do ato e fundamentam-se em motivos de ordem pública. Categoriza-se em absolutas (quando podem ser promovidas pelo Ministério Público) e também se assentam em motivos de ordem privada (quando são classificadas relativas, mas só podem ser recorridas pelas pessoas em cujo prejuízo foram estabelecidas). A anulação do casamento concretiza-se em modo de dissolução da sociedade conjugal e do vínculo matrimonial pela confirmação de sua invalidade, feita por sentença judicial proferida em ação anulatória ajuizada para esse fim, desde que seja verificado os casos em que o casamento estiver corrompido por vício sanável. Quando o casamento é celebrado ferindo apenas o interesse de quem o Estado tem o dever de proteger, por considerá-lo hipossuficiente, a reação do ordenamento jurídico é mais moderada. Como não há ameaça à ordem pública, dispõem as partes da possibilidade de intentar ação anulatória, pois ao legislador é indiferente a sobrevivência do casamento. TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL Da nulidade No caso concreto por ser tratar de um crime de bigamia, a nulidade de casamento pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público. A ação jurídica, de rito ordinário, tem a natureza de Ação Declaratória, e pode ser interposta por qualquer interessado ou pelo Ministério Público, o qual representa o Interesse social, conforme disposição do artigo 1.549 do novo Código. Não há prazo para propor a ação declaratória, posto que por ser uma causa de nulidade, a ação é imprescritível. A QUANTIDADE DE FILHOS NO BRASIL O contexto das famílias brasileiras está entrando em um processo de modificação no que diz respeito à quantidade de filhos, ou seja, o percentual da taxa de natalidade tem reduzido, pois o número de filhos está diminuindo nas famílias do Brasil, isso segundo o resumo dos indicadores sociais de 2006, do IBGE. Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas” (CF, art. 226, §7º). Referido princípio encontra-se regulamentado na Lei nº 9.263/1996, que assegura a todo cidadão, não só ao casal, o planejamento familiar de maneira livre, não podendo nem o Estado, nem a sociedade ou quem quer que seja estabelecer limites ou condições para o seu exercício dentro do âmbito da autonomia privada do indivíduo. No caso concreto a lei que limite a quantidade de filhos é inconstitucional. DIREITO PENAL- PARTE GERAL 6.1 legÌtima DEFESa A legítima defesa pode ser considerada como a mais popular causa de exclusão da ilicitude. O ato da legitima defesa é muito mais que um mero instituto legal. É um ato natural; é um dos fundamentos mais primitivos do direito natural. A autodefesa está na essência humana. O exercício da legítima defesa é um direito do cidadão e constitui uma causa de justificação contra uma agressão injusta. A legítima defesa apresenta um duplo fundamento: de um lado, a necessidade de defender; de outro lado, o dever de defender o próprio ordenamento jurídico, que se vê afetado ante uma agressão ilegítima. Neste caso concreto foi evidente a ação em defesa de terceiro, que é um meio pelo qual alguém age em ação de solidariedade, intervindo a favor do outro, vítima de agressão, provocando lesões no agressor. O oficial de justiça, mesmo dentro da sua residência agiu dentro da lei. 7 CONCLUSÃO Este trabalho nos traz uma visão sobre o delito de bigamia possibilitando adentrar, na atual conjuntura, em suas especificidades; o que diz a lei, o posicionamento da doutrina majoritária, como tem se posicionado nossos julgadores e alguns julgados, a visão das ciências sociais a respeito do casamento e da família, as mudanças ocorridas com o advento da constituição de 1988, que modificou, pluralizou, democratizou e humanizou a instituição familial, a superação do autoritarismo estatal nesta nova era constitucional onde os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa humana estão no foco central. Discutimos ainda o processo de esvaziamento que esse tipo penal vem sofrendo quando o confrontamos com a nova concepção de família que a Constituição e o Código Civil vigente nos apontam; é perceptível a contradição que o crime em comento denota ao evocar os princípios norteadores da Lex Mater, principalmente por partimos da premissa de que o Direito Penal deve ser tratado como "ultima ratio". Por conseguinte a Bigamia, de acordo com a maioria dos doutrinadores, é de natureza subsidiária, por isto este somente pode punir as lesões de bens jurídicos e as contravenções contra fins de assistência social, se tal for indispensável para a vida em comum ordenada. Onde bastem os meios do direito civil ou do direito público, o direito penal deve retirar-se. E por fim foi apresentado conclusões a respeito do crime de bigamia observando estas transformações sociais, culturais e jurídicas que vem ocorrendo tendente a revogação deste delito como o que aconteceu com o adultério. REFERÊNCIAS[1][1] ROUDINESCO, Elizabeth. A família em Desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. [1][2] HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Família e Casamento em Evolução in Revista Brasileira de Direito de Família.: Síntese. 1999. v. 1, p.8. [1][3] ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978. BRASIL. Código Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, [1][4]2012. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. BITENCOURT. Cezar Roberto. Código penal comentado. 7. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012. [1][5] ALBUQUERQUE NETO, Carlos Cavalcanti de. Famílias simultâneas e concubinato adulterino. In Anais do III Congresso Brasileiro de Direito de Família. Rio de Janeiro: IBDFAM, 2002, p. 152. [1][6] Voto vencido do Rel. Min. Aldir Passarinho, no Rec. Extr. 103.775/RS, julgado em 17.9.1985. RTJ 117, p. 1.269. [1][7] Resp. nº 47.103/SP, Rel. Ministro Eduardo Ribeiro, julgado em 13.02.1995. [1][8] ALBUQUERQUE NETO, Carlos Cavalcanti de. Famílias simultâneas e concubinato adulterino. In Anais do III Congresso Brasileiro de Direito de Família. Belo Horizonte: IBDFAM, 2002, p. 159. [1][9]CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 3, parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual a dos crimes contra a administração pública (arts. 213 a 359-H). – 10. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012 https://jus.com.br/artigos/40012/bigamia-e-outros-crimes-contra-o-casamento Disponível : http://www.casajuridica.com.br/?f=conteudo/ver_artigo&cod_artigo=108 APÊNDICES Internet, livros das disciplinas e outros relacionados Sistema de Ensino Presencial Conectado Serviços jurídicos cartorários e notariais fUNDAMENTOS DOS SERVIÇOS JURÍDICOS RIO DE JANEIRO 2018/1 Osnir alves de oliveira júnior fUNDAMENTOS DOS SERVIÇOS JURÍDICOS Trabalho de produção textual interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas: Homem, Cultura e Sociedade; Responsabilidade Social e Ambiental; Direito Civil – Pessoas e Bens; Teoria Geral do Direito Constitucional; Direito Penal – Parte Geral Orientador: Márcio Saviani, Luisa Sarabia, Janaina Carla Testa, Flávio Pierobon, João Scaff e Maria Ângela Santini . RIO DE JANEIRO 2018
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