Buscar

2. ATERRO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE LAGOA VERMELHA Memorial Descritivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ATERRO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE LAGOA VERMELHA – RS
MEMORIAL DESCRITIVO
Santa Cruz do Sul, novembro de 2017.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 CONSÓRCIO MUNICIPAL	4
2.1 Informações sobre o Sistema Municipal de Limpeza Urbana	4
2.2 Municípios do Consórcio	4
3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS	5
4 RESÍDUOS	6
4.1 Origem e caracterização dos resíduos	6
4.2 Coleta dos resíduos	7
4.3 Transporte dos resíduos	7
4.4 Tipo de acondicionamento	8
5 ATERRO SANITÁRIO	8
5.1 Método de disposição final	8
5.2 Impermeabilização adotada	9
5.3.Plano de monitoramento	9
5.4 Taludes	9
6 DRENAGEM	 9
6.1 Drenagem superficial	 9
6.2 Drenagem de chorume	10
6.3 Drenagem de biogás	11
7 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTE	12
7.1 Cálculo do volume de geração de chorume	13
7.2 Sistemas de tratamento de chorume	14
7.2.1 Tanque equalizador	14
7.2.2 Lagoa anaeróbia	14
7.2.3 Lagoa facultativa	15
7.2.4 Lagoa de estabilização	15
7.2.5 Wetlands	16
8 ANEXOS	17
1 INTRODUÇÃO 
De acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, cada munícipio é responsável por sua geração de resíduos, da origem a destinação final. Contudo, atender esta exigência acaba afetando a economia dos municípios, pois os custos compreendidos são bastante elevados. Neste contexto, uma solução é a implantação de um consórcio intermunicipal, pois desta forma há uma elevação das escalas de aproveitamento e consequentemente redução dos gastos envolvidos, disponibilizando maiores recursos à proteção ambiental. 
Considerando a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, cada município integrante do Consórcio Intermunicipal de Lagoa Vermelha e Região terá responsabilidade sobre os resíduos gerados, de sua origem a destinação final. Isto se deve ao fato de que estas necessidades possuem um custo operacional bastante elevado e pode afetar a economia dos municípios. Através do Consórcio Intermunicipal haverá uma elevação de escalas de aproveitamento e redução de custos envolvidos, disponibilizando mais recursos para proteção ambiental. 
Posto isso, os municípios de Lagoa Vermelha, André da Rocha, Barracão, Cacique Doble, Capão Bonito do Sul, Caseiros, David Canabarro, Esmeralda, Guabiju, Ibiaçá, Ibiraiaras, Ipe, Muitos Capões, Muliterno, Nova Araça, Nova Bassano, Nova Prata, Paim Filho, Paraí, Pinhal da Serra, Protásio Alves, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Expedito do Sul, São João da Urtiga, São Jorge, São José do Ouro, Tupanci do Sul e Vanini unir-se-ão em um Consórcio Intermunicipal de Lagoa Vermelha e Região para a elaboração de um projeto visando à construção de um aterro sanitário. Assim, os 29 municípios poderão destinar corretamente os resíduos sólidos urbanos gerados por sua população. 
A área selecionada para a implantação do projeto se localiza no perímetro rural do município de Lagoa Vermelha– RS. Todos os critérios considerados e avaliados para a seleção da área encontram-se descritos e detalhados no presente projeto.
2 CONSÓRCIO MUNICIPAL
2.1 Informações sobre o Sistema Municipal de Limpeza Urbana
O manejo de resíduos sólidos do Consórcio Intermunicipal de Lagoa Vermelha e Região contemplará 29 municípios e atenderá cerca de 194 mil habitantes por ano. Cada município participante é responsável por seu plano de limpeza (que inclui o cronograma de coleta e a quantidade de resíduos gerados), acondicionamento e transporte dos resíduos até o aterro. Desta forma, será disposta no aterro uma massa de resíduos sólidos de aproximadamente 78 ton/dia.
2.2 Municípios do Consórcio
Integram o Consórcio Intermunicipal de Lagoa Vermelha os seguintes municípios: André da Rocha, Barracão, Cacique Doble, Capão Bonito do Sul, Caseiros, David Canabarro, Esmeralda, Guabiju, Ibiaçá, Ibiraiaras, Ipe, Muitos Capões, Muliterno, Nova Araça, Nova Bassano, Nova Prata, Paim Filho, Paraí, Pinhal da Serra, Protásio Alves, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Expedito do Sul, São João da Urtiga, São Jorge, São José do Ouro, Tupanci do Sul e Vanini.
A estimativa do crescimento populacional dos municípios pertencentes ao Consórcio do ano de 2016 até o período de vida útil estimada do aterro – utilizando horizonte de projeto de 20 anos, conforme apresentado na Tabela 1. Foram utilizados dados oficias do CENSO do IBGE para o cálculo de projeção do crescimento populacional dos municípios.
Para a projeção de 20 anos, a população total atendida dos municípios integrantes do consórcio será de 193.805 habitantes no ano de 2037.
Tabela 1: Projeção populacional dos municípios participantes do consórcio.
3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Determinou-se a quantidade de resíduos produzidos por dia e ano por todos os municípios integrantes do Consórcio com base na projeção da população total dos municípios e dados de produção de resíduos do sistema SNIS. Projeta-se que nos 20 anos de vida útil do aterro, o mesmo receberá um volume de 567.833,22 toneladas de resíduos. A Tabela 2 apresenta a projeção de destinação de resíduos em cada ano pelos municípios participantes.
Tabela 2: Geração de resíduos.
4 RESÍDUOS
4.1 Origem e caracterização dos resíduos
Os resíduos destinados ao aterro e gerados pelos moradores dentro do perímetro que compreende o Consórcio Intermunicipal de Lagoa Vermelha e Região são provenientes da coleta de resíduos domiciliares, comerciais e de varrição (limpeza pública).
Após análise dos dados obtidos através da composição gravimétrica obteve-se o gráfico a seguir, referente ao percentual gravimétrico total do Consórcio Intermunicipal.
Figura 1: Gráfico do Percentual Gravimétrico Total do Consórcio.
Percebe-se que a qualidade obtida mostra-se bastante heterogênea, permitindo ser dividida em três grandes grupos: orgânicos, recicláveis e rejeitos.
O controle de origem, qualidade e quantidade de resíduos a serem dispostos no aterro será realizado na balança. Somente após essas informações o veículo poderá realizar a descarga dos resíduos na vala ativa, mediante presença do fiscal responsável, a fim de garantir maior controle.
4.2 Coleta dos resíduos
Ficará sob responsabilidade de cada cidade a coleta local, bem como o transporte até a destinação final (aterro de Lagoa Vermelha), conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Deste modo, fica a cargo de cada município optar por realizar a coleta ou contratar empresa terceirizada especializada e licenciada para tal finalidade, assim como o custo de transbordo dos resíduos.
Os resíduos serão coletados tanto na zona urbana como na rural, com exceção de resíduos industriais e hospitalares, tendo datas pré-estabelecidas, e nas quais só serão coletados resíduos caracterizados como domiciliares (orgânicos e papel higiênico). Os demais resíduos não podem estar disponibilizados no ponto de coleta pública por serem específicos da atividade realizada, esses devem ser encaminhados para empresas especializadas no tratamento e disposição ambientalmente adequada.
4.3 Transporte dos resíduos
Os resíduos serão coletados por veículos compactadores que transportarão os resíduos até o local acertado com cada município do Consórcio e encaminhados para o aterro sanitário por caminhões Romeu e Julieta e Carretas, com frete a ser acertado pelo município correspondente. Estes serão pesados na entrada e na saída, ou seja, antes e após o descarregamento, para verificação precisa da quantidade de resíduos disposto diariamente. Ainda, conforme mencionado anteriormente, a descarga somente será realizada na presença de uma fiscal responsável, a fim de garantir maior controle.
4.4 Tipo de acondicionamento
O aterro possuirá cortinamento vegetal com espécies nativas da região que serve para contenção de particulados, quebra ventos, contenção de erosão e também de abrigo para predadores de alguns vetores, além disso, contará com uma cerca de proteção objetivando impedir o acesso de estranhos e animais, restringindo-o apenas aos funcionários e pessoasautorizadas.
Após o encerramento da operação da vala correspondente, a mesma será fechada conforme legislação vigente, tendo um período de monitoramento/acompanhamento periódico com análises específicas do local a cada três meses ou mensalmente conforme o parâmetro, durante 20 anos.
Serão plantadas gramíneas como forma de prevenção de obstrução da última camada de solo e também para controle de vetores. Na área será efetuado um trabalho de ajardinamento com o plantio de arbustivos com vistas à harmonia paisagística.
5 ATERRO SANITÁRIO
5.1 Método de disposição final
O aterro sanitário de Lagoa Vermelha será do tipo trincheiras positivas. Este layout foi escolhido devido as características geográficas do local o que permite a escolha desta configuração, trazendo benefícios como menor poluição visual ao local e uma possibilidade maior de aproveitamento da área após o fechamento da vala.
Os resíduos serão depositados, compactados e ao final de cada jornada diária, receberão uma camada de cobertura feita através do solo proveniente do recorte do talude já existente no local para melhor aproveitamento da área. O solo retirado do local será armazenado em outro ponto do terreno para as coberturas finais e intermediárias.
O volume total de resíduos – para a vida útil de no mínimo 20 anos – é de 567.833,82 toneladas considerando o fator de segurança de 20 %. Este volume a ser depositado será dividido em diferentes períodos na célula. Desta maneira, é projetada uma célula a fim de suprir a demanda total.
Para o dimensionamento da vala foram adotadas as seguintes medidas:
Comprimento da base inferior = 250 m
Comprimento da base superior = 230 m
Largura da base inferior = 230 m
Largura da base superior = 195
Altura = 26 m positivos
Área superficial = 57.556 m²
Volume total = 1.243,400 m³
O volume total estimado não leva em consideração possíveis ações que possam reduzir a quantidade de resíduos a serem destinados no aterro. Dessa forma, com uma maior conscientização ambiental da população e, por exemplo, instalações de triagem e compostagem, prolongariam a vida útil do aterro, visto que uma menor quantidade seria destinada.
5.2 Impermeabilização adotada
A impermeabilização adotada para o projeto será através do emprego de camada dupla de membranas. Após o solo será instalado uma geomembrana PEAD de 2 mm, seguido de camada impermeabilizante de geonet 6 mm e geotextil de 2 mm. Após as membranas será colocado uma camada de solo de 20 cm para proteção do material, conforme mostra a planta de detalhamento.
Para o fechamento da vala deve ser selada com 50 cm de argila compactada (observando o coeficiente de compactação que deve ser menor de 10-9 cm.s-1) e posterior geomembrana com 2mm de espessura com uma geotêxtil para proteção. Sobre a georrede deve ser disposto uma camada de solo orgânico para o desenvolvimento de gramíneas estabilizando o talude.
5.3.Plano de monitoramento
O monitoramento das atividades do aterro será executado em todas as etapas do processo, desde a construção, disposição dos resíduos, até o seu encerramento. Após o fechamento da vala, o monitoramento persistirá, sendo responsável por qualquer passivo ambiental em um período de 20 anos após o término das operações.
As medidas de monitoramento adotadas serão realizadas conforme consta Manual de Operação do Aterro.
5.4 Taludes
A precipitação pluviométrica requer vários cuidados e soluções de engenharia para mitigar os possíveis impactos, como a colocação de forma intermitente de cobertura diária (solo), e na parte externa do mesmo serão plantadas gramíneas.
A inclinação dos taludes serão de no máximo 30 graus para garantir estabilidade.
6 DRENAGEM
6.1 Drenagem superficial
Será instalada no entorno da área das valas e conduzirá a água pluvial ao ponto mais baixo. O transporte será realizado através de canaletas meia calha que irão desaguar em reservatórios de água da chuva (caixa coletora).
Durante a operação do aterro, a drenagem superficial será efetuada pelo sistema de remoção de percolado, entretanto, quando a trincheira estiver selada, as águas da chuva passarão pela lateral do aterro (declive de 2 %) e serão drenadas por meio de tubulação específica. Conforme a NBR 13.896/1997, o sistema de drenagem superficial deverá suportar uma chuva de pico de cinco anos.
Cálculo referente a drenagem superficial:
Para a determinação da vazão máxima, foi utilizada a fórmula descrita abaixo:
Q = 0,278 x C x Im x A
Onde:
Q = Vazão do canal (m3/s);
C = Coeficiente de escoamento superficial;
I = intensidade máxima anual (mm/ano);
A = Área contribuinte (m2).
A área da vala do aterro corresponde a 57.556 m².
A Intensidade máxima anual é de 1765 mm/ano.
Q = 0,278 x 0,51 x 1,765 x 57.556
Q = 14.402,91 m³/ano
Q = 39,46 m³/dia => 11 L/s
Para suportar a vazão devem ser instalados drenos superiores, no formato de meia calha, de concreto simples com diâmetro de 60 cm entorno da vala do aterro e da área total do projeto.
	A redução da velocidade da água na célula deve ser com a instalação de escadas hidráulicas em concreto, desembocando na caixa coletora que conduzirá até o local de armazenamento. Esta água, sem contato com os resíduos, pode ser utilizada para lavagem de pisos, lançando em área de infiltração fora da propriedade somente o excedente.
6.2 Drenagem de chorume
Após a impermeabilização da superfície do aterro, a drenagem de efluente será constituída de um colchão drenante. Esta implantação será responsável pela coleta do percolado gerado na célula de resíduos, sendo assim, deve ser disposto em cima da última membrana de impermeabilização.
O colchão drenante deve ser posicionado de forma longitudinal e terá aproximadamente 250 metros de comprimento, referente a extensão do fundo da célula. A declividade prevista é de 2 %, para que o líquido percolado escoe pela ação da gravidade e multidirecional, para promover o fluxo em direção ao ponto de coleta final para o tratamento. Deve ser considerada a necessidade de utilização de tubulação de PVC em formato espinha de peixe com tubulação de 200 mm, conforme planta de detalhamento e rede central de 400 mm, envolvidas em bidim.
Abaixo do sistema citado, deve haver uma cobertura de brita para impedir que o efluente drenado acumule no colchão drenante e será colocado um dreno auxiliar de 50 mm, que contribuirá com possíveis vazamentos ou falhas, gerando uma margem de segurança. O sentido de escoamento leva até as caixas de inspeções que também têm a finalidade de transportar até a ETE o chorume gerado.
O percolado coletado direcionado para a ETE, considerando que se estima uma geração média de 2,58 m³/dia.
6.3 Drenagem de biogás
Nesta fase, também conhecida como metanogênica, ocorre o processo de degradação anaeróbica da matéria orgânica biodegradável em metano e dióxido de carbono. A produção de biogás situa-se entre 200 e 250 m³/tonelada úmida de matéria orgânica em 10 a 20 anos de vida do aterro sanitário.
Tabela 3. Composição do biogás.
	COMPONENTE
	FÓRMULA QUÍMICA
	VOLUME (%)
	
	
	
	Metano
	CH4
	50 - 70
	Dióxido de Carbono
	CO2
	35 - 45
	Hidrogênio
	H2
	1 - 10
	Nitrogênio
	N2
	0,5 - 3
	Oxigênio
	O2
	0,1 - 1
	Monóxido de Carbono
	O
	0,1
	
	
	
	Gás Sulfídrico
	H2S
	0,1
	Vapor de Água
	H2O
	Varíavel
	Traços de Outros Gases
	Variável
	0,1
	
	
	
Fonte: SODRÉ, F., “Produza Sua Energia –Biodigestores Anaeróbios”, Recife, PE – 1986.
Para a construção deste sistema, os canos serão acoplados a superfície do aterro e serão prolongados até a superfície da célula de resíduos. Os tubos serão de PVC liso, emborrachado e perfurado, com diâmetro de 100 mm envolvido por uma camada de bidim. Serão construídos 15 drenos, com uma distancia entre eles de 40 metros, possuindo uma área de influência de 40 metros cada. Para garantir a cobertura total do aterro, sem zonas mortas, foi propostodois drenos a mais.
Um fator condicionante para o dimensionamento dos drenos é a vazão do gás a ser drenada, porém, como não existem modelos de cálculos comprovados, normalmente os drenos são construídos de maneira empírica.
Para o dimensionamento da rede drenante de gases foi utilizado o modelo matemático desenvolvido e aplicado na tabela LandGEM, que expressou o seguinte resultado.
Figura 02: Gráfico representativo do volume de gases gerados.
recomendado que se queime o gás que é emitido para atmosfera, contudo, também pode ser avaliada a possibilidade de recuperação energética, uma vez que o biogás apresenta concentrações iniciais de metano na ordem de 40 % (alguns meses após o inicio do aterramento). Para este projeto não é viável a recuperação energética devido ao recebimento de resíduos estar abaixo do mínimo necessário para tornar viável e expressa a geração de energia.
7 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTE
O sistema de tratamento dos efluentes gerados em toda a operação do aterro consiste em processos biológicos conforme segue:
Um tanque equalizador, com capacidade para 140 m3; 
OBS.: Reservar um tanque com a mesma capacidade para utilizar em limpezas periódicas do lodo depositado e em eventuais vazamentos do tanque equalizador.
Duas lagoas anaeróbias (tdh: 5 dias), cada uma com capacidade de 240 m³;
Duas lagoas facultativas (tdh: 15 dias), cada uma com capacidade de 700 m3;
Uma lagoa de estabilização, com capacidade para 1280 m3; e
Dez wetlands, cada um com capacidade de 1170 m3.
Na formação de lodo excedente o mesmo pode ser disposto no próprio aterro sanitário após a umidade do lodo estar abaixo de 60 %. Para isso, é necessário adquirir um colchão drenante para o acumulo de lodo com as dimensões orientadas pelo fabricante.
Os wetlands serão de fluxo horizontal e contarão com a presença de taboa (Typha sp), pois essa espécie é comumente utilizada em wetlands devido a sua estrutura interna e a formação de tecidos que contém espaços abertos, através do qual passam oxigênio da atmosfera para as folhas e de lá para as raízes e rizomas, sendo que parte do oxigênio pode sair do sistema radicular para a rizosfera criando um ambiente propício à decomposição aeróbia de matéria orgânica. O junco e a taboa são plantas vasculares, que retiram oxigênio do ar e transferem para as raízes. Tem-se então, micro-ambientes aeróbios e anaeróbios que favorecem reações (nitrificação-desnitrificação) que muitas vezes reduzem a quantidade de nitrogênio.
Figura 03: Wetland de fluxo horizontal.
O efluente tratado será utilizado para fins menos nobres, como lavagem de pisos e equipamentos, por exemplo e ainda, para manter a umidade da vala de disposição (considera-se 0,5 m³ de recirculação para cada 1 m² de área). Como as vias de acesso ao aterro são de terra, o efluente tratado poderá também ser utilizado para molhar as ruas, com o objetivo de diminuir a poeira proveniente da passagem de caminhões e veículos leves.
7.1 Cálculo do volume de geração de chorume
PER = P – ES - ▲AS - ER
Valor encontrado na planilha do software Balanço Hídrico: 0,89 L/s
Q = PER x t
Q = 0,89 L/s x 86.400 s/d
Q = 76.896 L/d
Q = 76,9 m³/d ≈ 77 m³/d
Onde:
Q = Vazão média de chorume (m³/d)
PER = Percolação
t = Nº de segundos em um dia
7.2 Sistemas de tratamento de chorume
7.2.1 Tanque equalizador
T = V/Q
V = 1,5 x 77 = 115,5 m³ + 20% (segurança) 138,6 ≈ 140 m³
Th = 1,5 d (adotado)
Q = 77 m³/d
A = V/H
A = 140 m³ / 2 m = 70 m²
H = 2 m (adotamos)
Dimensões = 10 m x 7 m x 2 m (comprimento x largura x profundidade)
Volume suportado = 140 m³
7.2.2 Lagoas anaeróbias
Dimensões das lagoas (duas):
T = V/Q
V = 5 x 77 = 385 m³ + 20% (segurança) = 462 m³ ≈ 465 m³
Th = 5 d (adotado)
Q = 77 m³/d
A = V/H
A = 465 m³ / 2 m = 232,5 m² ≈ 235 m²
H = 2 m (adotado)
Dimensões = 12 m x 10 m x 2 m (comprimento x largura x profundidade)
Volume suportado = 240 m³ cada
7.2.3 Lagoas facultativas
Dimensões das lagoas (duas):
T = V/Q
V = 15 d x 77 m³/d = 1.155 m³ + 20% (segurança) = 1386 m³ 
Th = 15 dias (adotado)
Q = 77 m³/d
A = V/H
A = 1386 m³ / 2 m = 693 m²
H = 2 m (adotado)
Dimensões = 25 m x 14 m x 2 m (comprimento x largura x profundidade)
Volume suportado = 700 m³ cada
7.2.4 Lagoa de estabilização
Para o afluente da lagoa de estabilização é considerado uma concentração de 8.000 mg/L de DBO solúvel.
 Regime hidráulico fluxo pistão.
S = So x e(-k x t)
S = 8000 mg/L x e-2,5
S = 656,7 mg/L
Dimensões = 32 m x 20 m x 2 m (comprimento x largura x profundidade)
Volume suportado: 1280 m³
7.2.5 Wetlands
Eficiência e remoção de DBO:
E = 90% (adotado)
Se = DBO lag facultativa – (0,9 x DBO lag facultativa)
Se = 656,7 mg/L – (0,9 x 656,7 mg/L) = 65,67 mg/L
Dimensões do Wetland:
k = 0,6 (adotado)
n = porosidade = 0,3 (adotado, brita 1)
d = profundidade = 1,5 m (adotado)
A = [Q x (ln So x ln Se)] / k x d x n
A = [77 x ln 656,7 x ln 65,67] / 0,6 x 1,5 x 0,3 = 7.741,84 m² ≈ 7.745 m²
Serão adotadas 10 wetlands
Dimensões = 30 m x 26 m x 1,5 m (comprimento x largura x profundidade) Área A = 775 m² cada
Volume total suportado = 11.700 m³
ANEXOS
	 
	
	Número Inscrição: 
07.338.870/0001-5
	COMPROVANTE DE INCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL 
	Data de abertura: 06/08/2017
	 
	NOME EMPRESARIAL: FETAN SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS
	NOME FANTASIA: FETAN SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS
	CODIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE E ECONOMICA PRINCIPAL: 
22.15-2 – ENGENHARIA E CONSULTORIA
	CODIGO DAS DESCRIÇÕES DAS ATIVIDAES SECUNDÁRIAS: NÃO INFORMADA
	CODIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURIDICA: 
121-0 – CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PÚBLICO
	LOGRADOURO:
RUA JULIO DE CASTILHOS
	N.:
1692
	COMPLEMENTO: -
	CEP: 95960-000
	BAIRRO: CENTRO
	MUNICIPIO: ENCANTADO
	UF: RS
	SITUAÇÃO CADASTRAL: ATIVA
	DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL: 
02/10/2017
	SITUAÇÃO ESPECIAL: XXXXXXXXXXXXXXX
	DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL:
XXXXXXXXXXX
	
	Formulário para
LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
	DISA
Divisão de Infraestrutura e Saneamento Ambiental
DECLARAÇÃO DE NEGATIVA DE DÉBITOS - Nº 0173/2017
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental, através do setor de tributos declara para devidos fins que a empresa FETAN SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS, inscrito sob CNPJ nº 07.338.870/0001-5, efetuou o pagamento da taxa de custos referente a documentação para Licença Prévia alusivo à atividade de Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos a ser implantado no Município de Lagoa Vermelha, RS.
Porto Alegre, 02 de outubro de 2017.
_____________________________________________________________________
Ana Pellini
Presidente Fepam
DECLARAÇÃO – Nº 874/2017
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, DECLARA para os devidos fins, que a área adquirida pela Prefeitura Municipal de Lagoa Vermelha, no interior do município de Lagoa Vermelha/RS, não possui nenhum patrimônio histórico tombado em seus entornos.
_______________________________________________________________
Katimilete Suélen
Chefe do Núcleo de Patrimônio Histórico
	
Município de Lagoa Vermelha – RS
Estado do Rio Grande do Sul
PODER EXECUTIVO
________________________________
C E R T I D Ã O
Em atendimento ao requerimento encaminhado atravésdo protocolo Nº 1226/2017-PMS, certificamos para os devidos fins, que o imóvel de propriedade da Prefeitura Municipal de Lagoa Vermelha, com área total de 120.000 m², matriculado sob n° 717.160, zona rural, na RS 126 – Rodovia Waldemar Menon no município de Passo Fundo, atende ao Plano diretor e não possui restrições para execução da obra. 
Informamos que será vedada a instalação de atividade econômica que gere poluição, ou puser em risco, de qualquer forma o meio ambiente junto as áreas de preservação permanente (APP’s) ou com restrições ambientais, aglomerados urbanos, patrimônios paisagísticos e demais locais que venham a ser definidos, cabe salientar que o terreno para empregar a obra antes era utilizado para a atividade agrícola.
Atendendo as especificações legais vigentes, o município de Lagoa Vermelha por meio dessa Certidão concorda com a implantação do referido projeto.
Lagoa Vermelha, 02 de outubro de 2017.
_____________________________________	 	 _________________________________________
 FERNANDA KOPPLIN GUSTAVO JOSÉ BONOTTO
Engenheira Ambiental 			Prefeito de Lagoa Vermelha
CREA-RS: 996781

Continue navegando