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Requerimento de liberdade provisória Penal

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9/25/2018
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3. REQUERIMENTO DE LIBERDADE PROVIÓRIA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA ... VARA DO JÚRI DA COMARCA DE ... "A", brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de
identidade - RG n...., inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o n...., residente e
domiciliado na Rua..., número..., bairro..., cidade..., por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa –
documento...), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5.º, LXVI da
Constituição Federal combinado com os artigos 310, parágrafo único e 321 e seguintes do Código de Processo
Penal, requerer sua LIBERDADE PROVISÓRIA pelas razões a seguir aduzidas: DOS FATOS O requerente foi
autuado em flagrante delito pela suposta prática do crime de homicídio doloso. Conforme consta do auto de prisão
em flagrante delito, no dia .../.../..., o requerente, ao ouvir o latido dos cachorros, verificou a presença de um
estranho dentro de sua casa, munido de revólver e carregando um saco. Receoso de ser outro assaltante, posto
que sua casa já foi assaltada diversas vezes, o requerente atirou contra o estranho, que caiu no quintal.
Imediatamente após o ocorrido, o requerente chamou a polícia, que constatou a morte do invasor e prendeu o
requerente em flagrante delito. DO DIREITO O requerente faz jus à concessão de sua liberdade provisória, pois
agiu em legítima defesa, conforme será demonstrado a seguir. Tendo em vista que, nos termos do art. 322,
parágrafo único, do Código de Processo Penal, a autoridade policial não possui competência para conceder o
benefício ora pleiteado, vem o requerente a Vossa presença expor e requerer o que segue. Com efeito, o artigo 23,
II do Código Penal determina que não haverá crime quando o agente praticar o fato em legítima defesa. A legítima
defesa, nos termos do art. 25 do Código Penal se configura quando o agente, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio. Conforme se verifica no caso
em tela, estamos diante de uma clara situação de legítima defesa. O requerente, que já teve sua residência
invadida por diversas vezes, atuou na medida necessária para se defender, bem como defender sua propriedade.
Segundo o parágrafo único do art. 310 do Código de Processo Penal, se o juiz verificar, pelo auto de prisão em
flagrante, que o agente praticou o fato em situação excludente de ilicitude, poderá conceder liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais. Data vênia, Excelência, verifica-se que outra não
pode ser a decisão para o caso em apreço, eis que flagrante a situação de legítima defesa. Da mesma forma, não
estão presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva para que se possa cogitar a conversão da prisão do
requerente. O caso não oferece risco algum à ordem pública ou econômica, bem como o requerente não pretende
atrapalhar a instrução, tampouco impedir a aplicação da lei penal. Ademais, trata-se de acusado primário, sem
antecedentes, trabalhador e com residência fixa, conforme documentos acostados ao presente requerimento
(documentos...). Portanto, Excelência, incogitável a conversão da prisão em flagrante em preventiva, restando,
como única e melhor alternativa e decisão a ser tomada a concessão da liberdade provisória vinculada ao
comparecimento a todos os atos do processo, o que, aliás, o requerente de pronto se compromete a fazer. Caso
Vossa Excelência não entenda pela concessão da liberdade provisória sem fiança e com vinculação, o que se
admite apenas por argumentar, o caso em apreço permite a imposição de medida cautelar diversa da prisão ou
concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança, nos termos do art. 319 do Código de Processo
Penal. Desta forma, outra não poderá ser Vossa decisão, senão a concessão da liberdade provisória ao requerente.
DO PEDIDO Diante do exposto, ausentes os requisitos necessários para a conversão da prisão em preventiva e,
comprometendo-se a comparecer a todos os atos do processo, requer, após o parecer do digno Representante do
Ministério Público, seja concedida a liberdade provisória sem fiança, ou com aplicação de medida cautelar diversa
da prisão ou, ainda, com o arbitramento de fiança, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do
requerente, como medida de justiça. Termos em que, Pede deferimento. (local, data)
__________________________ Advogado – OAB/... n. ...

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