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RESUMO JUSTIÇA COMO LEI OU LEI COMO JUSTIÇA? OBSERVAÇÕES DE UM HISTORIADOR DO DIREITO AUTOR: Thais E. F. X. Gomes O texto inicia-se sob a perspectiva do autor acerca da desconfiança do cidadão comum a respeito do direito. Tal panorama se dá devido a convicção social de que direito e justiça são concepções muito diferentes, tendo em vista que o direito atual é posto pela lei, se tornando assim um instrumento nas mãos do poder político vigente de modo que nem sempre é justo. Ante esse referencial, Grossi busca descontruir a ideia de que o direito sempre foi a lei, utilizando como ferramenta a comparação entre o direito medieval e moderno. O primeiro tratava a justiça como lei, seguindo o pensamento de São Tomás de Aquino de que toda lei deve ser necessariamente justa. Logo, essa era mutável e se adaptava aos conflitos da existência humana conforme as demandas da sociedade e não os interesses do poder jurídico contingente ou de um príncipe, resultando num pluralismo jurídico. O segundo, trata a lei como justiça, de modo que o que é justo passa a estar na lei. Essa concepção pós iluminista é mais autoritária e rígida, já que passa a existir um conjunto de normas postas as quais devem ser seguidas igualmente por todos e que são julgadas pela figura do príncipe, um poder centralizado e uniformizador que tende a misturar as leis com seus próprios interesses e transformar o pluralismo num monismo. Por fim, Paolo afirma que um bom jurista deve buscar analisar o sistema jurídico, evitando legitimar a cultura rígida e contribuindo para a relativização sensata do Direito positivista.
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