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As Esferinhas
Era uma vez, oito esferinhas alinhadas no espaço. Cada uma tinha um tamanho e uma cor diferente. Algumas eram quentes, outras geladas, algumas eram enormes e outras bem pequenas.
Cada esferinha tinha um nome e, embora todas fossem redondinhas, não se pareciam umas com as outras. Elas nunca paravam no espaço, estavam sempre em movimento. Elas eram encobertas por um lençol branco, que mais parecia uma nuvem de leite e se chamava Via Láctea.
As esferinhas, que também são chamadas de Planetas, rodavam sem parar em torno de uma grande bola de fogo que se chamava Sol. O Sol é muito amigo das esferinhas, ele dá luz e calor para elas e as mantém em constante órbita para que não se percam no espaço.
A esferinha mais próxima do Sol, chama-se Mercúrio, a segunda era o Vênus. A terceira esferinha chamava-se Terra, a quarta era Marte. Essas quatro esferinhas tinham uma característica em comum; eram sólidas e tinham superfície. As outras quatro eram Júpiter, Saturno, Urânio e Netuno, elas eram gasosas, não tinham rochas e crateras, mas tinham vapores e gases. Elas tinham lindos anéis ao redor delas que ajudavam a dar suas voltas ao redor do Sol.
Um belo dia, as esferinhas perceberam que a terceira, a Terra, estava perdendo seu brilho. Ela tinha uma linda cor azul, com pintas verdes e marrons, mas que parecia ficar opaca, sem cor e amuada. Ela continuava a dar suas voltas, mas parecia triste e doente. As outras esferinhas decidiram investigar o que havia de errado com a Terra. Ao observar mais de perto, perceberam grandes mudanças na superfície da Terra; aquela água límpida e cristalina tinha ficado fosca e com uma textura oleosa, as grandes estruturas de gelos chamadas icebergs estavam derretendo, aqueles vastos campos verdes e florestas com inúmeras espécies de árvores tinham sido derrubadas… Já não chovia aquelas gotas de água limpas como no passado e, quando chovia, caíam gotas de chuva ácida. Boa parte das plantas e dos animais já não existiam mais, e o riachos que escorriam pelas colinas estavam sujos, por isso os peixinhos que nadavam neles eram encontrados mortos nos leitos. A água dos rios recebia lixo tóxico de fábricas construídos no lugar onde ficavam os campos floridos e florestas. As hortas e pomares não davam frutos como antigamente e os que brotavam, estavam menos suculentos e saborosos.
As outras esferinhas, ao perceber o que estava acontecendo com a Terra, reuniu todo sistema solar e anunciaram um “Desastre na Esferinha Azul”. Sendo assim, algo deveria ser feito…
O grande desafio era descobrir a causa do enfraquecimento da terceira esferinha do Sistema Solar. Decidiram então passar a observar o comportamento dos habitantes da Terra. Não demorou muito a perceberem que os habitantes chamados “humanos” pouco se importavam para o bem-estar da esferinha azul. Os seres humanos só se preocupavam em acumular pedacinhos de papel quadrangular com números, cores e tamanhos diferentes, que eles chamavam de “dinheiro”. Praticamente tudo o que ocorria na esferinha azul era em função da troca dessas folhinhas de papel.
As amigas da Terra estavam abismadas e logo perceberam que os seres humanos não sabiam do mal que tinham causado à terceira esferinha: árvores cortadas, fumaça jogada para a atmosfera, lixo jogado nos rios e levado para os mares matando plantas e animais marinhos, água desperdiçada, comida acabando, enfim, tudo isso contribuiu para que a Terra sofresse muito e se tornasse a mais triste de todas as esferinhas. Até a proteção que ela tinha contra os raios de sol estava se destruindo, fazendo com que a Terra ficasse mais quente e, por isso, as plantas, os animais e as pessoas corriam o risco de ficarem doentes e morrer.
Antes que tudo isso acontecesse, as outras esferinhas resolveram escrever uma carta para a Terra. Na tentativa de salvar o Globinho Azul, a carta dizia: “Queridos habitantes, preciso de sua ajuda e proteção para que eu possa continuar sustentado o meu bem mais valioso: a vida. Por favor, cuidem de mim! Assinado, a Terra”. A carta foi levada pelo vento pelos quatro cantos do planeta, até que um grupo de crianças brincando num parque descobrisse a carta. Iniciava-se uma missão: “Salvando a Terra da Extinção”. Não foi nada fácil convencer os seres humanos a mudar seus maus hábitos. Por muitos anos tinham maltratado a Esferinha Azul ao ponto dela perder seu próprio brilho. As crianças do mundo todo leram a carta e dedicaram a convencer seus pais a mudarem os costumes e manias dentro de casa; água não poderia ser mais desperdiçada, as luzes não ficavam mais acesas sem necessidade, não se jogava comida fora… todos colocavam no prato apenas aquilo que fossem comer, vasilhas e latas, assim como garrafas de vidro eram reutilizados e todos chamavam isso de “reciclagem”. Os adultos, ao verem o esforço das crianças, faziam tudo para contribuir com sua missão de salvar o planeta.
Ninguém jogava mais lixo no chão. Reduziram o número de carros nas ruas, plantavam-se mais árvores, e em pouco tempo, todos os habitantes do Globinho Azul se dedicavam a serem mais parceiros da natureza. Depois de alguns anos, percebia-se a diferença; reduziu-se a poluição e logo os rios voltaram a ter água limpa e fresca, o mar voltou a ter um tom azul escuro e os peixinhos nadavam livremente pelos oceanos. As árvores cresciam com os galhos e raízes fortes, produzindo saudáveis frutos e legumes. Os raios do sol já não faziam mal aos habitantes e a temperatura da Terra se estabeleceu. O ar estava mais limpo, as nuvens mais branquinhas e a chuva era muito fresquinha. A terceira esferinha tinha se recuperado! Sua linda cor azul, com pintas verdes e marrons ganharam vida. Todos os habitantes, humanos e animais, fizeram um acordo de cuidarem da Terra para sempre viverem felizes lá, junto com as outras sete esferinhas do Sistema Solar. E, alinhadinhas, continuavam, a orbitar em volta do sol por muito e muito tempo.

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