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MEMÓRIAS DO DESPOTISMO resenha

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MEMÓRIAS DO DESPOTISMO 
Resenha
O texto trata sobre os períodos que vivemos o despotismo no Brasil. O autor inicia a discussão sobre o tema lembrando que o Estado brasileiro tem quase 200 anos e se tornou uma colônia com a chegada dos portugueses no Rio de Janeiro. 
Desde a Independência o regime estatal despótico foi constitucional e de longa duração. Durante 60 anos tivemos ditaduras abertas e declaradas. Houve uma estabilidade do despotismo e uma instabilidade do período democrático. Nesses 60 anos a cada 3 anos ocorria um golpe ou tentativas de golpe parcialmente frustradas: Revolução de 30, Revolução Constitucionalista paulista de 1932, eleição indireta de Vargas em 1934, revolta da Aliança Nacional Libertadora em 1935, putsch integralista de 1937, Estado Novo varguista em 1937, deposição de Vargas em 1945, cassação do Partido Comunista do Brasil em 1947/48, deposição de Vargas pelo suicídio em 1954, tentativa golpista de impedir a posse de Juscelino Kubistchek em 1955, golpe frustrado de Jacareacanga em 1956, golpe frustrado da renúncia de Jânio Quadros em 1961, parlamentarismo como solução para a posse de João Goulart ainda em 1961, golpe militar definitivo em 1964, inaugurando a segunda ditadura do período, AI-2 dissolvendo os partidos políticos pré-64, impedimento da posse do vice-presidente Pedro Aleixo e Junta Militar em 1967, AI-5 em 1968 com o fechamento do Congresso, impedimento da posse de Ulysses Guimarães como sucessor temporário de Tancredo Neves, com a solução de posse de José Sarney, em 1984. 
É fato que o Brasil passou por diversas mudanças durante esses 60 anos, mas não se pode dizer que devido a essas mudanças as estruturas políticas não foram capazes de se manter. Pelo contrário, a política institucionalizada poderia sim se adequar às mudanças da sociedade. 
A sociedade brasileira mudou de forma acelerada, passou de agrária a industrial e desta para serviços, inclusive eletrônicos, rapidamente. As residências antes maioria rurais, hoje são 80% urbanas. 
A economia brasileira cresceu muito a longo prazo no século de 1870 a 1980, diante da intervenção do Estado na economia, depois ocorreu uma desaceleração no período do liberalismo, sob a égide da politica cambial para o café.
O autor ressalta o patriarcalismo como forma de organização social, nucleada na família, que não conseguem processar as novas relações. Uma sociedade tradicional vê se, em curto período, atravessada por mudanças; da nova regra de consumo, do homem-massa, da feroz disputa do trabalho, do lugar da mulher no mercado de trabalho, da ascensão e queda da família nuclear. 
A corrupção torna-se a marca do capitalismo. No âmbito da sociabilidade, os efeitos são desastrosos. O que poderia ser o surgimento do privado na sociedade transforma-se em privatismo. O autor chama de “totalitarismo neoliberal”.

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