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A POLUIÇÃO DA BAÍA DE SEPETIBA

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A POLUIÇÃO NA BAÍA DE SEPETIBA: O IMPACTO AMBIENTAL, SOCIAL E ECONÔMICO NA REGIÃO LITORÂNEA DA REGIÃO DA COSTA VERDE
RENZETTI, Meirylan Alberto¹
BARBOSA, Jefferson²
XAVIER, Everton Fontes³
RESUMO
A Baía de Sepetiba, por anos, tem sido agredida pela poluição. É notório que esta questão, é um assunto de complexa resolução e abordagem, visto que sua causa é por uma gama variada de agentes, públicos, privados e sociais, as quais demandam um estudo multidisciplinar bem detalhado para elaboração de planos de ação e controle dos agentes causadores no ambiente. A disposição de resíduos domésticos através dos rios que desaguam na baía, a poluição originária de vazamentos e da lavagem incorreta dos porões dos navios que transitam diariamente no porto, além da poluição de diversas fontes industrias nos arredores, sendo de indústrias ativas ou de terrenos contaminados de fábricas inativas, são alguns dos problemas a serem enfrentados. Neste artigo, iremos investigar as causas do problema e apresentar as possíveis soluções para este, englobando responsabilidade econômica, e social.
Palavras Chave: Impacto Ambiental; Econômico: Social; Baía de Sepetiba; Costa Verde; Costa Verde; Recuperação Ambiental
______________
¹ Graduanda do curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá – Nova Iguaçu – RJ
² Graduando do curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá – Nova Iguaçu – RJ
³ Graduando do curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá – Nova Iguaçu – RJ 
THE POLLUTION IN SEPETIBA BAY: THE ENVIRONMENTAL, SOCIAL AND ECONOMIC IMPACT IN THE COASTAL REGION OF THE GREEN COAST REGION
RENZETTI, Meirylan Alberto¹
BARBOSA, Jefferson²
XAVIER, Everton Fontes³
ABSTRACT
The Sepetiba Bay, for years, has been battered by pollution. It is notorious that this issue is a subject of complex resolution and approach, since its cause is a varied range of agents, public, private and social, which require a very detailed multidisciplinary study to elaborate plans of action and control of causative agents in the environment. The disposal of domestic waste through the rivers that flow into the bay, the pollution originating from leaks and improper washing of the holds of ships that transit daily in the port, besides the pollution of several industrial sources in the surroundings, being of active industries or contaminated land of inactive factories, are some of the problems to be faced. In this article, we will investigate the causes of the problem and present the possible solutions to it, encompassing economic, social and social responsibility.
Keywords: Environmental Impact; Economic: Social; Bay of Sepetiba; Green Coast; Green Coast; Environmental Recovery
______________ 
¹ Graduating from the Civil Engineering course of Estácio de Sá University - Nova Iguaçu – RJ
² Graduating from the Civil Engineering course of Estácio de Sá University - Nova Iguaçu – RJ
³ Graduating from the Civil Engineering course of Estácio de Sá University - Nova Iguaçu – RJ
INTRODUÇÃO
Há muitos anos, a Baía de Sepetiba vem sendo agredida pela poluição. A abordagem sobre este tema, em vários artigos, por diversas vezes se atém somente a uma das vertentes de impacto. Os trabalhos acadêmicos apresentados, são baseados, ora somente em impactos ambientais, ora em impactos sociais, ora em impactos econômicos, e quase nunca englobam a correlação entre os três. Os impactos Econômicos, Ambientais e Sociais, estão interligados no caso da poluição da Baía de Sepetiba. Devido sua localização geográfica e a configuração física natural, da baía e de seu entorno, aliadas sua utilização industrial e em atividades econômicas diversas em seu entorno e de suas águas, a degradação ambiental do conjunto, acaba por acentuar-se e de maneira acelerada, avançar do entorno da baía para o centro, levando a situação ao nível de uma possível reedição da poluição da Baía de Guanabara. 
A industrialização das regiões da Zona Oeste e do Município de Itaguaí, não é recente, data dos anos 60 e 70 quando as primeiras indústrias se instalaram no local. Não houve à época, um planejamento industrial que levasse em conta os riscos ambientais e sociais, nem a integração da área com o resto da cidade no caso da Zona Oeste e no caso de Itaguaí, com o restante da região metropolitana. Os trabalhadores das indústrias em questão, vista a dificuldade de deslocamento de outras áreas da região metropolitana para o polo industrial, começaram a se instalar na região, realizando uma ocupação desordenada nos arredores. Isto se deu devido a esta falta de planejamento do poder público e por consequência de controle sobre a ocupação do território local. Surgiram loteamentos clandestinos, depois oficializados pelo governo, em que não houve planejamento de saneamento, transporte, saúde, tratamento de resíduos, nem integração com o restante da região metropolitana.
Mas não foi somente a ocupação desordenada por parte da população que influiu diretamente na poluição da baía. A situação atual em grande parte é causada por resíduos industriais descartados sem tratamento, fruto da falta de diretrizes na ocupação do solo no início da industrialização da área e na deficiência posterior no estabelecimento de políticas de planejamento e controle da atividade industrial nas décadas subsequentes. A falta de fiscalização no descarte de resíduos, sólidos e solúveis, geralmente nocivos à vida humana e ao ecossistema, acarretou na disposição inadequada e na ausência de preocupação com as consequências para o entorno. 
Outros fatores diretos e indiretos contribuem para a degradação da baía. A poluição dos afluentes, como o Rio Guandu, o Rio da Guarda e o Guandu-Mirim, pela ocupação desordenada no entorno destes, com disposição de esgoto e lixo doméstico e industrial, dispersado não somente pelas indústrias e residências da área do entorno da baía, mas também pelas da área da Baixada Fluminense e adjacências, torna mais difícil o controle e reparação dos danos ambientais causados não só à baía, mas também por toda extensão de seus afluentes. 
A implantação do Porto de Sepetiba, posteriormente chamado de Porto de Itaguaí, e sua ampliação, causaram também impacto ambiental na baía. Os procedimentos necessários para a ampliação para navios de maior tonelagem e maior calado acabaram revolvendo os rejeitos depositados no fundo da baía, contribuindo para sua dispersão, causando sua diluição novamente nas águas desta.
CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DA DEGRADAÇÃO DA BAÍA DE SEPETIBA
A degradação da baía, não tem somente consequências ambientais, mas também consequências sociais, que estão intimamente interligadas. Com a acentuação da degradação da baía, diversas conseqüências foram sentidas nas atividades econômicas diretamente ligadas à baía. A pesca e o turismo, atividades que dependem de uma baía saudável, começaram a ser prejudicadas. A redução de espécies endêmicas da baía, as quais os pescadores artesanais estavam acostumados a capturar para a revenda e consumo próprio, começou a prejudicar a atividade pesqueira da região, fazendo com que muitos pescadores tivessem que encerrar suas atividades, mudando de ramo, migrando para os centros urbanos mais próximos devido à dificuldade de conciliação de suas novas atividades e o retorno para seu antigo local de residência, em parte pela distância, parte pela acessibilidade.
Quanto à atividade turística, em especial, podemos destacar o prejuízo às atividades de visitação das praias da orla, devido à contaminação das águas e areias, com queda de faturamento dos comerciantes do entorno ligados à atividade, acarretando na queda das vendas e freqüentação de restaurantes, quiosques, lojas de souvenirs, acabando com a forma de subsistência de populações que são oriundas do próprio local e colocando gerações acostumadas a atividade, com poucas opções de meios de vida. A navegação turística, outra atividade ora rentável, teve sua diminuição por conseqüência da poluição, onde algumas das atrações, como a visitação da baía para passeiosde apreciação da fauna e flora, foram prejudicados pela mortandade de animais marinhos, como os botos cinza, uma das principais atrações dos passeios marítimos na baía.
Nas imediações da baía, em terra, há outros riscos devido à atividade industrial realizada na área da Zona Oeste e de Itaguaí. Como diversas indústrias lidam com o beneficiamento de metais pesados, e raramente seguem todas as normas de segurança e contenção, a possibilidade de contaminação do solo é alta, e em algumas áreas, é um fato recorrente. Indústrias que encerraram suas atividades, e não fizeram um plano de descarte de materiais ou de recuperação da área utilizada são também problemas enfrentados na região. Uma antiga fábrica beneficiadora de zinco, falida nos anos 90, deixou um passivo ambiental extremamente perigoso na região. Posteriormente houve a compra da área por outra empresa privada, a qual tem investido na recuperação desta para novamente poder utilizar a área na construção de um porto. Nas imediações da fábrica, é proibida a utilização da água de poços e cursos d’água devido à contaminação por metais pesados.
Essa proibição, não se estende para a área do entorno da baía, porém deve ser observada. A possibilidade de contaminação do solo, lençol freático e ar da região é alta.
DEGRADAÇÃO DA BAÍA: CAMINHOS E SOLUÇÕES PARA A DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DA ÁREA
A degradação da baía é um desafio a ser enfrentado, não somente pelo poder público, mas também pelas empresas instaladas nas imediações e as que futuramente pensem em se instalar no local. Inicialmente, devem ser feitos estudos sobre a situação da área e todas as causas da poluição da baía. Após estes estudos, que irão exibir a situação real da deterioração e de suas causas, um plano de recuperação deve discutido e elaborado com a participação das maiores empresas do entorno, com todas as esferas do poder público, e com setores representativos da sociedade. Este planejamento, passa pela definição de normas de ocupação do solo, da área das margens fluviais, planejamento de novos loteamentos e esquemas de saneamento e tratamento de efluentes, assim como dos rejeitos industriais das fábricas do perímetro da baía num primeiro momento. Após o planejamento, deve-se definir como se dará o início da execução das ações elaboradas no plano de ação, e o prazo até os efeitos práticos das ações começarem a serem sentidos. 
Um segundo estudo deve ser feito para verificar a influência de outras áreas na poluição dos rios que deságuam na baía, como a Baixada Fluminense, e também deve ser discutido um plano de ação para sanar o problema da contaminação dos cursos d’água que vão rumo à baía. 
Outros estudos deverão ser elaborados no sentido de organizar e replanejar as ocupações já existentes, englobando as diversas possibilidades, indo desde a instalação de redes de saneamento básico, conectadas a novas centrais de tratamento de efluentes, até a remoção e remanejamento de comunidades inteiras em áreas que são de grande importância para a oxigenação de rios e mangues do entorno da baía.
Após estes planejamentos, abrangendo não somente as ações, mas também os dispositivos legais para tornar estas possíveis, deverá dar-se início operacional do plano de ação. As ações de construção de redes de saneamento, implantações de estações de tratamento, emissários, e toda parte a cargo do poder público, devem ser realizadas para cessar a disposição de esgoto doméstico nos rios e diretamente na baía, reduzindo a contaminação orgânica e biológica. 
As ações da iniciativa privada devem ser fiscalizadas pelos órgãos responsáveis e também por um comitê multidisciplinar de gestão, criado com integrantes de ambas as partes, para a fiscalização mútua e cobrança para certeza que estas cumprirão seus deveres. 
CONCLUSÃO
O projeto para a revitalização da baía de Sepetiba depende de um esforço conjunto da iniciativa privada, do poder público e da sociedade, para a obtenção de resultados satisfatórios. A responsabilidade compartilhada é o melhor caminho para a obtenção dos resultados desejados de revitalização da orla da baía, despoluição das praias, despoluição dos afluentes desaguantes na baía, além de criar mais possibilidades de meios de subsistência das populações do entorno, e meios de lazer para estas. 
Sociedade, Governos Estadual, Federal e os governos municipais; grandes, médias e pequenas indústrias, tem papel fundamental e equivalente na meta de despoluição e de implantação de políticas socioambientais e econômicas para que a baía outrora um lugar de fauna e flora ricas e abundantes, volte a ter esta riqueza, gerando empregos, lazer e satisfação da população não somente do entorno, mas do estado. O projeto pode também ser estendido a outras áreas que tenham degradação ambiental avançada ou que estejam iniciando, como a lagoa de Araruama e a Baía de Guanabara. O investimento na recuperação ambiental é alto, mas em contrapartida, o resultado irá em médio prazo compensar, além de que, sua manutenção, terá custo baixo visto que serão somente por meio de obras pontuais.
É preciso realizar este projeto com urgência, pois quanto maior o tempo para o início das definições das políticas e de execução destas, maior será o custo e a degradação ambiental e social de uma das regiões mais bonitas do Estado do Rio de Janeiro.
Universidade Estácio de Sá – UNESA 2018.1

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