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Geografia de Sergipe Se

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PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
1 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO
 
APOSTILA DE GEOGRAFIA 
ENSINO MÉDIO: 2ª Série 
TEMA: Geografia de Sergipe 
ANO: 2010 
 
SERGIPE 
 
MAPA POLÍTICO DE SERGIPE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
2 
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA 
 
Sergipe está localizado na região Nordeste 
do Brasil entre as latitudes Sul de 9º31’ e 11º34’ e 
as longitudes Oeste de 36º25’ e 38º14’, seus 
pontos extremos são ao Norte, a barra do rio 
Xingó, em Canindé de São Francisco; ao Sul, a 
curva do rio Real, no povoado Barbeiro em 
Cristinápolis; a Leste, a barra do rio São 
Francisco, na ilha de Arambique, em Brejo 
Grande; e a Oeste, a curva do rio Real, no 
povoado Terra Vermelha, em Poço Verde. 
 
LIMITES GEOGRÁFICOS 
 
 Ao Norte – o Estado de Alagoas 
 Ao Sul – o Estado da Bahia 
 Ao Leste – o oceano Atlântico 
 A Oeste – o Estado da Bahia 
 
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA 
 
Com uma área de cerca de 21.994 km², e 
dividido politicamente em 75 municípios: uns são 
grandes como Poço Redondo (1.119 km²), Lagarto 
(1.036 km²), Porto da Folha (1.031 km²), outros 
pequenos como General Maynard (19 km²), 
Riachuelo (31 km²), Pedrinhas (32 km²) e uma 
população de aproximadamente 1,5 milhão de 
habitantes, Sergipe é o menor Estado da 
federação. 
Para uma melhor organização política, 
administrativa e econômica do Estado, os 
municípios foram agrupados, formando regiões. A 
mais antiga regionalização que se conhece, mas 
ainda hoje utilizada, foi elaborada com base na 
atividade econômica predominante e apresenta as 
seguintes regiões: Litoral, Cotinguiba, Agreste, 
Baixo São Francisco e Sertão. 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO 
ADMINISTRATIVA DO ESTADO 
 
 
Os municípios foram agrupados formando 
regiões com base na atividade econômica 
predominante. São as seguintes as regiões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O LITORAL – corresponde à faixa costeira, 
onde está situada a capital; identifica-se 
principalmente pela produção de coco, 
aglomera atividades industriais, comerciais, 
extrativismo mineral e recentemente recebe 
investimentos no setor de turismo; 
 A COTINGUIBA – região bem 
individualizada, localizada nos vales dos rios 
Cotinguiba, Sergipe e Japaratuba, tradicional 
zona canavieira em grandes propriedades e a 
produção extrativa mineral é berço da 
oligarquia sergipana; 
 O AGRESTE – é região de transição, 
localizada entre o Litoral e o Sertão e se 
caracteriza pela grande concentração de 
população rural (pecuarista, policultora e 
citricultora), voltada para os cultivos de 
subsistência (feijão, milho, mandioca, 
legumes e verduras), frutas cítricas, maracujá, 
fumo e criação de gado leiteiro, também 
apresenta um notável desenvolvimento das 
atividades comerciais; 
 O BAIXO SÃO FRANCISCO – região 
ribeirinha voltada para o cultivo de arroz sob 
a forma de parceria e arrendamento. A 
rizicultura da região é favorecida pela 
ocorrência de lagoas e extensas várzeas que 
são alagadas durante as enchentes do rio São 
Francisco, criação de peixes em cativeiro 
(piscicultura) e a fruticultura irrigada; 
 O SERTÃO – representado por toda a parte 
oeste do Estado, é o domínio da caatinga, da 
pecuária extensiva e das grandes fazendas de 
gado e a agricultura de subsistência. Sofre 
com o problema das secas periódicas. 
 
 
 
 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
3 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 
Povoamento 
 
1575, primeira tentativa de povoamento de 
Sergipe, iniciada pelos jesuítas Gaspar Lourenço e 
João Salônio que fundaram as aldeias de São 
Tomé, nas imediações do rio Piauí, de Santo 
Inácio às margens do Vaza-Barris. 
A colonização foi conseqüência da 
necessidade de estabelecer se comunicação entre 
os dois núcleos mais importantes do Brasil 
colonial, a Bahia e Pernambuco. 
 
 
Habitantes primitivos 
 
Povoavam a região, os índios tupinambás 
liderados pelos caciques Serigi, Surubi e Aperipê. 
Eram aliados dos franceses e participavam do 
comércio ilegal do pau-brasil. 
 
Colonização 
 
Em 1590, Cristóvão de Barros foi 
encarregado de ocupar e colonizar Sergipe, após 
ter combatido e vencido os silvícolas, foi ocupado 
o chão sergipano e construído o forte de São 
Cristóvão, à margem esquerda do Vaza-Barris, 
originando a cidade do mesmo nome, antiga 
capital de Sergipe. 
As paradas ou descanso de animais, locais 
para o comércio permuta do gado, originaram as 
fazendolas. Assim, nasceram povoações que 
asseguram a ocupação do território. A pecuária foi 
decisiva para essa ocupação, pois estimulou a 
penetração para o interior, abasteceu os mercados 
da Bahia e Pernambuco e concretizou a 
colonização de Sergipe. 
A partir de 1602, teve início a atividade 
canavieira que logo enriqueceu e deu destaque ao 
vale do Cotinguiba, superando o comércio de 
gado. 
A procura de minas de prata, embora com 
menos importância, ajudou a abrir também novos 
caminhos. Em 1637, Sergipe foi invadido por 
tropas holandesas, Bagnuolo e Segismundo 
Schkoppe espalharam a destruição e 
interromperam o processo de desenvolvimento da 
terra. Os que conseguiram escapar, tangeram seus 
rebanhos para as matas de Itabaiana e Simão Dias. 
Em 1698, foram criadas as vilas de 
Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São 
Francisco e Santo Amaro das Brotas. 
No início do século XVIII, a pecuária ainda 
era o suporte econômico de Sergipe. 
No litoral, o gado cedeu lugar a cana-de-
açúcar, penetrando para o interior, invadindo as 
terras do agreste e do sertão semi-árido, fixando o 
colonizador. 
Em 1820, por decreto de D. João VI, a 
Capitania de Sergipe d’ El-Rey foi separada da 
Capitania da Bahia e, em 1823 após a 
independência do Brasil, Sergipe tornou-se uma 
das províncias do império, em 17 de março de 
1855, a Capital São Cristóvão, é transferida para a 
pequena vila de Santo Antônio de Aracaju, local 
mais apropriado à exportação do açúcar e que 
oferecia maior segurança. Passando a ser um dos 
Estados da Federação em 1889, com a 
Proclamação da República. 
 
QUADRO NATURAL 
 
Relevo 
 
O relevo sergipano possui terrenos ou 
rochas de várias idades, desde as mais antigas que 
existem na Terra até as mais recentes. Entre as 
mais antigas encontra-se o embasamento cristalino 
representado pelos grupos Estância, Miaba, Vaza-
Barris e pelos Complexos granítico e 
metamórfico, formados de granitos, gnaisses que 
ocupam as regiões Centro e Oeste do Estado. São 
rochas resistentes, por isso, constituem os locais 
de maiores elevações, denominados de ‘’serras’’. 
Exemplo: Negra – 750m; Itabaiana – 659 m e 
Miaba 630m. 
O relevo sergipano é pouco movimentado, 
constituído por um modelado suave com áreas 
planas e altitudes modestas que vão aumentando 
em direção ao interior. 
 
Formas de relevo 
 Planície litorânea – ocorre ao longo de toda 
faixa costeira, é caracterizada por suas formas 
planas e baixas (praias e restingas, 
constituídas pela deposição de areia e outros 
materiais retrabalhados pelo mar – sedimento 
de praias e aluviões). As dunas representam 
as partes mais elevadas dessa área, porém, 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- GeografiaProf. Robson Freire 
 
 
4 
suas altitudes não ultrapassam dos trinta 
metros. 
 Tabuleiros costeiros – pequeno planalto 
sedimentar próximo ao litoral, apresenta um 
relevo de topo plano interrompido por colinas 
e cristas. Ocorrem logo após a planície 
litorânea em direção ao interior. Constituem 
baixo planalto com altitudes em torno de cem 
metros. Os tabuleiros próximos aos rios foram 
erodidos e escavados, aparecendo morros e 
colinas. Aparecem nas rodovias que ligam 
Aracaju a Itabaiana e a Itaporanga d’ Ajuda. 
 Pediplano sertanejo – aparece no Oeste do 
Estado, ocupando extensas áreas aplainadas 
que se elevam gradativamente de 150 a 300m, 
à medida que se avança para a Bahia. É 
comum a ocorrência de morros residuais 
denominados inselbergues que se destacam 
na planura generalizada da região (Serra 
Negra em Poço Redondo, na divisa com a 
Bahia, com altitude de 750m). 
 Serras residuais – em volta de Itabaiana, no 
centro do Estado, representado pelas serras de 
Itabaiana (segundo ponto mais alto de Sergipe 
com 659m de atitude) e pela – em volta de 
Itabaiana, no centro do Estado, representado 
pelas serras de Itabaiana (segundo ponto mais 
alto de Sergipe com 659m de atitude) e pela 
serra da Miaba com 630m entre outras. 
 Planalto do Sudoeste – nos municípios de 
Riachão do Dantas, constitui um maciço 
residual de topo aplainado com inúmeras 
elevações em torno de 500m, como as 
‘’serras’’ das Aguilhadas, Jabaribe, 
Boqueirão, etc. 
 
Clima 
 
O clima de uma região, de um estado é 
determinado pelo comportamento da circulação 
atmosférica e dos seus elementos (temperatura, 
precipitação, umidade atmosférica, ventos) e pela 
ação de fatores como a altitude, latitude, 
proximidade do oceano, continentalidade, etc. 
A chuva (precipitação pluviométrica) é 
dentre todos os elementos do clima o que tem 
maior influência sobre a superfície sobre a 
superfície da Terra e sobre os homens, uma vez 
que a sua variação pode implicar conseqüências 
danosas como secas, enchentes, inundações, 
desabamentos, etc. 
O que caracteriza a chuva em Sergipe é a 
sua distribuição anual concentrada em 
determinada época do ano, o que define uma 
estação chuvosa e uma estação seca, com chuvas 
de trovoadas e aguaceiros rápidos. O período 
chuvoso é de outono-inverno e o seco, de 
primavera-verão. Maio é o mês mais chuvoso, 
enquanto dezembro e janeiro são os mais secos. 
 
 
Tipos de climas 
 
 Subúmido – é encontrado a partir do litoral 
numa faixa de 20 a 40 km de largura, sendo a 
parte sul mais largo que o norte. Compreende 
todos os municípios litorâneos (Brejo Grande, 
Pirambu, Aracaju, São Cristóvão, Estância, 
etc.). 
 Semi-árido (transição) – ocorre 
aproximadamente na região que se 
convencionou chamar Agreste, com chuvas em 
torno de 700 a 900 mm anuais e contando com 
quatro a seis meses secos (outubro a março). 
As chuvas são mal distribuídas e irregulares. 
As trovoadas são freqüentes nos meses de 
dezembro e janeiro. 
 
Vegetação 
 
A vegetação representa o elemento do 
quadro natural que mais facilmente é modificado 
pelo homem. 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
5 
A cobertura vegetal primitiva de Sergipe 
está praticamente extinta. As matas e florestas 
quase não existem mais, pois foram queimadas e 
derrubadas para que em seu lugar fossem 
plantadas cana-de-açúcar, algodão, cereais, etc. 
Houve muito desmatamento também para a 
formação de pastagens, a fim de obter lenha para 
os fornos das olarias, padarias e locomotivas dos 
trens e os fogões das casas etc. 
Apenas algumas manchas dessas formações 
vegetais restam atualmente, recobrindo, no 
conjunto, menos de 1% do território sergipano, 
isto é, uma área inferior a 200 km². 
 
Tipos de vegetação 
 
 Vegetação litorânea – representada pelos 
campos de dunas, matas de restingas e 
manguezais; ocupa toda a faixa costeira indo 
até onde a influência do oceano se faz sentir. 
 Mata atlântica – estendia-se do limite da 
vegetação litorânea até uns quarenta 
quilômetros de largura em direção ao interior, 
continuando pela Bahia ao Sul, e Alagoas ao 
Norte. 
 Mata do agreste – constituída por associações 
vegetais com árvores de folhas perenes ou 
caducas, sendo, pois, uma formação florestal 
com plantas do litoral e do sertão. Hoje a 
devastação destas matas é quase total, porém 
algumas manchas ainda existem em alguns 
municípios sergipanos. 
 Caatinga – vegetação típica do semi-árido 
sergipano que ocupa toda a parte Oeste do 
Estado. Caracteriza-se por ser arbustiva, rala, 
recobrindo parcialmente o solo com plantas 
adaptadas às secas e estiagens prolongadas 
(xerófilas). 
 Cerrado – resultante da degradação ou 
pobreza dos solos, ocasionado pela retirada da 
cobertura vegetal primitiva. 
 
Hidrografia 
 
Os rios são cursos de água que correm sobre 
um vale e deságuam num lago, em outro rio ou 
diretamente no oceano. O conjunto formado pelo 
rio principal e seus afluentes chama-se bacia 
hidrográfica ou bacia fluvial. 
O Estado de Sergipe possui seis bacias 
hidrográficas: São Francisco, Japaratuba, 
Sergipe, Vaza-Barris, Piauí e Real. 
 
Características das bacias hidrográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São Francisco – é a maior, apresentando 
inúmeros afluentes ou tributários, como o 
Jacaré, Capivara, Gararu, Betume, etc. Nasce 
em Minas Gerais e banha a Bahia e 
Pernambuco antes de chegar a Sergipe. 
 Japaratuba – é a menor do Estado, tendo este 
rio 92 km de extensão. Nasce na divisa dos 
municípios de Feira Nova e Graccho Cardoso 
e deságua no Atlântico, próximo à cidade de 
Pirambu. 
 Sergipe – é a mais importante, uma vez que 
engloba o Centro-Norte do Estado e a 
Cotinguiba, áreas produtoras de cereais e 
cana-de-açúcar e criadoras de gado, Nasce na 
serra de Boa Vista no município de Poço 
Redondo, próximo a serra negra, na divisa 
com a Bahia e deságua no oceano Atlântico. 
O abastecimento de água para Aracaju é feito 
através do represamento dos rios Poxim e 
Pitanga, afluentes do rio Sergipe. 
 Vaza-Barris – nasce na Bahia, próximo a 
Canudos, penetra em Sergipe pelo município 
de Simão Dias e deságua no oceano Atlântico 
através de amplo estuário no povoado 
Mosqueiro, em São Cristóvão. 
 Piauí – é segunda do Estado em extensão, 
perdendo somente para a do São Francisco. 
Tem 132 km de extensão, nasce na serra dos 
Palmares no município de Riachão do Dantas, 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
6 
drena as terras da região Centro-Sul, grande 
produtora de laranja, fumo e maracujá. A 
maioria de seus afluentes é do tipo perene, 
destacam-se os rios Piauitinga (que banha 
Estância), Fundo, Caiçá, Jacaré e do 
Machado. 
 Real – nasce na serra do Tubarão, em Poço 
Verde, na divisa com a Bahia. 
 
 
QUADRO HUMANO 
 
O Crescimento da População 
 
O censo demográfico é uma maneira de 
saber quantas pessoas moram dentro de um país, 
estado, município, povoado, sítio. A população 
obtida através do censo chama-se população 
absoluta, que é o número de habitantes de 
qualquer país, estado ou município. O 
recenseamento, no Brasil, vem sendo realizado 
periodicamente desde 1872, a cada 10 anos. 
Atualmente, o órgão responsável pelos dados 
censitários é o IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística), que promoveu, em 2001, 
o último censo demográfico. 
Sergipe é o estado do Nordesteque possui a 
menor população. A evolução populacional de 
Sergipe, verificada através dos censos de 1940 a 
1991 e da contagem da população em 1996, pode 
ser analisada da seguinte maneira: Enquanto a 
população sergipana aumentou um pouco mais de 
100.000 habitantes entre 1940 e 1950; entre 1980 
e 1991 essa diferença passou a 351.746 e entre 
1991 e 1996, para um período de apenas cinco 
anos, atingiu 132.308, o que demonstra uma 
redução na taxa de crescimento da população. 
Segundo o censo de 2001, a população de Sergipe 
é de aproximadamente 1.874.613 habitantes. 
 
 
 
Distribuição da população 
 
Sergipe tem apresentado um crescente 
aumento na sua população absoluta. No ano de 
1996, verificou-se que dos 75 municípios que 
constituem o estado, 30 possuíam menos de 
10.000 habitantes, 28 apresentavam entre 10.000 e 
20.000, onze contavam com 20.000 a 50.000 e 
cinco possuíam de 50.000 a 100.000 habitantes. 
Somente Aracaju, por ser a capital do estado e 
concentrar várias funções: administrativa, 
comercial, industrial e cultural, ocupa posição 
privilegiada, com 479.767 habitantes, enquanto 
que no interior Nossa Senhora do Socorro 
(151.427 hab.), Lagarto (86.871 hab.), Itabaiana 
(80.502 hab.), São Cristóvão (69.911 hab), 
Estância (60.583 hab.), Tobias Barreto (44.896 
hab.), são os mais populosos. 
Nos últimos anos, os municípios de São 
Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, devido a 
aproximidade de Aracaju, evoluíram com muita 
intensidade, o primeiro mais do qu e dobrou sua 
população, passando de 27.038 habitantes em 
1980 para 57.553 em 1996, enquanto que Nossa 
Senhora do Socorro se destaca como o município 
que apresentou o maior incremento populacional, 
cresceu 672,4% o que significa um aumento no 
número de habitantes de aproximadamente, oito 
vezes no período de 1980 a 1996. 
 
Densidade Demográfica 
 
A população se distribui pelos municípios 
de maneira desigual. Ora se concentra demasiado, 
exigindo maior volume de recurso para sua 
sobrevivência, ora se distribui de maneira mais 
equilibrada, facilitando melhor atendimento. Em 
alguns casos, apresenta-se de maneira espaçada ou 
rarefeita registrando processos de esvaziamento. 
Para análise dessa distribuição, utiliza-se a 
densidade demográfica, que é obtida através da 
relação entre o número de habitantes e a área de 
um país, estado ou região, sendo representado por 
habitantes por quilômetros quadrados (hab/km²). 
Em 1980, Sergipe apresentava a densidade 
demográfica de 51 hab/km² (divisão da população 
total de 1.140.121 hab. por 21.910 km²). Em 1991, 
a densidade demográfica elevou-se para 68 
hab/km², o que representa um aumento superior a 
33% em relação ao ano de 1980 e em 1996 atinge 
o valor de 74 hab/km². 
 
População Urbana e Rural 
 
Sergipe sempre foi um estado agrícola, daí a 
concentração populacional na área rural até o ano 
de 1970. A partir dessa data, há um processo de 
acréscimo acentuado da população urbana, 
notadamente desde 1980, quando, nas cidades, a 
população superou a do campo. Em 1991, a 
PRÉ-UNIVERSITÁRIO/SEED-DASE – Polo Lagarto- Geografia 
Prof. Robson Freire 
 
 
7 
população urbana duplicou em relação à rural. 
Isso vem confirmar que as cidades continuam 
atraindo cada vez mais a população das zonas 
rurais, seja pelo maior número de empregos que 
oferecem, seja pelo sistema de industrialização 
implantado, seja pelo setor de serviço que ocupa 
grande número da população ativa, seja ainda por 
serem sedes da maioria dos bens e serviços de que 
a população necessita. 
 
Movimento Populacional 
 
O ritmo de crescimento populacional não é 
uniforme e vai depender de fatores como aumento 
do índice de natalidade, diminuição do índice de 
mortalidade e movimento migratório. 
A população aumenta ou diminui a depender 
do número de nascimentos, de óbitos e do 
movimento de indivíduos, grupos ou famílias que 
saem do campo para as cidades, de uma cidade 
para outra ou de seu estado para outras Unidades 
da Federação. 
 
Estrutura da População 
 
A estrutura etária de todo país, estado ou 
município é importante, pois, através dela, é 
possível identificar a força de trabalho no 
mercado atual e aquela que pode futuramente 
gerar recursos. Através de um estudo dessa 
natureza, o governo pode melhor planejar a vida 
econômica e social, uma vez que, sabendo-se o 
número de indivíduos de cada faixa de idade, 
pode-se dimensionar quantas escolas e leitos 
hospitalares são necessários e quantos empregos 
precisam ser criados. 
 
QUADRO ECONÔMICO 
 
A ATIVIDADE INDUSTRIAL 
 
A industrialização é uma atividade 
econômica que consiste em transformar a matéria-
prima em produtos acabados e semi-acabados. De 
acordo com os bens produzidos, as indústrias 
podem ser classificadas em: 
 De bens de produção – são aquelas que 
produzem a matéria-prima para outras 
indústrias. Exemplo: indústria mecânica, 
siderúrgica e metalúrgica; 
 De bens de consumo duráveis – são as que 
produzem bens de vida longa, como a 
indústria automobilística, eletrodoméstica, , 
de móveis e outras; 
 De bens de consumo imediato ou não 
duráveis – produzem bens de curta duração 
como alimentos, brinquedos, calçados 
vestuário e outros. 
A atividade industrial nos últimos anos em 
Sergipe vem desenvolvendo-se em conseqüência 
do espírito empreendedor dos empresários, da 
ação do governo através dos incentivos fiscais e 
da instalação dos distritos industriais, bem como 
da exploração dos recursos minerais. Mesmo 
assim, apresenta-se pequena pelo número reduzido 
de estabelecimentos e de pessoal ocupado, exceto 
aqueles relacionados com a exploração do calcário 
(cimento), petróleo (gasolina e gás natural), 
amônia, uréia, potássio (fertilizantes) e argila 
(cerâmica). 
 
Fatores que contribuem para a localização 
industrial são: 
 A matéria-prima – industrializada em 
Sergipe provém do próprio estado, como é 
o caso da argila, do gás natural, do 
calcário, do potássio, da cana-de-açúcar, 
do coco, do leite etc. De outros estados 
vem algodão, madeira, mármore, café, 
trigo, alumínio, ferro etc; 
 A energia – que abastece as indústrias é 
gerada pela CHESF (Companhia 
Hidrelétrica do São Francisco) em Paulo 
Afonso, na Bahia e em Canindé de São 
Francisco (Xingó). 
 A mão-de-obra – empregada, quando não 
exige grande especialização, é obtida no 
próprio estado; 
 Os transportes – rodoviário e ferroviário 
são responsáveis pelo escoamento da 
produção e da matéria-prima utilizada; 
 A produção – obtida das indústrias 
situadas em Sergipe é exportada por causa 
do pequeno mercado consumidor local. As 
empresas comerciam seus produtos com 
outras áreas do Brasil, inclusive com o 
exterior; 
 O capital – é repassado pelo governo 
federal ou estadual para os empresários ou 
através de investimentos diretos de 
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8 
grandes empresários locais, nacionais e 
estrangeiros. 
 
O TURISMO 
 
O turismo é uma atividade que merece 
destaque dentro do setor secundário em 
conseqüência do potencial turístico estadual. 
 
As cidades históricas de Sergipe 
 
As cidades históricas de São Cristóvão e 
Laranjeiras são dois pontos de visitação 
indispensáveis na programação dos turistas, 
especialmente na época dos festivais de arte e 
encontros culturais. 
São Cristóvão cidade tombada pelo 
Patrimônio Histórico Nacional devido a sua 
arquitetura colonial, é a quarta cidademais antiga 
do Brasil. Foi a primeira capital de Sergipe e, 
desde 1938, é considerada ‘’Monumento Histórico 
Nacional’’. 
Laranjeiras, cidade situada a menos de 15 
minutos de Aracaju, está localizada à margem 
direita do rio Cotinguiba; detém o título de 
‘’Cidade Histórica Nacional’’ e possui a maioria 
de seus casarões, sobrados e igrejas tombados pelo 
Patrimônio Artístico Nacional. Além da beleza 
arquitetônica de seus monumentos, a cidade 
oferece aos turistas que a visitam um rico folclore 
com apresentação de folguedos e danças que tem 
o seu auge durante o Festival Cultural de 
Laranjeiras que é realizado no mês de janeiro. 
 
 
O COMÉRCIO 
 
O comércio é uma atividade que 
corresponde à uma troca de bens, valores ou 
mercadorias entre pessoas. Juntamente com a 
prestação de serviços, forma o setor terciário da 
economia. 
O comércio mundial se caracterizou sempre 
pelos monopólios exercidos pelas metrópoles 
sobre as colônias. A partir do século XX, este 
quadro vem sofrendo grandes transformações 
políticas, sociais, econômicas, culturais e, mesmo 
militares, que tem alterado principalmente o 
panorama econômico de grandes partes do globo. 
Hoje, o monopólio do comércio é exercido por 
grandes redes de lojas que se estabelecem em 
várias partes do mundo. 
Em Sergipe, há predomínio do comércio 
interno, o qual é realizado dentro do próprio 
estado ou com outras unidades da federação, 
principalmente com São Paulo, Rio de Janeiro, 
Bahia, Pernambuco, Paraná, etc. vendendo 
matérias-primas minerais e vegetais, cimento, 
refrigerantes e comprando manufaturas como 
tecidos, móveis, veículos, confecções, calçados, 
eletrodomésticos, brinquedos, etc. O comércio 
externo é frágil, tendo em vista que exportamos 
quase exclusivamente sucos de laranja e maracujá, 
potássio e uréia. As importações são feitas através 
de filiais de firmas estrangeiras localizadas em 
São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador ou de firmas 
importadoras brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 SANTOS, Adelci Figueiredo e José Augusto Andrade. Geografia de Sergipe. Aracaju, Secretaria de 
Ed. e Cultura: Universidade Federal de Sergipe, 1986. 
 Coleção Almanaque Abril: Os Estados Brasileiros, Nº 09.2004. 
 ANJOS, Marcos Vinícios Melo dos, Antônio Vanderley de Melo Corrêa e Luiz Fernando de Melo 
Corrêa. Sergipe Nossa Geografia: Ensino Fundamental. Aracaju. Edição dos autores. 2005.

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