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Resumo 2 Des. Adulto Maduro e 3ª Idade

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Psicologia do Desenvolvimento III
Resumo Adulto Maduro e 3ª Idade
GENERATIVIDADE VERSUS ESTAGNAÇÃO (adulto maduro ou de meia idade)
GENERATIVIDADE:é a preocupação de adultos maduros em estabelecer e orientar a próxima geração, perpetuando a si próprio e influenciando os que o sucedem.(( A Generatividade surge dos desejos internos da imortalidade simbólica ou de uma necessidade de ser útil e produzir interesse na próxima geração. ((É uma forma de fazer-se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um pouco de si nos outros. A generatividade pode ser a chave para o bem-e star na meia-idade.
“A virtude deste período é o “cuidar” das pessoas, dos produtos e das ideias com as quais a pessoa aprendeu a se importar” (ERIKSON, 1985).
ESTAGNAÇÃO: Oindivíduo se dá conta de que de que tudo o que fez e tudo o que construiu não valei a pena, não teve um porquê, já que não existe como dar prosseguimento, seja em forma de um filho, um sócio, uma empresa ou uma pesquisa. (( Marasmo da lamentação/estagnação.
KOTRE (1984)distinguiu 4 formas de generatividade: 1) Biológica (concebendo e educando crianças). ((2) Parental (sustentando e criando crianças). ((3) Técnica (preparando aprendizes) (( 4) Cultural (transmitindo valores e instruções culturais).
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DO ADULTO MADURO OU DA MEIA IDADE
Crise da meia idade: Termo cunhado pelo psicanalista Elliot Jacques (1967). A crise da meia-idade refere-se á mudança de personalidade e estilo de vida durante o início e meados dos 40 anos, período supostamente estressante desencadeado pelo exame e pela reavaliação de nossa vida.
A crise da meia idade foi caracterizada como uma crise de identidade ( chamada de segunda adolescência.
O que a suscita crise da meia-idade? Segundo Jacques, é a consciência da mortalidade. Mas, para outros autores, constitui apenas uma das transições da vida e, por isso, poderá provocarum exame introspectivo e uma reavaliação de valores e prioridades: Os sonhos da juventude foram realizados? Aqueles sonhos que foram concretizados trouxeram satisfação? Ainda é possível adotar outro estilo de vida ou reestruturar o estilo de vida até aqui adotado? 
Se a transição irá ou não transformar-se em crise pode depender mais das circunstâncias individuais e dos recursos pessoais do que da idade.
ATUALMENTE: A existência de uma crise da meia-idade como experiência normativa de desenvolvimento foi posta em xeque. Isto significa que não pode ser considerada universal. Assim, pessoas com ego resiliente (CITAR TEORIA) - que apresentam capacidade de se adaptar de maneira mais flexível e engenhosa a possíveis fontes de estresse – têm mais chances de serem bem-sucedidas na travessia da meia idade. 
MUDANÇAS NA MEIA IDADE
FREUD: Em termos psicossociais, a meia idade já foi considerada um período relativamente estável. O autor não viu razão para apsicoterapia para pessoas acima de 50 anos, porque ele acreditava que a personalidade estava permanentemente formada nessa idade.
- MASLOW e ROGERS (teóricos humanistas): vida adulta intermediária ( oportunidade para uma mudança positiva. Cabe lembrar que: 
A “autorrealização (realização plena do potencial humano) pode vir apenas com a maturidade” (MASLOW, 1968).
JUNG: Individualização e transcendência ( O desenvolvimento saudável da meia idade busca a individuação, a emergência do eu verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partesconflitantes da personalidade, incluindo as que foram anteriormente negligenciadas. 
- Na meia-idade, as pessoas voltam suas preocupações para o próprio interior. 
- Duas tarefas difíceis, porém necessárias na meia-idade, são: (1) Abrir mão da imagem jovem. (2) Reconhecer a mortalidade.
Exige uma busca por significado dentro de si mesmo. Este movimento de interiorização pode ser inquietante. Pode representar “Perder temporariamente o porto seguro”.
- Aqueles que evitam essa transição perdem a chance de crescer psicologicamente.
Em síntese: Jung afirmava que homens e mulheres na meia-idade sofrem um processo de individuação, no qual expressam aspectos da personalidade anteriormente negligenciados. Duas tarefas necessárias são abrir mão da imagem de juventude e reconhecera mortalidade, o que instiga a introspecção e o questionamento - ou o que Neugarten chamou de interioridade. 
ERIK ERIKSON: Estágio (Generatividadeversus Estagnação. (verificar páginas 5 e 6).
“A virtude deste período é o “cuidar” das pessoas, dos produtos e das ideias com as quais a pessoa aprendeu a se importar” (ERIKSON, 1985).
VAILLANT: Ampliação da teoria de Erikson:Êxito na resolução da crise de generatividadeversus estagnação. ((Constatou que a generatividade é fundamental para um ajustamento psicossocial bem-sucedido na meia-idade. ((PESQUISAS: Em seus 50 anos, os homens mais bem ajustados na amostra de alunos de Harvard de Vaillant (1989) eram os mais generativos, avaliada segundo sua responsabilidade com outras pessoas no trabalho, suas doações a instituições de caridade e as realizações de seus filhos. • Esses homens eram quatro vezes mais propensos a utilizar formas maduras de enfrentamento, como altruísmo e humor, do que utilizar formas imaturas, como beber ou desenvolver hipocondria (VAILLANT, 1989).
2. IDENTIDADE E BEM ESTAR PSICOLÓGICO
Alguns pesquisadores do desenvolvimento veem a formação da identidade como a questão central da idade adulta. 
A identidade pode consistir não somente de um self, mas de múltiplos "selves possíveis", incluindo o self que a pessoa espera ser e o self que a pessoa tem medo de ser. (MARKUS, NURIUS, 1986).
Bem-Estar Psicológico e Saúde Mental Positiva Saúde mental:
Saúde mental não é apenas a ausência de doença mental. A saúde mental positiva envolve uma sensação de bem-estar psicológico, que anda de mãos dadas com um senso de identidade saudável. No entanto, édifícil definir o bem-estar. 
2.1.Como os teóricos e os pesquisadores abordaram esse conceito de difícil apreensão?
VAILLANT: Êxito na resolução da crise de geratividadeversus estagnação. (citado acima)
CAROL RYFF e as múltiplas dimensões do bem-estar:Carol e colaboradores utilizando-se de uma gama de teorias, desde a de Erikson até a de Maslow para desenvolveram um modelo multifacetado que inclui seis dimensões, de bem-estar: autoaceitação, relações positivas com outras pessoas, autonomia, domínio do ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal.
Identidade de Gênero 
Na sociedade, identidade de gênero se refere ao gênero em que a pessoa se identifica (i.e, se ela se identifica como sendo um homem, uma mulher ou se ela vê a si como fora do convencional), mas pode também ser usado para referir-se ao gênero que certa pessoa atribui ao indivíduo tendo como base o que tal pessoa reconhece como indicações de papel social de gênero (roupas, corte de cabelo, etc.)
Miriam Pillar Grossi destaca que, diferentemente dos papéis sociais de gênero, que não são biologicamente determinados, mas sim construtos culturais e históricos, a identidade de gênero "remete à constituição do sentimento individual de identidade"
Em 1968, Robert Stoller define a diferença conceitual entre sexo e gênero: sexo refere-se aos aspectos anatômicos, morfológicos e fisiológicos (genitália, cromossomos sexuais, hormônios) da espécie humana. Ou seja, a categoria sexo é definida por aspectos biológicos: quando falamos em sexo, estamos nos referindo a sexo feminino e sexo masculino, ou a fêmeas e machos. Já o conceito de gênero remete aos significados sociais, culturais e históricos associados aos sexos.
A identidade de gênero está profundamente ligada aos papéis e compromissos sociais. A mudança de papéis e relacionamentos na meia-idade pode afetar a identidade de gênero, embora as revisões mais profundas da meia-idade sejam internas, levando uma pessoa a entender a si mesmo. Pesquisas indicam que homens de meia-idade tornam-se mais abertos em relação aos sentimentos, mais interessados em manter relacionamentosíntimos e mais generosos, características rotuladas como femininas. As mulheres, tornam-se mais assertivas, autoconfiantes, orientadas por objetivos, características rotuladas como masculinas.
3. Considerações Acerca das Singularidades da Meia Idade
MEIA IDADE: é o apogeu da mulher?
Condizente com a teoria de Jung, o maior bem-estar das mulheres pode ser o resultado de um balanço na meia-idade que conduz à busca de aspirações anteriormente negligenciadas. 
(Em um estudo longitudinal com a classe de 1964 da RadclifffeCollege, as consequências de um balanço na meia-idade pareciam mais substanciais para as mulheres que gostariam de ter explorado opções profissionais ou educacionais mais plenamente antes de assumir os papéis familiares tradicionais. Aproximadamente dois terços das mulheres dessa classe empreenderam importantes mudanças de vida entre 37 e 43 anos. As mulheres que tinham insatisfações e que mudaram suas vidas por isso desfrutavam maior bem-estar e melhor adaptação psicológica ao final de seus 40 anos do que aquelas que tinham insatisfações, mas não fizeram as mudanças desejadas. .
3.2. Mudanças nos Relacionamentos na Idade Adulta:Que papel as relações sociais desempenham na vida de pessoas de meia-idade?
3.2.1Duas teorias sobre a mudança de importância dos relacionamentos são a teoria do comboio social, de Kahn e Antonucci, e a teoria de seletividade socioemocional, de Laura Carstensen. Segundo ambas as teorias, o apoio socioemocional é um importante elemento na interação social na meia-idade e depois dela.
- Teoria do comboio social/contato social:as pessoas passam pela vida cercadas por comboios sociais: círculos de amigos próximos e de familiares com os quais elas podem contar paraauxílio, para bem-estar e para apoio social e as quais elas, por sua vez, também oferecemassistência, interesse e ajuda. Embora os comboios geralmente apresentem grande estabilidade, sua composiçãopode mudar. Em certa época, os laços com os irmãos podem ser mais significativos;em outra, os laços com os amigos (Paul, 1997).
- Em um estudo, pessoas de uma ampla variedade de idades, de 8 a 93 anos, identificaram três círculos concêntricos de comboios sociais: as pessoas mais próximas e mais importantes para elas - normalmente o cônjuge, os filhos e os pais. 
- Os entrevistados de meia-idade tinham os comboios mais amplos, em média cerca de 10 a 11 pessoas e diminuindo ligeiramente após os 50 (tendência que continua durante a vida do idoso). Os comboios das mulheres, particularmente o círculo interno, eram maiores do que os dos homens
- Teoria de seletividade socioemocionalde Laura Carstensen (oferece uma perspectiva abrangente sobre o papel dos comboios sociais na meia-idade) 
( Ainteração social tem três principais objetivos: (1) ela é uma fontede informações; (2) ela ajuda as pessoas a desenvolver e a manter seu senso de identidade;e (3) ela é uma fonte de prazer e de conforto ou de bem-estar emocional. No primeiroano de vida, a necessidade de apoio emocional é suprema. Da infância ao inícioda idade adulta, a busca de informações fica em primeiro plano. À medida que os jovens esforçam-se para compreender sobre sua sociedade e seu lugar nela, estranhos podem bem ser as melhores fontes de conhecimento. Na meia-idade, outros métodos de coleta de informações (tais como a leitura) tornam-se mais eficientes, e a função de regulação das emoções dos contatos sociais torna-se de novo central. As pessoas tornam-se mais seletivas em relação a esses contatos, preferindo a companhia de seus “comboios sociais" ( pessoas com as quais podem contar em época de necessidade). 
3.2.2. Relacionamentos e Qualidade de Vida: Embora considerem que relacionamentos sexuais satisfatórios sejam importantes para a qualidade de vida, os relacionamentos sociais são ainda mais importantes: um bom relacionamento com um cônjuge ou com um parceiro é importante para sua qualidade de vida, assim como laços íntimos com amigos e com a família.
- Estudo longitudinal com 32.624 homens norte-americanos saudáveis de 42 a 77 anos: homens socialmente isolados - os que não eram casados, tinham menos do que seis amigos e parentes e não pertenciam a grupos religiosos ou comunitários - tinham maior probabilidade de morrer de doença cardiovascular, de acidentes ou de suicídio durante os quatro anos seguintes do que homens com redes sociais mais amplas. 
- Demandas estressantes e restritivas: especialmente nas mulheres: O senso de responsabilidadee de preocupação com os outros pode prejudicar o bem-estar de uma mulher quandoproblemas ou infortúnios atingem seu parceiro, seus filhos, seus pais, seus amigos e seuscolegas de trabalho. 
( Esse "estresse vicário" pode ajudar a explicar por que mulheres de meia-idade são especialmente suscetíveis à depressão e a outros problemas de saúde mental e por que elas tendem a ser mais infelizes com seus casamentos do que os homens. 
Importante: "Mais" não significa necessariamente "melhor": o que importa é a qualidade de um relacionamento e seu impacto sobre o bem-estar, e esses atributos podem mudar de tempos em tempos (Paul, 1997).
3.2.3 Relações consensuais: 
Os casamentos tornam-se mais felizes ou infelizes durante os anos intermediários? A pesquisa sobre qualidade do casamento sugere uma queda na satisfação conjugai durante os anos de criação dos filhos, seguida por uma melhora no relacionamento depois que os filhos saem de casa.
Divórcio: O divórcio na meia idade é relativamente incomum, talvez devido em parte ao acúmulo de capital conjugal. Entretanto, o divórcio na meia-idade está aumentando. 
(A condição econômica e o momento de ocorrência e os efeitos do ninho vazio desempenham um papel fundamental: podendo acarretar em uma ruptura ou em uma “2ª lua de mel”.
Como as relações homossexuais comparam-se com as heterossexuais?Por demorarem mais para assumir a homossexualidade, muitos homossexuais na meia-idade somente nesse período assumem relacionamentos íntimos. • Casais homossexuais de ambos os sexos tendem a ser mais igualitários do que casais heterossexuais, mas apresentam problemas semelhantes para equilibrar os compromissos familiares e profissionais.
3.2.4. Relacionamento com os filhos.
- Quando os filhos são adolescentes: Geralmente os pais de adolescentes são adultos de meia-idade. Enquanto lidam com suas próprias preocupações especiais, os pais precisam lidar diariamente com jovens que estão passando por grandes mudanças físicas, emocionais e sociais.
DADOS DE PESQUISA:Mais vulneráveis: mães que não tinham um vínculo forte vínculo mais forte com algum trabalho remunerado. (( Ao queparece, o trabalho pode apoiar a autoestima dos pais a despeito dos desafios de ter umfilho adolescente. ((Para outros pais, especialmente funcionários de escritório e com cursosuperior com filhos homens, a adolescência de seus filhos trouxe maior satisfação,bem-estar e até orgulho. ((Para a maioria dos pais, as mudanças normativas da adolescênciaprovocaram uma mistura de emoções positivas e negativas. Isso se aplicava particularmenteàs mães com filhas adolescentes jovens, cujos relacionamentos geralmentetendiam a ser tanto próximos quanto repletos de conflitos. 
- Quando os filhos partem(O NINHO VAZIO: possível vivência dos pais (afetando geralmente a mãe) a partir do momento em que os filhos se tornam independentes, partindo para outra moradia. Pode acarretar em um quadro depressivo. 
- O ninho vazio não indica o fim da paternidade e da maternidade. Ele é uma transição para uma nova etapa: o relacionamento entre pais e filhos adultos. Para muitas mulheres, essa transição traz alívio para o que Gutmann chamou de "emergência parental crônica” Eles agora podem perseguir seus próprios interesses enquanto usufruem das realizações dos filhos crescidos. 
- O ninho vazio parece de fato ser difícil para mulheres que não se prepararam para isso reorganizando sua vida (Targ, 1979). Essa fase também pode ser difícil para pais que se arrependem por nãoterem passado mais tempo com os filhos. (( Com a saída dos filhos:situações possíveis: ruptura do casamento ou 2ª lua de mel. 
- Quando os filhos retornam(A SÍNDROME DA PORTA GIRATÓRIA: Tendência entre jovens adultos de retornar ao lar dos pais enquanto estabelecem-se ou em épocas de dificuldades financeira, conjugai ou de outro tipo.
3.2.5 Outros laços de parentesco: Relacionamento com os pais idosos
- Muitas pessoas de meia-idade têm uma visão mais objetiva dos pais do que antes, vendo-os como indivíduos com qualidades e com defeitos. Outra coisa acontece nesse período: um dia um filho ou uma filha olha para o pai ou para a mãe e vê um idoso, e essa percepção pode ser perturbadora. 
 - A maioria dos adultos de meia-idade e seus pais têm relacionamentos próximos baseados em contato frequente e mútuo auxílio. (( Adultos idosos retomam o papel mais ativo de pais quando um filho precisade auxílio e quando eles mesmos precisam de auxílio, seus filhos são as primeiras pessoas às quais eles recorrem e as que mais tendem a ajudar.
Maturidade filial: Etapa de vida, proposta por Marcoen e por outros pesquisadores, em que os filhos de meia-idade, em consequência de uma crise filial, aprendem a aceitar e a satisfazer a necessidade dos pais de depender deles. Saída saudável da crise filial.(( Os adultos aprendem a equilibrar amor e dever com os pais e autonomia em um relacionamento bidirecional. Neste contexto,a necessidade de cuidar dos pais idosos não se torna fonte de sofrimento. 
- Caso o cuidador não tenha apoio social e financeiro (esgotamento. Condição de exaustão física,mental e emocional que acomete adultos que cuidam de pessoas idosas.
3.2.6. Geração sanduíche: Adultos de meia-idadepressionados pelas necessidadesconcorrentes de criar ou deencaminhar os filhos e de cuidar de pais idosos. ((O casal vive pressionado entre essas necessidades concorrentes e seus limitados recursos de tempo, de dinheiro e de energia. ((São também perturbadores os conflitos entre obrigações de assistência e interesse pessoais, atividadessociais ou planos de viagem. Tal dinâmica ( prestação de assistência e interesses/necessidades pessoais) pode trazer tensão a um casamento e até levar ao divorcio e/ou esgotamento do cuidador. 
2.2.7 Relacionamentos com os Irmãos: Em algumas pesquisas transversais, os relacionamentos entre irmãos durante o ciclo de vida parecem assumir a forma de uma ampulheta, com mais contato nos dois extremos:- infância e idade adulta intermediária e tardia - e menos contato durante os anos de criação dos filhos. Depois de estabelecerem carreiras e famílias, os irmãos podem renovar os laços. (( Outros pesquisadores apontam para um declínio no relacionamento entre irmãos durante a idade adulta. (( Entretanto, a maioria das pessoas de meia idade permanece em contato com os irmãos, e os relacionamentos com os irmãos são importantes para o bem-estar.
2.2.7. A meia idade e a condição de avó/avô: 
No que diferem os avós de hoje dos de antigamente e que papéis eles desempenham?Embora a maioriados avós da atualidade tenham menor envolvimento íntimo com a vida de seus netos do que no passado, eles, muitas vezes, desempenham um papel importante. • O divórcio e o segundo casamento de um filho adulto pode afetar os relacionamentos entre avós e netos e criar novos papéis para os avós "emprestados". • Um número crescente de crianças recebe assistência dos avós/avôs. ((Para os avós, criar os netos pode trazer tensões físicas, emocionais e financeiras.
DESENVOLVIMENTO DO IDOSO
•Idosos jovens (65 a 74 anos):ativos, cheios de vida e vigorosos. • Idosos velhos (75 a 84 anos): maior tendência para a fraqueza e enfermidades. Pode ter dificuldade para desempenhar atividades da vida diária. • Idosos mais velhos (85 anos ou mais): as mesmas características anteriores de maneira mais acentuada.
IDDADE FUNCIONAL:O QUÃO BEM UMA PESSOA funciona em um ambiente físico e social em comparação a outras de mesma idade cronológica. Por exemplo, uma pessoa de 90 anos com boa saúde física pode ser funcionalmente mais jovem do que uma de 65 anos que não estáfuncionalmente bem. (Papaliaet al., 2006). 
Isto significa que: o envelhecimento não é algo determinado pela idade cronológica, mas é consequência das experiências passadas, da forma como se vive e se administra a própria vida no presente e de expectativas futuras. É, portanto, uma integração entre as vivências pessoais e o contexto social e cultural em determinada época, e nele estão envolvidos diferentes aspectos: biológico, cronológico, psicológico e social.
Não importa a quantidade de anos que o indivíduo tem, mas sim, o que ele fez com os anos vividos, e como a sociedade trata alguém com aquela idade.
Organização Mundial da saúde: IDOSO:→idade cronológica= 65 anos.�
No Brasil (Estatuto do Idoso): a partir dos 60 anos. Entretanto, alguns direitos como a gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano só é concedida aos maiores de 65 anos.
IDADE SOCIAL:A idade social é definida pela obtenção de hábitos e status social pelo indivíduo para o preenchimento de muitos papéis sociais ou expectativas em relação às pessoas de sua idade, em sua cultura e em seu grupo social.
A idade social diz respeito à avaliação do grau de adequação de um indivíduo ao desempenho dos papéis sociais e dos comportamentos esperados para as pessoas da sua idade em um dado momento da história de cada sociedade.
Aposentadoria:O indivíduo passa a ser considerado improdutivo (velho). Rompimento abrupto das relações sociais com outras pessoas com as quais o indivíduo conviveu durante muitos anos. Ocorre, ainda, uma redução salarial considerável e a falta de atividades alternativas fora do ambiente de trabalho.
Mais uma vez, percebe-se o quanto a velhice é uma experiência heterogênea e complexa, pois para alguns a aposentadoria pode significar o desengajamento da vida social e, para outros, o início de uma vida social prazerosa, composta por atividades e lazer.
IDADE PSICOLÓGICA: O conceito de idade psicológica pode ser usado em dois sentidos: (1) relação entre idade cronológica e às capacidades psicológicas (2) relação com o senso subjetivo de idade. (2) relação que existe entre a idade cronológica e às capacidades psicológicas, tais como percepção, aprendizagem e memória, as quais prenunciam o potencial de funcionamento futuro do indivíduo (Neri, 2005).
- Na maioria das vezes, o declínio no funcionamento cognitivo é provocado pelo“desuso” (falta de prática), doenças (como depressão), fatores comportamentais (como consumo de álcool e medicamentos), fatores psicológicos (por exemplo, falta de motivação, de confiança e baixas expectativas) e fatores sociais (como a solidão e o isolamento), mais do que o envelhecimento em si (WHO, 2005).
. Um dos aspectos que poderia atuar como fator de proteção do declínio cognitivo é a escolaridade, já que “os idosos que têm mais escolaridade conservaram um melhor resultado no período de três anos em muitas funções cognitivas examinadas..
Possíveis causas dos estereótipos sobre o idoso e o envelhecimento.1ª Valorização do novo e do produtivo. Ênfase contemporânea na juventude, beleza, autonomia, independência e na habilidade de ser produtivo ou reprodutivo. 2ª: Para muitas pessoas, interagir com velhos é lembrar-se da proximidade com a morte.Assim, o preconceito serviria como fator protetor porque manteria afastadas as ideias de declínio e de morte.
AS IDADES DA VELHICE
De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2006), uma classificação da velhice mais significativa é pela idade funcional: 
Envelhecimento primário: processo gradual e inevitável de deteriorização corporal que começa cedo na vida e continua ao longo dos anos. • Envelhecimento secundário: é constituído pela consequência de doença, de abuso e de ausência de uso de medidas preventivas; alimentando-se bem e mantendo-se fisicamente em forma, é possível evitar os efeitos secundários do envelhecimento. 
Diferença entreExpectativade vida e Longevidade:Expectativa de vida: idade até a qual uma pessoa nascida e numa determinada época e determinado lugar tem a tendência estatística de viver, considerando-se sua idade e seu estado de saúdeatuais.((Longevidade: quanto tempo de fato uma pessoa vive.((A expectativa de vida baseia-se na longevidade media dos integrantes de uma população.
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DO IDOSO.
Teoria e Pesquisa sobre Desenvolvimento Psicossocial: Quanto muda a personalidade na terceira idade? Não muito, segundo algumas pesquisas.
Desenvolvimento psicossocial: principais teorias: 
Estabilidade dos Traços de Personalidade
Embora algumas pesquisas tenham constatado mudanças na terceira idade nas "Cinco Grandes " dimensões de personalidade, como aumentos no nível de socialização e diminuiçõesna extroversão (Field e Millsap, 1991), o trabalho de Costa e McCrae (1994a, 1994b, 1996) demonstrou claramente a estabilidade essencial dos traços de personalidade (ver Capítulo 14). Pessoas hostis são pouco inclinadas a se suavizar com a idade, a menos que recebam tratamento psicoterapêutico; pessoas otimistas tendem a se preservar assim. Alguns padrões de traços persistentes contribuem para a adaptação ao envelhecimento e podem até predizer a saúde e a longevidade (Baltes, Lindenberger e Staudinger,1998; ver Quadro 18-1).
- Os Cinco fatores: mudanças pouco significativas. No senso comum, entretanto, o envelhecimento está associado à depressão e rigidez: não existem evidências significativas. 
-QUESTÕES E MUDANÇAS NORMATIVAS: Erik Erikson : Integridade do Ego versus Desespero
Para Erikson, a realização suprema da terceira idade é o senso de integridade do ego ouintegridade do self, realização baseada na reflexão sobre a própria vida. Na oitava e última crise do ciclo de vida, integridade do ego versus desespero,adultos mais velhos precisam avaliar, resumir e aceitar sua vida para poderem aceitar a aproximação da morte. A partir dos resultados das sete crises anteriores, eles se esforçam para obter um senso de coerência e de integridade, em vez de ceder aodesespero por sua incapacidade de reviver o passado de forma diferente (Erikson, Erikson e Kivnick, 1986). 
As pessoas que são bem-sucedidas nessa tarefa final de integração adquirem um senso de ordem e significado de sua vida na ordem social mais ampla, do passado, do presente e do futuro. A "virtude" que pode desenvolver-se durante esse estágio é a sabedoria, uma "preocupação informada e/imparcial com a própria vida diante da própria morte". 
Sabedoria, diz Erikson, significa aceitar a vida que se viveu, sem maiores arrependimentos: sem alongar-se no que "deveria ter feito" ou em "como poderia ter sido". Isso envolve aceitar nossos pais como pessoas que fizeram o melhor que podiam e por isso merecem amor, ainda que não tenham sido perfeitos. Isso implica aceitar nossa morte como fim inevitável de uma vida vivida tão bem quanto soubemos vivê-la. Em suma, significa aceitar imperfeição no self, nos pais e na vida. 
As pessoas que não alcançam a aceitação sucumbem ao desespero, percebendo que o tempo é curto demais para buscar outros caminhos para a integridade do ego.
Importante observar 	que nesse ciclo de vida (de acordo com Erikson) o desespero é inevitável. ( pela transitoriedade da condição humana, mas quando a pessoa mantém um envolvimento vital com a sociedade, o desespero dá lugar a sabedoria. A reflexão não está limitada a análise do passado, mas em função de um contínuo envolvimento com situações, desafios e tarefas do presente, que incluem: trabalhos criativos e envolvimento com os netos). 
Desespero ou desesperança: sentimento de frustração, aborrecido porque perdeu oportunidades e arrependido de erros que não pode corrigir, não há mais tempo para corrigi-los, então há a desesperança. Os indivíduos ficam desgostosos consigo mesmos, ranzinzas, ficam amargos em relação ao que poderiam ter sido, criticam e são intolerantes com as novas gerações. 
Os relacionamentos sociais são muito importantes para os idosos, embora a frequência do contato social decline na velhice. Em muitos casos, a rede social do idoso fica esgarçada, já que ocorrem muitas perdas e rupturas; alguns papéis sociais deixam não são maisexercidos, como o profissional, e com isso o indivíduo perde as interações sociais decorrentes deste.
TEORIAS SOBRE O ENVELHECIMENTO SAÚDÁVEL.
TEORIA DO DESENGAJAMENTO (CUMMMING; HENRY, 1961) VERSUS TEORIA DA ATIVIDADE.
A TEORIA DO DESENGAJAMENTO foi uma das primeiras teorias mais influentes na gerontologia. Desengajamento: condição universal do envelhecimento. Declínios no funcionamento físico e a consciência da proximidade da morte resultam em uma retirada gradual E inevitável dos papéis sociais (trabalhador, cônjuge, progenitor) e, uma vez que a sociedade deixa de oferecer papéis úteis para o adulto mais velho, o desengajamento é mútuo. Acredita-se que o desengajamento é acompanhado (como sugeriu Jung) pela introspecção e pelo apaziguamento das emoções. EVIDENTE QUE RECEBEU CRÍTICAS CONTUNDENTES
 A TEORIA DA ATIVIDADE:os papéis adultos são fontes importantes de satisfação; quanto maior a perda dos papéis devido à aposentadoria, à viuvez, à distância dos filhos ou à enfermidade, menos satisfeita será uma pessoa. 
As pessoas que estão envelhecendo bem mantêm o máximo possível de atividades e encontram substitutos para papéis perdidos (Neugarten, Havinghurst e Tobin, 1968). Para alguns adultos mais velhos, mesmo uma atividade comum, como caminhar no shopping, se realizada regularmente,pode servir não apenas como uma forma de exercício, mas também com umsubstituto para o senso de propósito, de afiliação, de contato social e de autodisciplinaanteriormente obtidos com o trabalho remunerado (Duncan, Travis e McAuley, 1995). 
A pesquisa sobre a hipótese do engajamento (ver Capítulo 17) sugere que o envolvimento em atividades desafiadoras e os papéis sociais promovem a retenção das habilidades cognitivas e podem ter efeitos positivos sobre a saúde e sobre a adaptação social.
TEORIA DA CONTINUIDADE (Atchley): 
A atividade é importante não por si mesma, mas por representar a continuação de um estilo de vida. Para adultos mais velhos que sempre foram ativos e envolvidos, pode ser importante manter um alto nível de atividade. Por outro lado, pessoas menos ativas podem se sair melhor na proverbial cadeira de balanço.
Quando o envelhecimento provoca marcadas mudanças físicas ou cognitivas, uma pessoa pode tornar-se dependente ou pode ter que fazer novos arranjos de vida. O apoio da família, dos amigos ou de serviços comunitários pode ajudar a minimizar a descontinuidade. A teoria da continuidade, portanto, oferece um motivo para manter adultos mais velhos fora de instituições e na comunidade e para ajudá-los a viver da maneira mais independente possível.
O PAPEL DA PRODUTIVIDADE: para envelhecer bem, as pessoas precisam manter um equilíbrio entre a continuidade e a mudança nas estruturas interna e externa de sua vida. Neste caso, as pessoas idosas podem manter-se produtivas e também desenvolver novas competências. Atividades de lazer também são bem vindas. 
A VIDA DEPOIS DA APOSENTADORIA: Três tendências:
O ESTILO DE VIDA ENFOCADO NA FAMÍLIA: consiste principalmente de atividades acessíveis de baixo custo que giram em torno da família, do lar e dos companheiros: conversar, assistir à televisão, visitar a família e os amigos, entretenimento informal, jogar cartas ou apenas fazer "o que aparecer".
INVESTIMENTO EQUILIBRADO: melhor renda e grau de instrução. Alocam seu tempo de forma mais igualitária entre família, trabalho e lazer (Kelly, 1987, 1994). Esses padrões podem mudar com a idade: com mais idade tendem a focar na família. 
LAZER SÉRIO: é dominado por atividade que "exige habilidade, atenção e comprometimento" (Kelly, 1994, p. 502). Aposentados que se envolvem nesse padrão tendem a ter extraordinária satisfação com sua vida. (Aprendem um ofício e vivem esse ofício com paixão: pintores, jardineiros,chefes de cozinha....) 
Como vivem os idosos: a cidade, a antiga casa está preparada para eles? Examinemos mais de perto dois dos esquemas de vida mais comuns para adultos mais velhos sem cônjuges: vivendo sozinhos e vivendo com filhos adultos ou em instituições ou ainda em abrigos ou moradia coletiva. 
Cerca de 80% dos adultos mais velhos que vivem sozinhos são viúvos, e quase a metade não têm filhos ou nenhum parente morando perto. São em média mais velhos e mais pobres do que idosos que vivem com outras pessoas. Contudo, costumam ter melhor saúde do que pessoas mais velhas sem cônjuges que possuem outros esquemas de vida. A maioria esmagadora valoriza sua independência e prefere ficar sozinha
Poderia parecer que pessoas mais velhas que vivem sozinhas, principalmente os idosos mais velhos, seriam solitárias. Contudo, outros fatores, como, por exemplo, personalidade, habilidades cognitivas, saúde física e uma rede social ampla podem desempenhar um papel mais significativo na vulnerabilidade à solidão. Atividades sociais, como frequentar igreja, templo ou centro para idosos, ou fazer trabalho voluntário, podem ajudar uma pessoa mais velha a permanecer ligada à comunidade (Steinbach, 1992).
VIVER COM FILHOS ADULTOS: Diferentemente de pessoas mais velhas em muitas sociedades africanas, asiáticas e latino- americanas, que podem esperar viver e serem cuidadas nos lares de seus filhos, a maioria dos idosos nos Estados Unidos, mesmo aqueles em situações difíceis, não deseja isso. Eles relutam em sobrecarregar suas famílias e em abrir mão de sua própria liberdade.
Passam períodos com um filho ou uma filha. Pode ser um problema para o casal ou para os netos. Tudo depende das relações estabelecidas ao longo da vida. 
VIVER EM INSTITUIÇÕES ou em OPÇÕES ALTERNATIVAS DE MORADIA: Se e quando não têm condições de se arranjarem sozinhas, quase 60% das pessoas com mais de 60 anos dizem que prefeririam mudar-se para instalações residenciais que oferecem alguma assistência; apenas 26% prefeririam mudar-se para a casa de parentes ou de amigos (AARP, 1996). 
Atualmente um conjunto emergente de opções de moradia (ver Tabela 18-2) torna possível permanecer na comunidade e obter os serviços ou a assistência necessários sem sacrificar a independência e a dignidade,
Uma opção popular é o viver assistido, o tipo de moradia que mais se expande entre idosos nos Estados Unidos. Instalações de viver assistido permitem aos moradores manter a privacidade, a dignidade e a autonomia, além de um senso de controle sobre seu próprio espaço, ao mesmo tempo garantindo-lhes fácil acesso a serviços de assistência médica e pessoal (Citro e Hermanson, 1999).
Atualmente (???), menos do que 1% dos adultos mais velhos vive em moradia coletiva, mas se mais residências desse tipo estivessem disponíveis, até 50% das pessoas que de outra forma entrariam para asilos poderiam ter a possibilidade de permanecer na comunidade com custos mais baixos (Laquatra e Chi, 1998).
Com o envelhecimento da população, a necessidade de todos os tipos de instalações de assistência em longo prazo deve aumentar rapidamente até 2040, quando os pertencentes à geração do pós-guerra terão 80 e 90 anos.
Responsabilidade dos filhos: Os pais idosos têm o direito de receber pensão alimentícia dos filhos quando não possuírem meios de manutenção própria ou recursos suficientes para a subsistência. O vocábulo "alimentos" é utilizado de forma ampla pela lei e compreende tanto o valor necessário para a alimentação em si quanto o imprescindível para a manutenção da pessoa de forma geral, vale dizer, recursos para remédios, assistência médica, pagamento de despesas básicas como água, luz, gás, telefone e até cuidadores ou empregados, se o idoso não puder viver sozinho.
	PROBLEMAS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS
Demência é uma síndrome resultante do declínio progressivo da capacidade intelectual do indivíduo. Caracteriza-se pela perda da capacidade de resolver os problemas do dia a dia, o que interfere em seus relacionamentos e atividades sociais e profissionais. É empregada para definir quadros que se caracterizam por deficiência cognitiva persistente e progressiva. Essa falta interfere nas atividades rotineiras do indivíduo, embora ele custe a perder a consciência do mundo que o cerca.
Diagnóstico de demência: Comprometimento funcional de pelo menos dois dos cinco domínios cognitivos: memória, função executiva, linguagem, habilidade visual-espacial e alteração da personalidade. Funções Executivas – incluem um contexto neuropsicológico que utiliza as atividades cognitivas pela execução e o planejamento de tarefas. Abrangem nestas atividades as tomadas de decisões, a lógica, o raciocínio, as estratégias e as soluções de problemas. Estes processos cognitivos também são produzidos diariamente.
Mudança na classificação: definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR, 2002) e pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde Relacionados (CID-10, 1993) e que colocavam a exigência de comprometimento de memória para o diagnóstico de demência. Mas como nem todas as síndromes demenciais, cursam com prejuízo inicial da memória, foi necessário rever os critérios. 
A demência ainda não tem cura, mas tem tratamento que pode retardar a evolução do processo. Importante: Algumas doenças podem apresentar manifestações comportamentais características da demência. Nesse caso, o diagnóstico diferencial é de extrema importância, porque elas são passíveis de tratamento e o indivíduo retoma a vida normal.
De modo geral, as demências não se instalam abruptamente. A instalação pode ser insidiosa e os familiares, às vezes, demoram em perceber o que está acontecendo. Alguns déficits cognitivos que o doente apresenta são interpretados como distração ou sintomas próprios da idade mais avançada. 
O que deve chamar a atenção da família, quando uma pessoa está entrando num processo demencial? É relativamente comum o indivíduo, especialmente quando se aposenta ou abandona parte de suas atividades, mostrar-se desinteressado por tudo aquilo que fazia antes. A família encontra explicações para a mudança de atitude no afastamento do trabalho. No entanto, é preciso observar se estão ocorrendo distúrbios na capacidade de formar novas memórias, ou seja, de memorizar fatosnovos, uma vez que o sintoma inicial mais comum da Doença de Alzheimer é a dificuldade de memorização:o paciente não retém recados, repete várias vezes a mesma pergunta e não consegue fixar informações.
Importante verificar: síndromes demenciais ou síndromes depressivas ( distúrbios da atenção, da concentração e da memória são comuns às duas síndromes. 
ATIVIDADE INTELECTUAL E DEMÊNCIA: Estudos mostram que indivíduos que mantêm a atividade intelectual depois que se aposentam apresentam menor risco de desenvolver Dem.
(O indivíduo bem preparado intelectualmente conta com mais maneiras de resolver um problema. Por exemplo, se não lembra uma palavra durante a conversa, pode valer-se de outra, porque seu repertório é amplo. Já aquele que aprendeu pouco, se esquece uma palavra, não conhece outra para substituí-la e deixa de comunicar-se.
DOENÇA DE ALZHEIMER:
É uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. A doença se apresenta como perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. 
( Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
Os critérios para diagnóstico de DA: se a princípio, DA era entendida exclusivamente como síndrome demencial, atualmente, a demência é considerada uma das fases dessa doença, tendo sido incluídos outros estágios.
É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamentoabstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas.Outros sintomas incluem mudança da personalidade e da capacidade de julgamento
(Um dos primeiros sintomas mais evidentes é a incapacidade de recordar eventos recentes ou de assimilar novas informações.
Memória
Existem diferentes categorias de memórias.
A Memória Ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos. 
A Memória de Curto Prazo (ou curta duração), que dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente.
A Memória de Longo Prazo (ou de longa duração), que dura dias, semanas ou mesmo anos. 
O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração é chamado de consolidação.
Muitos especialistas consideram memória de curta duração e memória operacional como a mesma coisa, entretanto, uma característica chave que distingue uma da outra é, não somente o seu aspecto operacional, como também as múltiplas regiões no cérebro onde o armazenamento temporário ocorre.
Memória Declarativa (ou explícita) é a memória para fatos e eventos, por exemplo, lembrança de datas, fatos históricos, números de telefone, etc. Reúne tudo o quepodemos evocar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Subcaracterizada em: 
• Episódica- quando envolve eventos datados, isto é relacionados ao tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando lembramos do ataque terrorista em 11 de setembro.
• Semântica- Abrange a memória do significado das palavras (do latin "significado").
Memória não-declarativa (ou implícita) - Se difere da explícita (declarativa) porque não precisa ser verbalizada (declarada). É a memória para procedimentos e habilidades, por exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola, dar um nó no cordão do sapato e da gravata, etc. Pode ser de quatro subtipos. 
• Memória Adquirida e evocada por meio de "dicas" (Priming) (ou memória de representação perceptual) - que corresponde à imagem de um evento, preliminar à compreensão do que ele significa. Um objeto, por exemplo, pode ser retido nesse tipo de memória implícita antes que saibamos o que é, para que serve, etc. Considera-se que a memória pode ser evocada por meio de "dicas" (fragmentos de uma imagem, a primeira palavra de uma poesia, certos gestos, odores ou sons).
• Memória de Procedimentos - refere-se às habilidades e hábitos. Conhecemos os movimentos necessários para dar um nó em uma garvata, nadar, dirigir um carro, sem que seja preciso descrevê-lo verbalmente.
• Memória associativa
• Memória Não-Associativa - Estas duas últimas estão estritamente relacionadas a algum tipo de resposta ou comportamento. Empregamos a memória associativa, por exemplo, quando começamos a salivar pelo simples fato de olhar para um alimento apetitoso, por termos, em algum momento de nossa vida associado seu aspecto ou cheiro à alimentação. Por outro lado, usamos a memória não associativa quando, sem nos darmos conta, aprendemos que um estímulo repetitivo, por exemplo, o latido de um cãozinho, não traz riscos, o que nos faz relaxar e ignorá-lo.
PARKINSON
O segundo distúrbio mais comum envolvendo degeneração neurológica progressiva, caracteriza-se por tremor, rigidez, retardamento dos movimentos e postura instável (Nussbaum, 1998). 
Medicamentos que restauram o suprimento cerebral do neurotransmissordopamina podem aliviar os sintomas de Parkinson (Alzheimer'sAssociation, 1998b). Essas duas doenças, juntamente com a demência de infartos múltiplos (DIM), que é causada por uma seqüência de pequenos derrames, são responsáveis por pelo menos 80% dos casos de demência, todos irreversíveis. 
LIDANDO COM A MORTE E O SENTIDO DE PERDA
"Etapas" do Morrer: Como as pessoas lidam com a morte iminente? Segundo a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, amaioria das pessoas que estão morrendo apreciam a oportunidade de falarabertamente sobre sua condição e estão cientes de estarem próximas da morte,mesmo que isso não lhes tenha sido dito. Depois de falar com 500 pacientes comdoenças incuráveis, Kübler-Ross (1969, 1970) delineou cinco etapas na conciliaçãocom a morte: (1) negação (recusa em aceitar a realidade do que está acontecendo); (2)raiva;(3) barganhar por mais tempo; (4)depressão e, por fim, (5) aceitação. Também propôsuma progressão semelhante nos sentimentos das pessoas que enfrentam luto iminente(Kübler-Ross, 1975).
Padrões do pesar: Embora algumas pessoas recuperem-se com rapidez após o luto, outras nunca o fazem. Talvez o padrão mais amplamente estudado de pesar tenha três etapas, em que a pessoa de luto aceita a dolorosa realidade da perda, pouco a pouco solta o laço com a pessoa que faleceu e readapta-se à vida pelo desenvolvimento de novos interesses e relacionamentos.Esse processo de trabalho de luto, a resolução de questões psicológicas ligadas ao pesar, geralmente segue o seguinte trajeto - embora, como com as etapas deKübler-Ross, ele possa variar
1. Choque e descrença. Logo após a morte, os sobreviventes costumam sentir-seperdidos e confusos. A medida que a perda se sedimenta-se, o torpor inicial dá lugar para sentimentos esmagadores de tristeza e para o choro frequente. A primeira etapa pode durar várias semanas, especialmente após uma morte repentina ou inesperada.
2. Preocupação com a memória da pessoa falecida. Na segunda etapa, que pode durarseis mesesou mais, o sobrevivente tenta conciliar-se com a morte, masainda não a aceita. Uma viúva pode reviver a morte de seu marido e todo oseu relacionamento. De tempos em tempos ela pode ser tomada por um sentimentode que seu marido morto está presente. Essas experiências diminuem
com o tempo, embora possam voltar a ocorrer - talvez por anos – em datas como o aniversário de casamento ou da morte.
3. Resolução. A etapa final chega quando a pessoa de luto renova o interesse ematividades cotidianas. As lembranças da pessoa morta trazem sentimentos deafeto misturados com tristeza, em lugar de dor profunda e saudade.
� A Organização Mundial de Saúde define o idoso a partir da idade cronológica, portanto, idosa é aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos.

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