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aula 04 cont aplicada

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CONTABILIDADE APLICADA AO 
SETOR PÚBLICO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Leila Lucia Arruda 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Os procedimentos contábeis aplicáveis ao setor público são 
atualmente resultantes da convergência das normas internacionais da 
contabilidade. Seu estudo é de suma importância para a elaboração das 
demonstrações contábeis e para as tomadas de decisão no setor. Dessa forma, 
pretende-se que você, aluno, leia com atenção esta rota, bem como as leituras 
recomendadas. Por isso, vamos tentar compreender melhor esse assunto! 
CONTEXTUALIZANDO 
Diante do fato que esta disciplina tem por foco o estudo da Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público, essencialmente na aula de hoje você verá os itens e 
procedimentos necessários para correta mensuração e reconhecimento de 
alguns elementos patrimoniais, que deverão, à luz da teoria contábil, balizar os 
registros contábeis e assim evidenciar, se for o caso, os prováveis casos de 
incerteza. Veremos também o plano de contas específico do setor. 
Dessa forma, sugerimos que você faça uma leitura como aquecimento 
para a aula de hoje com o artigo disponibilizado em 
<http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/arquivos_artigos/artigos/1124/2017081515022
4.pdf>. 
Após essa leitura, você deverá expressar também sua opinião no fórum 
desta aula. Bom estudo! 
TEMA 1 – REAVALIAÇÃO DE ATIVOS E REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL 
Depois de reconhecer o ativo imobilizado e intangível, deve a entidade 
pública mediar as classes que os compõem, a partir do método de custo pelo 
qual um item do ativo é evidenciado, seja pelo custo menos qualquer 
depreciação e redução ao valor recuperável acumuladas ou pelo Método de 
Reavaliação (em que o item do ativo, cujo valor justo possa ser mensurado com 
confiança, e seu valor devem ser apresentados pelo valor reavaliado). Esse valor 
é equivalente ao seu valor justo à data da reavaliação, decrescido da 
depreciação e redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. 
Pondera-se que a política escolhida para reavaliação deve ser utilizada para toda 
uma classe de ativos imobilizados ou intangíveis, e a frequência com que serão 
efetuadas vai depender dos valores justos dos itens do ativo que serão 
 
3 
 
reavaliados. Entretanto, se os itens do ativo sofrerem ajustes consideráveis no 
valor justo, eles deverão ser reavaliados todo ano. Caso contrário, poderão ser 
reavaliados de quatro em quatro anos. 
No caso de reavaliação do ativo imobilizado, a depreciação acumulada na 
data da reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, e 
dessa forma seu valor é ajustado do valor líquido pelo valor reavaliado. 
Assim, este ajuste proveniente da atualização ou da eliminação da 
depreciação acumulada será integrante do aumento ou da diminuição no valor 
contábil registrado. Destaque para o fato de que se um item do ativo imobilizado 
for reavaliado, toda a classe de contas do ativo imobilizado deverá ser 
reavaliada. 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP (Brasil, 
2017) conceitua como contas do ativo imobilizado um agrupamento de ativos de 
natureza e uso semelhantes nas operações da entidade. E, por conseguinte, são 
exemplos de classes de contas: 
 terrenos; 
 edifícios operacionais; 
 estradas; 
 maquinário; 
 redes de transmissão de energia elétrica; 
 navios; 
 aeronaves; 
 equipamentos militares especiais; 
 veículos a motor; 
 móveis e utensílios; 
 equipamentos de escritório; 
 plataformas de petróleo. 
Cabe salientar que esses itens da classe de contas do ativo imobilizado 
devem ser reavaliados simultaneamente para que sejam evitadas a reavaliação 
seletiva de ativos e a divulgação de montantes nas demonstrações contábeis 
que por ventura sejam uma combinação de valores em datas diferentes. 
 
 
4 
 
1.1 E como fazer a reavaliação? 
Ela pode ser feita mediante a elaboração de um laudo técnico por perito 
ou entidade especializada, ou ainda por meio de relatório de avaliação realizado 
por uma comissão de servidores. 
Esse laudo técnico ou relatório de avaliação, de acordo com o MCASP 
(Brasil, 2017), conterá ao menos as seguintes informações: 
 a documentação com a descrição detalhada referente a cada bem que 
esteja sendo avaliado; 
 a identificação contábil do bem; 
 quais foram os critérios utilizados para avaliação do bem e sua respectiva 
fundamentação; 
 a vida útil remanescente do bem, para que sejam estabelecidos os 
critérios de depreciação, a amortização ou a exaustão; 
 a data de avaliação; 
 a identificação do responsável pela reavaliação. 
1.2 E no caso da Reavaliação do Ativo Intangível? 
Uma vez reconhecido, um ativo intangível pode ser evidenciado pelo seu 
valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação 
diminuído de qualquer amortização acumulada. Seu valor justo deve ser 
levantado em relação a um mercado ativo. No entanto, o método de reavaliação, 
de acordo com MCASP (Brasil, 2017), não permite: 
 A reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente 
reconhecidos como ativos. 
 O reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do 
custo. 
Salienta-se que caso um ativo intangível seja reavaliado, essa 
amortização acumulada por ocasião da data da reavaliação deverá ser eliminada 
contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o valor líquido pelo seu valor 
reavaliado. E, ainda, se um item de uma classe de ativo intangível não puder ser 
reavaliado, visto que não há existência de mercado ativo para ele, esse item 
deverá ser mensurado pelo custo menos a amortização acumulada e a perda 
por irrecuperabilidade. 
 
5 
 
1.3 Como fazer o Registro Contábil da Reavaliação de Ativos? 
 Diante do fato de que já foi aplicado o método da reavaliação, ele não 
poderá ser realizado de forma seletiva. Portanto, deve-se considerar, por 
ocasião das demonstrações contábeis, se há necessidade de se proceder à 
reavaliação de todos os itens da mesma classe. 
Entretanto, a contabilização dos aumentos referentes à reavaliação de 
ativos está relacionada à dependência do nível de controle que cada entidade 
tem acerca de seu patrimônio. 
Dessa forma, se o valor contábil de uma classe do ativo aumentar em 
virtude de reavaliação, esse aumento deve: 
 ser creditado diretamente à conta de reserva de reavaliação. No entanto, 
o aumento deve ser reconhecido no resultado do período quando se tratar 
da reversão de decréscimo por reavaliação do mesmo ativo anteriormente 
reconhecido no resultado, ou 
 ser creditado diretamente à conta de resultado do período. 
Todavia, se esse valor contábil decrescer em virtude de reavaliação, essa 
diminuição deve ser reconhecida no resultado do período. Porém, se houver 
saldo de reserva de reavaliação, a diminuição do ativo deve ser debitada 
diretamente à reserva de reavaliação até o limite de qualquer saldo existente na 
reserva de reavaliação referente àquela classe de ativo, como regula o MACSP 
(Brasil, 2017). 
1.4 E o chamado impairment? 
Na linha dos conceitos, vale ressaltar que há o impairment, ou a Redução 
ao Valor Recuperável, que se refere à diminuição dos benefícios econômicos 
futuros ou da potencialidade de serviços de determinado ativo, que, por conta 
disto, tem sua utilidade reduzida, além do reconhecimento sistemático por meio 
da depreciação (Brasil, 2017). 
Cabe destacar que a entidade deve avaliar se há alguma possibilidade de 
que um ativo imobilizado ou intangível possa ter sofrido perda por 
irrecuperabilidade. 
Se for ocaso de o valor contábil de um ativo imobilizado ou intangível 
evidenciar valor acrescido da quantia que será recuperada para o meio do uso 
 
6 
 
ou da venda desse ativo, é possível afirmar que esse ativo está em imparidade 
(impairment). 
Assim, a execução de um teste de imparidade deve ponderar inicialmente 
a utilidade do ativo, posto que a maioria dos ativos do setor público é mantida 
sempre para fornecer serviços ou bens públicos, sendo o seu valor em uso 
provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de alienação. 
A Redução ao Valor Recuperável não deve ser confundida com a 
depreciação. 
Assim, ela é compreendida como o declínio gradual do potencial de 
geração de serviços por ativos de longa duração, e o impairment é a 
desvalorização de um ativo quando seu valor contábil excede seu valor 
recuperável. 
A Redução ao Valor Recuperável é compreendida como uma perda dos 
futuros benefícios econômicos ou do potencial de serviços de um ativo, que vai 
além do valor depreciado. Pondera-se que se este valor recuperável for menor 
que o valor líquido contábil, ele terá que ser ajustado. Observe-se que a redução 
ao valor recuperável é um mecanismo de utilização para ajuste e adequação do 
valor contábil dos ativos à sua real capacidade de retorno econômico. Dessa 
forma, ele irá refletir um declínio na utilidade de um ativo para a entidade que o 
controla. 
Todavia, se o valor contábil for maior do que o valor recuperável, ocorrerá 
uma perda por redução ao valor recuperável do ativo que reflete, portanto, um 
declínio na utilidade de um ativo para a entidade que o controla, conforme 
mencionado (Brasil, 2017). 
Cabe salientar que a diminuição ao valor recuperável pode ser aplicada 
para ativo gerador de caixa, assim como o ativo não gerador de caixa (aquele 
mantido com o objetivo principal de prestar serviços). Ainda mais, na sua maioria 
os ativos mantidos por entidades do setor público são ativos não geradores de 
caixa. 
TEMA 2 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 
Convém iniciar este tema 2 da aula com conceitos que vão balizar os 
demais itens do conhecimento da contabilidade aplicada ao setor público. 
Assim, entende-se por depreciação a diminuição dos valores dos bens 
tangíveis decorrentes do uso, do desgaste, seja pela ação da natureza ou pela 
 
7 
 
limitação da vida útil. Tem-se que ponderar a respeito do valor depreciável, e 
por este entende-se que é o custo de um ativo, ou outra base que represente o 
custo, diminuído do seu valor residual, como por exemplo os veículos. 
Por exaustação entende-se a diminuição do valor proveniente da 
exploração dos recursos minerais, ou de outros recursos naturais que são 
esgotáveis, como as jazidas minerais. 
Amortização é a diminuição do valor utilizado na aquisição de direitos de 
propriedade e quaisquer outros, seja para os ativos intangíveis, com duração 
limitada, ou ainda aqueles que têm por objeto bens de utilização por prazo legal 
ou por força de contrato limitado, como no caso dos softwares. 
Em síntese, a partir do momento que um ativo imobilizado tem sua vida 
econômica restringida em função do tempo ou da utilização ele é passível de ter 
seu valor diminuído, seja por depreciação, amortização ou exaustão 
metodológica referente ao período, posto que todas as três categorias têm por 
essência o decréscimo do valor do bem. 
Cabe ressaltar que a baixa do valor contábil de um ativo imobilizado deve 
ocorrer por sua alienação ou ainda quando já não há mais possibilidade de se 
obter benefícios econômicos futuros. Depois que esse item é contabilmente 
baixado, os ganhos ou perdas que são provenientes da baixa devem ser 
reconhecidos no resultado patrimonial. Considere-se que esses ganhos ou 
perdas devem ser definidos mediante a diferença entre o valor líquido da 
alienação, se houver, e o valor contábil do item. 
E a evidenciação, como será realizada?? 
De acordo com o MCASP (Brasil, 2017) tem-se por recomendação que os 
grupos de ativo imobilizado sejam reconhecidos nas demonstrações contábeis 
mediante: 
 critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto; 
 métodos de depreciação utilizados; 
 vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas; 
 valor contábil bruto e depreciação acumulada (mais as perdas por 
redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do período; 
 conciliação do valor contábil no início e no final do período demonstrando 
as adições, baixas, aquisições por meio de combinações de negócios, 
aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações e perda por redução 
ao valor recuperável de ativos reconhecida ou revertida diretamente no 
 
8 
 
patrimônio líquido, perdas por desvalorização de ativos (reconhecidas no 
resultado), reversão das perdas por desvalorização de ativos 
(reconhecidas no resultado), e depreciações. 
Importante destacar que metodologia de depreciação e a estimativa da 
vida útil dos ativos são passíveis de julgamento. Diante disso, dar publicidade 
aos métodos e taxas utilizados para depreciação e às estimativas das vidas úteis 
proporciona informações aos usuários das demonstrações contábeis, o que 
permitirá rever as políticas da administração, e simplificar as comparações com 
outras entidades. Nesse sentido, deve-se divulgar, de acordo com o MCASP 
(Brasil, 2017): 
 a depreciação, quer seja reconhecida no resultado, quer como parte do 
custo de outros ativos, durante o período; 
 a depreciação acumulada no final do período. 
O indicado é que a entidade faça a veiculação considerando a natureza e 
o efeito de uma alteração de estimativa contábil, o que pode ter impacto no ano 
corrente ou em outros períodos seguintes. 
Para o caso de ativos imobilizados, a revelação pode ser proveniente de 
alterações de estimativas de: 
 valores residuais; 
 custos estimados de desmontagem, remoção ou restauração de itens do 
ativo imobilizado; 
 vidas úteis; 
 métodos de depreciação. 
No caso de ativos imobilizados ajustados e contabilizados por meio de 
reavaliação, é conveniente, de acordo com o MCASP (Brasil, 2017), que 
constem a data efetiva da reavaliação; do responsável ou dos responsáveis ; dos 
métodos e premissas significativos aplicados à estimativa do valor justo dos 
itens; e ainda se o valor justo dos itens foi determinado diretamente a partir de 
preços observáveis em mercado ativo ou baseado em transações de mercado 
recentes realizadas sem favorecimento entre as partes ou se foi estimado 
usando outras técnicas de avaliação. 
E como depreciar os ativos? Inicialmente salienta-se que é importante 
ter uma base monetária confiável e que o registro represente e espelhe o valor 
justo do bem. Ela deve ocorrer mês a mês quando o item do ativo se tornar 
 
9 
 
disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de 
funcionamento na forma pretendida pela administração. Entretanto, se por 
ventura a depreciação for decorrente de unidades produzidas e não ocorrer a 
produção, a variação positiva diminutiva pode ser zero. 
Destaca-se que a depreciação se encerra quando acaba a vida útil e o 
item é baixado. Nesse momento, o valor contábil do ativo será igual ao seu valor 
residual ou, na falta deste, igual a zero. E ainda, se o ativo estiver ocioso ou fora 
de uso, não significa que a depreciação cessará. Alguns ativos não são 
depreciados, como os terrenos e os bens de natureza cultural. 
Para poder prever a vida útil econômica do item do ativo é necessário 
considerar alguns itens, como: 
 desgaste físico, pelo uso ou não; 
 geração de benefícios futuros; 
 limites legais e contratuais sobre o uso ou a exploraçãodo ativo; 
 obsolescência tecnológica. 
Cabe salientar que são os entes que determinam e estabelecem as 
tabelas de depreciação com o tempo de vida útil e os valores residuais a serem 
utilizados, a partir de sua gestão. Também podem ocorrer depreciações 
diferenciadas em função das peculiaridades existentes, no entanto, estas devem 
constar em notas explicativas. 
Este assunto não se esgota aqui: você pode e deve continuar os estudos 
da depreciação no setor público vendo o exemplo no vídeo desta aula e lendo o 
Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público de 2017. 
E a amortização ? 
No caso da amortização, cabe destacar que são necessários alguns 
parâmetros que possibilitam estimar a vida útil de um ativo intangível de acordo 
com o MCASP (Brasil, 2017). São eles: 
 Utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser 
gerenciado eficientemente por outra equipe da administração. 
 Os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações públicas 
sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes, utilizados de maneira 
semelhante. 
 Obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo. 
 
10 
 
 Estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na demanda 
de mercado para produtos ou serviços gerados pelo ativo. 
 Nível dos gastos de manutenção requeridos para obter os benefícios 
econômicos futuros ou serviços potenciais do ativo e a capacidade de 
intenção da entidade para atingir tal nível. 
 Período de controle sobre o ativo e os limites legais ou contratuais para a 
sua utilização, tais como datas de vencimento dos 
arrendamentos/locações relacionados. 
 Se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da entidade. 
Deve a entidade considerar só a manutenção futura exigida para manter 
o bem no nível de desempenho avaliado no momento da estimativa da sua vida 
útil e capacidade de intenção da entidade para atingir tal nível. Considera-se 
também que os softwares e outros ativos intangíveis são passíveis de 
obsolescência tecnológica. Portanto, deve a entidade manter e considerar o 
histórico de alterações tecnológicas. 
No tocante aos métodos de amortização, estes devem espelhar a 
referência dos benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços do ativo 
que são previstos para consumo pela entidade. Dentre os métodos utilizados 
tem-se o método linear (ou cotas constantes), o da soma dos dígitos e o de 
unidades produzidas. 
O valor amortizável de ativo com vida útil definida é determinado após a 
dedução de seu valor residual. Um valor residual diferente de zero implica que a 
entidade espera a alienação do ativo intangível antes do final de sua vida 
econômica. 
E a exaustação? 
Os bens do ativo imobilizado que são passíveis de exaustão são 
provenientes de exploração ou extração mineral ou florestal, como por exemplo, 
uma floresta mantida com fins de comercialização de madeira. Assim, a exaustão 
possibilitará ao ente que o custo do ativo seja distribuído durante o período de 
extração ou de aproveitamento. É óbvio que, caso seja necessário, poderão 
ocorrer análises técnicas de capacidade de exploração. Isso pode ser 
visualizado no exemplo do MCASP (Brasil, 2017) descrito a seguir. Considere: 
 Jazida com capacidade de produção de 500.000 toneladas, registrada 
contabilmente pelo ente em 1.000.000,00. 
 Extração realizada no mês de 40.000 toneladas. 
 
11 
 
O cálculo da exaustão da jazida nesse período será: 
40.000 t / 500.000 t = 8% 
Exaustão  8% de 1.000.000,00 = 80.000,00 
Como nos demais casos, a exaustão também deve estar documentada 
para poder dar suporte ao registro contábil e assim proporcionar aos gestores 
públicos condições de tomada de decisão. 
TEMA 3 – TRANSAÇÕES COM E SEM CONTRAPRESTAÇÃO 
Este tema 3 da aula deve iniciar com os conceitos básicos para que você, 
aluno, tenha condições de seguir com a leitura, posto que são itens exclusivos 
da contabilidade aplicada ao setor público. No tocante à normalização do tema, 
cabe ressaltar que as normas estão previstas nas NBC TSP 1 e NBC TSP 2, 
respectivamente Receita De Transação Sem Contraprestação e Receita De 
Transação Com Contraprestação. Vale informar também que que essas 
normas advieram da International Public Sector Accounting Standards (IPSAS) 
9 - Revenue from Exchange Transactions, editada pelo International Public 
Sector Accounting Standards Board (IPSASB). 
Neste cenário as entidades podem ter receitas ou recebimento de 
recursos sem nada entregar ou entregar valor irrisório em troca. Por conta disto, 
tem-se as transações sem contraprestação e com contraprestação. 
Compreende-se por transação sem contraprestação situações quando 
a entidade recebe ativos ou serviços e em contrapartida não tem valor em troca 
ou tem valores irrisórios. Ou ainda quando existe algum fornecimento de 
compensação de recursos recebidos, no entanto esse valor não está próximo do 
valor justo. 
Por sua vez, entende-se por transação com contraprestação a 
transação em que a entidade irá auferir ativos ou serviços, ainda possui passivos 
extintos, e vai entregar mais ou menos o mesmo valor em troca, 
preferencialmente em dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos. 
Por tributo são classificados os benefícios econômicos ou potencial de 
serviços pagos ou a pagar às entidades do setor público. Esses benefícios são 
fontes de arrecadação do governo e estão dispostos no art. 3º do Código 
Tributário Nacional (CTN): “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
 
12 
 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada”. 
3.1 Transações sem contraprestação 
Diferentemente do que acontece nas organizações da iniciativa privada, 
no setor público a maioria das variações patrimoniais aumentativas (VPA) das 
entidades do setor público é proveniente de transações sem contraprestação, 
essencialmente as advindas de arrecadação de tributos, transferências e multas. 
Os tributos, que exemplificam a transação sem contraprestação, são 
assim caracterizados uma vez que: 
 são instituídos mediante lei; 
 têm compulsoriedade de pagamento. 
O reconhecimento dessa transação sem contraprestação com entrada de 
recursos para o governo em geral gera VPA para o ente ou órgão recebedor e 
tem por contrapartida, na entrada de recursos, a contabilização de um ativo. 
Entretanto, podem existir custos, o que terá, por conseguinte, um registro 
contábil de uma variação patrimonial diminutiva (VPD). Como exemplifica o 
MCASP (Brasil, 2017), é o caso da remuneração da rede bancária pela 
prestação de serviço de recebimento dos pagamentos de tributos pelos 
contribuintes. 
Destaca-se que quando há o ingresso bruto dos benefícios econômicos, 
a VPA que se configura em receita sem contraprestação vai configurar para a 
entidade um aumento na situação patrimonial líquida. 
Se ocorrer de a entidade pública não arrecadar diretamente os seus 
recursos, os valores arrecadados não devem ser registrados como aumento da 
situação patrimonial líquida ou da receita de tais agentes arrecadadores, posto 
que não existe o controle do uso dos recursos ou a possibilidade de se beneficiar 
dos ativos arrecadados. Assim, a receita é do ente público. Cabe salientar que 
se houver gasto no recebimento dos recursos sem contraprestação, eles 
deverão ser registrados contabilmente vinculados à receita e reconhecidos como 
custos de transação ou variação patrimonial diminutiva (VPD). 
No tocante ao reconhecimento dos ativos originários de transações sem 
contraprestação, a partirdo momento que têm o controle dos recursos, que se 
caracterizem como ativo, que atendam aos parâmetros contidos no MCASP 
(Brasil, 2017) e que o ativo tenha como base de mensuração o valor justo, 
 
13 
 
 é provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços 
associados com o ativo fluam para a entidade; 
 o valor justo do ativo pode ser mensurado em conformidade com as 
características qualitativas e com observância das restrições da 
informação contábil. 
Importante destacar que nem sempre a receita de transação sem 
contraprestação está definida desde o início. Assim, é essencial determinar se 
uma especificação é uma condição ou uma restrição, e se for o caso, considere-
se a essência dos termos da especificação e não meramente sua forma. 
3.2 Transações com contraprestação 
Consideram-se as VPA aquelas decorrentes de transações onde ocorre a 
contraprestação. Nesse caso consideram-se somente os valores brutos de 
benefícios econômicos, ou, claro, do potencial de serviços recebidos ou que 
venham a ser recebidos pela entidade proveniente de suas atividades. 
Note que aqueles valores recebidos, mas em nome de terceiros, não 
proporcionam benefícios econômicos ou potencial de serviços para a entidade 
justamente por não apresentarem aumentos de ativos ou redução de passivos. 
Nesse caso tem-se como exemplo tarifas de telefonia e eletricidade que podem 
ser pagas nos Correios, mas estão em nome das prestadoras desses serviços. 
Cabe destacar também que empréstimos e financiamentos não se 
classificam como transações com contraprestação, visto que também não têm 
impacto na situação patrimonial líquida pois geram variações entre iguais entre 
ativos e passivos. 
 O essencial no caso da contabilização das VPAs advindas de transações 
com contraprestação reside no fato de saber em que momento deve ocorrer o 
reconhecimento. Assim, a VPA será reconhecida quando, provavelmente (Brasil 
2017), 
 os benefícios econômicos futuros e potencial de serviços fluírem para a 
entidade; 
 os benefícios possam ser mensurados em conformidade com as 
características qualitativas e com observância das restrições da 
informação. 
 
14 
 
Destaque para o fato de que os parâmetros de reconhecimento são 
aplicados em parceria a duas ou mais transações, desde que estejam ligadas de 
tal maneira que seu efeito não possa ser compreendido sem estar relacionado 
às transações como um todo. 
No caso de reconhecimento para prestação de serviços, a VPA 
proveniente da transação, de acordo com o MCASP (Brasil, 2017), será 
reconhecida tendo por base a proporcionalidade dos serviços prestados até a 
data de apresentação das demonstrações contábeis. E ainda, o resultado de 
uma transação será estimado se todas as condições forem atendidas: 
1. O montante da VPA puder ser mensurado confiavelmente; 
2. For provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços 
decorrentes da transação fluirão para a entidade; 
3. A proporção dos serviços já executados à data de apresentação das 
demonstrações contábeis puder ser mensurada confiavelmente; 
4. Os custos incorridos na transação e os custos para concluir a transação 
puderem ser mensurados confiavelmente. 
Caso existam condições de incerteza quanto ao valor a ser considerado 
como VPA, a parcela não recebida ou o recebimento deixa de ser provável e 
será reconhecido como uma Variação Patrimonial Diminutiva. 
Um exemplo de contabilização, o reconhecimento da venda à vista: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1xx.xx Caixa ou Equivalente de Caixa 
C 4.3.3.1.1.xx.xx Exploração de Bens, Direitos e Prestação de Serviço 
Ou, no caso da Venda de Bens, não levando em conta os impostos 
próprios da operação, o registro contábil é o reconhecimento da venda à 
vista: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa ou Equivalente de Caixa 
C 4.3.1.1.1.xx.xx Venda Bruta 
No caso de venda de bens, o reconhecimento será feito mediante o 
atendimento dos seguintes critérios: 
1. Entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios 
significativos inerentes à propriedade dos bens; 
 
15 
 
2. A entidade não mantiver envolvimento continuado na gestão dos bens 
vendidos, nem em grau normalmente associado a sua propriedade nem 
relacionado ao efetivo controle de tais bens; 
3. O valor da VPA puder ser mensurado confiavelmente; 
4. For provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços 
provenientes da transação fluirão para a entidade; 
5. Os custos incorridos na transação e os custos para concluir a transação 
puderem ser mensurados confiavelmente. 
Pondera-se também que a maioria das vendas transferem os riscos e 
benefícios da propriedade para outra titularidade de forma legal. Se houverem 
riscos significativos na transferência da posse do ativo ao comprador, não será 
uma venda, e a variação patrimonial aumentativa também não será reconhecida. 
TEMA 4 – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS 
CONTINGENTES 
4.1 Provisões 
No tocante à disposição normativa, tem-se que os itens de provisões, 
passivos contingentes e ativos contingentes estão dispostos Norma Brasileira de 
Contabilidade (NBC TSP) 03 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes, do Conselho Federal de Contabilidade, observando também a 
International Public Sector Accounting Standards (IPSAS) 19 – Provisões, 
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes do International Public Sector 
Accounting Standards Board (IPSASB) e a legislação pertinente. 
A partir disto pode-se conceituar como provisão todos os passivos com 
prazos ou valores incertos, provenientes de eventos passados, e cujos 
pagamentos possam resultar saídas de recursos para a entidade, as quais são 
capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços. 
No Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), último tema 
desta aula, são evidenciados alguns tipos de provisões. 
Quanto aos riscos trabalhistas, tais como 
 riscos fiscais; 
 riscos cíveis; 
 repartição de créditos tributários; 
 
16 
 
 riscos decorrentes de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP), 
cabe ressaltar que não são passivos, posto que existe um cenário de incerteza, 
seja de prazo ou de valor. Além disso, as provisões são sempre divulgadas em 
separado. 
No que tange ao reconhecimento da provisão, é necessário que alguns 
critérios de existência sejam atendidos: 
 uma obrigação presente e que seja fruto de eventos passados; 
 uma provável saída de recursos que incorporam benefícios econômicos 
ou potencial de serviços para a extinção da obrigação; 
 a possibilidade de fazer uma estimativa com confiança do valor da 
obrigação. 
Pode-se exemplificar o caso no setor público, de acordo com MCASP 
(Brasil, 2017), quando a entidade deve reconhecer uma provisão para 
pagamento de multas ou custos de reparação decorrentes de estragos 
ambientais, conforme imposto pela legislação, na medida em que estiver 
obrigada a restaurar os danos já causados. 
Importante salientar que se a saída de recursos for eminentemente 
provável, será maior a probabilidade de ocorrência do que a de não ocorrência. 
Se for pequena ou remota essa possibilidade de ocorrência, ela estará 
evidenciada em passivo contingente ou não será necessário divulgá-la, 
respectivamente. 
Pode-se exemplificar a contabilização do registro da provisão: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.9.7.x.x.xx.xx VPD de Constituição de Provisões 
C 2.x.7.x.x.xx.xx Provisões 
É essencial relatar que o melhor é usar a estimativa que busque a extinção 
da obrigação por ocasiãodas demonstrações contábeis. 
4.2 Passivo contingente 
O MACSP (Brasil, 2017) conceitua como passivo contingente o passivo 
que tem alguns critérios observados, posto que são obrigações. São eles: 
 ser possível e resultante de eventos passados, cuja existência será 
confirmada se acontecerem ou não eventos futuros incertos e que não 
estão sob o controle da entidade; 
 
17 
 
 ser presente e fruto de eventos passados, mas não é reconhecido, visto 
que ou é improvável a saída de recursos ou não se pode fazer uma 
estimativa com confiança do valor. 
Diante disso, os passivos contingentes não podem ser reconhecidos em 
contas patrimoniais. Todavia, precisam ser registrados em contas específicas de 
controle do PCASP e estar evidenciados nas notas explicativas. Se a 
probabilidade de não ocorrência for remota, a divulgação será dispensada. 
Destaque para o fato de que há que se rever os passivos contingentes 
periodicamente e determinar se haverá uma saída provável de recursos que 
incorpora benefícios econômicos ou potencial de serviços. Se a saída se tornar 
provável, então uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações 
contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade. 
O exemplo do MCASP (Brasil, 2017) clarifica a contabilização: uma 
entidade do governo pode ter desobedecido a uma lei ambiental, mas não está 
claro se algum dano foi causado ao meio ambiente. Quando, subsequentemente, 
tornar-se claro que o dano foi causado e que a reparação será exigida, a 
entidade deverá constituir uma provisão. 
4.2.1 Contabilização do registro de passivos contingentes 
Natureza de informação: típica de controle 
D 7.4.1.x.x.xx.xx Controle de Passivos Contingentes 
C 8.4.1.x.x.xx.xx Execução de Passivos Contingentes 
 Ressalta-se que para cada tipo/classe de passivo contingente, deve 
existir uma evidência nas notas explicativas, constituída da descrição da 
natureza do passivo contingente e, se for o caso, 
 a estimativa de seu efeito financeiro; 
 a indicação das incertezas em relação à quantia ou a periodicidade da 
saída; 
 a possibilidade de algum reembolso. 
4.3 Ativo contingente 
O ativo contingente é definido como aquele ativo que é possível e 
resultante de eventos passados, cuja existência será comprovada pela 
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos, mas cujo controle não 
 
18 
 
é, na sua totalidade, da entidade. O ativo contingente possibilita a entrada de 
recursos na forma de benefícios econômicos ou potencial de serviços. Nesse 
sentido, ele não pode ser reconhecido em contas patrimoniais, diante do fato de 
que não resulta em entrada de recursos ou receitas. Todavia, se for provável a 
entrada de recursos, estes deverão ser registrados em contas de controle do 
PCASP e evidenciados em notas explicativas. 
Como exemplo, o MCASP (Brasil, 2017) apresenta como registros 
contábeis: 
4.3.1 Registro de ativos contingentes 
D 7.1.1.x.x.xx.xx Atos Potenciais Ativos 
C 8.1.1.x.x.xx.xx Execução de Atos Potenciais Ativos 
 Assim como nos outros casos, os ativos contingentes deverão ser 
reavaliados periodicamente para garantir que os retratos da sua evolução 
estejam devidamente evidenciados nas demonstrações contábeis. Considere 
também que devem ocorrer as descrições nas notas explicativas da descrição 
da natureza do ativo contingente e, se for o caso, da estimativa de seu efeito 
financeiro, mensurada em conformidade com os critérios utilizados para a 
mensuração das provisões. 
Considerando a importância e a relevância do item ativos contingentes, é 
pertinente perceber como se pode racionalizar a contabilização, bem como a 
evidenciação em notas explicativas. 
Quadro 1 – Ativos contingentes 
Quando, em consequência de eventos passados, possa existir um ativo possível, cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros 
incertos que não estão totalmente sob o controle da entidade: 
Probabilidade de ingressos de recursos 
sob a forma de benefícios econômicos 
ou potencial prestação de serviços 
Classificação Forma de 
evidenciação 
Certeza Ativo Balanço Patrimonial e 
Notas Explicativas 
Provável Ativo Contingente Notas Explicativas 
Pouco provável Ativo Contingente Não é divulgado 
Fonte: Elaborado com base em MCASP (Brasil, 2017). 
Como este tema, assim como os demais, não se esgota por aqui, 
recomenda-se que você faça a leitura complementar indicada. 
 
19 
 
Saiba mais 
Leia com atenção as Normas disponíveis em 
<http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-tsp-do-setor-
publico/>. 
TEMA 5 – PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO – PCASP 
Inicialmente, há que se conceituar o que é plano de contas: trata-se de 
uma ferramenta essencial para o registro dos eventos que ocorrem no setor 
público. Assim, o plano de contas é uma sistematização essencial na 
escrituração contábil, e sua composição é realizada mediante a padronização 
das contas contábeis, o que possibilita o registro contábil dos atos e fatos 
praticados pela entidade. Essa estrutura permite também a emissão de relatórios 
gerenciais e demonstrações contábeis. Conhecido como Plano de Contas 
Aplicado ao Setor Público (PCASP), esse instrumento consolida as informações 
que serão extraídas dos demonstrativos e tem por objetivos, de acordo com o 
MCASP (Brasil, 2017): 
 padronizar os registros contábeis das entidades do setor público; 
 distinguir os registros de natureza patrimonial, orçamentária e de controle; 
 atender à administração direta e à administração indireta das três esferas 
de governo, inclusive quanto às peculiaridades das empresas estatais 
dependentes e dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS); 
 permitir o detalhamento das contas contábeis, a partir do nível mínimo 
estabelecido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), de modo que 
possa ser adequado às peculiaridades de cada ente; 
 permitir a consolidação nacional das contas públicas; 
 permitir a elaboração das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor 
Público (DCASP) e dos demonstrativos do Relatório Resumido de 
Execução Orçamentária (RREO) e do Relatório de Gestão Fiscal (RGF); 
 permitir a adequada prestação de contas, o levantamento das estatísticas 
de finanças públicas, a elaboração de relatórios nos padrões adotados por 
organismos internacionais – a exemplo do Government Finance Statistics 
Manual (GFSM) do Fundo Monetário Internacional (FMI) –, bem como o 
levantamento de outros relatórios úteis à gestão; 
 
20 
 
 contribuir para a adequada tomada de decisão e racionalização de custos 
no setor público; e 
 contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social. 
O plano de contas só pode ser alterado, editado ou detalhado pelo STN, 
conforme disposto no Decreto n. 6.976/2009, e sua utilização não é facultativa, 
mas sim obrigatória aos órgãos e entidades da administração direta e da 
administração indireta, bem como aos entes da Federação, aos fundos, 
autarquias, fundações, e empresas estatais dependentes. Nos demais casos, é 
facultada sua utilização. Cabe ressaltar que desde 2015 já existe a utilização 
consolidada do plano de contas por todos os entes e entidades. Esse mecanismo 
é disponibilizado em meio digital e é anualmente atualizado. 
As contas no PCASP estão separadas segundo as características dos 
fatos ocorridos. Desta forma, possibilita-se a análise das informações a partir de 
sua natureza, que pode ser: 
 orçamentária: são registrados atos e fatos que se identifiquem com 
planejamento e orçamento; 
 patrimonial: fatos financeiros e não financeiros demonstrados, que sevinculam ao patrimônio público e suas variações qualitativas e 
quantitativas; 
 controle: evidenciam os atos de gestão que poderão trazer alterações no 
patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções 
específicas de controle. 
Quadro 2 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
Fonte: Elaborado com base em MCASP (2017) 
PCASP 
Natureza da 
informação 
Classes 
Patrimonial 
1. Ativo 2. Passivo 
3. Variações Patrimoniais 
Diminutivas 
4. Variações Patrimoniais 
Aumentativas 
Orçamentária 
5. Controles da Aprovação do 
Planejamento e Orçamento 
6. Controles da Execução do 
Planejamento e Orçamento 
Controle 7. Controles Devedores 8. Controles Credores 
 
21 
 
A partir dessas colocações, tem-se que o Plano de Contas Aplicado ao 
Setor Público está estruturado em 8 classes em que estão distribuídas as contas 
a partir de sua natureza a ser evidenciada: 
Quadro 3 – Classes de PCASP 
 
Fonte: Elaborado com base em MCASP, 2017. 
Além dessa estrutura, cabe salientar que as contas são identificadas por 
códigos em sete níveis de desdobramento, que estão dispostos por nove dígitos: 
Figura 1 – Identificação de contas 
 
Fonte: Elaborado com base em MCASP (Brasil, 2017). 
1  – Ativo  2  – Passivo e Patrimônio Líquido 
1.1 Ativo Circulante 2.1 Passivo Circulante 
1.2 Ativo Não Circulante 2.2 Passivo Não Circulante 
2.3 Patrimônio Líquido 
3  – Variação Patrimonial Diminutiva  4  – Variação Patrimonial Aumentativa  
3.1 Pessoal e Encargos 4.1 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 
3.2 Benefícios Previdenciários e Assistenciais 4.2 Contribuições 
3.3 Uso De Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 4.3 Exploração e venda de bens, serviços e direitos 
3.4 Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 4.4 Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras
3.5 Transferências e Delegações Concedidas 4.5 Transferências e Delegações Recebidas 
3.6 Desvalorização e Perda De Ativos e Incorporação de Passivos 4.6 Valorização e Ganhos Com Ativos e Desincorporações de Passivos
3.7 Tributárias 4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 
3.8 Custo das Mercadorias Vendidas, dos Produtos vendidos e dos Serviços 
Prestados
3.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 
5  – Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento 6  – Controles da Execução do Planejamento e Orçamento
5.1 Planejamento Aprovado 6.1 Execução do Planejamento 
5.2 Orçamento Aprovado 6.2 Execução do Orçamento 
5.3 Inscrição de Restos a Pagar Planejamento Aprovado 6.3 Execução de Restos a Pagar 
7  – Controles Devedores   8  – Controles Credores 
7.1 Atos Potenciais 8.1 Execução dos Atos Potenciais 
7.2 Administração Financeira 8.2 Execução da Administração Financeira 
7.3 Dívida Ativa 8.3 Execução da Dívida Ativa 
7.4 Riscos Fiscais 8.4 Execução dos Riscos Fiscais 
7.5 Consórcios Públicos 8.5 Execução dos Consórcios Públicos 
7.8 Custos 8.8 Apuração de Custos 
7.9 Outros Controles 8.9 Outros Controles 
PCASP 
1º Nível – Classe (1 dígito) 
2º Nível – Grupo (1 dígito) 
3º Nível – Subgrupo (1 dígito)
4º Nível – Título (1 dígito
5º Nível – Subtítulo (1 dígito)
6º Nível – Item (2 dígitos)
7º Nível – Subitem (2 dígitos)
X . X . X . X . X . XX . XX
 
22 
 
Ainda com relação ao detalhamento do plano de contas, cabe salientar que 
os entes da Federação só poderão detalhar a conta contábil nos níveis posteriores 
ao nível apresentado na relação de contas do PCASP. Ainda, o detalhamento 
deverá contar com pelo menos 7 níveis. 
No tocante à forma de contabilização, a seguir apresentam-se alguns 
exemplos a partir do MCASP (Brasil, 2017): 
1. Transferência de bem imóvel pela Secretaria de Fazenda à Assembleia 
Legislativa do mesmo Estado: Trata-se de uma operação entre entidades 
pertencentes ao mesmo Orçamento Fiscal e Seguridade Social (OFSS). O 
bem deve ser baixado pela Secretaria de Fazenda e incorporado pela 
Assembleia Legislativa. As contas de bens sempre apresentarão o dígito 1 
(Consolidação) no 5º nível, pois não impactam a consolidação. As VPA e 
VPD serão excluídas no âmbito da consolidação do ente e não terão impacto 
na consolidação nacional. 
Lançamento na Secretaria de Fazenda: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.5.1.2.2.xx.xx Transferências Concedidas Independentes de 
Execução Orçamentária – Intra OFSS 
C 1.2.3.2.1.xx.xx Bens Imóveis – Consolidação 
Lançamento na Assembleia Legislativa: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.2.3.2.1.xx.xx Bens Imóveis – Consolidação 
C 4.5.1.2.2.xx.xx Transferências Recebidas Independentes de 
Execução Orçamentária – Intra OFSS 
2. Contribuição patronal da Prefeitura para o Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS): Trata-se de uma operação entre entidades pertencentes a 
OFSS distintos. O ativo, o passivo, a VPA e a VPD deverão ser incluídos na 
consolidação do ente e excluídos na consolidação nacional. 
Lançamento na Prefeitura: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.1.2.2.3.xx.xx Encargos Patronais – RGPS – Inter OFSS – União 
C 2.1.1.4.3.xx.xx Encargos Sociais a Pagar – Inter OFSS – União 
Lançamento no RGPS: 
Reconhecimento do direito 
Natureza da informação: patrimonial 
 
23 
 
D 1.1.3.6.5.xx.xx Créditos Previdenciários a Receber a Curto Prazo– 
Inter OFSS – Município 
C 4.2.1.2.5.xx.xx Contribuições Sociais – RGPS – Inter OFSS – 
Município 
3. Transferência de valores do Fundo de Participação dos Estados (FPE) 
pela União ao estado: Trata-se de uma operação entre entidades 
pertencentes a OFSS distintos. O ativo, o passivo, a VPA e a VPD deverão 
ser incluídos na consolidação do ente e excluídos na consolidação nacional. 
Lançamento na União: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.5.2.1.4.xx.xx Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas – Inter 
OFSS – Estado 
C 2.1.5.0.4.xx.xx Obrigações de Repartição a Outros Entes – Inter OFSS 
– Estado 
Lançamento no Estado: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.2.3.3.xx.xx Créditos de Transferências a Receber – Inter 
OFSS – União 
C 4.5.2.1.3.xx.xx Transferências Constitucionais e Legais de 
Receitas – Inter OFSS – União 
Neste sentido e a partir dessas exemplificações, recomenda-se que você, 
caro aluno, faça as leituras complementares de forma a auxiliar e complementar 
seus estudos sobre a contabilidade aplicada ao setor público. 
Saiba mais 
Confira mais informações sobre o PCASP acessando o site da Secretaria 
do Tesouro Nacional: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pcasp>. 
Para conhecer a Instrução de Procedimentos Contábeis – IPC 00 – Plano de 
Transição para Implantação da Nova Contabilidade, Anexo III, acesse: 
<https://www.tesouro.fazenda.gov.br/publicacoes-e-
orientacoes#instrucoesdeprocedimentoscontabeis> e 
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/545938/S%C3%8DNTE
SE+DE+ALTERA%C3%87%C3%95ES+-
+PCASP+FEDERA%C3%87%C3%83O+-+Consolidado.pdf/6a709445-a07d-
4199-aaa2-7e0c446e1568>. 
 
24 
 
 TROCANDO IDEIAS 
Diante da leitura inicial indicada do artigo “Processo de Implantação do 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP): Análise sobre a percepção 
de contadores públicos sobre o Sistema de Planejamento e Gestão Fiscal de 
Santa Catarina (SIGEF)”1, você deve elencar as dificuldades de implantação de 
um plano de contas no setor público e refletir sobre elas. 
NA PRÁTICA 
1. (Questão de concurso – Assembleia Legislativa (BA) – 2014 – Banca: FGV) 
As entidades do setor público que estão sujeitas a depreciação são: 
a. os bensmóveis de natureza cultural como antiguidades. 
b. os bens de uso comum, que absorveram recursos públicos, considerados de 
vida útil indeterminada. 
c. os animais destinados à exposição. 
d. os prédios onde funcionam as sedes oficiais de entidades públicas. 
e. os terrenos rurais. 
2. (Questão de concurso – TRT 11ª Região (AM e RR) – 2017 – Banca: FCC) 
No Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, são contas do Ativo: 
a. Variações Monetárias e Cambiais; Bens Imóveis. 
b. Variações Patrimoniais Diminutivas Pagas Antecipadamente; Softwares. 
c. Provisões de Curto Prazo; Depreciação Acumulada − Bens Imóveis. 
d. Propriedades para Investimentos; Resultados de Exercícios Anteriores. 
e. Participações Permanentes; Descontos Financeiros Obtidos. 
3. (Questão de concurso – IBGE – 2017 – Banca: FGV) 
Ao contrário do que ocorre no setor privado, no setor público o 
reconhecimento de receitas e despesas usualmente pode decorrer de 
transações sem contraprestação. Assim, considerando as disposições do 
MCASP para identificação e reconhecimento de transações sem 
contraprestação, é correto afirmar que: 
a. Ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação deverão ser 
inicialmente mensurados pelo custo. 
 
1 Disponível em: 
<http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/arquivos_artigos/artigos/1124/20170815150224.pdf>. 
 
25 
 
b. Ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação não estão 
sujeitos a ajustes de perdas de créditos. 
c. a obtenção de controle de recursos é um requisito necessário para registrar 
ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação. 
d. impostos não satisfazem a definição de transação sem contraprestação, uma 
vez que o ente público presta uma série de serviços públicos. 
e. variações no valor justo de ativos obtidos por meio de uma transação sem 
contraprestação são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido. 
4. (Questão de concurso – TJ-RO – 2015 – Banca: FGV) 
A Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais do Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP trata da definição e 
requisitos de mensuração e reconhecimento de Provisões, Passivos 
Contingentes e Ativos Contingentes. Assim, um dos elementos que 
caracteriza uma provisão é: 
a. a obrigação decorrente de apropriações por competência. 
b. obrigação possível resultante de eventos passados. 
c. obrigação presente, com provável saída de recursos. 
d. obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros 
incertos. 
e. inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação. 
5. (Questão de concurso – TRT 8ª Região (PA e AP) – 2016 – Banca: Cespe) 
Acerca dos procedimentos de reavaliação, redução ao valor recuperável 
(impairment) e depreciação, assinale a opção correta, de acordo com o 
MCASP. 
a. A perda por irrecuperabilidade do ativo deve ser reconhecida em conta de 
ajustes de exercícios anteriores, no patrimônio líquido. 
b. No setor público, o procedimento de redução a valor recuperável é aplicado 
exclusivamente para os ativos não geradores de caixa. 
c. O procedimento contábil da depreciação não deve ser aplicado quando o 
ativo se tornar ocioso ou for retirado de uso. 
d. Caso a entidade faça a opção pelo procedimento da reavaliação, esta deverá 
ser efetuada anualmente, mesmo que os itens do ativo não venham a sofrer 
mudanças significativas no valor justo. 
e. A depreciação acumulada deve ser eliminada contra o valor contábil bruto 
no item do ativo a ser reavaliado. 
 
26 
 
Respostas 
1. Resposta: d 
Comentário: Conforme entendimento da NBC T 16.9 (2008): 
12. Não estão sujeitos ao regime de depreciação: 
a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, 
antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens 
integrados em coleções, entre outros; 
b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos 
públicos, considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada; 
c) animais que se destinam à exposição e à preservação; 
d) terrenos rurais e urbanos. 
2. Resposta: b 
Comentário: Vide MCASP 7. ed. e PCASP 2017. 
3. Resposta: c 
Comentário: Os ativos obtidos por meio de uma transação sem contraprestação 
deverão inicialmente ser mensurados. Conforme estabelece o MCASP (Brasil, 
2017) no item 8.3.2: 
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem 
contraprestação quando obtiver o controle de recursos que se 
enquadrem na definição de um ativo e satisfaçam os critérios de 
reconhecimento a seguir: 
a. Seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de 
serviços associados com o ativo fluam para a entidade; e 
b. O valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com 
as características qualitativas e com observância das restrições da 
informação contábil. 
O ativo obtido por meio de uma transação sem contraprestação deverá 
ser inicialmente mensurado pelo seu valor justo na data de aquisição 
(alternativa A). Caso o ente receba numa transação sem 
contraprestação um item que possua características essenciais de 
ativo, mas que não satisfaçam os critérios para o reconhecimento, essa 
situação pode justificar sua evidenciação em notas explicativas como 
ativo contingente. Nesses casos, deve-se observar a parte II, capítulo 
9, [do] Manual para realizar os devidos procedimentos contábeis. 
4. Resposta: c 
Comentário: Provisões são obrigações presentes, derivadas de eventos 
passados, de cujos pagamentos se espera que resultem em saídas de recursos 
para a entidade capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de 
serviços, e que possuem prazo ou valor incerto. 
5. Resposta: e 
Comentário: A frequência com que as reavaliações são realizadas depende das 
mudanças dos valores justos dos itens do ativo que serão reavaliados. Quando 
um item do ativo imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na data da 
reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-
se o seu valor líquido pelo valor reavaliado (Brasil, 2017). 
 
27 
 
FINALIZANDO 
Considerando todo esse contexto de conceitos e procedimentos 
contábeis, faz-se relevante poder elaborar as demonstrações contábeis 
aplicáveis ao setor mediante a ocorrência dos eventos passados, considerando 
as certezas de valores de e de prazo, bem como elaborando-as de acordo com 
as normas e legislações vigentes. 
Figura 2 – Demonstrações contábeis 
 
Assim, pode-se proporcionar ao setor público a oportunidade de usar os 
demonstrativos não só para fins fiscais e de prestação de contas, mas sem 
sombra de dúvida para a tomada de decisão. 
 
Eventos
Normas 
Contas
 
28 
 
REFERÊNCIAS 
ASSUMPÇÃO, M. Contabilidade pública. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
BERNADONI, D. L. Planejamento e Orçamento na Administração Pública. 
Curitiba: InterSaberes, 2013. 
BEZERRA FILHO, J. E. Contabilidade Pública: teoria, técnica de elaboração 
de balanços e questões. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
BRASIL. Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 23 mar. 1964. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
_____. Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 7 fev. 2001. 
_____. Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Diário Oficial da União, 
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