FINAL_PROINTER II

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
POLO DE SOBRADINHO 
CURSO TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos 
Superiores de Tecnologia II (PROINTER II)_Mod. Online 
 Relatório FINAL
TUTORA EaD Roberta Matinc Ciribello Chaves
SOBRADINHO / DF
2014
MARIA ALICE DE OLIVEIRA
Levantamento Bibliográfico e Adequação do 
Desafio Profissional a Proposta do PROINTER II
RELATÓRIO FINAL
Projeto Interdisciplinar aplicado à Gestão de Recursos Humanos II, apresentado como requisito do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Anhanguera Uniderp, polo Sobradinho, sob a orientação da tutora EaD Roberta M. C. Chaves.
SOBRADINHO / DF
2014
RESUMO
O objetivo apresentado nesse projeto é o estudo das atividades fins da empresa INOXEL buscando a adequação dessas atividades em relação a legislação ambiental vigente, usando como diretrizes as ferramentas de gestão, o Direito Empresarial e conscientização socioambiental para harmonizar a convivência da empresa dos colaboradores e da sociedade com o meio ambiente. Abordaremos práticas de gestão de produtividade sustentável, utilizando novas tecnologias, com a finalidade de promover a exploração dos recursos naturais de forma sustentável, visando o bem estar do planeta e das gerações vindouras. As ações abordadas englobam os impactos dos resíduos remanescente na geração de produtos e serviços e seus impactos ao ecossistema, bem como as ações preventivas disponíveis pelas novas tecnologias, pesquisas, projetos de incentivo governamentais e empresariais, além de estudos recentes para atingir excelentes níveis de produtividade e riquezas sem agredir o meio ambiente, proporcionando a todos, organizações e sociedade, qualidade de vida, produtividade, crescimento econômico e bem estar.
PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade Social; Medidas Preventivas; Consciência Ambiental. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................05
RELATÓRIO PARCIAL ....................................................................................................06
Análise da Empresa.....................................................................................................06
Os impactos ao Meio Ambiente e Medidas Preventivas............................................06
Direito Empresarial e sua Atuação em Relação ao Meio Ambiente ..........................08
Responsabilidade Social e Consciência Ambiental dentro da Organização ..............09
As Tecnologias de Gestão e sua Contribuição para o Meio Ambiente ......................11
 Antecipação dos impactos ao Meio Ambiente por meio da Tecnologia de Gestão...12
Direito Empresarial e responsabilidades da organização ao Meio Ambiente ........... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................15
1 - INTRODUÇÃO
Expomos nesse projeto uma proposta para implantação de ferramentas e práticas de gestão e redução de impactos ambientais, bem como melhorias dos processos e resultados das atividades socioambientais da empresa INOXEL Caldeiraria. 
Apresentamos um modelo de gestão com foco em usar com consciência e de forma correta os recursos naturais nas atividades cotidianas da organização, mostrando uma visão global do papel dos gestores em relação aos impactos ao meio ambiente, no ser humano, na organização e na sociedade, buscando despertar nos gestores e colaboradores o exercício da cidadania por meio da conscientização, treinamento, monitoramento, inserção e envolvimento junto à comunidade em que está inserida. 
Serão abordadas as práticas de gestão da responsabilidade social e ambiental no sentido de expor diferentes situações para exercer de maneira sustentável uma gestão consciente apresentando as variadas ferramentas tecnológicas e suas diferentes formas de interação socioambiental, internas e externa.
Oportunamente, também será analisada a maneira com que a empresa INOXEL, através das tecnologias de gestão, poderá se antecipar aos impactos causados no meio ambiente por meio das atividades desenvolvidas em suas atividades fins, apresentando alternativas para mitigar de forma considerável os danos ao meio ambiente.
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2 - RELATÓRIO PARCIAL
 Análise da Empresa 
A INOXEL é uma caldeiraria industrial oriunda da fusão de duas sociedades, com sede na cidade Jundiaí/SP. A partir da fusão, o grupo ganhou força e expandiu seus negócios, contando, inclusive, com seis plantas industriais no país. Possui também uma ampla gama de clientes de renome nacional e internacional. Tem como base princípios alicerçado no atendimento diferenciado e no aprimoramento constante dos serviços e no relacionamento com: clientes, fornecedores e parceiros.
São produzidos na INOXEL os seguintes produtos e equipamentos de porte: chaminés, silos, moegas, ciclones, comportas, filtros manga, tanques estacionários, estruturas metálicas etc. Destaque em produtos e serviços: Caldeiraria industrial; Estruturas metálicas; Vasos de pressão e Tanques estacionários; Silos; Chaminés e Ciclones; Filtros manga; Plataformas e Escadas; Tubos; Dutos; Curvas e Bifurcações; Grades, Stop-log e Comportas; Montagens industriais; Produtos e equipamentos sob projeto; Lavadores Industriais; Lavadores de Gases; Equipamentos para empresas automobilísticas; Lavadores; Túneis e Tanques. 
A organização está dividida em duas modalidades: caldeiraria leve e pesada, cujas tarefas são agrupadas em ambas as modalidades, tais como: reformas em geral, manutenção preventiva e corretiva, soldas, desenvolvimento de projetos, serviços de calandragem, dentre outros. 
A estrutura organizacional é vertical, com ênfase no “controle” que é única ferramenta de gestão que funciona. A organização é comprometida com a qualidade de vida do seu capital humano e oferece a estes alguns benefícios.
Após analise da situação organizacional da empresa, foi constatada a necessidade em aprimorar competências gerenciais, bem como buscar a melhoria de processos e à otimização dos resultados organizacionais, bem como certificações exigidas pelos clientes, fato que não impediu que a organização crescesse dentro de uma gestão familiar, com o apoio técnico de seus sócios-diretores e do seu quadro funcional que são os melhores profissionais do mercado.
2.2. Os impactos ao Meio Ambiente e Medidas Preventivas.
As atividades produtivas estão diretamente envolvidas no aumento descontrolado da poluição, degradação e danos ao ambiente em que estão inseridas, por meio de resíduos e lançamento de gases na atmosfera. Será implantado um estudo e exposição de tabela ilustrando os principais impactos ambientais causados pelas atividades fins da empresa. 
A norma ISO dita: A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para: a) identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, dentro do escopo definido de seu sistema de gestão ambiental, que a organização possa controlar e aqueles que ela possa influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades, produtos e serviços novos ou modificados; b) determinar os aspectos que tenham ou que possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente (isto é, aspectos ambientais significativos);A organização deve documentar essas informações e mantê-las atualizadas. 
 A organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu Sistema de Gestão Ambiental.
Atualmente existe uma grande preocupação dentro das organizações para conter os impactos ambientais, utilizando-se de novas tecnologias praticáveis ao interesse público e privado.São elaborados estudos e pesquisas direcionadas ao planejamento e gerenciamento ambiental, almejando melhor qualidade de vida à sociedade, aos colaboradores, bem como melhorar as atividades produtivas e econômicas da empresa, tendo com consequência a visibilidade e o fortalecimento de sua marca.
Dentro deste contexto, a empresa deverá inserir a padronização ambiental em suas diretrizes, implantando padrões técnicos ambientais, tais como: planejamento, gerenciamento, diagnóstico das atividades e avaliação de seus impactos, implantação de medidas mitigadoras - corretivas e preventivas - recuperação de áreas degradadas e monitoramento da qualidade ambiental. Implantação de programas e sistemas de gestão ambiental, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e conservação dos recursos naturais.
Serão adotados padrões de medidas preventivas, tais como: Comunicação e análise de ocorrências ambientais que regulamenta a responsabilidade de cada setor em comunicar ocorrências que afetem o meio ambiente no âmbito da empresa; Procedimentos para aprovação de custos ambientais, que orienta os responsáveis por cada centro de custo a processar a apuração de gastos com os sistemas e equipamentos de controle ambiental; Procedimentos tendo por objetivo informar as empresas prestadoras de serviços e terceirizadas quais são suas obrigações para com o meio ambiente; e Controle das emissões de gases na atmosfera.
2.3. Direito Empresarial e sua Atuação em Relação ao Meio Ambiente.
A legislação atual apresenta uma evolução em relação à proteção ao patrimônio natural e ao bem estar de toda a sociedade, tentando acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade moderna. O direito ambiental está se destacando em promover intervenções na ordem econômica, para garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Em contrapartida, o direito socioeconômico visa assegurar condições necessárias ao progresso industrial, aos interesses de segurança nacional e à dignidade da vida humana. Nesse cenário, as empresas comprometidas com o meio ambiente se destacam, cada vez mais, no mundo competitivo e globalizado.
Edis Milaré[66] classifica o Direito Ambiental como o conjunto de princípios e normas que têm o objetivo de regulador aquelas atividades humanas capazes de afetar direta ou indiretamente a qualidade do meio ambiente globalmente considerado, tendo em vista a sustentabilidade das presentes e futuras gerações.
O Direito Ambiental e o Direito Econômico, no âmbito ambiental, se conceituam no desenvolvimento sustentável e servem como diretrizes para que o Estado tente adequar suas politicas aos fatores ambiental, econômico e social. A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), em seus artigos 55 e 56, responsabilizam administrativa, civil e penalmente as pessoas físicas e jurídicas, autoras e coautoras de condutas ou atividades lesivas ao meio ambiente, com penas que variam de 6 meses até 4 anos de retenção, além de multas.
Apesar da maioria das empresas não estarem habituadas as boas prática ambientais e a manter os recursos naturais finitos o tema está sendo amplamente divulgado no intuito de disseminar as responsabilidades de todos nas questões ambientais. Para tanto, é imperial implantar procedimentos passíveis de gerenciamento da responsabilidade ambiental nas empresas. 
Para o instituto Ethos (2005), a responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos, com os quais ela se relaciona. Também pela instituição de alvos empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da coletividade, resguardando recursos do meio ambiente e da cultura para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
2.4. Responsabilidade Social e Consciência Ambiental dentro da Organização
	A Responsabilidade Social Empresarial-RSE, segundo o Instituto Ethos abrange duas dimensões: A transparência ética da empresa com todos os públicos com os quais se relaciona e o estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.
Inserida nessa diretriz, a INOXEL atua com responsabilidade em relação a sociedade e a preservação do meio ambiente, consciente de que estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa dentro de um modelo de gestão de negócios. 
Em função das exigências da sociedade, feitas por parte das organizações de um posicionamento mais adequado e responsável, no sentido de minimizar a diferença verificada entre os resultados econômicos e sociais, bem como da preocupação ecológica, que tem ganhado destaque significativo, e em face de sua relevância para a qualidade de vida das populações, tem-se exigido das empresas um posicionamento em sua interação com o meio ambiente. (TACHIZAWA, 2002b, p. 6)
A empresa adota procedimentos que não se limitam aos investimentos que a empresa faz na comunidade, sendo este, apenas uma dimensão que integra a responsabilidade social da empresa. Afinal a responsabilidade empresarial está no centro das discussões das principais economias do mundo e diretamente relacionada ao conceito de desenvolvimento sustentável que serão monitorados por meio dos recursos disponíveis, como por exemplo, os indicadores de sustentabilidade. 
A sustentabilidade é fator importante para assegurar o sucesso do negócio em longo prazo e ao mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, um meio ambiente saudável e uma sociedade estável. 
[...] como qualquer ser vivo, o ser humano retira recursos do meio ambiente para prover sua subsistência e devolve as sobras. No ambiente natural, as sobras de um organismo são restos que ao se decomporem devolvem ao ambiente elementos químicos que serão absorvidos por outros seres vivos, de modo que nada se perde. O mesmo acontece com as sobras das atividades humanas, que será denominado aqui genericamente de poluição. A poluição é um dos aspectos mais visíveis dos problemas ambientais e a percepção dos seus problemas se deu de forma gradativa ao longo do tempo. (BARBIERI, 2004, p. 31).
O desenvolvimento sustentável está apresentado em três dimensões: Econômica; Ambiental e Social, representando o lucro, o planeta e as pessoas respectivamente. Assim sendo, a empresa sustentável deve ser capaz de medir, documentar e reportar retorno positivo em suas três dimensões. Pois quando o tríplice resultado é positivo, o reflexo é o aumento do valor da empresa, tanto em termos de lucratividade, quanto sob o aspecto de seu capital social, humano e ambiental. Vejamos abaixo o quadro do Desenvolvimento Sustentável – Tripé da sustentabilidade empresarial:
	
Para que o resultado seja sustentável, cada dimensão deve receber a mesma atenção, para permanecer em equilíbrio, devendo ser analisado cada componente separadamente para obter uma visão mais clara sobre as dimensões em questão.
Como vimos, a empresa INOXEL está empenhada em contribuir com a sociedade e com o meio ambiente, dessa forma, está necessariamente integrada às práticas de governança corporativa, que é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, compreendendo os relacionamentos entre todos os envolvidos na organização e órgãos de controle. 
No nível estratégico foram elaborados vários instrumentos gerenciais para que os comprometimentos se tornem efetivos. Esses instrumentos buscam a responsabilidade social sob a ótica da sustentabilidade. Tais ferramentas são compatíveis com várias instâncias da gestão empresarial convencional e se aplicam individualmente a cada uma das dimensões da sustentabilidade: a social, a econômica e a ambiental. A diversidade de instrumentos que existentes, muitas vezes, acaba se tornando um problema de escolha. A complexidade da questão como a responsabilidade social empresarial,que envolve assuntos diversos, com inúmeras interações relacionadas, só podem ser inseridas em uma organização por meio de várias ferramentas de gerenciamento. No quadro abaixo estão relacionados os instrumentos normativos de gestão sustentável:
2.5. As Tecnologias de Gestão e sua Contribuição ao Meio Ambiente
	Sabemos que as organizações empresariais são as principais responsáveis pela poluição do planeta, diante disso, foram realizadas várias reuniões entre dirigentes de países para tentar minimizar esses impactos com a criação de leis e normas de procedimentos a serem adotados no intuito de mitigar esse problema. 
	Atualmente as empresas estão conscientes de seu papel na preservação do ecossistema, adotando práticas de gestão ambiental, prevenindo, controlando, compensando e remediando a poluição causada por suas atividades fins.
	Ações de responsabilidade social, gestão e tecnologia são adotadas pelas organizações para reduzir os efeitos indesejáveis causados pelos impactos ambientais, tais como: Medidas de prevenção e controle; medidas de compensação e medidas para remediar. 
	Como uma das ações para a manutenção do meio ambiente as nações se reuniram para buscar alternativas para reduzir a emissão de gazes de efeito estufa na atmosfera e chegou-se a diversos acordos internacionais, sendo um destes o Rio-92 que culminou com o protocolo de Quioto que prevê, dentre outras alternativas, as reduções certificadas de emissões. Os Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir, ou seja, as empresas rebem bônus por metas alcançadas dentro de um limite estabelecido. Existem também os MDLs – Mecanismos de Desenvolvimento Limpo em que os países desenvolvidos podem estabelecer metas de redução e emissões de aplicações de recursos financeiros em projetos com reflorestamento e produção de energia limpa.
	Podemos também citar o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), projetado pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). Esse modelo está baseado sobre um conjunto denominado “Fundamentos da Excelência”, que expressa conceitos reconhecidos internacionalmente e se traduzem em processos gerenciais ou fatores de desempenho encontrados em organizações de classe mundial. Esses fundamentos baseados pela FNQ são: 1) pensamento sistêmico; 2) Aprendizado organizacional; 3) Cultura e inovação; 4) Liderança e constância de propósitos; 5) Orientação por processos e informação; 6) Visão de futuro; 7) Geração de valor; 8) Valorização de pessoas; 9) Conhecimento sobre o cliente e o mercado; 10) Desenvolvimento de parceria e 11) Responsabilidade social. Os fundamentos baseados pelo MEG são: 1) Liderança; 2) Estratégias e Planos; 3) Clientes; 4) Sociedade; 5) Informações e conhecimento; 6) Pessoas; 7) Processos e 8) Resultados. 
	O modelo MEG “Fundamentos de Excelência” expressa características mensuráveis quantitativas e qualitativas, por meio de requisitos presentes em questões formuladas e em solicitações de informações específicas. 
Segundo Casadei (2013,p. 89)
A administração moderna não pode mais buscar os interesses da organização de forma isolada, mas sim, buscar a satisfação dos stakeholders, ou seja: investidores, colaboradores, consumidores e comunidade na qual está inserida, dentro de um processo de sustentabilidade empresarial. 
2.6. Antecipação dos impactos ao Meio Ambiente por meio da Tecnologia de Gestão.
	Devido as grandes repercussões mundiais sobre as questões ambientais as empresas estão buscando cada vez mais se encaixar de forma correta nesse cenário, sendo esse tema um dos principais indicadores das decisões das organizações. Porém, é preciso estar atento às ferramentas de gestão a serem aplicadas, tendo como objetivo se antecipar aos prejuízos causados ao meio ambiente por meio de sua atividade fim, buscando na tecnologia de gestão ferramentas que proporcionem detectar seus efeitos e causas e obter dados confiáveis para adotar medidas preventivas, visando o cuidado e melhoria das ações e ferramentas a serem adotadas de acordo com o estudo feito. Vale salientar que tais efeitos visam o cuidado com o meio ambiente, o bem estar das partes interessadas e a constante melhoria da reputação da empresa.
	Diversas ferramentas de gestão podem contribuir com a empresa para o uso consciente dos recursos naturais, além de disseminar práticas de sustentabilidade empresarial, aproximando o conhecimento acadêmico da experiência corporativa e aprofundar o estudo e conhecimento dos efeitos das ferramentas de gestão ambiental nos negócios corporativos, pois quando estes são bem aplicados permitirá redução de custos diretos (matéria-prima, água, energia, etc.) e indiretos (evitar sanções e indenizações por danos ao meio ambiente ou a saúde da população e colaboradores). Segundo a wikipedia.org, a família ISO 14000 aborda vários aspectos da gestão ambiental e fornece ferramentas práticas para que as empresas e organizações identifiquem e controlem o seu impacto ambiental, aprimorando constantemente o seu desempenho na preservação ambiental.
2.7. Direito Empresarial e responsabilidades da organização ao Meio Ambiente.
	Atualmente as empresas são vistas como importantes agentes transformadores e formadores de opinião e, portanto, exercem grande influência sobre os recursos humanos, sociedade e meio ambiente. Desta forma, é preciso realizar um gerenciamento correto a fim de saber qual o retorno para a empresa. Para tanto, várias diretrizes e padrões foram criados para estabelecer definições claras para o meio ambiente e qualifica as ações dos agentes modificadores que emanam mecanismos para assegurar a proteção ambiental.
	A lei 6.938 regulamentada pelo decreto 99.274, de 6 de junho de 1990, institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) responsável pela proteção e melhoria da qualidade ambiental observando o acesso da opinião pública às informações relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.
	A Constituição Federal dedicou em 1998, normas direcionadas aos problemas ambientais, fixando diretrizes de preservação e proteção dos recursos naturais e definindo o meio ambiente como bem de uso comum da sociedade humana.
O artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988 diz:
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações.”
	A política nacional de resíduos sólidos, instituída pela Lei 12.305 de 2010 passou a exigir que todos os geradores sejam responsáveis pela destinação final, de forma adequada ambientalmente, de seus resíduos. 
	Outro fator motivador dessas adequações em diversas empresas são as severas penalidades aplicadas pelos órgãos de fiscalização ambiental. O descumprimento das obrigações ambientais por parte das empresas pode levar a própria empresa e seus administradores a responderem por um crime, por uma infração administrativa e pela obrigação de reparar os danos ambientais.
	Para evitar sanções aplicadas pela legislação é necessário que a instituição avalie as obrigações as quais estão sujeitas e promover a elaboração de políticas internas visando a prática ambientalmente correta, por meio de treinamento e educação dos colaboradores. Outra medida que poderá ser considerada é a contratação de um advogado especialista na área de meio ambiente, para o caso da empresa necessitar de apoio no sentido de orientar medidas preventivas para evitar ações judiciais envolvendo questões ambientais, além de ajudar a empresa verificar quais leis devem ser observadas e consideradas na hora de se construir uma política interna. 
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento sustentável é um dos principais objetivos da empresa, dessa forma, será enraizado em seus colaboradores o comprometimento em promover a proteção ao meio ambiente que galga em contraste com o modelo econômico tradicional, que baseia-se apenasem ganhos com produtividade, ignorando os danos causados a natureza fornecedora dos recursos materiais e energéticos, pois o crescimento econômico não pode ser considerado um fim, em si mesmo, mas ao contrário, deve estar relacionado com a melhoria da qualidade de vida e a própria vida, pois a vida é o maior de todos os valores.
	Acreditamos que investir na responsabilidade ambiental e na qualidade de vida do colaborador e da sociedade, com medidas preventivas, reconhecimento e motivação, são fatores essenciais para que a empresa consiga cumprir seu papel social não só na comunidade em que está inserida, mas, também, em seu ambiente interno e externo, disseminando com seu sucesso esse modelo de gestão
4 - REFERÊNCIAS
ABREU, Niedja. A Prática da Responsabilidade Social nas Organizações. 2012. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-pratica-da-responsabilidade-social-nas-organizacoes-uma-analise-da-petrobras/66325/>. Acesso em: 12 out. 2014.
ANAN JUNIOR, Pedro; MARION, Jose Carlos. Direito Empresarial e Tributário. Campinas - Sp: Alinea, 2011. 196 p.
FNQ, Fundação Nacional da Qualidade -. Modelo de Excelência de Gestão. 2014. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/>. Acesso em: 13 out. 2014.
FRANCO, Decio Hernique; RODRIGUES, Edna de Almeida; CAZELA, Moises Miguel. Tecnologia e Ferramentas de Gestão. Campinas-SP: Alinea, 2013. 361 p.
PEREIRA, Adriana Camargo; SILVA, Gibson Zucca da; CARBONARI, Maria Elisa Ehrhardt. Sustentabilidade na Prática: Fundamentos, Experiências e Habilidades. Valinhos-sp: Anhanguera Publicações, 2011. 221 p.
SANTOS, João Batista dos. Controle Ambiental na Industria. 2013. Disponível em: <http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/757>. Acesso em: 12 out. 2014.
SILVA FILHO, Julio Cesar Gomes da; SICSð, Abraham Benzaquem. Produção Mais Limpa: uma ferramenta da Gestão Ambiental aplicada às empresas nacionais. 2003. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR1005_0001.pdf>. Acesso em: 14 out. 2014.