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23 - Avaliação dos componentes patrimoniais ativos

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Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 14 
 
1 de 144| www.concursos.com.br 
Contabilidade Pública 
 
Aula 14 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
Marcel Guimarães 
2021 
 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 14 
 
2 de 144| www.concursos.com.br 
Contabilidade Pública 
Sumário 
ATIVO ....................................................................................................................................................... 3 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 3 
RECONHECIMENTO E DESRECONHECIMENTO DE ATIVOS ................................................................................................ 5 
BASES DE MENSURAÇÃO ......................................................................................................................... 6 
DEFINIÇÕES CORRELATAS À AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO .............................................................................................. 9 
DISPONIBILIDADES, APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA E CRÉDITOS ........................... 11 
DISPONIBILIDADES ............................................................................................................................................... 11 
APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA ...................................................................................................... 12 
DIREITOS, TÍTULOS DE CRÉDITOS E AS OBRIGAÇÕES .................................................................................................. 12 
ESTOQUES ............................................................................................................................................. 13 
AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO .................................................................................................................................. 14 
CUSTO DOS ESTOQUES ......................................................................................................................................... 15 
AJUSTE DE PERDAS DE ESTOQUES .......................................................................................................................... 17 
RECONHECIMENTO NO RESULTADO ........................................................................................................................ 17 
INVESTIMENTOS PERMANENTES ........................................................................................................... 19 
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL............................................................................................................... 19 
MÉTODO DO CUSTO ............................................................................................................................................. 20 
ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................... 21 
RECONHECIMENTO ............................................................................................................................................... 22 
CRITÉRIO DO VALOR DO CONJUNTO ........................................................................................................................ 23 
ATIVOS IMOBILIZADOS OBTIDOS A TÍTULO GRATUITO ................................................................................................ 23 
BENS DE USO COMUM DO POVO ............................................................................................................................. 23 
CUSTOS SUBSEQUENTES ....................................................................................................................................... 26 
TRANSFERÊNCIAS DE ATIVOS ................................................................................................................................. 27 
MENSURAÇÃO ..................................................................................................................................................... 27 
EVIDENCIAÇÃO .................................................................................................................................................... 30 
ATIVO INTANGÍVEL ................................................................................................................................. 32 
RECONHECIMENTO ............................................................................................................................................... 33 
PERMUTA DE ATIVOS ............................................................................................................................................ 38 
PATRIMÔNIO CULTURAL INTANGÍVEL ...................................................................................................................... 38 
MENSURAÇÃO ..................................................................................................................................................... 39 
DESRECONHECIMENTO/BAIXA DO VALOR CONTÁBIL DE UM ITEM DO ATIVO INTANGÍVEL ................................................... 39 
EVIDENCIAÇÃO .................................................................................................................................................... 39 
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO ......................................................................................... 40 
DEFINIÇÕES ......................................................................................................................................................... 40 
DEPRECIAÇÃO ..................................................................................................................................................... 41 
EXAUSTÃO .......................................................................................................................................................... 48 
AMORTIZAÇÃO .................................................................................................................................................... 50 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL ...................................................................................................... 52 
REAVALIAÇÃO ........................................................................................................................................ 56 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 59 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................. 112 
GABARITO ............................................................................................................................................ 133 
REFLEXÃO ............................................................................................................................................ 133 
RESUMO DIRECIONADO ....................................................................................................................... 134 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 14 
 
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Contabilidade Pública 
Aula 14 – Avaliação dos componentes patrimoniais: ativos 
 E aí, gente! Tranquilo e de vento em popa? 
 Nesta aula, veremos os tipos de ativos existentes, bem como métodos de mensuração desses. Os conceitos 
abordados aqui encontram-se no MCASP e em algumas Normas Técnicas (NBC TSP 04, 07, 08, 09 e 10), as quais 
sempre citaremos, quando for o caso. 
 A título informativo, estudaremos os capítulos 3 a 7 da Parte II do MCASP, 8ª ed. 
 Este assunto é bem mais conceitual que os demais já vistos, mas nos dará uma compreensão melhor da 
ContabilidadePública como um todo. 
 Vamos lá! 
Ativo 
Pessoal, para deixar a aula bem completa, vamos começar revendo conceitos referentes ao ativo, e depois 
passaremos aos conceitos inéditos. 
Conceito 
Pessoal, antes de conceituarmos ativo, vamos relembrar a definição de patrimônio público vista na 
Aula 01: 
Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, 
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja 
portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços 
públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. 
Ou seja, o patrimônio público contém uma parte “positiva” (bens e direitos) e uma parte “negativa” 
(obrigações). 
O ATIVO é entendido como a parte positiva desse patrimônio, os bens e direitos. Veremos que eles podem 
ser de diferentes tipos: tangíveis ou intangíveis, onerados ou não. Além disso, podem ser adquiridos, formados, 
produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados. 
Vamos ver agora a definição de ativo segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual: 
Ativo é um RECURSO controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
 Atenção! Ser “controlado” não quer dizer que a entidade tem a “propriedade” do recurso. Fiquem espertos! 
Controle do recurso, quer dizer que a entidade possui a capacidade de utilizar o recurso, diretamente ou por meio 
de terceiros controlados, de forma a auferir potencial de serviços ou benefícios econômicos para o cumprimento 
dos objetivos da entidade. 
 Todavia, é claro que se a entidade tem a propriedade do recurso, então ela o controla. De fato, esse é um 
dos indicadores de controle elencados pela Estrutura Conceitual, para avaliar se a entidade controla o recurso no 
presente. Vejamos: 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 14 
 
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Contabilidade Pública 
a) propriedade legal; 
b) acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses; 
c) meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou 
d) a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios 
econômicos advindos do recurso. 
No entanto, a Estrutura Conceitual ressalta que, embora esses indicadores não sejam determinantes ou 
conclusivos acerca da existência do controle, sua identificação e análise podem nos auxiliar a decidir se são, de 
fato, recursos. 
 Sobre ser resultado de um evento do passado, basta termos em mente que o ativo surge quando o poder 
for exercido e os direitos de receber recursos existirem, podendo surgir como resultado de uma transação ou 
outro evento passado, tal como compra de ativos por meio de uma transação comercial (com contraprestação) ou 
lançamento de tributos em desfavor de contribuintes (sem contraprestação). 
Ok, mas agora você diria: “macacos me mordam, professor! Que raio é esse negócio de “recurso” que está 
na definição de ativo?!?!” Calma, gafanhoto! Para nossa sorte, a NBC TSP – Estrutura Conceitual também essa 
definição: 
RECURSO é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos 
controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
Sobre as características do recurso, a Estrutura Conceitual acrescenta que: 
A forma física NÃO é uma condição necessária para um recurso. 
O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos podem surgir diretamente do 
próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. 
Por via de consequência, isso também se aplica para o ativo. 
 Além disso, a Estrutura Conceitual elenca que alguns recursos incluem os direitos da entidade a uma série 
de benefícios, por exemplo, o direito a: 
a) Utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens); 
b) Utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento mercantil; 
c) Converter o recurso em caixa por meio da sua alienação; 
d) Beneficiar-se da valorização do recurso; 
e) Receber fluxos de caixa. 
Agora vamos voltar ao conceito de ativo. Como já sabemos o que é um recurso, podemos dizer então que o 
ativo precisa atender, simultaneamente, os seguintes requisitos: 
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Contabilidade Pública 
 
Por sua vez, potencial de serviços é definido pela Estrutura Conceitual como sendo a capacidade de prestar 
serviços, para consumo coletivo ou individual, que contribuam para alcançar os objetivos da entidade sem, 
necessariamente, gerar entrada líquida de caixa. Exemplos de ativos que ensejam potencial de serviços são os 
ativos de recreação, do patrimônio cultural (por exemplo, centros históricos), comunitários, de defesa nacional 
(por exemplo, baterias antiaéreas) e outros que sejam mantidos pelos governos e outras entidades do setor público 
e que sejam utilizados para a prestação de serviços a terceiros. 
Já os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções das saídas de caixa, as quais 
podem derivar, por exemplo: 
a) da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou 
b) da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos. 
Reconhecimento e desreconhecimento de ativos 
Sobre o reconhecimento de ativos, segundo o MCASP, o ativo deve ser reconhecido quando atender a 
AMBOS os requisitos a seguir: 
a) Satisfizer a definição de ativo, isto é, quando se demonstrar que o ativo é: 1) controlado pela 
entidade; 2) é resultado de eventos passados; e 3) tem potencial de serviços ou capacidade de gerar 
benefícios econômicos. 
b) Puder ser mensurado, observando as características qualitativas, e considerando as restrições sobre 
a informação contábil. 
 ATENÇÃO!!! O MCASP ressalta que também são reconhecidos no ativo os depósitos caracterizados como 
entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro. São exemplos destes depósitos as cauções em 
dinheiro para garantia de contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a recolher e 
outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia de recursos. 
O processo de reconhecimento de um ativo envolve a análise da incerteza relacionada à existência e à 
mensuração do item que se pretende reconhecer. Uma vez que essas condições podem mudar, faz-se necessário 
que a incerteza seja avaliada em cada data da demonstração contábil, o que pode ensejar, inclusive, o 
desreconhecimento do ativo. 
Dito isso, vamos adiante! 
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Contabilidade Pública 
Bases de Mensuração 
Agora sim, adentramos os conceitos relativos ao núcleo desta aula. Veremos os diferentes elementos do 
ativo, quais sejam, disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez imediata, créditos, estoques, investimentos 
permanentes, imobilizado e intangível, bem como métodos de mensuração do seu valor, além de conceitos como 
depreciação, amortização, exaustão, redução ao valor recuperável e reavaliação. 
Essa é uma parte muito relevante da contabilidade, pois para que as informações contábeis evidenciadas 
sejam fidedignas, é necessária a adequada determinação do valor monetário aos elementos patrimoniais. 
Inicialmente, vejamos o conceito de mensuração trazido pelo MCASP (8ª ed., pg. 157): 
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das 
demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstrações contábeis. 
Mas fica a pergunta: “por que é importante mensurar os elementos patrimoniais”? 
O próprio MCASP responde isso ao dispor que o objetivo da mensuração é: 
Selecionar bases que reflitam de modo mais adequado o custo dos serviços, a capacidade operacional e a 
capacidade financeira da entidade de forma queseja útil para a prestação de contas e responsabilização 
(accountability) e tomada de decisão. 
Ou seja, a ideia é sempre focada em subsidiar a accountability e a tomada de decisão! 
Essa seleção de bases, prossegue o MCASP, para a mensuração de ativos e passivos contribui para satisfazer 
os objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil pelas entidades do setor público ao fornecer 
informação que possibilita os usuários avaliarem: 
a) O custo dos serviços prestados no período em termos históricos ou atuais; 
b) A capacidade operacional – a capacidade da entidade em dar suporte à prestação de serviços no 
futuro por meio de recursos físicos e outros; e 
c) A capacidade financeira – a capacidade da entidade em financiar as suas próprias atividades. 
As bases de mensuração são definidas considerando a satisfação de características qualitativas dos ativos 
e dos passivos e fornecem informações sobre os conceitos acima relacionados. 
 
Seguinte, pessoal: resumidamente, existem “métodos” para determinar o valor dos ativos e dos passivos nas 
demonstrações contábeis cuja utilização depende das características desses ativos e passivos. Seria difícil ou 
inviável, por exemplo, determinar o custo de reposição de um ativo insubstituível, certo? Igualmente, seria difícil 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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Contabilidade Pública 
definir o custo histórico de um ativo desenvolvido há muito tempo. Vejamos agora as bases de mensuração dos 
ativos: 
Base de 
mensuração 
Descrição 
Entrada 
ou saída 
Observável 
ou não no 
mercado 
Específica 
ou não à 
entidade 
Custo histórico 
Valor para se adquirir ou desenvolver um ativo, o qual 
corresponde ao caixa ou equivalentes de caixa ou o valor 
de outra importância fornecida à época de sua aquisição 
ou desenvolvimento. 
Entrada 
Geralmente 
observável 
Específica 
para a 
entidade 
Valor de mercado 
(quando o 
mercado é 
aberto, ativo e 
organizado) 
Montante pelo qual um ativo pode ser trocado entre 
partes cientes e dispostas, em transação sob condições 
normais de mercado. 
Entrada 
e saída 
Observável 
Não 
específica 
para a 
unidade 
Valor de mercado 
(em mercado 
inativo) 
Saída 
Depende da 
técnica de 
atribuição 
de valor 
Depende da 
técnica de 
atribuição 
de valor 
Custo de 
reposição ou 
substituição 
Custo mais econômico exigido para a entidade substituir o 
potencial de serviços de ativo (inclusive o montante que a 
entidade recebe a partir de sua alienação ao final da sua 
vida útil) na data do relatório. 
Entrada Observável 
Específica 
para a 
entidade 
Preço líquido de 
venda 
Montante que a entidade pode obter com a venda do ativo 
após deduzir os gastos para a venda. 
Saída Observável 
Específica 
para a 
entidade 
Valor em uso 
Valor presente, para a entidade, do potencial de serviços 
ou da capacidade de gerar benefícios econômicos 
remanescentes do ativo, caso este continue a ser utilizado, 
e do valor líquido que a entidade receberá pela sua 
alienação ao final da sua vida útil. 
Saída 
Não 
observável 
Específica 
para a 
entidade 
 
Atenção!! 
Pense na tabela acima como uma espécie de glossário desta aula. 
Assim, sempre que você tiver alguma dúvida sobre o método que está 
sendo utilizado para mensurar o valor de um tipo de ativo, ou mesmo o 
porquê de ele estar sendo utilizado, peço para que recorra a ela, ok? 
Além disso, no início de cada tipo de ativo, serão apresentados os 
conceitos mais relevantes relativos ao seu processo de mensuração. 
 Esquematicamente: 
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Contabilidade Pública 
 
 O MCASP ressalta que as bases de mensuração podem fornecer valores de entrada e valores de saída. Para 
o ativo, os valores de entrada refletem o custo da compra. O custo histórico e o custo de reposição são valores 
de entrada. Os valores de saída refletem os benefícios econômicos da venda e também o montante que será 
obtido com a utilização do ativo. Em economia diversificada, os valores de entrada e saída diferem à medida que 
as entidades, normalmente: 
a) Adquirem ativos concebidos para suas particularidades operacionais para as quais outros participantes 
do mercado não estariam dispostos a pagar valor semelhante; 
b) Incorrem em custos de transação na aquisição. 
 Também segundo o MCASP, determinadas medidas podem ser classificadas como sendo ou não 
observáveis em mercado aberto, ativo e organizado. As medidas observáveis em mercado são, provavelmente, 
mais fáceis de serem compreendidas e verificadas do que as medidas não observáveis. Elas também podem 
representar mais fielmente os fenômenos que estejam mensurando. 
As medidas podem ser também classificadas conforme o fato de serem ou não específicas para a entidade. 
As bases de mensuração que são específicas para a entidade refletem as restrições de cunho econômico ou político 
presentes que afetam as utilizações possíveis de ativo e a extinção de passivo. 
As medidas específicas para a entidade podem refletir as oportunidades econômicas que não estão 
disponíveis para outras entidades e os riscos que não são vivenciados por estas. As medidas não específicas para 
a entidade refletem as oportunidades e os riscos gerais de mercado. A decisão de se utilizar ou não uma medida 
específica para a entidade é tomada com base no objetivo da mensuração e nas características qualitativas. 
O MCASP estabelece ainda que o patrimônio, o orçamento, a execução orçamentária e financeira e os atos 
administrativos das entidades do setor público que provocam efeitos de caráter econômico e financeiro no 
patrimônio da entidade devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela contabilidade. 
Nesse sentido, o MCASP enfatiza o princípio da essência sobre a forma, que deve prevalecer no caso de 
conflito entre as relações jurídicas, econômicas e patrimoniais, as quais devem ser consideradas na realização dos 
registros contábeis das transações das entidades do setor público. 
Por fim, o MCASP informa que a entidade do setor público deve aplicar métodos de mensuração ou avaliação 
dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento dos ganhos e das perdas patrimoniais. Assim, o 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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Contabilidade Pública 
reconhecimento de ajustes decorrentes de omissões e erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de 
mudanças de critérios contábeis deve ser realizado à conta do patrimônio líquido e evidenciado em notas 
explicativas. 
Definições correlatas à avaliação e mensuração 
Antes de seguir e estudar os critérios de mensuração para cada elemento do ativo, faz-se necessário vermos 
algumas definições e terminologias úteis acerca da avaliação e mensuração de ativos e passivos do setor público 
trazidas no MCASP: 
Avaliação Patrimonial 
 Avaliação patrimonial é a atribuição de valor monetário a itens do ativo e do passivo decorrentes de 
julgamento fundamentado em consenso entre as partes e que traduza, com razoabilidade, a evidenciação 
dos atos e dos fatos administrativos. 
Influência Significativa 
 Influência significativa é o poder de uma entidade do setor público participar nas decisões de políticas 
financeiras e operacionais de outra entidade que dela receba recursos financeiros a qualquer título ou que 
represente participação acionária, sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas. 
Mensuração 
 Mensuração é a constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente da 
aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas. 
Reavaliação 
 Reavaliação é a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo. 
Redução ao Valor Recuperável 
 Redução ao valor recuperávelé a perda de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços de 
ativo superior ao reconhecimento sistemático da redução dos benefícios econômicos futuros ou potencial 
de serviços do ativo devido à depreciação. A redução ao valor recuperável reflete, portanto, o declínio na 
utilidade do ativo para a entidade que o controla. 
 Há um método próprio para isso o qual veremos num tópico específico desta aula. 
Valor de Aquisição 
 Valor de aquisição é a soma do preço de compra de um bem com os gastos suportados direta ou 
indiretamente para colocá-lo em condição de uso. 
Valor Justo 
 Valor justo (fair value) é o valor pelo qual um ativo pode ser intercambiado ou um passivo pode ser 
liquidado entre partes interessadas que atuam em condições independentes e isentas ou conhecedoras do 
mercado. 
 No entanto, cumpre mencionar que a NBC TSP – Estrutura Conceitual não propôs o valor justo (fair 
value) como uma das bases de mensuração para ativos e passivos. Em substituição, propôs o valor de 
mercado, o qual foi definido do mesmo modo que o valor justo, ou seja, o valor pelo qual um ativo pode 
ser trocado, ou um passivo extinto, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em transação sem 
favorecimentos. 
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 Ressalta-se, porém, que a base de mensuração sob o valor justo ainda deverá permanecer em algumas 
normas editadas mesmo após a estrutura conceitual e em algumas NBCs TSP. Isso será gradualmente 
revisto de modo a excluir o valor justo. 
Valor Bruto Contábil 
 Valor bruto contábil é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, sem a 
dedução da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada. 
 Os conceitos de depreciação, amortização ou exaustão acumulada, bem como sua forma de cálculo 
serão vistos em tópico específico desta aula. 
Valor Líquido Contábil 
 Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade, em determinada data, deduzido 
da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada, bem como das perdas acumuladas 
por redução ao valor recuperável. 
Valor Realizável Líquido 
 Valor realizável líquido é a quantia que a entidade do setor público espera obter com a alienação ou a 
utilização de itens de inventário quando deduzidos os gastos estimados para seu acabamento, alienação 
ou utilização. 
Custo Histórico 
 A quantia fornecida para se adquirir ou desenvolver um ativo, o qual corresponde ao caixa ou 
equivalentes de caixa ou o valor de outra quantia fornecida à época de sua aquisição ou desenvolvimento. 
 O termo “custo histórico” também pode ser apresentado como “modelo de custo” ou, genericamente, 
como “mensuração baseada em custos”. 
Custo Corrente de Reposição 
 É o custo que a entidade incorreria para adquirir o mesmo ativo na data da demonstração contábil. 
Valor Recuperável 
 É o maior montante entre o valor justo líquido de despesas de venda do ativo ou da unidade geradora 
de caixa e o seu valor em uso. 
Vejamos como esse assunto foi exigido em prova: 
Questão para fixar 
(IF/MS – IF/MS – 2019) A NBC TSP – Estrutura Conceitual não propõe uma única base de mensuração (ou a 
combinação de bases de mensuração) para todas as transações, eventos e condições. Ao invés disso, apresenta 
bases de mensuração para ativos e passivos que fornecem informações sobre o custo de serviços prestados, a 
capacidade operacional e a capacidade financeira da entidade, além da extensão na qual fornecem informação 
que satisfaça as características qualitativas. Dentre as bases de mensuração propostas pela NBC TSP – Estrutura 
Conceitual para Ativos, estão: 
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A) Custo de reposição ou substituição e custo de liberação. 
B) Custo de liberação e preço líquido de venda. 
C) Custo de cumprimento da obrigação e custo de liberação. 
D) Custo de reposição ou substituição e preço líquido de venda. 
E) Custo de cumprimento da obrigação e preço líquido de venda. 
RESOLUÇÃO: 
 Pessoal, mesmo que não tenhamos visto ainda a NBC TSP – Estrutura Conceitual, vimos justamente as bases 
de mensuração nesta aula, pois é um assunto que também está inserido no MCASP. Para responder a essa questão 
basta lembrar do nosso resumo esquemático: 
 
 Assim, note que a única alternativa que contém duas bases de mensuração segundo o esquema acima é a 
letra D). 
Gabarito: LETRA D 
Nos tópicos seguintes, veremos como é realizada a mensuração dos diversos elementos do ativo, quais 
sejam: disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez imediata, créditos, estoques, investimentos 
permanentes, imobilizado e intangível. 
Disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez imediata e 
créditos 
Disponibilidades 
As disponibilidades podem ser entendidas, em geral, como Caixa e Equivalentes de Caixa, ou seja, recursos 
financeiros disponíveis em caixas e bancos, bem como aqueles que prontamente conversíveis em valores 
conhecidos de caixa e que estão sujeitos a um risco insignificantes de mudança de valor (poupança, por exemplo). 
Como era de se esperar, as disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original (valor 
inicialmente registrado), feita a conversão, quando em moeda estrangeira, segundo taxa de câmbio vigente na 
data das demonstrações contábeis. 
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Atenção!! 
Note que a data de referência para conversão de disponibilidades em 
moeda estrangeira para moeda nacional é a data das demonstrações 
contábeis e não a data da operação! 
Aplicações financeiras de liquidez imediata 
Já as aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor justo (valor de 
mercado), atualizadas até a data das demonstrações contábeis. Tais atualizações são contabilizadas em contas 
de resultado, ou seja, como VPA ou VPD. 
Exemplo 
 Suponha uma aplicação de R$ 1.000.000,00 em poupança em janeiro de 2019. 
 Em fevereiro, esse ativo estará valendo (valor de mercado) exatamente R$ 1.003.715,00, sendo que os 
R$ 3.715,00 de ganho devem ser registrados como VPA, na conta 4.4.5.2.1.00.00 – Remuneração de Aplicações 
Financeiras 
 Não se preocupe em decorar a conta contábil utilizada! 
 A título de curiosidade, pode parecer muito ao ver o resultado do cálculo, mas o rendimento da poupança é 
baixíssimo frente a outros investimentos de risco similar! 
Direitos, Títulos de Créditos e as Obrigações 
Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados de acordo com as bases de 
mensuração dos ativos e dos passivos descritas anteriormente, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, 
à taxa de câmbio vigente na data das demonstrações contábeis, salvo se houver orientação diversa específica no 
MCASP. 
Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada 
quando deixarem de existir os motivos que a originaram. 
Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas (ou seja, aqueles cuja taxa de atualização é 
estabelecida previamente) são ajustados a valor presente. 
Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-se todos os 
encargos incorridos até a data de encerramento das demonstrações contábeis. 
O valor reconhecido como provisão deve corresponder à melhor estimativa de desembolso necessário para 
liquidar (ou extinguir) a obrigação presente na data das demonstrações contábeis. Mas não se preocupe com isso 
neste momento. 
As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado (VPA e VPD). 
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Exemplo 
 Suponha que uma entidade aplique, em janeiro de 2019, R$ 1.000.000,00 em um fundo pré-fixado com 
rendimento de 1% a.m. (vamos supor os juros incida de forma simples) e sem taxa de administração. 
 Passados quatro meses, o valor presente desse ativo é R$ 1.040.000,00 (basicamente, foram aplicados os 
4% de juros aferidos no período sem descontar a inflação). Os R$ 40.000,00 de ganho constituem VPA. 
 Caso o fundo fosse pós-fixado (digamos IPCA + 6% a.a.), com uma taxa de administração de 0,1% a.m., os 
mesmos R$ 1.000.000,00 aplicados em janeiro teriam que ser ajustados, passados os mesmos quatro meses, em 
R$ 4.000,00 a título de taxa de administração, constituindo VPD. 
 Agora vejamos como esse assunto é exigido em provas de concurso. 
Questão para fixar 
 (Cespe – SEFAZ/RS – 2018) Se determinado órgão público adquirir título de renda expresso em moeda 
estrangeira, a sua avaliação contábil será feita em moeda nacional e a conversão considerará a taxa de câmbio: 
 A) na data da aquisição do título. 
 B) média entre a taxa na data de aquisição e a taxa na data de alienação. 
 C) na data da alienação do título. 
 D) média entre a taxa na data de aquisição e a taxa na data do balanço patrimonial. 
 E) na data do balanço patrimonial. 
RESOLUÇÃO: 
 Conforme dispõe o MCASP (8ª ed., pg. 162) eventuais disponibilidades, direitos, títulos de créditos e as 
obrigações em moeda estrangeira devem ser convertidas à taxa de câmbio vigente na data das demonstrações 
contábeis. 
 Dessa forma, está certa a alternativa E). 
Gabarito: LETRA E 
Estoques 
Além do MCASP, a NBC TSP 04 disciplina a os procedimentos contábeis relativos aos estoques. 
Estoques são definidos como sendo os ativos: 
a) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção; 
b) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou empregados na prestação de serviços; 
c) Mantidos para venda, incluindo, por exemplo mercadorias compradas por varejista para revenda ou 
terrenos e outros imóveis para revenda; ou 
d) Mantidos para distribuição no curso normal das operações ou no processo de produção, incluindo, por 
exemplo, livros didáticos para doação a escolas. 
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Contabilidade Pública 
O MCASP enfatiza que alguns estoques do setor público podem incluir: 
a) Munição; 
b) Estoque de material de consumo; 
c) Material de manutenção e expediente; 
d) Peças de reposição para instalações industriais e equipamentos, exceto aquelas tratadas pelas normas 
de ativos imobilizados; 
e) Estoques estratégicos (por exemplo, reservas de energia); 
f) Estoques de moeda não emitida; 
g) Materiais de serviço postal mantidos para venda (por exemplo, selos); 
h) Serviços em andamento; 
i) Materiais educacionais (didáticos) ou para treinamento; 
j) Serviços a clientes (por exemplo, serviços de consultoria e informática) que são vendidos sob valores 
normais de mercado em transação sem favorecimentos; e 
k) Terrenos e propriedades mantidos para a venda. 
Não obstante ser interessante se familiarizar com o rol acima, em geral, as questões de concurso informam 
quando se trata de estoques. 
Avaliação e Mensuração 
Segundo o MCASP, os estoques devem ser mensurados: 
 Pelo valor de custo histórico ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor, exceto: 
a) Os estoques adquiridos por meio de transação sem contraprestação, que devem ser mensurados pelo 
seu valor justo (valor de mercado) na data da aquisição. Exemplo: bem doado à entidade; 
b) Os bens de almoxarifado, que devem ser mensurados pelo preço médio ponderado das compras, 
em conformidade com o inciso III do art. 106 da Lei 4.320/1964. Exemplo: cartuchos de tinta de 
impressora. 
 Também, devem ser mensurados pelo custo histórico ou pelo custo corrente de reposição, dos dois 
o menor, os estoques mantidos para: 
a) Distribuição gratuita ou por valor irrisório. Exemplo: produtos a serem distribuídos por meio de cesta 
básica; 
b) Consumo no processo de produção de mercadorias a serem distribuídas gratuitamente ou por valor 
irrisório. Exemplo: estoque para merenda escolar (quando a entidade possui merendeira que prepara 
a comida). 
Lembre-se de que: 
Valor Realizável Líquido 
 Valor realizável líquido é a quantia que a entidade do setor público espera obter com a alienação ou a 
utilização de itens de inventário quando deduzidos os gastos estimados para seu acabamento, alienação 
ou utilização. 
Custo Histórico 
 A quantia fornecida para se adquirir ou desenvolver um ativo, o qual corresponde ao caixa ou 
equivalentes de caixa ou o valor de outra quantia fornecida à época de sua aquisição ou desenvolvimento. 
Custo Corrente de Reposição 
 É o custo que a entidade incorreria para adquirir o mesmo ativo na data da demonstração contábil. 
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Esquematicamente: 
 
 As regras vistas neste tópico se aplicam a todos os estoques com exceção dos seguintes: 
a) Produção em andamento proveniente de contratos de construção, incluindo contratos de serviços 
diretamente relacionados; 
b) Instrumentos financeiros; 
c) Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e o produto agrícola no ponto da colheita; 
d) Serviços em andamento proporcionados sem custos ou por valor irrisório diretamente cobrado do 
beneficiário; 
e) Estoques mantidos por produtores de produtos agrícolas e florestais, produtos agrícolas após o ponto 
da colheita, minerais e produtos minerais, na medida em que eles sejam mensurados pelo valor 
realizável líquido; e 
f) Estoques mantidos por operadores de commodities que mensurem seus estoques pelo valor justo 
deduzido dos custos de venda. 
 Tais estoques, esclarece o MCASP, envolvem questões específicas do setor público que exigem 
considerações adicionais e, por isso, foram excluídos. 
Custo dos Estoques 
 Por óbvio que há uma metodologia para determinar o custo dos estoques. Isso é necessário para definir o 
que entra e o que não entra no cômputo desse valor, o que não é tão simples assim... 
Exemplo: você incluiria os gastos com o frete para entrega dos itens de estoque no seu custo? Pois é, eles integram 
o custo dos estoques, enquanto que, como veremos, os gastos com armazenagem, em geral, não são incluídos! 
Confundiu?! Calma, porque vamos ver todas essas regrinhas agora. 
 Segundo o MCASP, o valor de custo dos estoques deve incluir TODOS os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. 
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O custo de aquisição compreende: 
a) O preço de compra; 
b) Os impostos de importação e outros tributos não recuperáveis; 
c) Frete (transporte); 
d) Seguro; 
e) Manuseio; e 
f) Outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e suprimentos. 
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na 
determinação do custo de aquisição. 
 Já o custo de transformação inclui aqueles relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de 
produção, tais como: 
a) Mão-de-obra direta; 
b) Alocação sistemática de custos indiretos de produção, variáveis e fixos, que sejam incorridos para 
transformar os materiais em produtos acabados. 
Esquematicamente: 
 
Por sua vez, os custos indiretos de produção são classificados em variáveis ou fixos, se variam ou não 
diretamente com o volume de produção. Por exemplo, pode ser apropriado incluir, no custo dos estoques, gastos 
gerais que não sejam da produção ou custos do projeto de produtos para clientes específicos. 
Por outro lado, NÃO devem serincluídos no custo dos estoques, devendo ser reconhecidos como VPD do 
período em que são incorridos, os seguintes gastos: 
a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção; 
b) gastos de armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo, como entre uma 
ou outra fase de produção; 
c) despesas administrativas que não contribuem para trazer os estoques ao seu local e condição atuais; 
d) despesas de comercialização. 
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Ainda segundo o MCASP, o ente deve usar o critério de valoração de custo uniforme para todos os estoques 
que possuam natureza e uso semelhantes. Sempre que possível, deve ser atribuído pelo uso da identificação 
específica dos seus custos individuais. Quando não for possível a identificação específica, o ente pode utilizar o 
critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) ou o critério do custo médio ponderado. 
Custo Médio Ponderado: por meio desse critério, o custo de cada item é determinado a partir da média 
ponderada do custo de itens semelhantes no começo do período e do custo dos mesmos itens comprados 
ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base periódica ou à medida que cada 
lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade; 
PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair: esse critério pressupõe que os itens de estoque que foram 
comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que 
permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. 
 Por fim, o lançamento inicial típico para a contabilização de estoques adquiridos é o seguinte: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 1.1.5.x.x.xx.xx Estoques (P) 
C 2.1.3.x.x.xx.xx Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo (P) 
Ajuste de Perdas de Estoques 
Em caso de dano aos estoques, obsolescência, no caso de seus preços de venda terem diminuído ou, ainda, 
se seus custos estimados de acabamento ou a serem incorridos para realizar a venda terem aumentado, o custo 
dos estoques pode não ser recuperável. 
Desse modo, há que se fazer o registro de eventuais perdas de valor nos estoques, ajustando o valor de custo 
dos estoques para o valor realizável líquido, o que é consistente com a visão de que os ativos não devem ser 
escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda, troca, 
distribuição ou uso. 
O lançamento para contabilização do ajuste de perdas de estoques para adequar ao valor realizável líquido 
é o seguinte: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.6.1.8.x.xx.xx VPD com Ajuste de Perdas de Estoques 
C 1.1.5.9.x.xx.xx (-) Ajuste de Perdas de Estoques 
Algumas dessas perdas são oriundas de depreciação, conceito que veremos mais adiantes nesta aula. 
Reconhecimento no Resultado 
Por ocasião da venda, troca ou distribuição de estoques, o valor contábil desses itens deve ser reconhecido 
como VPD do período em que a respectiva VPA é reconhecida, se for o caso. 
Se não houver reconhecimento de VPA, a VPD é reconhecida quando os ativos são distribuídos ou o serviço 
é prestado. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de 
estoques deve ser reconhecida como VPD do período em que a redução ou perda ocorrer. 
Entretanto, alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como, por exemplo, 
estoques usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os estoques alocados a outro 
ativo compõem o custo desses ativos e são reconhecidos como VPD durante a sua vida útil. 
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Um exemplo de lançamento contábil para baixa de materiais de distribuição gratuita e reconhecimento no 
resultado é o seguinte: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.3.1.2.x.xx.xx VPD com Distribuição de Material Gratuito 
C 1.1.5.x.x.xx.xx (-) Estoques 
Vamos ver como esse assunto é exigido em prova? 
Questão para fixar 
(Comperve – UFRN – 2018) O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem 
danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. 
O lançamento para contabilização do ajuste de perdas de estoques para adequar ao valor realizável líquido é: 
A) D – VPA com Ajuste de Perdas de Estoques. 
 C – Estoques Irrecuperáveis. 
B) D – VPD com Ajuste de Perdas de Estoques 
 C – Estoques Irrecuperáveis. 
C) D – VPA com Ajuste de Perdas de Estoques. 
 C – (-) Ajuste de Perdas de Estoques. 
D) D – VPD com Ajuste de Perdas de Estoques. 
 C – (-) Ajuste de Perdas de Estoques. 
RESOLUÇÃO: 
 Para responder a essa questão poderíamos lembrar exatamente do lançamento contábil apropriado para 
ajuste de perdas de estoques, ou poderíamos raciocinar sobre a situação considerando as alternativas. 
 Veja que houve uma perda no valor dos estoques em razão de um dano, obsolescência ou diminuição dos 
valores de venda. Essa perda de valor implica uma diminuição do patrimônio líquido, logo, enseja uma VPD, certo? 
Com isso podemos descartar as alternativas A) e C), pois elas mencionam VPA e não VPD. 
 Outro ponto, é que o valor dos estoques foi reduzido. Isso nos ajuda a pensar que só o que precisamos fazer 
é fazer um ajuste de perda de estoques. Além disso, não existe uma conta chamada “estoques irrecuperáveis”, o 
que torna as alternativas A) e B) erradas. Assim, a alternativa certa é a letra D). 
 Também poderíamos simplesmente lembrar que o lançamento correto para essa situação é o seguinte: 
Natureza da informação: patrimonial 
D 3.6.1.8.x.xx.xx VPD com Ajuste de Perdas de Estoques 
C 1.1.5.9.1.00.00 (-) Ajuste de Perdas de Estoques 
Gabarito: LETRA D 
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Investimentos Permanentes 
As participações em empresas sobre cuja administração se tenha influência significativa devem ser 
mensuradas ou avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). Vejamos o conceito de influência 
significativa: 
Influência Significativa 
 É o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas 
sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. 
As demais participações podem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição. 
Método da Equivalência Patrimonial 
O Método da Equivalência Patrimonial será utilizado para os investimentos em coligadas ou em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 
Vamos lembrar os conceitos de sociedades coligadas e controladas: 
Sociedade Controlada 
 É uma entidade na qual a controladora, diretamente ou por intermédio de outras controladas, é titular 
de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e 
o poder de eleger a maioria dos administradores. Por óbvio, existe influência significativa. 
Sociedade Coligada 
 É uma entidade, incluindo entidades sem personalidade jurídica própria, tais como parcerias, na qual o 
investidor exerce influência significativa e que não é nem uma controlada nem uma participação em uma 
joint venture (aqui nos importa que o conceito de coligada pressupõe a influência significativa). 
 
Atenção!! 
O controle pode ocorrer de forma direta ou indireta. 
Na forma direta, o Poder Público detém a participação na empresa controlada 
X. Simples assim. 
Na forma indireta, o Poder Público detém participação na empresa controlada 
Y que, por sua vez, detém participação na empresa controlada X. 
Pelo Método da EquivalênciaPatrimonial, o investimento é inicialmente registrado a preço de custo e o 
valor contábil é aumentado ou reduzido conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou diminua em 
contrapartida a VPA e VPD respectivamente (contas de resultado). 
O valor do investimento permanente avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial será obtido 
mediante o seguinte cálculo: 
a) Aplicação do percentual de participação no capital social sobre o resultado da subtração do patrimônio 
líquido da investida do valor do adiantamento para aumento de capital concedido a essa; 
b) Subtração, do montante referido na alínea “a”, dos lucros não realizados nas operações 
intercompanhias, líquidos dos efeitos fiscais. 
Calma! O cálculo é mais fácil que a sua descrição. Vejamos um exemplo: 
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Exemplos 
 Suponha uma empresa controlada X pela União, tal que: 
- A União possui uma participação de 25% da empresa X; 
- Inicialmente, digamos em 2018, o Patrimônio Líquido da empresa X era de R$ 200.000,00, sendo que a União 
integralizou 25% desse valor, à época, a título de investimento inicial; 
- Após um ano, apurou-se que o Patrimônio Líquido da empresa X era de R$ 300.00,00; 
- Assuma que não houve aportes de capital posteriores à constituição da empresa. 
 Agora, utilizando o Método de Equivalência Patrimonial, vamos mensurar o valor da variação patrimonial 
cabível à União após um ano de constituição da empresa: 
Variação patrimonial cabível à União = 25% x (300.000,00 – 200.000,00) = 25% x 100.000,00 = 25.000,00 
 Assim, tem-se que a variação que deve ser contabilizada para a União, a título de equivalência patrimonial 
positiva oriunda da empresa X, é de R$ 25.000,00. 
 Eventualmente, teríamos ainda que subtrair os lucros não realizados nas operações intercompanhias, 
líquidos dos efeitos fiscais. Entretanto, vale dizer que essa não é a praxe das questões que versam sobre esse 
assunto. 
 Igualmente, se tomássemos o lucro da empresa X no período, ou seja, R$ 100.000,00 e aplicássemos o 
percentual de participação da União na empresa X, chegaríamos aos mesmos R$ 25.000,00, que serão 
contabilizados como VPA. 
Método do Custo 
Já pelo método do custo, o investimento é registrado no ativo permanente a preço de custo. A entidade 
investidora somente reconhece o rendimento na medida em que receber as distribuições de lucros do item 
investido. As distribuições provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente são 
reconhecidas como receita patrimonial. 
Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado, ou seja, eles consistem em VPA ou VPD. 
Também são considerados investimentos permanentes os ativos denominados propriedades para 
investimento, como terrenos ou edifícios, mantidos com fins de renda e/ou ganho de capital, desde que não 
usados: 
a) Na produção ou suprimento de bens e serviços ou para propósitos administrativos; ou 
b) Como venda no curso ordinário das operações. 
Esquematicamente: 
 
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Ativo Imobilizado 
Além do MCASP, a NBC TSP 07 disciplina a os procedimentos contábeis relativos aos ativos imobilizados. 
Vejamos algumas definições relevantes para este tópico: 
Ativo Imobilizado 
 É o item tangível (ou seja, que se pode tocar) que é mantido para o uso na produção ou fornecimento 
de bens ou serviços, ou para fins administrativos, inclusive os decorrentes de operações que transfiram 
para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens, cuja utilização se dará por mais de um período 
(exercício). 
 Esquematicamente: 
 
Bens Móveis 
 Compreende os bens que têm existência material e que podem ser transportados por movimento 
próprio ou removidos por força alheia sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
Exemplos: bens de informática, materiais culturais, veículos, etc. 
Bens imóveis 
 Compreende os bens vinculados ao terreno (solo) que não podem ser retirados sem destruição ou 
danos. São exemplos deste tipo de bem os imóveis residenciais, comerciais, edifícios, terrenos, 
aeroportos, pontes, viadutos, obras em andamento, hospitais, dentre outros. Dividem-se em: 
a) Bens de uso comum do povo ou bens do domínio público: são aqueles de uso indistinto do povo, tais 
como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
b) Bens de uso especial: são os de propriedade do Estado, destinando principalmente à prestação de 
serviços públicos, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
c) Bens dominiais ou bens dominicais ou bens do patrimônio Fiscal ou bens de patrimônio disponível: são 
os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, integrando o Estado como objeto 
de direito pessoal ou real, ou seja, sobre esses bens a Administração exerce poderes de proprietário, tais 
como apartamentos, armazéns, terrenos, etc; 
d) Bens imóveis em andamento: compreendem valores de bens imóveis em andamento, ainda não 
concluídos, tais como obras em andamento, benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros. 
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Valor Líquido Contábil 
 É o valor do bem registrado na Contabilidade, em determinada data, deduzido da correspondente 
depreciação, amortização ou exaustão acumulada, bem como das perdas acumuladas por redução ao 
valor recuperável. 
Custo do Ativo 
 É o montante gasto ou o valor necessário para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção. 
Valor Justo 
 É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo 
em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 
Obs.: Outras definições relevantes serão apresentadas oportunamente no decorrer deste tópico. 
Conforme o MCASP, os procedimentos de mensuração deste tópico aplicam-se ao ativo imobilizado com 
exceção dos ativos biológicos, produtos agrícolas, direitos minerais e reservas minerais tais como petróleo, gás 
natural e recursos não regenerativos semelhantes. Entretanto, essa exceção não abrange os ativos imobilizados 
utilizados para desenvolver ou manter esses ativos, os quais deverão observar os procedimentos aqui descritos. 
Reconhecimento 
De acordo com o MCASP, a entidade deverá aplicar o princípio geral de reconhecimento para todos os 
ativos imobilizados no momento em que os custos são incorridos, incluindo os custos iniciais e os subsequentes. 
Desse modo, é necessário reconhecer o bem como ativo antes de efetuar a avaliação ou mensuração de ativos. 
Também segundo o MCASP, o ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é 
reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção. Esquematicamente: 
 
Lembre-se que um ativo deve ser reconhecido quando: 
a) Satisfizer a definição de ativo, isto é, quando se demonstrar que o ativo é: 
1) controlado pela entidade; 
2) é resultado de eventos passados; e 
3) tem potencial de serviços ou capacidade de gerar benefícios econômicos. 
b) Puder ser mensurado, observando as características qualitativas, e considerando as restrições sobre 
a informação contábil. 
Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base monetária confiável. 
Destaque-se que, segundo MCASP, itens como peças de reposição, equipamentos sobressalentes e 
equipamentos de manutenção devem ser reconhecidos como ativo imobilizado, quando atenderem à definição. 
Caso não atendam a definição de ativo imobilizado, devem ser classificados como estoques. 
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Por fim, equipamentos militares especializados geralmente se enquadram na definição de ativo imobilizado, 
devendo, portanto, ser reconhecidos como ativo. 
Critério do Valor do Conjunto 
Em uma entidade, após considerar eventuais circunstâncias específicas, pode ser apropriado aplicar o 
critério do valor do conjunto, que consiste em agregar itens individualmente insignificantes, tais como livros 
de biblioteca, periféricos de computadores e pequenos itens de equipamentos. 
Atenção!! 
Esse “pode ser apropriado” decorre de julgamento para aplicar os critérios 
de reconhecimento às circunstâncias da entidade. Isso porque não há no 
MCASP ou em norma técnica correlata algo que estabeleça qual é a 
unidade para esse reconhecimento. 
Segundo o MCASP, por meio da aplicação desse critério, a entidade avalia todos os seus custos de ativos 
imobilizados no momento em que eles são incorridos. Esses custos incluem custos incorridos inicialmente para 
adquirir ou construir um item do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renová-los e 
substituir suas partes. 
Ativos Imobilizados Obtidos a Título Gratuito 
Quando se tratar de ativos imobilizados obtidos a título gratuito, estes devem ser registrados pelo valor 
justo (valor de mercad0) na data de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da 
avaliação obtida com base em procedimentos técnicos ou o valor patrimonial definido nos termos da doação. 
Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do imobilizado 
obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada. 
Bens de Uso comum do Povo 
Vocês devem se lembrar que os bens de uso comum do povo ou bens de domínio público, que são aqueles 
de uso indistinto do povo, tais como rodovias, mares, ruas, sistemas de esgoto etc. 
Eles se dividem em duas classes de ativos: ativos de infraestrutura e bens do patrimônio cultural. 
Comecemos com os Ativos de Infraestrutura: 
 Os Ativos de Infraestrutura deverão ser partes de um sistema ou de uma rede, especializados por 
natureza e não possuírem usos alternativos. Exemplos: redes rodoviárias, sistemas de esgoto, sistemas de 
abastecimento de água e energia, rede de comunicação, pontes, calçadas, calçadões, dentre outros. 
Seu reconhecimento e mensuração seguem a mesma base utilizada para os demais ativos imobilizados. 
Para os casos de reconhecimento inicial (ou seja, quando o ativo é reconhecido e, então, tem seu valor 
mensurado pela primeira vez) e para ajustes ou reclassificações em atendimento às novas práticas contábeis, não 
havendo evidência disponível para determinar o valor de mercado devido a sua natureza especializada, o valor 
justo pode ser estimado usando-se o custo de reposição depreciado. 
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 Muita calma! A ideia aqui é que para mensurar pela primeira vez um ativo de infraestrutura (uma rede de 
esgotos, por exemplo) tomaremos, em geral, o valor de aquisição, produção ou construção do ativo como 
critério, tal qual fazemos com os demais ativos imobilizados. Já no caso dos ajustes ou reclassificações, devemos 
tomar o valor de mercado do ativo. Mas digamos que isso não seja possível (o que é bastante provável porque 
devem ter poucas pessoas por aí comprando redes de esgotos). Assim, o que precisamos fazer para determinar o 
seu valor justo é utilizar o custo de reposição depreciado. E aí vocês perguntariam: “e o que $%&#% vem a ser 
isso, professor?” 
Já sabemos o que vem a ser custo de reposição, certo? Basicamente, é o custo mais econômico para a 
entidade substituir o potencial de serviços do ativo, o que pode acontecer por meio da reprodução do ativo 
existente ou por meio da reposição do potencial de serviço bruto (o quanto custaria um novo em folha que 
atendesse a finalidade que se pretende ou o conserto para que ele prestasse o serviço como se novo fosse). 
Mas calma lá! Não podemos atribuir o mesmo valor para uma rede de esgotos com 50 anos e uma novinha, 
certo? Por isso temos que depreciar esse valor. Veremos esse conceito com mais cautela daqui a pouco nesta 
mesma aula, mas, por hora, entenda como uma espécie de redução do valor dos bens por conta do desgaste, ação 
da natureza ou obsolescência. 
Desse modo, esse custo de reposição depreciado é mensurado como a reprodução ou o custo de reposição 
do ativo, o que for mais baixo, menos a depreciação acumulada calculada com base neste custo para refletir o 
potencial de serviço já consumido ou esgotado do ativo. Ou seja, tomamos o ativo como se fosse novo e reduzimos 
o seu valor para “envelhecê-lo”. 
Por mais difícil que isso possa parecer na prática, o MCASP dá alguns caminhos de como proceder: 
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a) Em diversos casos, esse custo de reposição depreciado pode ser estabelecido com referência ao preço 
de compra dos componentes usados para produzir um ativo similar, com semelhante potencial de 
serviços remanescentes (ou seja, tão “envelhecido” quanto”). 
b) Para se determinar o valor desses ativos, deve-se determinar a condição e estado físico desses bens, 
para que se possa aplicar um percentual como fator de depreciação de períodos anteriores a fim de 
se refletir seu valor justo. 
c) Em relação à depreciação dos ativos de infraestrutura, recomenda-se que cada componente de um 
item com custo significativo em relação ao custo total do item seja depreciado separadamente. Por 
exemplo, pode ser necessário que se deprecie separadamente a pavimentação, estruturas, meios-fios 
e canais, calçadas, pontes e iluminação de um sistema de rodovias. 
d) Deve-se analisar ainda se um componente considerado significativo tem a vida útil e o método de 
depreciação que sejam os mesmos de outros componentes significativos do mesmo item, pois nesse 
caso, esses componentes podem ser agrupados no cálculo da depreciação. 
Passemos agora aos Ativos do Patrimônio Cultural: 
 Os Ativos do Patrimônio Cultural são conceituados pela Constituição Federal como sendo os bens de 
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à 
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. 
 Ativos descritos como bens do patrimônio cultural são assim chamados devido a sua significância 
histórica, cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e prédios históricos, sítios 
arqueológicos, áreas de conservação e reservas naturais. 
 Esses ativos são raramente mantidos para gerar entradas de caixa e pode haver obstáculos legais ou 
sociais para usá-los em tais propósitos. 
O MCASP elenca certas características que são geralmente apresentadas por bens do patrimônio cultural 
(apesar de não serem exclusivas de tais ativos): 
a) O seu valor cultural, ambiental, educacional e histórico provavelmente não é refletido totalmente no 
valor financeiro puramente baseado no preço de mercado; 
b) As obrigações legais ou estatutárias podem impor proibições ou restrições severas na alienação por 
venda; 
c) São geralmente insubstituíveis e seus valores podem aumentar ao longo do tempo mesmo se sua 
condição física se deteriorar.; 
d) Pode ser difícil estimar sua vida útil, a qual em alguns casos pode ser centenas de anos. 
 
Atenção!! 
O reconhecimento e a mensuração desses ativos são facultativos. Porém, 
caso sejam registrados pelo ente, devem ser evidenciados conforme as 
normas apresentadas no MCASP. 
 
Atenção!! 
Um prédio histórico utilizado como escritório, pode possuir benefício 
econômico ou potencial de serviços além de seu valor cultural, neste caso, 
o ativo deve ser reconhecido e mensuradona mesma base de outros ativos 
imobilizados. 
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O MCASP ressalta que alguns recursos minerais e florestais, tais como petróleo, gás natural e recursos não 
regenerativos semelhantes, são de difícil mensuração e ainda carecem de normatização específica. 
Custos Subsequentes 
Custos subsequentes são: 
 Aqueles custos realizados após a aquisição do ativo imobilizado ou o seu registro. Por exemplo: gastos 
com manutenção. 
Nesse sentido, o MCASP dispõe que o custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo 
sempre que, cumulativamente: 
a) For provável que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços associados ao item fluirão 
para a entidade; 
b) O custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurança, ou seja, em base monetária 
confiável. 
Desse modo, informa o MCASP, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo 
imobilizado os custos da manutenção periódica do item (por exemplo: custos de mão-de-obra, produtos 
consumíveis). Esses custos são reconhecidos no resultado do exercício quando incorridos na forma de VPD. 
A entidade deve reconhecer no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da reposição de parte 
desse item, sempre que houver uma melhoria ou adição complementar significativa no bem e se o custo puder 
ser mensurado com segurança. Além disso, o valor contábil das peças que são substituídas deve ser 
desreconhecido, ou seja, baixado do valor contábil do ativo. 
Assim, os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser 
incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou 
potenciais de serviços. 
Nesse caso, explica o MCASP, para se realizar a depreciação do bem com o valor ajustado após a ativação 
dos custos com melhorias e adições complementares, a entidade poderá: 
a) Depreciar a parte complementar do bem ora adquirida separadamente; 
b) Estabelecer novo critério de depreciação do bem que recebeu a melhoria ou a adição complementar. 
Lembrando que qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como VPD do 
período em que seja incorrido. 
Esquematicamente: 
 
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Transferências de Ativos 
No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor contábil líquido constante dos 
registros da entidade de origem. Em caso de divergência deste critério com o fixado no instrumento de 
autorização da transferência, o fato deve ser evidenciado em notas explicativas. 
Vejamos exemplos de como seriam os lançamentos contábeis referentes à transferência de ativos: 
Exemplos 
Exemplo 1: lançamentos no ente público que transfere o ativo imobilizado. 
 Quando o ativo imobilizado tem vida útil econômica limitada e o ente público realiza o procedimento de 
depreciação, apura-se o valor líquido contábil do bem, conforme o lançamento contábil: 
Natureza de informação: patrimonial 
D 1.2.3.8.X.XX.XX (-) Depreciação Acumulada 
D 1.2.3.9.X.XX.XX (-) Redução ao Valor Recuperável de Imobilizado 
C 1.2.3.1.X.XX.XX Bens Móveis 
Observação: Não se preocupe com essa “redução ao valor recuperável” no momento. Veremos o que vem a ser 
isso ainda nesta aula! 
 Após a apuração do valor líquido contábil do bem, faz-se o lançamento de entrega do bem, conforme o 
lançamento contábil: 
Natureza de informação: patrimonial 
D 3.6.5.X.X.XX.XX Desincorporação de Ativos 
C 1.2.3.1.X.XX.XX Bens Móveis 
Exemplo 2: lançamentos no ente que recebeu o ativo imobilizado. 
Natureza de informação: patrimonial 
D 1.2.3.1.X.XX.XX Bens móveis (recebido) 
C 4.6.3.X.X.XX.XX Ganhos com Incorporação de Ativos 
 No exemplo acima, o ente público atribuiu ao ativo o valor constante no termo de transferência do bem. 
Mensuração 
Antes de adentrar à mensuração de elementos do ativo imobilizado, o MCASP destaca que inicialmente os 
elementos do ativo tais como estoques, imobilizados e intangíveis devem ser mensurados inicialmente pelo seu 
custo ou valor justo. E, após esse reconhecimento inicial, devem ser adotados outros procedimentos, como a 
depreciação no caso do ativo imobilizado. Dessa forma: 
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 Um ativo imobilizado deve ser mensurado no reconhecimento pelo seu custo. 
 Quando adquirido por meio de uma transação sem contraprestação, como é o caso de terrenos 
recebidos por um particular sem pagamento ou com pagamento simbólico, para possibilitar ao governo 
local, por exemplo, desenvolver estacionamentos, estradas etc., seu custo deve ser mensurado pelo seu 
valor justo (valor de mercado) na data da aquisição. 
Nesse sentido, os elementos do custo de um ativo imobilizado são: 
a) Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre a 
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; 
b) Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessários para o 
mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração. São custos diretamente 
atribuíveis: 
 b.1) Custos de pessoal decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo 
imobilizado; 
 b.2) Custos de preparação do local; 
 b.3) Custos de frete e manuseio (para recebimento e instalação); 
 b.4) Honorários profissionais. 
Atenção!! 
Todavia, o MCASP ressalta que não considera as despesas 
administrativas (aquelas não diretamente ligados à aquisição/produção 
do ativo, por exemplo a luz e água gastas na entidade) e outros gastos 
indiretos (como gastos com manutenção, seguros, etc) como custo de um 
item do ativo imobilizado. 
Esquematicamente: 
 
Além disso, o MCASP estabelece que o reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo 
imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. 
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Dessa forma, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos 
no seu valor contábil, como, por exemplo, os custos incorridos durante o período em que o ativo ainda não está 
sendo utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total. 
Mensuração Inicial do Custo 
O MCASP estabelece que para a mensuração inicial do custo de um item de ativo imobilizado pode haver 
duas alternativas: 
a) A do preço à vista; ou 
b) O valor justo na data do reconhecimento, quando um ativo é adquirido por meio de uma transação 
sem contraprestação. 
Além disso, o MCASP ressalta que se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a 
diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como VPD com juros 
durante o período do crédito. 
Quando o ativo imobilizado for adquirido por meio de permuta por ativo não monetário, ou combinação de 
ativos monetários e não monetários, deve ser mensurado pelo valor justo a não ser que: 
a) A operação de permuta não tenha natureza comercial; ou 
b) O valor justo do ativo recebido e do ativo cedido não possam ser mensurados com segurança. 
Por fim, o MCASP enfatiza que, no caso de permuta, o ativo adquirido deverá ser mensurado pelo valor justo 
mesmo que a entidade não consiga dar baixa imediata ao ativo cedido. Se o ativo adquirido não for mensurável 
ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil do ativo cedido. 
Mensuração após o Reconhecimento 
Após o reconhecimento inicial do ativo imobilizado, a entidade deve mensurar esses itensescolhendo entre 
os seguintes modelos: 
a) Modelo do custo: o item do ativo é evidenciado pelo custo menos depreciação ou redução ao valor 
recuperável acumuladas; 
Obs.: os conceitos de depreciação e de redução ao valor recuperável serão vistos detalhadamente nesta 
aula. 
b) Modelo da Reavaliação: o item do ativo, cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente, deve 
ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação 
menos qualquer depreciação e redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes, devendo a 
política adotada ser uniforme em cada classe de ativos imobilizados. 
Desreconhecimento do valor contábil de um item do Ativo Imobilizado 
Em determinadas situações, deve ser efetuado o desreconhecimento (baixa) do valor contábil de um item 
do ativo imobilizado. Isso pode ocorrer quando: 
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a) Por ocasião da alienação; 
b) Quando não há mais expectativa de benefícios econômicos futuros ou potencial e serviços com a sua 
utilização ou alienação. 
Quando isso ocorre, eventuais ganhos ou perdas decorrentes do desreconhecimento de um item do ativo 
imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor 
contábil do item. 
Evidenciação 
O último tópico do ativo imobilizado versa sobre recomendações acerca da evidenciação desse tipo de ativo 
presentes no MCASP, as quais foram elencadas a seguir. Ressalve-se, no entanto, que a sua plena compreensão 
virá com alguns conceitos que estudaremos ainda nesta aula mais adiante. 
a) Para cada grupo de ativo imobilizado reconhecido nas demonstrações contábeis: 
 1) Os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto; 
 2) Os métodos de depreciação utilizados 
 3) As vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas 
 4) valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor recuperável 
acumuladas) no início e no final do período; e 
 5) A conciliação do valor contábil no início e no final do período demonstrando fatores, tais como 
adições, baixas, depreciações, entre outros. 
b) Informações acerca do método adotado para a depreciação, da estimativa de vida útil e da taxa de 
depreciação, sendo necessário, portanto, divulgar: 
 1) A depreciação, quer seja reconhecida no resultado, quer como parte do custo de outros ativos, 
durante o período; e 
 2) A depreciação acumulada no final do período. 
c) Informações sobre a natureza e o efeito de uma mudança de estimativa contábil que impacte o 
período corrente ou os seguintes, principalmente o que altere as estimativas de: 
 1) Valores residuais; 
 2) Custos estimados de desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo imobilizado; 
 3) Vidas úteis; e 
 4) Métodos de depreciação. 
d) No caso de reavaliação, é recomendada a divulgação de: 
 1) data efetiva da reavaliação; 
 2) O responsável ou os responsáveis pelo controle patrimonial da entidade, que pode ser competente 
para efetuar a reavaliação; 
 3) Os métodos e premissas significativos aplicados à estimativa do valor justo dos itens; e 
 4) Se o valor justo dos itens foi determinado diretamente a partir de preços observáveis em mercado 
ativo ou baseado em transações de mercado recentes realizadas sem favorecimento entre as partes ou se 
foi estimado usando outras técnicas de avaliação. 
e) Por fim, é recomendado divulgar as seguintes informações que podem ser relevantes para as 
necessidades dos usuários: 
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 1) O valor contábil do ativo imobilizado que esteja temporariamente ocioso; 
 2) O valor contábil bruto de qualquer ativo imobilizado totalmente depreciado que ainda esteja em 
operação; 
 3) O valor contábil de ativos imobilizados retirados de uso ativo; e 
 4) O valor justo do ativo imobilizado quando este for materialmente diferente do valor contábil apurado 
pelo modelo do custo. 
Pausa para respirar! 
Neste ponto você diria: “professor, a aula está excessivamente conceitual, além de um pouco longa! Cansei!” 
 
Calma, gafanhoto! O mais complicado ficou pra trás e, além disso, já passamos da metade! Vamos elencar o 
que vimos até agora: 
a) Conceito de ativo e recurso e condições para o reconhecimento e desreconhecimento de ativo; 
b) Bases de mensuração de ativos; 
c) Conceito e mensuração de disponibilidades, aplicações financeiras de liquidez imediata e créditos 
e obrigações; 
d) Conceito e mensuração de estoques, incluindo custo, ajuste de perdas e reconhecimento no resultado; 
e) Conceito e mensuração de ativos imobilizados, além de custos subsequentes, transferência de ativos, 
ativos imobilizados obtidos a título gratuito, etc. 
Agora falta apenas ver o seguinte: 
a) Conceito e mensuração de ativos intangíveis, além de permuta de ativos, patrimônio cultura 
intangível, etc; 
b) Depreciação, Amortização e Exaustão; 
c) Redução ao Valor Recuperável; 
d) Reavaliação. 
 
 
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 “Ok! Nem é tanta coisa assim!” 
 
Diria você para este otimista professor! Certo?!? Então vamos nessa que o ritmo está bom! 
Ativo Intangível 
Além do MCASP, a NBC TSP 08 disciplina a os procedimentos contábeis relativos aos ativos intangíveis. 
Ativo intangível 
 É um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e gerador de 
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços. 
 Esquematicamente: 
 
Pesquisa 
 É a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e 
entendimento científico ou técnico. 
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Desenvolvimento 
 É a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando 
à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou 
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso. 
Reconhecimento 
Segundo o MCASP, a substância física não é a característica fundamental de um ativo. Assim, os intangíveis 
não deixam de ser ativos simplesmente porque não possuem esta característica. O reconhecimento de um item 
como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atenda: 
a) A definição de ativo intangível; e 
b) Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando: 
 b.1) For provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços esperados atribuíveis 
ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
 b.2) O custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança. 
São exemplos de ativos intangíveis: patentes, licença, softwares (exceto aqueles que integram máquina ou 
ferramentas, sem os quais esses não funcionam), direitos autorais, etc. 
Conforme o MCASP, alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância 
física, como no caso de software ou no de licença ou patente. Para saber se um ativo que contém elementos 
intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual 
elemento é mais significativo. 
Por exemplo: 
a) software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse 
software específico – sem similar no mercado – é parte integrante do referido equipamento, 
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um 
computador. 
b) Já quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como 
ativo intangível. 
O reconhecimento inicial de um ativo intangível

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