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Formas de capitalismo

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COALIZÃO DE CLASSES DESENVOLVIMENTISTA (DEVELOPMENTAL CLASS COALITION)
- O Estado desenvolvimentista necessita de uma administração proativa e uma coalizão de Classes Desenvolvimentista para apoiá-la. 
Coalizão liberal-conservadora dos países periféricos: rentistas, financistas, grandes executivos de corporações... 
A classe que interpreta um papel decisivo no estado desenvolvimentista é a dos empresários industriais, pois:
1- a separação deles dos capitalistas rentistas é uma condição para essa coalizão; 2- eles tem poder de veto tendo em vista que decidem no que investem. 
As coalizões desenvolvimentistas estão sempre mudando. A mais recente, nos países ricos (durante o Fordismo), incluía empresários industriais e empresários e executivos associados às novas tecnologias da informação, a tecnoburocracia pública, os setores não rentistas da classe média e os trabalhadores. 
A coalizão neoliberal segue a de rentistas, financistas, grandes executivos de corporações... 
Enquanto empresários industriais estão, essencialmente, preocupados com o lucro, já a aliança liberal está mais focada nos juros e dividendos. Eles não querem o crescimento econômico a longo prazo, mas sim, a maximização do valor das ações. A ideologia liberal conflita, não apenas, com os interesses dos trabalhadores e dos pobres, mas com os interesses da tecnoburocracia e da classe média. 
É importante diferenciar os rentistas dos empresários industriais. 
A Elite agrária: Há uma relação complexa entre essa classe e o desenvolvimentismo. Existem diferentes casos em que ela participa de diferentes alianças. No Brasil, as elites agrárias nas fases (i) pré-industrial e (ii) revolução industrial se opuseram ao desenvolvimentismo. 
Segundo o autor, essa oposição se deu pela chamada “Doença Holandesa” em que a abundância de recursos naturais gera vantagens comparativas para o país que os possui, levando-o a se especializar na produção desses bens e a não se industrializar ou mesmo a se desindustrializar - o que, a longo prazo, inibe o processo de desenvolvimento econômico.
Assim, no Brasil, os commodities que os agricultores produziam estavam mais direcionados para a exportação. E eles lucravam mais exportando matéria-prima do que produtos manufaturados, de forma que a elite agrária era “contra” a industrialização, tendo em vista a quantidade de recursos naturais que possuíamos, diferentes de outros países que PRECISAVAM importar de nós para manufaturar. 
O mesmo não ocorreu em outros países em que a elite agrária se uniu ao processo de industrialização. 
Entre 1930 e 1980 o estado desenvolvimentista conseguiu controlar a doença holandesa aplicando um tributo disfarçado nas exportações (exchange confiscation), voltando os agricultores um pouco mais para o mercado interno, o que contribuiu para o sucesso do pacto pupular-nacional de Vargas.
As revoluções industriais aconteceram no quadro do capitalismo desenvolvimentista e ocorreram de forma diferente entre os países e eram:
(a) Mercantilista nos países centrais que se industrializaram primeiro (EX.: Inglaterra e França)
(b) Hamiltoniana ou Bismarckiana nos países centrais que demoraram para se desenvolver industrialmente (Alemanha e EUA)
(c) Independente nas colônias dos países centrais que alcançaram maior grau de autonomia nacional e “alcançaram” os países industrializados (Japão, Coreia do Sul e Taiwan)
(d) Nacional-dependente no Brasil e Mexico que atingiram certa autonomia e tiveram suas revoluções industriais entre 1930 e 1970, alcançaram os outros países, mas que perderam autonomia na crise dos anos 80 em que adotou um modelo liberal e a partir daí teve seu crescimento retardado. 
Entre o capitalismo liberal e o desenvolvimentista existe uma área cinzenta. Às vezes é difícil identificar o sistema capitalista, pois os governos de alguns países tornaram-se liberais, mas o estado continua intervindo na economia. 
Por trás das duas formas de capitalismo e estado existem as respectivas escolas econômicas que as legitimam e influenciam nas políticas econômicas – o que não é surpresa tendo em vista que a economia é uma ciência social altamente ideológica. No caso do desenvolvimentismo clássico: macroeconomia pós-Keynesiana, Marxismo moderno, macroeconomia neo-schumpeteriana, escola de regulação francesa. 
Já o capitalismo liberal: neoclassicos e a escola austríaca de economia. 
AS DUAS FORMAS DE CAPITALISMO (THE TWO FORMS OF CAPITALISM) 
O estado desenvolvimentista é o núcleo da história do capitalismo, apesar do capitalismo ser baseado na competição econômica do mercado, que é associada ao liberalismo. A questão é que para ser efetivo é necessária cooperação e coesão, o que só é possível no modelo desenvolvimentista tendo em vista que o modelo liberal preza pela competição mais do que pela cooperação. 
As fases históricas das duas formas de capitalismo. (Nos países “originais”: Inglaterra e França:
1- Mercantilismo (Séculos 16 a 18) – 1ª fase capitalismo desenvolvimentista 
Época da transição do feudalismo para o capitalismo, estado absoluto, acumulo de capital, formação dos primeiros estados-nação e da Revolução Industrial na Inglaterra (surgimento do capitalismo). 
A aliança de classes desenvolvimentista da época era formada pelo monarca, a aristocracia e a burguesia emergente. 
A burguesia mercantil 
2- Capitalismo Industrial (Séculos 1834-1929) – 1ª fase capitalismo liberal
3- Great Depression (1929 - 1940) 
4- Anos Dourados do Capitalismo (1940 - 1979) – 2ª fase capitalismo desenvolvimentista 
5- Capitalismo rentista-financista (1979 – 2008) – 2ª fase capitalismo liberal (Neoliberal)
6- Crise de 2008 – (2008 - ...) – 
CONCLUSÃO
E:\Grupos\Modelos-2007\Normal.dotm 
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