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Dependência Química

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Efeitos de substâncias psicoativas
Disciplina: Psicologia e Dependência Química
Prof. Dr. Jomar Diogo Costa Nunes
São Luís-MA
2018
USO NOCIVO
 USO DE RISCO
 USO RECREATIVO OCASIONAL
ADIÇÃO
Vulnerabilidade
ADIÇÃO
MECANISMOS CEREBRAIS
DROGA
BIOLOGIA/GENES
AMBIENTE
Genetica
Genero
Hormonios
Idade
Transtornos mentais
Via administrada
Efeito farmacologico
Uso precoce
Disponibilidade
Custo 
Lar caotico, abuso sexual
Uso e atitudes familiares
Influencia dos colegas
Atitudes da comunidade
Fraco desempenho escolar
Fissura (Craving)
Esse fenômeno é descrito como um desejo urgente e quase incontrolável de usar a substância, que invade os pensamentos do usuário de drogas. 
Altera o humor e provocando sensações físicas e modificação do seu comportamento
Motivos para o uso de drogas
Definições
Segundo o DSM-IV a dependência de substância é definida como “um padrão mal-adaptativo de uso de substância que leva a prejuízo ou sofrimento clínico significativo”.
As característica da dependência principais são: tolerância; abstinência; abandono ou redução de importantes atividades sociais.
Abuso ou uso indevido?
Abuso ou uso indevido?
Abuso: definição aplicada a substâncias não-prescritas. Exemplo: etanol e a cocaína.
Uso indevido: conceito utilizado para referir-se ao uso impróprio de substâncias prescritas, ou ao uso dessas substâncias para fins não terapêuticos. Exemplo: morfina ou um benzodiazepínico.
Entretanto, a linha que separa o abuso do uso indevido é indistinta. Exemplo: maconha.
Tolerância ou sensibilidade
Tolerância
Diminuição do efeito de uma droga de uso contínuo. 
A primeira administração de uma droga produz maiores efeitos com dose pequenas.
Depois de uso contínuo será preciso de doses maiores para produzir o mesmo efeito.
Sensibilização	
Administração de uma droga provoca um maior efeito ou há a necessidade de uma dose menor para produzir o mesmo efeito.
Pode haver tolerância e sensibilidade simultâneas a uma droga.
Dependências
Os filhotes nascem cegos e são dependentes da mãe
Dependências
Tipos de dependências
Física (ou fisiológica)
Psicológica.
Dependência física
Refere-se aos sinais e sintomas físicos adversos provocados pela abstinência de uma droga.
A dependência física é provocadas por muitos mecanismos iguais ao encontrados na tolerância.
Dependência psicológica 
Esse tipo de dependência baseia-se através do sistema de recompensa.
As droga as sensações agradáveis produzidas causam o desejo de continuar usando a droga. 
Mecanismo de tolerância, dependência e adicção
Um droga pode causar tolerância por diversos mecanismos.
Tolerância inata.
Tolerância adquirida.
Tolerância inata
Variações individuais na sensibilidade à droga presentes desde a primeira administração.	
Tolerância adquirida
Baseado em três mecanismos: farmacocinética, farmacodinâmica e aprendida.
A tolerância farmacocinética- surge quando há aumento da capacidade de metabolizar ou excretar a droga ao longo do tempo.
Resultado menor concentrações no sangue.
Mecanismo de dependência 
Abstinência- pessoa busca consumir a droga para manter o nível no sangue. (curto prazo).
Recaída- busca pela droga, mesmo após anos sem usa-la. (longo prazo).
Variáveis que Afetam o Desenvolvimento da dependência 
O desenvolvimento depende de diversas variáveis, que incluem:
 a natureza da droga,
 características genéticas 
e outros traços do usuário, além de fatores ambientais.
Tipos de efeitos
Estimulante
Depressoras
Pertubadoras ou Alucinógenas
Introdução
Drogas psicotrópicas podem ser classificadas como:
Estimulantes (Exemplo: cocaína, crack)
Depressoras (exemplo: Álcool, benzodiazepínicos,
Barbitúricos e Opiáceos).
Alucinógenas (LSD, maconha, ecstay).
ATENDENTO PEDIDOS!
Sinais para Identificar um Usuário de Drogas
ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA 
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Estupor, analgesia, lacrimejamento, coriza, sonolência, pupila como cabeça de alfinete.
b) Elementos acessórios:
MACONHA
Aumento de apetite, principalmente por doces (larica).
Olhos vermelhos e pupila dilatada.
Boca seca.
Tosse, bronquite, catarro.
Perda da memória.
ANFETAMINAS
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Inquietação, excitabilidade, tagarelice constante, confusão mental, falta de apetite com emagrecimento, insônia, conduta agressiva, boca seca com irritação das narinas (secas), alucinações e dilatação das pupilas.
DEPRESSORES CENTRAIS, BARBITÚRICOS (HIPNÓTICOS) e TRANQUILIZANTES
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Sonolência, apatia, indiferença motora, aparência de ébrio, “língua enrolada”, depressão.
SOLVENTES VOLÁTIL
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Aparência de embriagado, excitação, hilaridade, linguagem enrolada, perda de equilíbrio, olhos vermelhos, nariz escorrendo (constipado), sonolência, inconsciência.
LSD
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Alucinações, delírios, confusão mental e dificuldades de raciocínio, risos e choros, atitudes impulsivas e irracionais, calafrios, tremores, sudorese, linguagem incoerente, pupila dilatada, reações de pânico com sensação de deformação no corpo e em objetos.
COCAÍNA
a) Principais sintomas e sinais de conduta:
Exitação, aumento da atividade, agressividade, idéias delirantes com suspeita de tudo e de todos, palidez acentuada e dilatação da pupila.
ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA 
ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA 
A papoula (Papaver somniferum), planta da onde é extraído o ópio, era cultivada desde 3400 a.C. na Mesopotâmia.
Os opiáceos são classificados em naturais, semissintéticos e sintéticos
ÓPIO, MORFINA, HEROÍNA 
Os opiáceos naturais são substâncias que são extraídas do ópio, diretamente do cálice da papoula; 
Os semissintéticos são resultado de uma modificação parcial da substância original, sendo a heroína (diacetilmorfina).
Os opioides e opiáceos são substâncias de origem e estruturas químicas diferentes, com ações e efeitos clínicos semelhantes
Os opioides são substâncias fabricadas em laboratório, sintéticas, obtidas pela replicação da fórmula química de um opiáceo. 
Os opiáceos também são conhecidos por narcóticos devido a sua ação analgésica e hipnótica. 
Os sinais e
sintomas causados pelo uso crônico de opioides
são conhecidos desde o início do século 20
Quais são as indicações terapêuticas
dos opioides/opiáceos?
Os opioides constituem as drogas de escolha
para o tratamento da dor aguda pós-operatória
e, também, para indivíduos com grandes queimaduras
ou politraumatizados3(B) e em dores
crônicas4(A)5,6(D).
ÓPIO:
morfina
heroína
codeína
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OPIÁCEOS
Papoula (Papaver somniferum – “dormideira”) – Líquido leitoso, que se transforma numa barra marron. Ópio – significa “suco” em grego
Todas produzem uma analgesia (diminuem a dor) e uma hipnose (aumentam o sono) 
OPIÁCEOS
Opiáceos naturais: derivados do ópio que não sofreram nenhuma modificação (ópio, pó de ópio, morfina, codeína)
Opiáceos semi-sintéticos: resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (heroína) 
Opiáceos sintéticos ou opióides: totalmente sintéticos, são fabricados em laboratório e tem ação semelhante à dos opiáceos (zipeprol, metadona) 
Extração do látex
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Processamento do Ópio
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Morfina
É o alcaloide que dá ao ópio sua ação analgésica. É até hoje o padrão para avaliação de novos analgésicos. 
Possui ação analgésica, sedativa e euforizante.
No Brasil: uso controlado e restrito a unidades hospitalares.
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Heroína
Heroína vem do termo em alemão “heroich” que significa potente, enérgico. 
Foi introduzida na terapêutica em 1897, como substituto da morfina, na tentativa de evitar e diminuir a dependência orgânica que esta vinha causando.
Entretanto, por ser mais lipossolúvel que a morfina a heroína difunde-se amplamente pelo organismo o que a torna cercade 5 vezes mais potente que a morfina.
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HEROÍNA
Provoca dependência física e psíquica, síndrome de abstinência
A produção da droga é feita a partir da morfina presente no ópio. O ópio é extraído dos bulbos da papoula, 
HEROÍNA
Heroína - Dependência
Os usuários experimentam sensações de bem-estar, redução da ansiedade, redução dos batimentos cardíacos e da freqüência respiratória, intenso relaxamento, dentre outros. Causa forte dependência física e psíquica, de maneira mais rápida que a morfina, além de desencadear o fenômeno da tolerância.
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HEROÍNA
Heroína é utilizada normalmente injetando, cheirando ou fumando. 
 
Heroína – Formas de Consumo
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Codeína
É um alcalóide natural que compõe o ópio. É utilizado para tosse secas sem expectoração.
Atenção para os seguintes xaropes: Belacodid, Codelasa, Gotas Binelli, Pambenyl, Setux, Tussaveto, Belpar, Tylex etc.
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ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Terminologia : Opióide refere-se aos compostos relacionados ao Ópio (termo grego para suco) da Papaver somniferum, como a morfina, codeina e tebaina (todos naturais) além dos derivados semi-sintéticos.
PEPTÍDEOS ENDÓGENOS
Compostos naturais que se ligam a receptores opióides : beta endorfinas.
Narcóticos = estupor 
antigamente : tudo que leva ao sono
hoje : associado ao têrmo opióide, e substancias que levam ao abuso 
HISTÓRICO
300 A C -Árabes introduziram
1806 foi isolada a morfina (Morfeus)
1832/1848 isolaram codeina e papaverina
1972 naloxano reverte analgesia
1973 sítios de ligação no cérebro
1976 endorfinas foram isoladas 
RECEPTORES OPIÓIDES
   : tem sido estudados exaustivamente.
maioria dos fármacos em baixas doses tem ação preferencial  .
estudos foram utilizados c/ antagonistas específicos: somatostatina (  ) ; natrindol 
(  ) ; binaltorfimina (  ).
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
I Análogos da Morfina:
Agonistas : Morfina, Heroina, Codeina.
Agonistas Parciais: Nalorfina e Levalorfan
Antagonistas : Naloxona 
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
II Derivados Sintéticos
Fenilpiperidinas ( Meperidina e Fentanil)
Metadona ( Metadona e Dextropropoxifeno)
Benzomorfan ( Pentazocina )
Tebaina ( Etorfina)
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
III Antagonistas
Nalorfina: 
Naloxona
naltrexona
OPIÓIDES 
 MECANISMO DE AÇÃO
receptores opióides pertencem a família dos acoplados a proteína G.
inibem adenilciclase e reduzem cAMP (?)
provocam abertura dos canais de K e inibem os de Ca na membrana : diminuem assim atividade neuronal ou aumentam quando inibir sistemas inibitórios.
diminuem liberação de neurotransmissores
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
analgesia: dores agudas e crônicas,exceto as neuropaticas (ex: neuralgia do trigêmio)
efeito antinoceptivo e no componente afetivo ( sistema limbico : euforia )
nalorfina e pentazocina possuem efeito antinoceptivo porém pouco psicológico 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Euforia : poderosa sensação de bem-estar e contentamento, dependendo da situação do paciente, é mediada por receptores µ .
Disforia: mediada por receptores K
estes efeitos não ocorrem com codeina e pentazocina e com nalorfina ocorre disforia
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Depressão respiratória : receptor µ 
doses terapêuticas diminuem a sensibilidade do CR ao > pCO2 
não ocorre depressão concomitante da função cardiovascular.
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Depressão do reflexo da tosse
substituição no grupo fenólico = codeina 
doses sub-terapêuticas para dor
sem correlação com efeito analgésico ou depressor. Outro receptor?
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Náusea e vômito
ocorre em 40% dos pacientes
ação na área postrema (ZQR) na medula
apomorfina agonista dopaminérgico
naloxone bloqueia morfina e não bloqueia apomorfina
inversamente antagonistas dopaminérgicos
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Constrição pupilar
receptores µ e K estimulam nucleo óculo-motor.
não ocorre tolerância
importante sinal para diagnóstico
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Trato gastrintestinal :
aumenta o tonus e diminue a motilidade
constipação 
aumenta pressão sobre o trato biliar
efeitos viscerais por ação sobre os plexos intramurais ( abolido pela atropina)
ação sobre receptores :µ k .
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Outras ações: 
libera histamina nos mastócitos:
efeito local = coceira
efeito sistêmico = broncoconstrição e hipotensão......... asmáticos ?
outros opióides não relacionados não liberam histamina 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(ex.: morfina)
Outras ações: 
hipotensão em altas doses por efeito na medula
cauda Straub : espasmo da musculatura
imunosupressão após uso crônico
TOLERÂNCIA
desenvolvimento rápido ( 12 a 24hs )
tolerância:analgesia, euforia, depressão respiratória-menor para miose e constipação
efeito agudo = reduz AMPc
efeito crônico= redução do AMPc= diminui fosforilação de fatores específicos = aumenta expressão gênica para AMPc (aumenta adenilatociclase ?) 
DEPENDÊNCIA
responsável : receptores µ.
efeitos reforçadores da euforia.
raramente ocorre em pacientes
fatores psicológicos, sócio-econômicos estão envolvidos.
sistema mesolímbico dopaminérgico 
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
morfina aguda inibe atividade do LC.
tolerância reverte inibição.
retirada de morfina aumenta atividade.
naloxona aumenta ainda mais.
irritabilidade, perda de peso,febre,midríase náuseas, diarréia, insonia, convulsões...
máximo em 2 dias ...desaparece 8 dias. 
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
absorção oral é irregular, codeina melhor que a morfina.
sofrem efeitos da primeira passagem
meia-vida plasmática de 3 à 6 horas
principais metabólitos: glicuronados ativos?
neonato tem dificil metabolismo, o que aumenta depressão respiratória. 
PRINCIPAIS OPIÓIDES
Diacetilmorfina (heroina) :obtida à partir da morfina, mais lipossolúvel (rush), menor duraçào , > dependência.
Codeina : obtida da morfina, bem absorvida por vo, antitussígeno, baixa potência analgésica + aspirina (dores de cabeça, costas, etc.), não induz euforia,constipação intensa. 
PRINCIPAIS OPIÓIDES
Dextropropoxifeno : similar a codeina ,com duração mais longa ,dependência discutivel.
Meperidina :similar a morfina c/ agitação e não sedação , antimuscarínica, euforia e dependência,< duração efeito , dependencia, útil anestésico no parto, associada a iMAO: hipertermia e convulsões
PRINCIPAIS OPIÓIDES
Fentanil : derivados da fenilpiperidina, ação similar a morfina de curta duraçào. Usos em anestesia 
Etorfina : análogo de grande potência (1000 vezes) ;utilizado para imobilizar grandes animais .
PRINCIPAIS OPIÓIDES
Metadona : Semelhante a morfina com menor efeito sedativo; longa duração (1/2 vida >24hs) ; menor dependencia; síndrome de abstinência menos severa. 
 Na presença de metadona injeções de morfina causam menos euforia e abstinência 
PRINCIPAIS OPIÓIDES
Pentazocina : misto agonista-antagonista. Em baixas doses potência similar a morfina, sem correspondente aumento com altas doses causando : depressão respiratória e disforia.
 Maior afinidade por receptores K do que µ 
Administrada junto com morfina reduz seus efeitos, com tendencia a causar dependencia
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
Nalorfina : estrutura semelhante a morfina
antagonista µ ;agonista parcial ð, k(disforia)
antagonisa analgesia,depressão respiratória.
altas doses mimetisa morfina e produz dependencia, baixas doses síndrome de abstinência em dependendes.
antídoto substituído pela naloxona.
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
Naloxona : antagonista puro µ, ¶ , k. para todos agonistas.
Isoladamente efeito insignificante = hiperalgesia em condições de liberação de opióides endógenos.
Antagonista da analgesia por acupuntura.
Reverte depressão respiratória por opióides
Efeito curto (i.v. 1-2hs.)
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
Naltrexona: similar ao Naloxona, porém com duração mais longa( 1/2 vida = 10hs ).
Uso experimental , não clínico.
Neutraliza os efeitos dos opiáceos
PRINCIPAIS USOS
Dores agudasseveras origem traumática (fentanil, morfina).
Dores médias origem inflamatória (codeina, pentazocina, propoxifeno)
Dores severas crônicas( morfina ).
Dores crônicas neuropáticas não respondem ( amitriptilina).
OUTROS FÁRMACOS ANALGÉSICOS
Principalmente para dores neuropáticas:
Tramadol( metabólito da trazodona)
Agonista fraco nos receptores mu.
Inibidores da captura de NE .
Triciclicos(imipramina e amitriptilina)
Inibidores da captura de NE
Carbamazepina e Gabapentina
Opióides
 Os opióides são os fármacos de escolha para o alívio da dor aguda e dor cônica, porém utilizado principalmente na oncologia.
Opióides
Mecanismo: capacidade em estimular a atividade de neurônios dopaminérgicos, resultando em aumento da liberação de dopamina no núcleo accumbens
Característica dependência de opióides
Sintomas analgesia, rubor, calor, euforia, boca seca e constrição da pupila.
Uso compulsivo: aumento da dose, uso apesar dos efeitos colaterais, uso para tratar sintomas que não são alvo da terapia, ou uso mesmo durante os períodos assintomáticos.
Benzodiazepínicos e barbitúricos
Como é os mecanismos de ação?
Sistema GABAérgico
Desacoplamento do sítio do GABA
Divisão da aula
Medicamentos prescritos (opióides, benzodiazepínicos e barbitúricos0).
Drogas relacionadas a tratamentos (heroína, álcool, nicotina, cocaína e anfetamina).
Drogas de abuso que afetam receptores não-terapêuticos (ecstasy e maconha)
Drogas relacionadas a tratamentos
Heroína- semelhante ao observado nós opióides.
Diferença- heroína é mais hidrofóbica do que a morfina.
Rápida as concentrações encefálicas.
Álcool 
Nível de álcool no sangue e do nível de tolerância do paciente.
Doses baixas (<20mg)- estimulação, desinibição.
Doses baixas
Doses altas
Álcool 
Múltiplos receptores, porém possível via GABA.
Efeito em doses elevadas: sedativo e incoordenação motora, Inconsciência, Parada respiratória, entre outros.
1 dose de etanol (14g) num homem de 70kg atinge uma concentração plasmática de 30 mg/100mL (0,03 
[Etanol]sang		Efeitos no SNC
(mg/100mL)
	50	 intoxicação leve: sensação de calor, 
		 pele vermelha, julgamento prejudicado, 		 	 desinibição (~ 2 doses)
	100	 intoxicação óbvia (aumenta o prejuízo de 		 	 julgamento, da inibição, da atenção e do 		 	 controle; algum prejuízo motor, reflexos 		 	 lentos (~ 4 doses)
	
Equivalência de doses: 14 g de etanol 
De acordo com a quantidade de álcool consumida, diferentes níveis plasmáticos serão atingidos com diferentes intensidades dos efeitos observados.O limite estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro (60 mg/dl) é um nível plasmático que já causa prejuízos importantes na atividade motora, coordenação, reflexos e julgamento.
[Etanol]sang	Efeitos no SNC
(mg/100mL)
	
150	 intoxicação óbvia em todos os indivíduos normais, 	 	andar cambaleando, fala pastosa, visão dupla, 	 
 	perda de memória e raciocínio (~ 6 doses)
250		intoxicação extrema ou estupor: resposta 
		reduzida a estímulos, incapacidade de permanecer em 	pé, vômito, incontinência, sonolência (~ 8 doses)
350		coma (inconsciência, mínima resposta à estimulação, 	incontinência urinária, hipotermia, pouca respiração, 	hipotensão (~ 12 doses)
500		morte provável (~ 17 doses)
Nicotina
Ativam receptores de acetilcolina em neurônios dopaminérgicos.
Resultado- ativação da via de recompensa encefálica dopaminérgica.
Cocaína e anfetamina
Bloqueio da recaptação da dopamina, norepinefrina e serotonina.
A cocaína é mais potente no bloqueio do transportador de dopamina.
Anfetamina- inverte a direção do transportador e libera depósitos vesiculares de transmissores.
Vias de utilização cocaína e anfetamina
A cocaína em pó (ou "farinha"), utilizada por via intranasal. 
Via pulmonar a cocaína, mas não na forma de pó e sim de pedra, o crack. 
cocaína
crack
Divisão da aula
Medicamentos prescritos (opióides, benzodiazepínicos e barbitúricos0).
Drogas relacionadas a tratamentos (heroína, álcool, nicotina, cocaína e anfetamina).
Drogas de abuso que afetam receptores não-terapêuticos (ecstasy e maconha)
Drogas de abuso que afetam receptores não-terapêuticos
Ecstasy (droga MDMA)
Maconha (canabinóides)
Ecstasy
As primeiras remessas significativas de êxtase chegaram a São Paulo em 1994, vindas principalmente de Amsterdã, Holanda.
Frequente uso em rave e clubes. 
Efeitos psicológicos e somáticos do Ecstasy
Aproximadamente 20 minutos após a ingestão do comprimido e permanecem por 4 a 8 horas.
Os efeitos agudos são descritos na maioria das vezes como prazerosos, embora também sejam apontados efeitos desagradáveis, quase sempre físicos.
Já os efeitos após 24 horas após a ingestão são descritos como mais negativos, tanto física quanto psicologicamente
Toxicidade e complicações
do uso do ecstasy
Há dois problemas principais relativos à segurança ou perigo do ecstasy:
Um deles é a incerteza da composição dos comprimidos. 
O outro é a mistura que frequentemente os usuários fazem com outras drogas, como outros estimulantes, opiáceos e álcool. 
Dada sua ilegalidade, sabe-se que nem todos os comprimidos vendidos e consumidos como êxtase necessariamente a substância.
 Controle de qualidade é feito por usuários que já usaram um determinado tipo de êxtase e aprovaram ou não seus efeitos.
Maconha
Os efeitos adversos da maconha podem ser divididos em duas categorias: os efeitos do hábito de fumar a planta e os causados pelas principais substâncias isoladas (canabinóides). 
O fumo crônico da maconha provoca alterações das células do trato respiratório e aumenta a incidência de câncer de pulmão entre os usuários.
Maconha
Os sintomas da dependência dos efeitos psicotrópicos da planta incluem agitação, insônia, irritabilidade, náusea e câimbras. 
Maconha
Pesquisas também mostram que a Cannabis não causa dependência física (como cocaína, heroína, cafeína e nicotina) e que a suspensão do uso não causa síndrome de abstinência (como o álcool e a heroína). 
Seu uso prolongado em certas circunstâncias causa dependência psicológica, e pode levar ao consumo de outras drogas. 
Caso para discussão
Carlos possui 41 anos e iniciou o uso de bebidas alcoólicas aos 15 anos. A infância do paciente foi extremamente influenciada pelo uso de substância, devido ao modelo familiar. Carlos relatou que o seu pai bebia todos os dias e que, às vezes, oferecia a bebida para ele. 
Quando o paciente se tornou adolescente, ele iniciou o uso de álcool (aproximadamente aos 15 anos). Ao completar 22 anos, se casou e, depois de 2 anos de matrimônio, os problemas decorrentes do uso do álcool na sua vida e na de sua família começaram a se tornar evidentes. As brigas com a esposa se tornaram cada vez mais frequentes (momento em que ele saia de casa para ingerir álcool), o distanciamento dos filhos se agravou e a prioridade dada ao uso se tornou extrema. Passou a não ir mais ao trabalho, ou a ir sob efeito da substância. Não pagou as contas de sua casa e, todo mês, ficava devendo muito dinheiro aos bares. Não havia mais momentos de lazer com a sua família. 
Caso para discussão
Houve várias tentativas de se manter abstinente. Algumas duraram alguns meses e a maior teve duração de 1 ano e 5 meses. Porém a recaída acontecia justamente nos momentos de conflito em sua família, quando a única resposta de enfrentamento que encontrava era a fuga.
Apresentava os seguintes sintomas: ansiedade falta de clareza de raciocínio, irritabilidade e nervosismo, fadiga, oscilações de humor, dor de cabeça, ataques de pânico e alucinações.
QUESTÕES PARA ANÁLISE
Com o identificar os fatores de risco para a dependência de Carlos. 
Nos casos de intoxicação de álcool como o paciente deve proceder?
Explique para Carlos o que o álcool pode ocasionar em relação às doenças psiquiátricas e neurológicas.
Explique o porque a Psicologia é necessária para o tratamentoda dependência química
OBRIGADO!
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